29 janeiro 2015

Um bom filme para encerrar uma trilogia de sucesso nas bilheterias

"Busca Implacável 3" garantiu a Liam Nesson um salário de U$ 20 milhões (Fotos: Fox Film/Divulgação)

Maristela Bretas


Uma trilogia de sucesso na categoria de filmes de ação e suspense. Assim pode ser definida a franquia "Busca Implacável", que estreou nos cinemas o último filme. Com um orçamento de US$ 43 milhões (já faturou mais de US$ 160 milhões nos dois primeiros finais de semana nos cinemas pelo mundo), "Busca Implacável 3" ("Taken 3") deve estourar nas bilheterias. Como aconteceu com seus antecessores - o primeiro (2008) custou US$ 25 milhões e rendeu US$ 226 milhões, e o segundo (2012), orçado em U$ 45 milhões, faturou US$ 376 milhões.




E todos saem ganhando - que o diga Liam Nesson, que só aceitou voltar ao papel do ex-agente da CIA, Bryan Mills, na terceira produção por um "módico" salário de U$ 20 milhões, colocando-o na lista dos mais bem pagos de Hollywood.

Para quem gosta de muita ação, tiros, explosões e cenas de perseguição com uma câmera insana que não para (algumas vezes fica até difícil de acompanhar), vale a pena assistir. Dá para sacar de cara quem é o vilão, mas nem por isso o filme é ruim ou fica desinteressante.


Desta vez, o ex-agente quer se dedicar à família, levar uma vida pacata e ser um pai mais presente. Mas a morte da ex-esposa Lenore (Famke Janssen) e a acusação de ser o assassino o coloca na mira de um delegado linha dura (papel de Forest Whitaker), que faz uma verdadeira caçada para pegá-lo. Mills se junta a velhos amigos (alguns do primeiro filme) para proteger a filha Kim (Maggie Grace) e provar sua inocência.



Outros filmes da franquia

Como nos outros dois filmes, o roteiro é de Luc Besson e Robert Mark Kamen e, novamente, a direção fica a cargo de Olivier Megaton, que cuidou do segundo. Recomendo assistir aos anteriores (o segundo é o melhor deles), disponíveis em DVD e Blu-Ray.

No primeiro, dirigido por Pierre Morel, Liam Nesson virou meio mundo para encontrar sua filha que passeava com uma amiga em Paris e foi levada por traficantes de jovens para serem vendidas como prostitutas no mercado negro. Ajudado por “velhos amigos" da CIA, ele usa toda sua experiência e armamento para descobrir onde era o cativeiro, salvar a filha e pegar cada um dos sequestradores albaneses.




Em "Busca Implacável 2", as famílias dos mortos do primeiro filme querem vingança e vão fazer de tudo para encontrar e acabar com Mills e sua família. E o palco desta batalha será Istambul, na Turquia, onde ele está a trabalho, como segurança de empresários, e aproveita ao final para tirar férias com a filha e retomar a relação com a ex-mulher. Desta vez, ele e Lenore são os sequestrados e ele precisará contar com a ajuda de Kim para salvá-los. A partir daí, Liam Nesson passou a estrelar outras boas produções do gênero.




Ficha técnica:
Direção: Olivier Megaton
Roteiro: Luc Besson e Robert Mark Kamen
Distribuição: Fox Films
Duração: 1h43
Gênero: Ação
País: França
Classificação: 14 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: Busca Implacável 3; Liam Nesson; Famke Janssen; Maggie Grace; Forest Whitaker; Olivier Megaton; Luc Besson; ação; Fox Films; Cinema no Escurinho


28 janeiro 2015

"A Entrevista" é uma comédia fraca ajudada por um marketing forte

Dave Skylark (James Franco) e seu produtor Aaron Rapoport (Seth Rogen) se envolvem na trama da CIA para matar o líder norte-coreano (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Depois de todo um estardalhaço, com direito a hacker invadindo a Sony, ameaças de ataques aos EUA, adiamentos e confirmações de lançamento, estreia nesta quinta-feira (29) nos cinemas de BH a comédia "A Entrevista" ("The Interview"). Não é bem uma estreia, uma vez que o filme ganhou tanta propaganda que muitos já viram na Internet só pela curiosidade de saber o que ele tinha de tão especial que justificasse tanto barulho.

Na verdade nenhum, não passa de uma comédia boba, cheia de sacanagem com piadinhas para agradar adolescentes. Se for verdade que os norte-coreanos hackearam a produtora, eles devem estar muito desocupados, pois o filme não vale tanto trabalho. Toda a divulgação só serviu para atiçar o interesse e atrair o público.

Seth Rogen abraça o mundo e é diretor, roteirista, produtor executivo e ainda estrela ao lado de James Franco. O filme "A Entrevista" conta a história de Dave Skylark (James Franco) e seu produtor Aaron Rapoport (Rogen), que conduzem o programa de TV sobre celebridades "Skylark Tonight". Eles querem ganhar o respeito no meio jornalístico com entrevistas sérias, além das fofocas diárias.

Até que recebem um telefonema informando que o primeiro-ministro da Coreia do Norte, Kim Jong-un (interpretado por Randall Park) é um grande fã do programa e está disposto a recebê-los para uma entrevista exclusiva em seu palácio.  A CIA então aproveita para tramar um plano de matar o ditador usando os dois "palermas" durante a visita.

Entre trapalhadas, palavrões, insinuações sexuais, explosões, fugas e principalmente piadinhas sobre o ditador e seu regime comunista, o filme tem quase duas horas de duração, muito besteirol e algumas situações engraçadas. Se estiver procurando uma comédia inteligente, "A Entrevista" não é a melhor opção.





Ficha técnica:
Direção: Seth Rogen e Evan Goldberg
Produção: Columbia Pictures
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 1h52
Gênero: Comédia/Ação
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 2 (0 a 5)


Tags: A Entrevista; Seth Rogen; James Franco; Kim Jong-un; Coreia do Norte; Sony Pictures; comédia; ação; Cinema no Escurinho

26 janeiro 2015

Apesar de longo demais, "Foxcatcher" merece as cinco indicações para o Oscar

Filme narra a história do lutador Mark Schultz, sua relação com o multimilionário John du Pont e a morte do irmão (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Seria mais uma biografia de personagens famoso, desta vez do mundo dos esportes. No entanto, exceto pelo tempo de duração, "Foxcatcher - Uma História que Chocou o Mundo" ("Foxcatcher") é um ótimo filme e o diretor e produtor Bennett Miller soube explorar bem o enredo que inclui atletas olímpicos, a busca insana pelo ouro, a loucura de um milionário (cujas tendências sexuais não ficam muito explícitas) e um crime chocante.

Steve Carell e o John du Pont na época do crime
Steve Carell é um dos destaques do longa-metragem, com uma atuação surpreendente e uma maquiagem que o deixou irreconhecível. A semelhança física com o verdadeiro John du Pont pode ser percebida em algumas cenas. 

Mas o destaque fica para a reprodução do comportamento bizarro do milionário, que amava pássaros e armas, estudado a fundo por Carell, o que lhe valeu a indicação ao Oscar 2015 na categoria de Melhor Ator.




Baseado em fatos reais, o filme conta a história do campeão olímpico de luta greco-romana, Mark Schultz (Channing Tatum) e de seu irmão e treinador David (Mark Ruffalo), que é também uma lenda no esporte. Um dia, Mark recebe um convite para visitar a mansão do milionário John du Pont (Steve Carell), que lhe oferece a chance de entrar em sua equipe particular - a Foxcatcher - e se preparar em seu centro de treinamento de ponta para os Jogos Olímpicos de 1988, em Seul.

Mark aceita a proposta, mas a vida de glamour, regada a bebida, drogas e submissão aos caprichos do excêntrico milionário, afastam cada vez mais o atleta do esporte. Somente seu irmão Dave poderia reverter essa situação.

Atraído pelo salário e as condições de vida oferecidas, Dave se muda com a família para uma casa na propriedade do milionário. Mas ao contrário do caçula, ele não se dobra as vontades de du Pont, levando essa relação a um final trágico, com Dave morto a tiros por seu patrocinador, a seis meses dos Jogos de Atlanta em 1996.

No elenco, apesar do papel pequeno, mas de presença sempre marcante, está também Vanessa Redgrave como a mãe de du Pont, que rejeita o filho e o esporte que ele adotou.

Boas cenas de lutas e ótima atuação também de Mark Ruffalo, que engordou 13 quilos para o papel e, assim como Channing Tatum, passou por um exaustivo treinamento de luta livre na preparação para o filme. Os dois atores contaram inclusive com a consultoria do próprio Mark Schultz.


Mas um ponto negativo é a duração - 2h14, com cenas longas que deixaram o filme cansativo. Muitas poderiam ter sido cortadas sem prejudicar o enredo e o recado seria dado da mesma forma. Esticou demais durante o filme para correr no final e resumir tudo nos letreiros. Mesmo assim, o filme vale todas as cinco indicações para o Oscar - além da de Carell, está na disputa de Melhor Ator Coadjuvante (Mark Ruffalo), Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original e Melhor Maquiagem e Cabelo.

Curiosidades

Mark Schultz ao lado de Channing Tatum
Quatro meses após a morte do irmão, Mark Schultz ganhou um combate de UFC 9 no estilo vale-tudo. E anos mais tarde, o lutador escreveu a história do assassinato de Dave no livro "Foxcatcher: The True Story of My Brother's Murder, John du Pont's Madness, and the Quest for Olympic Gold" ("Foxcatcher: a verdadeira história da morte de meu irmão, da loucura de John du Pont e da busca pelo ouro olímpico").


Ficha técnica:
Direção: Bennett Miller
Produção: Annapurna Pictures/Likely Story
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 2h14
Gênero: Drama/Biografia
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 4,5 (0 a 5)

Tags: Foxcatcher - Uma história Que Chocou o Mundo; Steve Carell; Mark Ruffalo; Channing Tatum; Vanessa Redgrave; Bennett Miller; Mark Schultz; Dave Schultz; John du Pont; Sony Pictures; drama; biografia; Cinema no Escurinho

25 janeiro 2015

A grandeza de um "Minúsculo" mundo


"Minúsculos" é uma encantadora forma de mostrar o invisível e nem sempre tranquilo mundo dos insetos (Fotos: Paris Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


Poderia ser apenas mais uma animação sobre insetos, formiguinhas e joaninhas. Mas sem que haja necessidade de palavras, "Minúsculos - O Filme" ("Minuscule - La vallée des fourmis perdues") encanta e diverte. Se engana quem acha que é mais um filme na linha "Vida de Inseto".


Reunindo recursos gráficos e belas paisagens de montanhas e florestas francesas, o diretor extraiu uma história de coragem, amizade e confiança, envolvendo um filhote de joaninha (com direito a carapaça vermelha com bolinhas pretas e olhos grandes) e uma formiga também preta, com grandes antenas e olhos esbugalhados, bem mais divertidas que aquelas que a gente vê andando pelo jardim e nem liga.


Isolados eles são só mais alguns insetos, mas quando se juntam, a joaninha e a formiga com seu grupo podem viver grandes aventuras e enfrentar perigosos inimigos, cada um com seu estilo e um comportamento quase humano.

A história de "Minúsculos" (também em versão 3D) começa quando restos de um piquenique são abandonados na clareira de uma floresta e os invisíveis bichinhos passam a disputar cada migalha. E é nesse local que, ao tentar garantir sua parte na farra gastronômica, que joaninha conhece formiga e seu grupo. Nasce daí uma grande amizade.

Na dura e perigosa jornada de volta ao formigueiro, no entanto, elas terão de enfrentar colônias de formigas vermelhas rivais, obcecadas por um mesmo troféu: uma caixa de cubos de açúcar.

E este corajoso grupo terá agora de tentar salvar toda a colônia da invasão das terríveis guerreirasvermelhas. E a luta não deixa por menos, com direito a ataques semelhantes aos de filmes de cavaleiros medievaise explosões capazes de deixar "Os Mercenários" com inveja de tamanha organização. Coisa de formiga.

Após dois adiamentos - estava previsto para estrear em 13 de novembro, depois 25 de dezembro - finalmente "Minúsculos", dirigido por Thomas Szabo e Hélène Giraud, entrou em cartaz nesta quinta-feira (22) e merece ser visto por público de todas as idades. Encantador, com belas mensagens transmitidas por ações, sem a necessidade de palavras, apenas dos sons de nossos amiguinhos.

Ficha técnica:
Direção: Thomas Szabo e Hélène Giraud
Produção: Futurikon
Distribuição: Paris Films
Duração: 1h29
Gênero: Animação/Aventura/Família
País: França/ Bélgica
Classificação: Livre
Nota: 5 (0 a 5)



Tags: Minúsculos; Paris Filmes; Thomas Szabo; Hélène Giraud; Animação, Família, joaninha; formigas pretas; formigas vermelhas; França; Bélgica; Cinema no Escurinho

22 janeiro 2015

Uma breve história de superação

Eddie Redmayne dá um show de atuação como Stephen Hawking em "A Teoria de Tudo" (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


Não será surpresa se algumas pessoas disserem que "A Teoria de Tudo" se resume à vida particular e afetiva do astrofísico Stephen Hawking, em detrimento de sua gloriosa carreira profissional da qual só não faz parte - ainda - um Prêmio Nobel. Mas é exatamente na intimidade da família e dos amigos que se revela a personalidade excêntrica do cientista, cujas descobertas mudaram o que se pensava até então sobre a origem do universo, o tempo, os buracos negros.

Histórias de superação resultam, em sua maioria, em filmes óbvios ou chatos. Não é o caso desse drama que retrata a vida de Hawking desde o seu tempo de estudante brilhante em Cambridge até sua maturidade, já numa cadeira de rodas, sem conseguir andar, falar ou comer sem ajuda. 

Acometido por uma doença motora degenerativa (Esclerose Lateral Amiotrófica - ELA) ainda na faculdade, aos 21 anos, quando vivia o auge de sua paixão por Jane Wide (Felicity Jones), ele superou todas as expectativas médicas e viveu o suficiente para assistir, inclusive, à filmagem de algumas cenas.




Dois aspectos da direção de James Marsh dão à "A Teoria de Tudo" os méritos e elogios que o filme tem recebido. O primeiro, a escolha de Eddie Redmayne como Hawking, que dá um show de atuação, ao mostrar um homem doente, alquebrado e dependente mas extremamente bem-humorado e mordaz.

O cientista consegue se manter produtivo e chega a escrever seu grande best seller, "Uma Breve História do Tempo - do big bang aos buracos negros". O bom-humor do personagem é, aliás, a segunda grande sacada de Marsh na condução da trama. Mesmo se tratando de uma história essencialmente triste, o filme tem uma leveza capaz de, em muitos momentos, enternecer e fazer rir o espectador.

Tags: A Teoria de Tudo; Eddie Redmayne; Felicity Jones; Stephen Hawking; astrofísico; James Marsh; biografia; drama; Esclerose Lateral Amiotrófica; Universal Pictures; Cinema no Escurinho

21 janeiro 2015

"Whiplash": A busca pela perfeição musical pode ser um pesadelo

Miles Teller faz uma interpretação de tirar o fôlego como o baterista Andrew Neyman, (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Jean Piter


Realizar um sonho requer, geralmente, um sacrifício. E quando se trata de um grande sonho, o custo pode ser bem alto, ou até alto demais. Em “Whiplash – Em Busca da Perfeição”, Andrew Neyman (Miles Teller) busca se tornar o maior músico de sua geração. Ele, um jovem baterista, quer ser uma lenda da música americana.

A seu favor, o rapaz tem o fato de ser aluno do principal conservatório dos Estados Unidos. O problema para tornar ambição em realidade é um só: o truculento maestro Terence Fletcher (JK Simmons).

Andrew é solitário. Quando não está no conservatório, está estudando em casa, ou no ônibus. Vive sozinho, parece não ter amigos, só vive para a música. Vez por outra, vai ao cinema com o pai, e nada mais. Sua dedicação e seu talento o levam a ter a chance de integrar a orquestra principal do conservatório. Mas, o que parece ser um sonho rumo à realização é na verdade o início de uma tormenta.




Que dupla!

Miles Teller faz uma interpretação de tirar o fôlego. Ele dá vida a um personagem obcecado, que se sacrifica física e emocionalmente. Um cara que tem histórico de problemas familiares e que, no decorrer do filme, perde a noção de tempo, de espaço, de risco e até de dignidade. Ele se aproxima de Nicole, a mocinha do cinema, interpretada pela bela Melissa Benoist, da série "Glee".

Mas, o possível namoro que poderia colorir um pouco sua vida logo passa a ser visto como mais um problema. JK Simmons interpreta um maestro bipolar que faz qualquer coronel mal humorado parecer uma fada. Por vezes, ele tem conversas mansas com seus alunos, como a de um pai amoroso para com um bom filho. 

Em outros momentos, ele distribui agressões físicas e verbais, com gritos e humilhações. Ele se diverte com isso e acredita estar fazendo o correto para extrair o melhor de cada um. Mais do que isso, ele espera descobrir uma lenda da música em seu conservatório. Uma atuação pra fazer história!

Pra ver e ouvir

O filme se passa, em grande parte, em cenários fechados; teatros, estúdios, salas de ensaio, palcos, casas, bares, etc. A fotografia tem um ar um tanto sombrio, o que compõe bem com as cenas dramáticas de repetições exaustivas de ensaios. É uma pressão que assusta e dá um bom ritmo aos acontecimentos. Há música durante todo o filme. Música boa! E nessa equação, o expectador fica sem saber se torce para que Andrew realize seu sonho ou para que ele se liberte desse “canto da sereia”.

Oscar 2015

“Whiplash” foi o grande vencedor do festival de Sundance em 2014. A produção também recebeu cinco indicações ao Oscar 2015, entre elas a de Melhor Filme e Melhor Ator Coadjuvante para JK Simmons. O filme está em cartaz, em versões legendadas, nas salas 4, do Cineart Ponteio Lar Shopping (13h50 e 18h20), e 3 do Cinemark Diamond Mall (18h50 e 21h20).

Ficha técnica:
Direção: Damien Chazelle
Produção: Blumhouse Productions / Bold Films / Right of Way Films
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 1h47
Gênero: Drama, Musical
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 5,0 (0 a 5)

Tags: Whiplash - Em Busca da Perfeição; Miles Teller; JK Simmons; Sony Pictures; musical; drama; Cinema no Escurinho

20 janeiro 2015

De fofinhos a espiões, "Os Pinguins de Madagascar" são a melhor animação da franquia

Capitão, Kowalski, Rico e Recruta estão mais engraçados e unidos nessa nova aventura da franquia Madagascar (Fotos: Fox Film/Divilgação)


Maristela Bretas


Os melhores e mais divertidos personagens da franquia Madagascar mereciam um filme. Ganharam e não deixaram por menos. Capitão, Kowalski, Rico e Recruta, contam sua história e mostram que, além de fofos, podem formar uma poderosa força de combate em "Os Pinguins de Madagascar" ("The Penguins of Madagascar"). A animação é a melhor de toda a franquia.


O filme é diversão garantida para a meninada e vai agradar também aos papais e mamães que estão à procura de uma boa opção para esse final de férias. A animação da Dreamworks, responsável pelos três filmes da saga, tem muita ação, situações bem engraçadas e uma mensagem muito bacana de amizade, lealdade e união.


A história começa com nossos amiguinhos ainda pequenos e já diferentes dos outros de sua espécie. E eles provam que podem ser muito bons como espiões. 


O quarteto de penas (que não sabe voar, como qualquer pinguim) vai contar com a ajuda de uma "tropa de elite" fora dos padrões para enfrentar o perigoso vilão, Dr. Otavius Brine, que quer destruir o mundo - por que todo malvado quer destruir o mundo?


Imperdível, com garantia de piadas boas e inteligentes. Um exemplo é a cena do salgadinho, entre o Capitão e Agente Secreto, o chefe da Agência de Espiões Vento do Norte. Impagável!




Ficha técnica:
Direção: Simon J. Smith e Eric Darnell
Produção: Dreamworks Animation
Distribuição: Fox Film
Duração: 1h33
Gênero: Animação/Comédia
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 5 (0 a 5)

Tags: Os Pinguins de Madagascar; Dreamworks Animation; Fox Film; espiões; ação; animação; comédia; Cinema no Escurinho

17 janeiro 2015

Reese Whiterspoon na trilha do Oscar com "Livre"

"Livre" é baseado na história real de Cheryl Strayed, que se vê perdida após a morte da mãe (Fotos: Fox Film/Divulgação)

Jean Piter


É difícil olhar para a bela Reese Whiterspoon e não se lembrar de sua atuação engraçada em “Legalmente Loira” (2001). Ou de não vir a mente o seu rosto ingênuo e angelical de “Segundas Intenções” (1999). Mas agora, em seu mais recente trabalho, “Livre” (2014), que estreia nesta quinta-feira nos cinemas de BH, pode se dizer que ela está quase feia.

O filme é baseado na história real de Cheryl Strayed, uma mulher que se vê perdida após a morte de sua mãe. Ela entra em um período de autodestruição, consumindo heroína e fazendo sexo com vários parceiros, indiscriminadamente. 

A situação a leva a enfrentar também um divórcio. A partir daí, decide mudar de vida, recomeçar. O caminho para essa mudança é o contato com a natureza, em uma aventura de 4.200 quilômetros, pela trilha conhecida como "Pacific Crest Trail" (ou PCT), que vai da fronteira dos EUA com o México até o Canadá, pela costa do Oceano Pacífico.


Reese interpreta Cheryl com genialidade, se entregando totalmente a personagem. O filme ajuda muito. A edição segue uma linha cronológica do percurso de Cheryl pela trilha, intercalando vários momentos passados. Reese brilha nas duas fases com expressões faciais que parecem ter sido minimamente calculadas. 

A trilha sonora faz parecer que as canções, alguns clássicos da música norte-americana, foram feitas exclusivamente para o longa. Tudo isso, somado a belas paisagens e citações poéticas, faz com que as quase duas horas de filme passem num piscar de olhos.

A atuação de Reese vem sendo muito elogiada mundo a fora. Provavelmente ela será lembrada no Oscar e em outras premiações.




A direção é de Jean-Marc Vallée, do premiado “Clube de Compras Dallas” (2013). Reese também assina como produtora. O filme foi apresentado no 39º Festival Internacional de Cinema de Toronto, em setembro de 2014. No Brasil, o longa foi um dos destaques da Mostra SP 2014, em outubro.

Adaptação

O filme “Livre” é baseado no livro "Livre - A Jornada de Uma Mulher Em Busca do Recomeço", lançado em 2012. A obra foi sucesso de crítica e de vendas nos Estados Unidos, e foi traduzida para mais de 30 idiomas.

Prêmios

Reese venceu o Oscar de melhor atriz interpretando June Carter, em “Johnny & June” (2006), filme também inspirado em uma história real. O papel também rendeu a ela os prêmios Globo de Ouro, Critics' Choice Award, BAFTA, e SAG Award.

Tags: Livre; Reese Whiterspoon, drama; Jean-Marc Vallée; Fox Film; Cinema no Escurinho

Origem do Aquaman é destaque na nova animação da Liga da Justiça




Jean Piter


A DC Comics lança no dia 27 de janeiro a animação “Liga da Justiça: Trono de Atlântida”. O filme, que chegará às lojas em DVD e Blu-ray, mostra a origem do Aquaman. O herói, também conhecido como Arthur Curry, é filho de um humano com a rainha da cidade escondida no oceano. Em crise de identidade, ele terá que ir a terra natal de sua mãe para enfrentar poderosos inimigos e assumir seu lugar como sucessor do trono.


No filme, Arthur Curry tenta entender a origem de suas habilidades sobre-humanas. Ao mesmo tempo, ele busca superar a morte do pai, sem falar que ele não chegou a conhecer sua mãe. Enquanto isso, em Atlântida, seu meio irmão, Orm Marius, planeja colocar o mundo submarino em guerra contra os humanos da superfície e, consequentemente, dominar tudo.

Embora seja um filme curto (1h12), o roteiro não deixa pontas soltas em relação ao surgimento do Aquaman. Os acontecimentos são bem rápidos e há cenas de ação do início ao fim. Os combates são sangrentos, o que mostra que não é uma animação feita para crianças. Os gráficos são de ótima qualidade e lembram séries animadas recentes como “Wolverine” (anime) e "Vingadores".




Liga da Justiça

Embora a trama gire em torno do Aquaman, os outros heróis têm papeis importantes na história. A começar por Cyborg, o supercomputador da equipe. Batman, como sempre, faz o papel de líder estrategista, sempre um passo a frente dos outros. Flash, Lanterna Verde e Shazan são meros coadjuvantes.



Paralelo a tudo isso, sobra um tempinho para o início do romance entre Clark Kent, o Superman, e Diana Prince, a Mulher Maravilha. Como boa parte da história se passa em Metropolis, a repórter Lois Lane também marca presença no filme. Mas as personagens femininas de destaque são a rainha Atlanna e sua serva Mera, peças fundamentais da história.

Promoção 

O lançamento de uma animação que destaca o Aquaman não é algo sem propósito. Trata-se na verdade de uma estratégia da DC para que o herói se torne mais conhecido, já que ele deverá aparecer no filme “Batman V Superman: Dawn of the Justice” (2016). 


O ator Jason Momoa, conhecido pela refilmagem de “Conan – O Bárbaro” (2011) e pela série “Game of Thrones”, já está escalado para o papel. O contrato de Jason Momoa prevê ainda outras três produções como Aquaman: “Liga da Justiça Parte Um”, em 2017, um filme solo do rei de Atlântida em 2018 e “Liga da Justiça Parte 2” em 2019.

Ficha técnica:
Direção: Ethan Spaulding
Produção: Warner Premiere / Warner Bros. Animation / DC Entertainment
Distribuição: Warner Home Video
Duração: 1h12
Gênero: Animação, Guerra, Ação
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 4,0 (0 a 5)

Tags: Aquaman; Liga da Justiça; DC Comics; Warner Bros Animation; animação; super heroi; ação; Cinema no Escurinho

15 janeiro 2015

"Invencível" é a grande aposta de Angelina Jolie novamente como diretora

Filme é baseado em fatos reais sobre a vida do atleta olímpico Louis Zamperini (Fotos; Universal Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Além de bela e boa atriz, Angelina Jolie provou que também tem competência nos papeis de diretora e produtora. "Invencível" ("Unbroken") é um filme sensível (mesmo abordando um tema como a guerra), baseado em fatos sobre a vida do atleta olímpico Louis "Louie" Zamperini. O filme entra em cartaz nesta quinta-feira.

No drama, a cineasta explora os sentimentos em constantes closes e expressões faciais do elenco e consegue transmitir ao público a dureza e o sofrimento dos personagens durante a guerra. Bem aproveitada a estratégia, que lembra em alguns momentos um grande sucesso - "O Império do Sol" (1987), de Steven Spielberg, que lançou ao estrelato o então menino Christian Bale.

Jack O'Connell (de "300 - A Ascensão do Império"), escolhido para viver Louis Zamperini, segura a peteca e conduz muito bem o seu personagem. Outros dois que dão um suporte bom ao elenco são o irlandês Domhnall Gleeson ("Questão de Tempo") e o norte-americano Garrett Hedlund ("Tron - O Legado").


"Invencível" conta a história real de Louis Zamperini, um menino que estava sempre envolvido em confusões e brigas e que, incentivado pelo irmão, se torna um corredor e campeão olímpico de atletismo. Convocado para a guerra tem seu avião abatido e se torna prisioneiro de guerra por dois anos no Japão.

Apesar de ser uma história real que explora bem a superação de um homem, o roteiro peca em alguns pontos, como as longas cenas longas no mar, o uso excessivo de clichês chatos e a escolha do músico rock star japonês Miyavi para o papel do comandante do campo de concentração apelidado pelos prisioneiros de "Ave", que foi o carrasco de Louis. Ele não tem nada a ver e não convence. O cinema norte-americano tem excelentes atores que fariam um trabalho mais convincente.

Mas isso não impede que a produção seja boa e prenda o público até o final. Angelina acertou nas cenas de batalhas aéreas, disputa olímpica, nos campos de prisioneiros e, principalmente na fotografia. 

Como a própria Angelina Jolie contou em entrevista, trata-se de um filme de fé, amizade, esperança, persistência e determinação, características que marcaram a vida de Louis desde a sua infância. E que garantiram que ele conseguisse sobreviver a todo tipo de tortura e perseguição, principalmente nos campos de concentração japoneses durante a Segunda Guerra Mundial, nas mãos do terrível Ave.




Curiosidades

Para a produção do filme, Jolie contou com a assessoria do próprio Zamperini, que morava próximo a sua casa em Hollywood. Das inúmeras conversas e histórias incríveis, surgiu a proposta de fazer o filme sobre o herói das pistas e de guerra.

Parte das gravações foi feita na Austrália. Louis Zamperini faleceu no dia 2 de julho de 2014, aos 97 anos, mas ainda pode ver uma versão inacabada do filme, apresentada no hospital por Angelina.

O filme é baseado em "Unbroken: A World War II Story of Survival, Resilience, and Redemption", da escritora Laura Hillenbrand, eleito o Melhor Livro de Não ficção em 2010 pela revista Time, além de ter conquistado o prêmio de livro não ficção do ano do Los Angeles Times.

O verdadeiro Louis Zamperini, cuja história foi
contada no filme
Ficha técnica:
Direção: Angelina Jolie
Produção: Legendary Pictures
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 2h17
Gênero: Guerra/ Biografia / Drama
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 3,8 (0 a 5)

Tags: Invencível; Angelina Jolie; Louis Zamperini; Segunda Guerra Mundial; japoneses; Jack O'Connell; Legendary Pictures; Universal Pictures; drama; biografia; guerra; Cinema no Escurinho

12 janeiro 2015

"Boyhood" é o grande vencedor do Globo de Ouro 2015



Maristela Bretas


Terminou no início da madrugada desta segunda-feira, no Beverly Hilton Hotel, em Los Angeles, nos EUA, a cerimônia da 72ª Edição do Globo de Ouro 2015, que premia as produções. atores e diretores que se destacaram no cinema e na TV. A apresentação foi das atrizes Tina Fey e Amy Poehler.

"Boyhood", do diretor Richard Linklater, foi o grande vencedor da noite de cerimônia da 72ª Edição do Globo de Ouro 2015, que premia as produções. atores e diretores que se destacaram no cinema e na TV. Além do prêmio de Melhor Filme na categoria Drama, conquistou também as estatuetas de Melhor diretor e Melhor Atriz Coadjuvante (Patricia Arquette).

Patricia Arquette ("Boyhood")
O filme conta a história de um casal de pais divorciados (Ethan Hawke e Patricia Arquette) que tenta criar seus dois filhos. A narrativa percorre a vida do menino Mason (Ellar Coltrane) durante 12 anos, da infância à juventude, tempo de duração das filmagens.

"Birdman", forte candidato ao título de Melhor Filme - Drama, ficou apenas com as estatuetas de Melhor ator - Comédia ou musical (Michael Keaton) e Melhor Roteiro (Alejandro González Iñárritu).

George Clooney - Prêmio Cecil B. DeMille
George Clooney, um dos mais indicados ao Globo de Ouro, recebeu o prêmio Cecil B. DeMille, que é dado aos atores e diretores por sua contribuição ao cinema. 

O ator foi reconhecido por seu  talento, coragem e contribuição em ações humanitárias.




                                             CINEMA

Melhor filme – Drama
"Boyhood"

Melhor filme – Comédia ou musical

"O Grande Hotel Budapeste"
Julianne Moore ("Still Alice")

Melhor diretor
Richard Linklater ("Boyhood")


Melhor atriz – Drama
Julianne Moore ("Still Alice")

Melhor ator – Drama
Eddie Redmayne ("A teoria de tudo")

Melhor atriz – Comédia ou musical
Amy Adams ("Big Eyes")


Melhor ator – Comédia ou musical
Michael Keaton ("Birdman")


Michael Keaton ("Birdman")
Melhor atriz coadjuvante 
Patricia Arquette ("Boyhood")


Melhor ator coadjuvanteJ.K. Simmons (Whiplash")


Melhor minissérie ou filme para TV"Fargo"


Melhor atriz em série de comédia
Gina Rodriguez, de "Jane the virgin"

Melhor atriz coadjuvante em série, minissérie ou filme para TV
Joanne Froggatt ("Downton Abbey")

Melhor ator em minissérie ou filme para a TV
Bob Thornton ("Fargo")


Como treinar seu dragão 2
Melhor roteiro
Alejandro González Iñárritu ("Birdman")

Melhor animação
"Como treinar seu dragão 2"

Melhor filme estrangeiro
"Leviatã" (Rússia)


Melhor trilha original para filme
Johann Johannsson – "A Teoria de Tudo"

Melhor canção original para TV
"Glory" – Do filme "Selma" (John Legend, Common)


                                                                              
                                                   TV

 
Melhor série de TV – Drama
"The Affair"

Melhor atriz em série de TV – Drama
Ruth Wilson ("The Affair")


Melhor ator em série de TV – Drama
Kevin Spacey ("House of cards")


Melhor série de TV – Musical ou comédia
"Transparent"



Jeffrey Tambor ("Transparent")
Melhor ator em série TV – Comédia ou musical
Jeffrey Tambor ("Transparent")


Melhor atriz em minissérie ou filme para a TV
Maggie Gyllenhaal ("The Honorable Woman")

Melhor ator coadjuvante em série, minissérie ou filme para a TV
Matt Bomer ("The Normal Heart")


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