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08 outubro 2023

Com ótima atuação, Denzel Washington se despede mais mortal em "O Protetor - Capítulo Final"

Último filme mostra o ex-agente fragilizado, em busca de paz, que volta a matar para defender os amigos da comunidade do ataque de mafiosos (Fotos: Sony Pictures)

Maristela Bretas


Passados cinco anos, Denzel Washington e o diretor Antoine Fuqua estão de volta com "O Protetor - Capítulo Final" ("The Equalizer 3"), encerrando a trilogia muito bem e com mais violência que os filmes anteriores, justificando a classificação para 18 anos. 

O longa produção, em cartaz nos cinemas, é tão bom quanto o primeiro, "O Protetor" (2014), que pode ser conferido no HBO Max, recuperando o impacto mediano de "O Protetor 2" (2018), disponível no Paramount+.
 
O longa encerra a saga do ex-agente de operações especiais da CIA, Robert McCall, interpretado por Denzel, levando a trama para o sul da Itália, diferente dos demais que foram ambientados em Boston e Massachusetts, nos EUA.


"O Protetor 3" não economiza em referências aos filmes anteriores e quem acompanha a história do ex-agente vai identificá-las facilmente. Assim como personagem Robert McCall é um homem meticuloso, o diretor Fuqua cria situações que retornam ao passado e precisavam ser finalizadas ou que explicam as atitudes de alguns personagens.

Uma delas tem a ver com matança na abertura, só explicada no decorrer da trama. A violência domina o filme desde o início, apresentando ao público o que vem pela frente. Como se cada morte de McCall como justiceiro dos fracos e oprimidos pudesse ser justificada. 


Podem falar que Denzel Washington faz sempre o mesmo tipo de papel, as mesmas caras. Isso não importa, ele faz bem feito e tem um público cativo (me incluo neste grupo). A parceria com Fuqua funciona muito bem, não só nesta trilogia como também em outras produções, como "Sete Homens e Um Destino" (2016).

O longa reúne novamente uma dupla que deu muito certo no sucesso "Chamas da Vingança" (2004). Quase 20 anos depois, Denzel contracena com Dakota Fanning, mais bonita e talentosa, no papel da agente da CIA, Emma Collins. A sintonia entre os dois é muito clara, como se velhos amigos estivessem batendo um papo e relembrando bons tempos. 


O restante do elenco entrega boas interpretações e é quase todo formado por atores italianos, com destaque para Andrea Scarduzio, Remo Girone, Eugenio Mastrandre, Andrea Dodero e Daniele Perrone, além da norte-americana Gaia Scodellaro, como Aminah, dona da cafeteria.

Na história, Robert McCall (que na Itália ficou sendo Roberto), cansado de sua vida de execuções, busca de paz de espírito se instalando num vilarejo pacato, de pessoas aparentemente felizes. O ex-agente é aceito pela comunidade e, aos poucos, descobre que seus novos amigos são ameaçados pelos chefes do crime local e pela máfia.


À medida que os ataques vão se tornando mais brutais e mortais, ele resolve deixar a tranquilidade de lado e vai em busca de justiça, contando com a ajuda da agente Collins.

Mas "O Protetor - Capítulo Final" não oferece apenas muita ação, tiroteios, facadas e, principalmente sangue jorrando pelas paredes. Tem também o visual invejável das locações em uma pequena vila de pescadores cercada por montanhas e uma praia de areia escura na Costa Amalfitana, perto de Nápoles, no sul da Itália. 


Para completar o quadro, nada como "una bellissima canzone italiana". A trilha sonora ficou a cargo de Marcelo Zarvos, que revitalizou clássicos, como "Volare", usado numa cena de muita ação (e violência). O compositor foi responsável também pela trilha de "Um Limite Entre Nós" (2017), produzido e protagonizado por Denzel Washington e Viola Davis. 

Quem gosta deste gênero de filme não deve deixar de conferir "O Protetor - Capítulo Final", um ótimo encerramento, que faz jus à trilogia e ao trabalho de Denzel Washington e de todos que participaram da franquia.


Ficha técnica:
Direção: Antoine Fuqua
Roteiro: Richard Wenk
Produção: Sony Pictures e Escape Artists
Distribuição: Sony Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h50
Classificação: 18 anos
Países: EUA e Itália
Gêneros: ação, suspense

18 agosto 2018

Denzel Washington reforça o lado humano e reduz a ação em "O Protetor 2"

Filme traz de volta o personagem Robert McCall preocupado em ajudar as pessoas sem que elas saibam (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Há quatro anos, quando apresentou o personagem Robert McCall em "O Protetor", Denzel Washington contou um pouco da história do ex-agente especial da CIA que deixou tudo para trás para viver um homem comum preocupado em ajudar as pessoas sem que elas soubessem usando seu treinamento militar. Pegou gosto pela dupla jornada e retorna agora, de novo com direção de Antoine Fuqua, em "O Protetor 2" ("The Equalizer 2"). 


A sequência estreou em 1º lugar no ranking e teve o maior dia de abertura de todos os tempos para um filme do Denzel Washington no Brasil, acumulando R$ 635 mil no 1º dia de exibição (16/08) e é a primeira sequência da carreira de Denzel Washington em 40 anos.

A produção tem menos cenas de ação (mas violentas como as do primeiro filme) e a preocupação com as pessoas ainda maior, o que deixa o longa mais arrastado em alguns momentos e um pouco menos interessante que seu antecessor, que soube equilibrar bem ação e drama.

Novamente como um dos produtores, Denzel faz um McCall mais cansado, solitário como antes e com a amargura de quem não consegue esquecer o passado e a morte da mulher. Em Boston, ele agora é motorista de aplicativo e passa o dia transportando pessoas e escutando suas histórias, tentando sempre ajudar ou fazer justiça pelos passageiros mais próximos e sua comunidade.

O excesso de histórias paralelas acaba fazendo o expectador perder um pouco do foco do filme na trama principal: o assassinato da melhor amiga de McCall, a agente Susan Plummer (Melissa Leo). A partir daí, ele retoma o papel de justiceiro e se une ao antigo parceiro Dave (Pedro Pascal). Com a experiência de ex-agente, ele mata com precisão, empregando os mais variados objetos como armas, especialmente seu TOC para planejar sua defesa ou ataque aos inimigos.


Outros pontos favoráveis são a fotografia, bem explorada tanto nas locações em Boston quanto na área litorânea e a trilha sonora de Harry Gregson-Williams, que cumpre bem o seu papel, com classe e estilos variados, em especial o Rap, bem a cara do ator. Destaque para "In The Name of Love" (Jacob Banks), "Trouble Man" (Marvin Gaye), "In a Sentimental Mood" (Duke Ellington e John Coltrane) e o tema principal "Never Stop ft Jung Youth" (Hidden Citizens).

McCall é frio, mas ainda dá chance a seus oponentes de se arrependerem dos erros. E Denzel Washington está ótimo como sempre, com uma atuação mais confortável de seu personagem, apesar de brigar e matar menos. Só a presença dele já é garantia de um bom filme que merece ser visto. Mas "O Protetor 2" fica atrás do primeiro (imperdível), que pode ser visto na Netflix como "The Equalizer". Recomendo uma maratona no final de semana.



Ficha técnica:
Direção: Antoine Fuqua
Produção: Columbia Pictures / Sony Pictures / Escape Artists
Distribuição: Sony Pictures do Brasil
Duração: 2h01
Gêneros: Ação / Drama
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 3 (0 a 5)

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