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11 maio 2023

"Do Jeito Que Elas Querem - O Próximo Capítulo" uma comédia livre, leve e solta, para sair bem do cinema

As quatro amigas levam seu clube do livro para uma divertida viagem de despedida de solteira (Fotos: Universal Pictures)


Maristela Bretas

Leve, divertido e com um superelenco feminino que retorna após cinco anos do filme original. Este é "Do Jeito Que Elas Querem - O Próximo Capítulo" ("Book Club: The Next Chapter"), que reúne novamente quatro grandes estrelas do cinema: Diane Keaton (Diane), Jane Fonda (Vivian), Candice Bergen (Sharon) e Mary Steenburgen (Carol). 

Sem papas na língua, falando de sexo, frustrações, alegrias, romances tórridos (e outros nem tanto), as quatro mulheres, amigas há 50 anos, agora só pensam em fazer uma grande despedida de solteira. A felizarda é Vivian, que finalmente vai se casar com Arthur (Don Johnson, que participou do primeiro filme). 


Nada melhor que viajarem juntas para a Itália, terra do romance e do vinho. Um passeio planejado anos atrás e que nunca foi realizado por motivos diversos. 

Chegou a hora e elas não vão deixar passar. Influenciadas pelo livro "50 Tons de Cinza", lido por todas no clube do livro do primeiro filme, além de outros romances, elas agora estão mais maduras, aposentadas e dispostas a uma turnê do tipo "clube das garotas". 


Mas elas vão encontrar muito mais que bons hotéis. As férias relaxantes vão se transformar em uma aventura de cross-country única pelo país, regada a muito vinho, novos e velhos amores e vários perrengues.

Com esse elenco não se poderia esperar mais do que excelentes atuações, com diálogos recheados de insinuações picantes que proporcionam boas gargalhadas. Além de um figurino bem no estilo das atrizes. Destaque para o vestido de noiva de Vivian.


Candice Bergen, no papel de uma juíza aposentada, é a mais divertida. Especialmente quando se envolve com pretendentes que surgem ao longo do percurso. 

Vivian continua sendo a revolucionária, que agora tem hábitos mais saudáveis, como dormir cedo para preservar a pele e um café da manhã de muitas frutas. Sem recusar, claro um bom espumante.


Carol ainda é a mais careta e cheia de preocupações, especialmente com o marido Bruce (Craig T. Nelson, outro do primeiro filme). Diane não fica muito atrás e, mesmo vivendo há anos com Mitchell (Andy Garcia, também retornando neste longa), ainda permanece presa ao passado e ao marido morto. 

As novidades do elenco são os atores Giancarlo Giannini (o chefe de polícia), Hugh Quarshie (Ousmane) e Vincent Riotta (Gianni).


Como em "Do Jeito Que Elas Querem", de 2018, Bill Holderman é o diretor e divide roteiro e produção com Erin Simms. Novamente, eles acertaram no enredo ao tratar a uma amizade sincera e leal com o toque de humor ideal. Uma ótima continuação do primeiro filme que vale conferir para sair leve do cinema.


Ficha técnica:
Direção: Bill Holderman
Produção: Focus Features
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h48
Classificação: 12 anos
País: EUA
Gêneros: comédia, romance

15 fevereiro 2023

"Casamento em Família" tem elenco de estrelas numa história fraca sobre relacionamentos

Richard Gere, Diane Keaton, William H. Macy e Susan Sarandon estão no elenco da produção (Fotos: Paris Filmes/Divulgação)


Maristela Bretas


Um filme agradável, apesar do roteiro mediano e totalmente previsível, que reúne uma infinidade de clichês. Este é "Casamento em Família" ("Maybe I Do"), longa-metragem que estreia nesta quinta-feira (16) nos cinemas. 

Quem salva a produção é o elenco, formado por estrelas como Richard Gere, Susan Sarandon, Diane Keaton e William H. Macy, além de Emma Roberts e Luke Bracey.


A história se resume em discutir relacionamentos desgastados, arrependimentos, frustrações, traições e a instituição do casamento como uma solução para os problemas.

Três casais estão envolvidos na trama e, claro, acabam descobrindo que têm mais em comum do que desejavam. 

Gere e Keaton são os pais de Michelle (Emma Roberts) e, apesar de se amarem, não estão vivendo o melhor momento do casamento.


A jovem se baseia na boa relação deles e acredita que o "próximo pulo" de sua vida seja a troca de alianças com Allen (Luke Bracey). 

Mas o namorado não vê essa mesma "harmonia" em casa entre seus pais (Macy e Sarandon), que se odeiam. E teme que sua relação acabe como a deles.


Entre situações constrangedoras, longas conversas, juras de amor e redescobertas, "Casamento em Família" até pode levar casais a questionarem até onde vale à pena manter uma união desgastada, especialmente se envolve traição.

Sem surpresas

O longa é pura água com açúcar, não tem grandes momentos nem surpresas, mas distrai pelas atuações dos atores mais experientes. Especialmente a partir do momento que o jovem casal decide que as famílias devem se conhecer.

Também a música-tema "Always You" ("Wedding Version"), interpretada por Ruth B., é um dos destaques. Clique aqui para conferir. 


Outro ponto positivo do filme é a utilização de recursos de acessibilidade por meio do aplicativo Mobi Load, que oferece audiodescrição, legendas descritivas e libras.

"Casamento em Família" é uma comédia romântica, ideal para uma sessão da tarde. Mas ainda fica atrás de outra recente produção do gênero, "Ingresso para o Paraíso" (2022), com Julia Roberts e George Clooney , bem mais simpática e engraçada.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Michael Jacobs
Produção: Fifth Season, Vertical Entertainment
Distribuição: Paris Filmes
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h35
Classificação: 12 anos
País: EUA
Gêneros: comédia, romance

19 maio 2021

"Amor, Casamento e Outros Desastres" é um bolo de festa recheado de romances e clichês

 Maggie Grace é Jessie, uma organizadora de eventos desastrada que acredita no amor (Fotos: Califórnia Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


O que pode dar errado num casamento dos sonhos quando a organização é entregue a uma paraquedista que acaba de ser dispensada pelo namorado em pleno ar? Tudo. A partir daí, começam as histórias paralelas de "Amor, Casamento e Outros Desastres" ("Love, Weddings & Other Disasters"), comédia romântica que reúne um elenco de renome e outros nem tanto, repetindo uma infinidade de clichês. 

O longa, dirigido por Dennis Dugan (“Gente Grande 2”) estreia nesta quinta-feira (20) nos cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Niterói, Ribeirão Preto, Campinas e Barueri. A Califórnia Filmes não informou quando será disponibilizado em plataformas de streaming.


A paraquedista que resolve fazer um salto com o namorado, famoso apresentador de telejornal é Jessie English (Maggie Grace). Além de soltar o paraquedas do agora "ex" durante o salto, ela viraliza nas redes sociais ao aterrissar sobre o altar de uma cerimônia de casamento, estragando a celebração.

Sem sorte no amor, ela vai tentar melhorar sua má fama aceitando organizar o casamento de Liz Rafferty (Caroline Portu) com Robert Barton (Denis Staroselsky) futuro prefeito de Boston. Mas a todo o momento Jessie se envolve em situações desastrosas.


Entre uma trapalhada e outra e os arranjos do casório, ela também consegue conhecer um "carinha legal".  Afinal o filme é sobre romances e amor. Nada melhor que o manjado guitarrista clichê que ganha a vida tocando em clube noturno, bonitinho e cheio de charme. O papel coube ao cantor mexicano Diego Boneta (“O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio” - 2019), que interpreta Mack. Casal simpático, estilo água com açúcar.

Outros romances e situações que tentam, mas não conseguem ser engraçadas vão correndo paralelamente - um show de TV que vai entregar um milhão de dólares a um casal de estranhos que conseguir ficar mais tempo acorrentado. O casal de destaque é o desempregado Jimmy (Andy Goldenberg), irmão do futuro prefeito e a dançarina de boate Svetlana (Melinda Hill). Essa história poderia ser mais bem explorada, mas ficou muito, muito fraca. Nem com ajuda da máfia russa ajudou. Você chega a esquecer da história durante a exibição.


Tem também uma versão americana sem glamour de Cinderela pelas ruas de Boston. Capitão Ritchie (Andrew Bachelor) é um guia que transporta turistas pela cidade em um ônibus anfíbio. Numa de suas viagens ele conhece uma simpática passageira que ele batiza de Cinderela por ter um sapatinho de cristal tatuado no pescoço. Passa então a procurá-la por todos os lugares, despertando a curiosidade até mesmo da imprensa que vai ajudá-lo a encontrar o grande amor.


Para fechar o pacote, temos a bela voz e o charme de Jeremy Irons e a simpatia de Diane Keaton, que dão um suspiro diferente a essa comédia romântica. Ele é Lawrence Phillips, um viúvo sistemático e arrogante organizador de banquetes. Ela vive Sara, uma mulher cega independente e desastrada. Desde o pôster do filme já se sabe que vão ficar juntos. Não é spoiler, é clichê. Os dois premiados atores são os figurões globais colocados no elenco para atrair público.

"Amor, Casamento e Outros Desastres" é um filme sem grandes pretensões, que se propõe a falar de amor, romance e desencontros. Desde os primeiros minutos de exibição já se sabe quem vai ficar com quem. Um longa feito apenas para distrair. Ideal para assistir numa tarde fria, enrolada numa manta e com uma xícara de chá na mão (pode ser chocolate quente também)


Ficha técnica
Direção e roteiro: Dennis Dugan
Exibição: Nos cinemas (exceto BH)
Distribuição: Califórnia Filmes
País: EUA
Duração: 1h36
Gênero: Comédia romântica

24 julho 2019

"As Rainhas da Torcida": óbvio, engraçadinho e tipicamente americano, mas emociona

Diane Keaton comanda o primeiro grupo do país de "cheerleaders" da terceira idade, com direito a dança e pompons (Fotos: Universum Film/Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


Por preconceito ou não, dificilmente alguém que entenda minimamente de cinema vai se interessar por um filme chamado "As Rainhas da Torcida". E desta vez, não se pode culpar os tradutores e responsáveis pela versão. O título original é "Poms", algo que talvez signifique "Pompons". Ou seja: nada de atrativo. E quando a produção é classificada como comédia, ficam ainda mais reduzidas as chances de atrair. Acontece que o elenco é encabeçado por Diane Keaton, atriz cujo nome está sempre ligado a bons trabalhos e atuações elogiadas. Está aí um bom motivo para arriscar uma olhadela nas salas onde o filme será exibido a partir desta quinta-feira (25). 


Outra possibilidade que o filme tem de conquistar o público é a sinopse: com problemas de saúde, Martha (Diane Keaton) vai viver numa comunidade de aposentados perto de Phoenix, capital do estado americano do Arizona. Subvertendo as rígidas regras do condomínio, decide criar um grupo de "cheerleaders", o primeiro do país composto apenas por mulheres acima de 60 anos. 



Um detalhe: "cheerleaders" são aquelas meninas normalmente lindas e de corpos perfeitos que costumam rebolar e sacudir pompons para animar jogos nos Estados Unidos. O resumo é, portanto, no mínimo, curioso, e pode despertar o interesse de determinada faixa etária do público. Filmes sobre a maturidade estão na moda e tendem a fazer sucesso.  


Nada mais americano do que líderes de torcida. Nada mais americano do que condomínios cheios de regras onde moram idosos ricos e remediados. Nada mais americano do que desrespeitar essas regras, desde que o fim seja nobre e edificante o suficiente e ainda valorize a atividade física na terceira idade. Nada mais americano do que um bando de gente velha que canta, salta e dança sem se importar com o ridículo das gordurinhas e a falta de jeito. No Brasil, seriam chamadas de "velhinhas ilariê".


Uma curiosidade que pode enriquecer o filme, que tem roteiro e direção de Zara Hayes: além do elenco, majoritariamente feminino, dos cinco componentes da equipe de produção, três são mulheres, além da montadora. Isso talvez confira à produção um olhar marcadamente feminino, com suas particularidades, tons, cores e diálogos, nem sempre delicados. Às vezes, há ironia, principalmente quando o tema é a independência da mulher. 


"As Rainhas da Torcida" é, enfim, uma comédia tipicamente americana, com alguns toques de drama para equilibrar e temperar. Além de Diane Keaton - cuja transformação e expressão corporal impressionam ao longo do filme, na medida em que sua saúde piora - as demais atuações são corretas: Jacki Weaver como a espevitada vizinha de Martha; Celia Weston e Pam Grier como as amigas solidárias Vicki e Olive; Alisha Boe e Charlie Tahan como Chloe e Ben, os inevitáveis personagens jovens que acabam apostando nas velhinhas; e Bruce McGill, como Carl, espécie de xerife do condomínio, meio bravo, meio bonzinho. 

Tudo como o esperado, sem nenhuma surpresa ou novidade. Interessante é que, talvez por ser tão bem construído dentro de obviedades, o filme emociona. Em certos momentos, fica difícil segurar as lágrimas.
Classificação: 12 anos
Duração: 1h31
Distribuição: Diamond Films


Tags: #AsRainhasDaTorcida, #Poms, #DianeKeaton, #DiamondFilms, #comedia, #cinemanoescurinho