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07 janeiro 2022

"Harry Potter: De Volta a Hogwarts" - um emocionante retorno ao mundo mágico do famoso bruxo

(Fotos: HBO Max e Divulgação)


Maristela Bretas


Passados 20 anos desde a estreia no cinema de "Harry Potter e a Pedra Filosofal" (2001), o famoso bruxinho ainda é capaz de provocar lágrimas e trazer boas lembranças. Prova disso é o especial "Harry Potter: De Volta a Hogwarts", produzido para comemorar as duas décadas de magia e encanto. O documentário está em exibição na HBO Max

Para os fãs e todas as pessoas que tiveram a oportunidade de acompanhar a história de Harry Potter (Daniel Radcliffe), Hermione Granger (Emma Watson), Ron Weasley (Rupert Grint) e seus amigos e inimigos mágicos, o especial é um presente imperdível.


Tudo começa a partir de um convite feito aos atores e diretores que vão contar a história desta saga, dividida em oito filmes, exibidos ao longo de dez anos. Claro que o público é parte importante dessa trajetória. Daniel, Emma e Rupert relembram os bons momentos e as transformações sofridas. 

Desde o primeiro filme, quando tinham 12, 10 e 13 anos respectivamente, até a despedida em "Harry Potter e As Relíquias da Morte - Parte 2", em 2011. De crianças que achavam tudo uma grande diversão a atores adultos encerrando uma das mais marcantes adaptações da literatura juvenil que marcou gerações.


"Harry Potter: De Volta a Hogwarts" não economiza recordações e emoções. Mostra as brincadeiras no set de filmagens, as amizades formadas entre os integrantes do elenco, os erros de gravação, a vibração por uma cena bem realizada, o aprendizado com grandes nomes do cinema britânico e também a tristeza pela perda de alguns deles. 

Inclusive durante as filmagens, como Richard Harris, (que faleceu em 2002), intérprete do poderoso e simpático mestre bruxo Alvo Dumbledore. Uma linda homenagem é prestada a ele e outras grandes estrelas do elenco que já partiram, como Alan Rickman (Severus Snape), que morreu em 2016, e John Hurt (Sr. Ollivaras), em 2017.

Da esq. para direita: Richard Harris, Alam Rickman e John Hurt

É muito bacana ver os atores conversando nos cenários recriados de Hogwarts, contando como eram montados os efeitos usados na época, os diretores falando sobre como foi trabalhar com os atores ainda crianças e também como foi vê-los crescer física e profissionalmente. Mas o que mais atraiu e encantou a todos foi a magia saindo dos livros de J. K. Rowling e ganhando as telas de cinema, atraindo milhares de fãs até hoje. 


Além do trio principal, participam do especial os atores Gary Oldman (Sirius Black), Helena Bonham Carter (Bellatrix), Robbie Coltrane (Rubeus Hagrid), Ralph Fiennes (Lord Voldemort), Tom Felton (Draco Malfoy), os gêmeos James e Oliver Phelps (Fred e George Weasley), Bonnie Wright (Ginny Weasley), Matthew Lewis (Neville Longbottom), Evanna Lynch (Luna Lovegood) e vários outros atores, e diretores como Chris Columbus, responsável pelos dois primeiros filmes.


Tudo isso é mostrado no documentário, com vários atores contando sua experiência na saga e revisitando alguns cenários do primeiro filme, como a escola de magia Hogwarts. Vilões e heróis dividem o mesmo espaço, relembram cenas marcantes, se emocionam e se divertem no encontro. 

Vale muito a pena conferir, uma grande viagem ao Mundo de Harry Potter. Caem até alguns ciscos nos olhos em várias partes do filme, especialmente no final.


Ficha técnica
Exibição: HBO Max
Duração:1h30
Classificação: Livre
Gêneros: Documentário / Fantasia
Nota: 4 (0 a 5)

17 janeiro 2020

"Adoráveis Mulheres" - um clássico revisitado

Elenco é formado por talentos da nova geração de Hollywood como Eliza Scanlen, Saiorse Ronan, Emma Watson e Florence Pugh (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Carol Cassese


O público é predominantemente feminino, mas as idades são variadas. Há tanto os grupos de senhoras da terceira idade quanto jovens, interessadas tanto numa história de viés feminino quanto na nova empreitada da atriz e diretora norte-americana Greta Gerwig, 36, já há muito alçada ao posto de cult - como esquecer a cena de "Frances Ha" (2012) na qual ela corre pelas ruas de Nova York ao som de "Modern Love", de David Bowie, em imagens em P&B? 
 
Mas, bem, aqui estamos falando de "Adoráveis Mulheres" ("Little Women"), único filme com direção feminina que fez bonito nas indicações do Oscar - concorre, por exemplo, a Roteiro Adaptado e a Melhor Filme.  Em cartaz na cidade, trata-se de mais uma adaptação para o cinema do célebre romance de 1868 de Louisa May Alcott, também conhecido como "As Filhas do Dr. March" ou "Mulherzinhas".  


Na adaptação anterior, a de 1994, dirigida por Gillian Armstrong, Winona Ryder capitaneava o elenco, interpretando Josephine, ou simplesmente Jo, uma garota adiante de seu tempo. O cast ainda trazia Claire Danes e Kirsten Dunst.  Agora, o papel de Jo é delegado a Saiorse Ronan, que já havia trabalhado com Greta em "Ladybird - A Hora de Voar" (2017). 
 
Conhecida também por filmes como "Um Olhar do Paraíso", "Brooklyn" e "Duas Rainhas", Saiorse, 25, é uma atriz que cresceu diante do público (começou a atuar ainda criança, em filmes como "Desejo e Reparação") e, aqui, dá um banho de interpretação, o que explica o fato de estar sendo indicada a Melhor Atriz nos principais prêmios da temporada, como o Globo de Ouro e, claro, o Oscar.

Mas o elenco como um todo é estelar. A começar de Laura Dern, perfeita como a Sra. March, a matriarca da família, que cuida da criação das quatro filhas enquanto o marido está servindo o país, na Guerra Civil Americana. Além de Jo, a prole é composta por Beth (Eliza Scanlen, da série da HBO "Sharp Objects"), Meg (a britânica Emma Watson, da saga "Harry Potter") e Amy (Florence Pugh, outra britânica). Florence, aliás, está indicada a Atriz Coadjuvante no Oscar. 


As quatro meninas têm personalidades distintas, que por vezes se chocam, mas o amor que une a família sempre fala mais alto. De saúde mais frágil, a caçula é o xodó de todas. Jo, como já pontuado, é uma mulher avant la lettre, e, longe de sonhar com um casamento, como seria esperado por uma garota de sua idade naquela época, prefere se debruçar sobre a escrita e vender seus textos para, com o dinheiro obtido, ajudar a família. 
 
Ficou faltando Meryl Streep? Sim... Ela é a rabugenta e (por que não?) divertida Tia March. Mas, bem, falar do talento de Meryl é gastar linhas em vão. Afinal, taí uma atriz cujas performances dispensam comentários. E por último, mas não menos importante, já que optamos por ratificar o poderio do elenco feminino, tem Hannah, a "maid" da família, vivida por Jayne Houdyshell. 

Nesta nova versão, a história é narrada em dois tempos. Greta, talvez frustrando os que esperavam dela mais arrojo, opta por uma narrativa basicamente tradicional, com direito a cenas que algumas vezes até soam edulcoradas demais (como as da praia, com crianças soltando pipas e correndo, às gargalhadas). Das poucas inovações a que se permite está a narração do conteúdo das cartas, lidas, na tela, pelos próprios autores, em um enquadramento no qual eles olham para o público.


Quanto a falar da história, é um pouco chover no molhado, posto que estamos nos referindo a um clássico. Aliás, um parêntese: o livro é um dos norteadores das personagens da saga "A Amiga Genial", de Elena Ferrante. Sim, teremos lágrimas na plateia. Mas também risos suaves e muito enternecimento. 
 
Aqui, a felicidade se sobrepuja a uma realidade difícil, no qual a falta do dinheiro muitas vezes bate à porta para desfazer sonhos e planos. No entanto, a história aponta como a união e solidariedade acabam sendo o caminho para uma sobrevivência que, não raro, até surpreende, por ser menos árdua do que o previsto em frente a tanta adversidade.  

Assim, mesmo com pouco, a Sra. March não deixa a família pobre que mora nas cercanias enfrentar o inverno rigoroso com a barriga vazia. E ao ver o belo gesto das mulheres, o vizinho Mr. Laurence (Chris Cooper) também entra em cena, repondo a mesa, abrindo sua biblioteca para saciar a fome de saber de Jo e disponibilizando seu piano (que o remete à ausência da filha) para que Beth exercite seu dom. O velho "gentileza gera gentileza". E move o mundo para lugares melhores.



E, sim, se falamos do elenco feminino, vale também situar o masculino para além do já citado Cooper. Destaque para Timothée Chalamet (Laurie, postulante ao amor de Jo) e para o francês Louis Garrel, como o professor Friedrich Bhaer, e James Norton como John Brooke, que arrebanha o coração de Meg. Chalamet firma-se como um talento da nova geração, enquanto Garrel confirma também seu carisma e presença cênica. 
 
Ah, sim... E há um prêmio Pulitzer no elenco. O dramaturgo Tracy Letts faz o Sr. Dashwood, que julga (e compra) os textos de Jo. Já o Sr. March cabe a Bob Odenkirk. Com tantas credenciais e falas que merecem ser sublinhadas e guardadas na memória, "Adoráveis Mulheres" é outro ponto positivo na carreira dessa encantadora garota de Sacramento, de nome Greta Celeste Gerwig.



Ficha técnica:
Direção: Greta Gerwig
Produção: Sony Pictures
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 2h15
Gêneros: Drama / Romance
País: EUA
Classificação: 10 anos
Nota: 4 (0 a 5)

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