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11 janeiro 2024

Jason Statham deixa rastro de sangue em "Beekeeper - Rede de Vingança"

Ator interpreta um apicultor que faz justiça com as próprias mãos e passa o filme inteiro ferindo e matando quem atravessa seu caminho (Fotos: Leonine)


Maristela Bretas


Pancadaria, explosões, tiros e muita violência marcam o mais novo filme de ação e suspense de Jason Statham, "Beekeeper - Rede de Vingança" ("The Beekeeper"), que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira. O ator é um dos produtores (o que virou rotina em seus longas), juntamente com o roteirista Kurt Wimmer e o diretor David Ayer.

Beekeeper em português significa apicultor. Como bom cuidador de abelhas que lhe garantem o sustento com a extração do mel, nosso astro vai muito além e dá um novo significado na proteção de sua colmeia. Mesmo que para isso seja preciso matar a rainha.


Jason Statham, conhecido principalmente por seus papeis em "Infiltrado" (2021) e nas franquias "Mercenários" (de 2010 a 2023) e "Velozes e Furiosos", incluindo "Hobbs & Shaw" (2013 a 2023) é Adam Clay, um ex-integrante da Beekeepers, uma organização especial poderosa e clandestina de "resolvedores de pendências impossíveis". Ele vive no anonimato e leva uma vida pacata, cuidando de um apiário numa área remota no interior dos EUA.

Após perder uma pessoa muito próxima e querida, Clay parte em busca dos responsáveis e sai deixando um rastro de sangue e destruição pelo país, capaz de movimentar outras organizações, agências nacionais e até o governo. 

O protagonista passa o filme inteiro ferindo, matando ou deixando desacordado quem tenta impedi-lo de chegar ao cabeça dos crimes cibernéticos que estão lesando milhares de pessoas, especialmente os idosos.


Nesta caçada, ele terá de enfrentar a persistente agente do FBI, Verona Parker (Emmy Raver-Lampman), e o parceiro dela, Matt Wiley (Bobby Naderi) que estão em seu encalço. Tem também o rico e mimado empresário da tecnologia, Derek Danforth (Josh Hutcherson, de "Five Night At Freedy´s - O Pesadelo Sem Fim" - 2023). O ator está bem, apesar de o seu personagem ser bem caricato. 

Já o assessor dele e ex-diretor da CIA, Wallace Westwyld, é vivido pelo ótimo Jeremy Irons ("Operação Red Sparrow" - 2018), que merecia maior destaque, como o papel de vilão, por exemplo.


O público não poderá reclamar da efeitos visuais, especialmente nas cenas de violência. Adam Clay é uma máquina de moer adversários nas artes marciais, mas sem dispensar facas, pistolas, metralhadoras e explosivos quando necessário. 

"Beekeeper - Rede de Vingança" é bem previsível desde o início: o mocinho bombado foda, charmoso com cara de mal, que luta muito, bate e apanha muito também para defender os mais fracos (suas abelhas e a colmeia). Trata-se de um filme sobre a jornada sangrenta de um homem só, que explora ao máximo a capacidade de luta do ator e de seus dublês.


E é seguindo essa cartilha que está dando certo que Statham fatura milhões e entrega o esperado por seu público, mesmo com furos no roteiro e violência exagerada. Não espere momentos amenos nem romance. Essa não é a linha de atuação do ator, que vem desempenhando papéis muito semelhantes nos últimos anos em seus filmes de ação e suspense.

Confesso que gosto de seus longas, até mesmo dos ruins, o que não é o caso de "Beekeeper". O enredo, já usado em vários filmes do gênero, especialmente nos de Statham, está amarrado direitinho e agrada. Nada excepcional, não deixa de ser o novo do mesmo, com mais tecnologia, tiro, porrada, bomba e classificação para 18 anos - o sangue espirra na tela. Indico para quem gosta do ator e destes gêneros.


Ficha técnica
Direção: David Ayer
Produção: Miramax Films
Distribuição: Diamond Films
Duração: 1h45
Exibição: nos cinemas
Classificação: 18 anos
País: EUA
Gêneros: ação, suspense
Nota: 3,5 (0 a 5)

02 outubro 2023

Sylvester Stallone e Jason Statham não conseguem salvar "Os Mercenários 4"

Produção deixa muito a desejar e tem a pior bilheteria de estreia da franquia (Fotos: Lionsgate/Divulgação)


Maristela Bretas


O mais fraco dos quatro filmes. Depois de seu antecessor, era esperado que "Os Mercenários 4" ("Expend4bles") fosse um dos melhores da franquia ou, pelo menos, mantivesse uma bilheteria de estreia tão boa quanto os demais. Mas o que aconteceu foi exatamente o contrário. 

A produção, dirigida por Scott Waugh, tem tido uma arrecadação abaixo da média esperada, tanto nos EUA quanto no restante do mundo desde a sua estreia dia 21 de setembro. Na sessão que fui no dia da estreia em BH havia umas dez pessoas no cinema.


Não levando em conta a história (que nunca foi o destaque de todos os filmes),este quarto capítulo perdeu em tudo: cenas de ação, elenco e até na parte cômica. 

Apesar de ainda ser a estrela, Sylvester Stallone (Barney Ross) aparece pouco, deixando o brilho e quase todo o protagonismo para o parceiro Jason Statham (Christmas), que também é um dos produtores.

O mercenário Barney Ross está tão desmotivado para continuar o grupo quanto Stallone parece estar para continuar a franquia, fazendo a linha "vou me aposentar em breve". 

Já Statham está em ritmo acelerado, com várias produções blockbusters, apesar de muitas delas deixarem a desejar, como "Megatubarão 2", lançado este ano. Mesmo assim, são eles que carregam o filme.


Outro ponto que pesou contra o longa foi o elenco. Do grupo original, além dos dois, sobraram apenas Dolph Lundgren e Randy Couture. Saíram o divertido Terry Crews e o grande lutador, Jet Li. 

Seria difícil superar os elencos de grandes nomes de filmes de ação e luta que participaram de "Os Mercenários 2" (2012 ) e "Os Mercenários 3"  (2014). 


No filme 2 estavam Bruce Willis, Jean-Claude Van Damme e o lendário Chuck Norris. Já o terceiro episódio ganhou mais ícones, como Harrison Ford, Arnold Schwarzenegger, Mel Gibson, Antônio Banderas, Wesley Snipes e alguns lutadores de UFC, como Ronda Rousey. Uma coisa que não faltou em nenhum dos três filmes anteriores foi muito tiro, porrada e bomba.

Para "Os Mercenários 4" ressuscitaram Megan Fox ,que mantém as mesmas caras e bocas e interpretação fraca; trouxeram Andy Garcia para ser o chefe que determina as missões do grupo, lugar antes ocupado por Bruce Willis -  mais deslocado impossível. 


Para garantir a parte de luta com Statham, temos o ator e lutador tailandês Tony Jaa, de "Velozes e Furiosos 7" (2015) e o ator e coordenador de dublês Indonésio, Iko Uwais ("Star Wars - O Despertar da Força" - 2015). 

Já 50 Cent ("Nocaute" - 2015) foi pouco aproveitado, assim como Jacob Scipio ("Bad Boys - Para Sempre" - 2020), que interpreta o filho de Galgo (papel de Antonio Banderas no filme três), com os mesmos trejeitos, porém sem a mesmo charme e tiradas engraçadas.


Na história, os mercenários, com nova formação e ainda sob o comando de Barney Ross, são convocados para uma missão que pode ser fatal: desmascarar um perigoso vilão e impedir que ele inicie uma Terceira Guerra Mundial. 

Bem clichê, mas poderia ter funcionado se fosse melhor trabalhada. Mesmo aumentando a violência, o sangue jorrando e as lutas, os efeitos visuais e o roteiro não sustentam o longa. "Os Mercenários 4" decepciona e é quase esquecível, podendo se tornar o último da franquia, dependendo da arrecadação na bilheteria.


Ficha técnica:
Direção: Scott Waugh
Produção: Lionsgate, Millennium Films, California Filmes e Nu Image
Distribuição: Imagem Filmes
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h43
Classificação:18 anos
País: EUA
Gênero: ação

11 agosto 2023

"Megatubarão 2" tem de tudo, até tubarões gigantes

Sequência do filme de 2018 traz novamente Jason Statham lutando com monstros submarinos ainda maiores
(Fotos: Warner Bros.)


Maristela Bretas


Há exatos cinco anos, o britânico Jason Statham enfrentava seu mais gigantesco inimigo. E aparentemente teria saído vencedor. Só que não. Agora, um novo Megalodon de 25 metros de comprimento está de volta em "Megatubarão 2" ("Meg 2 - The Trench"), para satisfação dos fãs do ator, que retorna no papel do mergulhador Jonas Taylor. O filme está em cartaz, também em versões acessíveis.

O longa é uma sequência de "Megatubarão, de 2018, que teve direção de Jon Turteltaub, que muitos fãs ainda consideram melhor por explorar mais as cenas dos ataques do gigantesco assassino do mar. 


Enquanto que no segundo, as lutas e malabarismos de super-herói de Statham são o destaque - até chute o personagem dá na boca do bichão. O primeiro filmes pode ser conferido nos canais de streaming Prime Vídeo e HBO Max.

Simpático e com comentários sarcásticos e divertidos, mesmo quando está distribuindo muita porrada, Statham exagerou nas cenas de luta deixando o principal foco, que são os tubarões gigantes submarinos à solta, em segundo plano. Quase como se estivesse num dos longas da franquia "Missão Impossível". 


Mas Statham não brilha sozinho. O astro chinês da vez é Jing Wu, que interpreta o cientista Jiuming Zhang, filho do pesquisador que morreu no primeiro filme. Estranho que ele nunca foi citado em "Megatubarão" e aparece do nada como o filho que não era reconhecido pelo pai, mas segue os passos dele.


Do elenco do primeiro filme estão de volta Shuya Sophia Cai, que fez a pequena Meiying, agora com 15 anos e uma nerd em tecnologia, como a mãe; Cliff Curtis (Mac) e Page Kennedy (DJ). No novo elenco, nomes pouco conhecidos, como Sergio Peris-Mencheta (Montes), Skyler Samuels (Jess) e Melissanthi Mahut (Rigas).


Desta vez, a equipe de pesquisas de Jiuming e Jonas volta às profundezas do Oceano Pacífico e descobre novos megalodontes e outros monstros gigantes, além de uma operação ilegal de mineração para extração de um mineral raro.  

Eles precisam impedir a ação dos exploradores e parar a retirada do material que pode afetar todo o ecossistema marinho. A luta fica ainda mais difícil quando megatubarões e outros monstros gigantes escapam da região submarina.


Há até mesmo referências ao clássico "Tubarão", de 1975, dirigido por Steven Spielberg e que inspirou sequências e vários filmes do gênero. A trilha sonora, composta por Harry Gregson-Williams, responsável também pelo primeiro filme e “Perdido em Marte” (2015), adiciona tensão e emoção, acentuando as sequências de ação.

Ação não falta e os efeitos especiais dos ataques dos monstros são bem feitos, mesmo que exagerados. Ou seja, "Megatubarão 2" entrega o esperado, mesmo tendo saído da proposta inicial. Uma continuação divertida que deixa no ar a possibilidade de uma terceira produção.


Ficha técnica:
Direção: Ben Wheatley
Produção: Warner Bros. Pictures
Distribuição: Warner Bros.
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h56
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gêneros: ação, suspense

18 maio 2023

"Velozes e Furiosos 10" aposta em elenco milionário e mais ação para retornar com o mais do mesmo

Vin Diesel retorna com seus carros possantes em perseguições e acidentes cinematográficos  (Fotos: Universal Studios)


Marcos Tadeu
Blog Narrativa Cinematográfica


Sem perder o estilo do absurdo que marcou a franquia desde o primeiro filme em 2001, onde tudo o improvável é possível, “Velozes e Furiosos 10” ("Fast X") estreia nos cinemas nesta quinta-feira (18) com um elenco milionário. 

A missão agora é conquistar uma bilheteria superior a de seus antecessores. Especialmente por deixar pontas soltas para todos os personagens, exigindo uma continuação que pode desagradar até mesmo os fãs.


O novo capítulo é dirigido por Louis Leterrier, após a saída repentina de Justin Lin por causa de decisões criativas no roteiro. Além das perseguições de carro, que são de encher os olhos, outro grande atrativo do filme é o elenco. 

Temos a equipe quase completa de Vin Diesel (Dominic Toretto), que ele chama de família - Michelle Rodriguez (Letty Toretto), Tyrese Gibson (Roman), Ludacris (Tej), Nathalie Emmanuel (Megan), Jordana Brewster (Mia) e Sung Kang (Han).


Mas as novidades caras do longa são atores como Jason Momoa (Dante Reyes), Jason Statham (Deckard Shaw), Charlize Theron (Cipher), Brie Larson (Tess), Helen Mirren (Magdalene, mãe de Deckard), Scott Eastwood (Little Nobody), John Cena (Jakob Toretto) e outros que são surpresas.

A premissa do 10º filme parte dos acontecimentos de "Velozes e Furiosos 5: Operação Rio” (2011), quando descobrimos que o famoso traficante do Rio de Janeiro, Hernan Reyes, que morreu naquele filme, tem um filho chamado Dante. 


Ele quer vingança contra Toretto, fazendo com que sua família e todos a seu redor sofram pela morte do pai dele e a perda da fortuna que estava no cofre roubado por Dom e Brian (Paul Walker) no Rio de Janeiro. 

Dante vai caçar Dom em diversos locais - Los Angeles, Londres, Brasil, Portugal, Roma e até na Antártida -, usando tecnologia de ponta e mercenários bem pagos.


Pontos positivos

Um dos pontos positivos do longa é apostar em personagens isolados, vindos de filmes passados da saga. O próprio Dante teve passagem relâmpago no capítulo 5 e agora é o vilão na disputa com Dom. Temos também caras novas, como Isabel (Daniela Melchior), ligada ao mesmo longa. 

Mas quem rouba a cena quando aparece é Deckard Shaw que, além de transformar seus inimigos em sacos de pancada (literalmente), entra na briga quando o vilão resolve mexer com sua família. Ele logo busca um jeito de resolver o problema.


As cenas de ação são boas e cumprem o que prometem, mas são praticamente reproduções do que já vimos nos filmes anteriores. Destaco a sequência da bomba gigantesca em forma de bola, rolando pelas ruas de Roma e causando destruição - excelente mesmo sendo bem exagerada. 

As demais, comparadas a outros filmes, são mais do mesmo, com grandes efeitos visuais, muito tiro, porrada e bomba para manter o padrão, incluindo carros e crianças voando, capotamentos e perseguições cinematográficas.


Até a trilha sonora foi bem menor que a dos filmes anteriores. A novidade é uma das canções da cantora Ludmilla, que também faz uma breve ponta no filme. Não acrescenta em nada, poderia ser qualquer pessoa, mas vale pela participação da brasileira.

O filme parece que quer viver de fan service o tempo todo. Até os “pegas de rua” com aposta são colocados para causar nostalgia ao relembra a origem da franquia. No entanto, parece que o diretor esqueceu que o formato mudou, e situações como essas ficam só na lembrança, algo bem passageiro.


Defeitos graves

“Velozes e Furiosos 10” tem dois grandes defeitos. O primeiro é sobre Brian’ O Conner (Paul Walker). Se ele foi contextualizado na cena inicial que é o grande mote do filme em relação ao vilão, esperava- se que o personagem fosse estar junto de sua família, nos dias atuais. Porém, só temos pequenas homenagens com cenas passadas. 

Até sua esposa Mia volta para o grupo, mas Brian é citado apenas como o cara que cuida dos filhos, enquanto a mulher pula de um país para outro com o time de Dom. É bem deprimente ver um personagem de tamanha importância para toda a franquia, ser resumido a uma bábá. 


Muito se fala sobre o irmão mais novo de Paul Walker, Cody, entrar na franquia e continuar o legado, só que isso não aconteceu neste longa. Será que vão colocar mais pra frente? 

A participação especial foi da filha do ator falecido, a modelo Meadow Walker, que fez uma aparição rápida como a aeromoça do voo de John Cena. O certo é que o personagem Brian continua vivo na franquia, porém completamente apagado.


O segundo defeito do longa é o vilão Dante Reyes. De todos que já apareceram na franquia é o que mais destoa, com Jason Momoa entregando um personagem com muitas expressões caricatas. 

Perde feio se comparado, por exemplo, com Cipher e Deckard Shaw, vilões que conseguiram passar motivação, sem serem exagerados, se apresentando no tom certo. 


Fiquei com a impressão de que Momoa estava em outra frequência, completamente diferente de toda a galeria de vilões já vista na saga. Será que a proposta seria a de não se levar a sério o capítulo 10? Ele seria uma grande piada em que o vilão é quase um humorista?

“Velozes e Furiosos 10” diverte como um bom filme de ação que não pode ser levado a sério. Mas o número excessivo de continuações coloca em xeque a qualidade de cada nova produção e a paciência do público.


O novo longa é uma colcha de retalhos de tudo o que já foi apresentado nos antecessores. Recupera cenas, personagens e dramas para explicar o roteiro modificado com a troca do diretor e que acabou ficando um pouco confuso. 

Ao final, o filme deixa várias interrogações, o retorno de personagens nos minutos finais que podem agradar (ou revoltar), além da cena pós-crédito. Nada que não se resolva com mais dois capítulos. Haja criatividade!


Ficha técnica:
Direção: Louis Leterrier
Produção: Universal Pictures / One Race Films
Distribuição: Universal Pictures Brasil
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h21
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gênero: ação

04 agosto 2021

Jason Statham, mais vingativo e sem perder o estilo porrada e tiro, retorna em "Infiltrado"

Produção dirigida por Guy Ritchie é a quarta parceria do diretor com o ator britânico (Fotos: MGM/Divulgação)


Maristela Bretas


Com sangue nos olhos, Jason Statham protagoniza "Infiltrado" ("Wrath of Man"), produção dirigida por Guy Ritchie que estreia dia 26 de agosto nos cinemas. O ator chega com um semblante ainda mais sombrio, em busca de vingança, sem brecha para momentos de ironia ou piadinhas. Como na franquia "Mercenários" (2010, 2012 a 2014), "Velozes e Furiosos - Hobbs & Shaw" (2019) e até mesmo "Megatubarão" (2018).


Trabalhar com Guy Ritchie não é novidade para Statham. Na verdade, o diretor foi quem descobriu o ator em 1998 e o convidou para entrar para o mundo do cinema na produção "Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes" (1998). 

A dupla se encontrou novamente em "Snatch - Porcos e Diamantes" (2000) e pela terceira vez em "Revólver" (2005). Dezesseis anos depois, eles se reencontram em "Infiltrado", sem perder o ritmo e o estilo que sempre marcou a carreira do ator.


O novo filme, como era de se esperar, tem muita ação, porrada e tiros. Statham é Harry (ou, como é mais conhecido, "H"), um homem misterioso contratado por uma empresa de carros-fortes que transporta milhões de dólares diariamente pela cidade de Los Angeles.


Com habilidades de luta e grande conhecimento de armas ele consegue se livrar de um assalto. Logo se destaca entre os colegas de trabalho e desperta a atenção dos chefes. O que eles não sabem é o real motivo de Harry estar trabalhando na empresa.


"Infiltrado" é bem conduzido por Guy Ritchie, tem boas cenas de luta, e um elenco que conta, além do protagonista, com Scott Eastwood como o outro nome conhecido. São poucas estrelas que ajudam Statham a se destacar, até mesmo quando está apanhando e pode agradar aos fãs do ator.


Com uma arrecadação superior a 100 milhões de dólares nos cinemas dos EUA e internacionais, além da exibição na plataforma de streaming, somente agora o longa desembarca nas telas brasileiras. Isso pode tirar um pouco o interesse de parte do público de ir ao cinema. Mas é um filme que merece ser visto na tela grande.


Ficha técnica:
Direção: Guy Ritchie
Exibição: nos cinemas 
Distribuição: Imagem Filmes
Duração: 1h59
Classificação: 16 anos
País: EUA
Gêneros: Ação / Suspense
Nota: 3 (de 0 a 5)

01 agosto 2019

"Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw" explora franquia e carisma dos protagonistas para atrair fãs

Dwayne Johnson, Jason Statham e Vanessa Kirby se unem para lutar contra um perigoso vilão mudado geneticamente (Fotos Universal Pictures/Divulgação)

Pedro Santos


Spin-off da famosa franquia de ação, "Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw" ("Fast & Furious Presents: Hobbs & Shaw") aproveita o carisma dos personagens principais, interpretados por Dwayne “The Rock” Johnson (Luke Hobbs), e Jason Statham (Deckard Shaw) para faturar mais uma boa bilheteria até a chegada do nono filme da série, previsto para maior de 2020. Antagonistas nos filmes 5 e 7 (2015) da franquia, eles se reencontraram em "Velozes e Furiosos 8" (2017) e são obrigados a trabalharem juntos pela primeira vez. A química desta divertida dupla de ação foi responsável por uma das melhores sequências do filme e levou os produtores a fazerem esta derivação da franquia.


O longa é estúpido, previsível e bastante exagerado, o roteiro não passa de uma desculpa para termos as cenas de ação. Os diálogos são caricatos e cheios de frases de efeito. Dito isso, ele acaba se tornando uma produção bem divertida, praticamente um desenho animado, levando-se em consideração o rumo que a franquia tomou a partir do quinto filme. Qualquer um que comprar um ingresso para esse "Hobbs & Shaw" sabe exatamente o que esperar: piadas em excesso, tiros e explosões que muitas vezes não fazem sentido (e nem precisam fazer).


Filmes como os da franquia "Velozes e Furiosos" servem para desligar o cérebro e simplesmente aproveitar o passeio. Logo depois que sair do cinema você provavelmente irá esquecer-se da trama e lembrar apenas das piadas e das cenas de ação. O diretor David Leitch está cientes do que o filme é, e não tenta ser diferente. Muito pelo contrário, apela para seu público alvo de uma maneira invejável. Porém há algumas partes que perdem um pouco o ritmo, como no último ato, por exemplo, que começa arrastado e demora bastante para engatar.


Na trama, Hobbs e Shaw são novamente obrigados a trabalharem juntos, apesar de suas personalidades e gostos opostos. A dupla precisa unir forças para enfrentar Brixton (Idris Elba), comandante de uma organização terrorista alterado geneticamente que se tornou uma ameaça biológica global. Para tanto, eles contam com a ajuda de Hattie (Vanessa Kirby), irmã de Shaw, que é também agente do MI6, o serviço secreto britânico.


Os atores não são tecnicamente bons, mas o carisma da dupla principal carrega o filme, que conta ainda com as excelentes participações especiais. A maioria das piadas é boa, porém o filme se apoia muito em referências de outros longas, o que pode ficar um pouco cansativo para quem não gosta desse tipo de humor. Idris Elba, o melhor do elenco, interpreta o vilão e, infelizmente, faz um personagem chato com uma performance igualmente esquecível. Também participam da trama os atores Vanessa Kirby, Helen Mirren, Eddie Marsan, Elza Gonzales e grande elenco.


"Hobbs & Shaw" é um filme que se encaixa nos padrões recentes da franquia e agradará aos fãs pela ação exagerada e pelo humor. Se você está buscando por um filme inteligente ou inovador, procure outra opção no cinema. Entretanto, se quiser deixar o realismo de lado, sente-se e aproveite o filme pelo que ele é. Vai ser um passatempo interessante.Muitos poderão achar que se trata de uma produção trivial e sem substância, mas serão as bilheterias, como sempre, que irão ditar se o spin-off vai merecer ou não uma continuação com a explosiva dupla.



Ficha técnica:
Direção: David Leitch
Produção: Universal Pictures
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 2h16
Gênero: Ação
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

Tags: #VelozesEFuriosos, #HobbsEShaw, #Universal PicturesBrasil, #DwayneJohnson, #JasonStatham, #ação, #IdrisElba, #cinemaescurinho

13 agosto 2018

"Megatubarão" - Um filme de ação para divertir e chinês nenhum botar defeito

Produção tem ação de sobra, bons efeitos e Jason Statham de mocinho (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Jason Statham está emplacando mais um sucesso sem precisar da ajuda de amigos "Mercenários" ou "Velozes e Furiosos". "Megatubarão" ("The Meg") abocanhou a liderança das bilheterias no seu primeiro final de semana de estreia, levando mais de 442 mil pessoas aos cinemas nacionais e somando uma arrecadação de R$ 7,9 milhões. O elenco principal conta ainda com a premiada atriz chinesa Bingbing Li, completando com Statham e o monstro gigante a receita certa para arrastar o lucrativo público chinês, que ainda aguarda o lançamento do filme nas salas do país.

O longa entrega o que propõe: ação, um pouco de suspense, muitos clichês, efeitos especiais que enchem a tela (literalmente), diálogos divertidos e o romance do par principal. Feito para agradar ao público que vai ao cinema para ver um filme sobre um tubarão gigantesco dado como extinto, situações previsíveis, cenas inacreditavelmente irreais mas muito bem feitas e, claro, Jason Statham.

O ator está bem no papel, nem precisou dar porrada em ninguém, só bancar o mocinho que defende a cientista Suyin (Bingbing Li) que não o tolera e a filhinha dela (interpretada pela fofa Sophia Cai). E ainda faz questão de mostrar o dorso "tanquinho" e totalmente em forma no auge de seus 51 anos.

O megalodon de mais de 20 metros de comprimento é um belo e gigantesco trabalho de computação gráfica. O animal surge do nada, é assustador e provoca até alguns sustos, principalmente quando vai abocanhar alguém ou alguma coisa, como um iate ou um minissubmarino. Cumpriu bem sua função de estrela principal.

Além de Jason Statham e o Megalodon, destaque também para Bingbing Li, que não ficou apenas como coadjuvante, mostrando seu talento (até desperdiçado), que já lhe garantiram bons prêmios. O elenco, apesar de ser composto por muitas caras pouco conhecidas, se mostra bem entrosado e ajuda a entregar uma produção que agrada como entretenimento. Clique aqui para assistir os depoimentos do diretor Jon Turteltaub e sua equipe com detalhes e curiosidades sobre a produção.

Na fossa mais profunda do Oceano Pacífico, a tripulação de um submarino fica presa dentro do local após ser atacada por uma criatura pré-histórica que se achava estar extinta, um tubarão de quase 30 metros de comprimento, o Megalodon. Para salvá-los, oceanógrafo chinês (Winston Chao) contrata Jonas Taylor (Jason Statham), um mergulhador especializado em resgates em água profundas que já encontrou com a criatura anteriormente.

Entre bocadas e ataques a barcos e banhistas, "Megatubarão" não chega aos pés de "Tubarão" (1975), de Steven Spielberg, mas é muito melhor em efeitos que os filmes da franquia "Sharknado" (que são tão surreais que provocam ótimas risadas). Harry Gregson-Williams é o responsável pela trilha sonora, segundo trabalho dele em cartaz nos cinemas desta semana - o primeiro é "O Protetor 2".

"Megatubarão" é para divertir, feito sem pretensão de discutir temas polêmicos ou passar mensagens patrióticas ou lições de moral. Apenas oferecer muita ação. Vale o ingresso e a pipoca com refrigerante.



Ficha técnica:
Direção: Jon Turteltaub
Produção: Warner Bros Pictures / 
Distribuição: Warner Bros. Pictures 
Duração: 1h54
Gêneros: Ação / Suspense
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 3 (0 a 5)