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22 fevereiro 2021

"A Escavação" - produção britânica se destaca pela bela fotografia e ótimas interpretações

 
Ralph Fiennes e Carey Mullingan se unem para mostrar a versão real de uma grande descoberta histórica (Fotos: Larry Horricks / Netflix)


Maristela Bretas


Com a Segunda Guerra Mundial prestes a começar, uma viúva inglesa rica contrata um escavador para descobrir se há um tesouro arqueológico enterrado sob suas terras. Esta é a história de "A Escavação" ("The Dig"), um dos lançamentos da Netflix que tem em seu elenco principal Carey Mullingan, Ralph Fiennes e Lily James. A descoberta é a de Sutton Hoo, ocorrida em 1938, creditada a seu verdadeiro descobridor muitos anos depois.


Inspirada em fatos reais e que deu origem ao livro de mesmo nome escrito por John Preston, o filme conta como foi o trabalho do escavador Basil Brown (Fiennes) e um pequeno grupo, contratado pela viúva Edith Pretty (Mulligan) até a descoberta de uma embarcação anglo-saxônica. Com 1.400 anos de idade e medindo 27,4 metros de comprimento, o barco continha grande quantidade de ouro e uma câmara mortuária de inestimável valor histórico para o Reino Unido.
 
O interior da Inglaterra foi escolhido para as belas locações, apesar de prevalecerem os tons pastéis e acinzentados, inclusive nos figurinos, reforçados pela chuva e frio. A opção de filmar Basil Brown circulando de bicicleta por estradas e pelos campos permite ao espectador apreciar as paisagens.


Um drama típico de guerra, apesar de a mesma ainda não ter começado. Tudo gira em torno dela, da escavação que precisa ser apressada antes que a área seja atingida por bombardeios alemães, aos relacionamentos ocultos e vidas perdidas. A todo o momento, aviões britânicos de combate sobrevoam a área lembrando que falta pouco. Assim como as notícias nos bares e as conversas nos eventos.
 
Montagem sobre cenas do filme e as escavações de 1938

Destaque para Ralph Fiennes interpretando um profissional especialista em escavações arqueológicas, mas menosprezado por aqueles que possuem uma formação acadêmica sem nunca terem colocado a mão na massa. Para ele, a descoberta da embarcação histórica representa o reconhecimento de uma vida voltada para a arqueologia, que ele nunca estudou, mas tem conhecimento e experiência maiores que muitos graduados.

 
Carey Mullingan entrega uma Edith Pretty sofrida e convence como boa mãe e viúva que quer completar a vontade do marido morto, fazendo da descoberta uma parte também de seu legado. Outra que deixa sua marca é Lily James, como Peggy Preston, apesar de parecer que está sempre interpretando o papel de coitadinha. 
 
No elenco estão ainda Johnny Flynn (Rori Lomax), como o fotógrafo da equipe; Ben Chaplin (Stuart Piggott), marido de Peggy Preston; Ken Stott (Charles Phillips), o arrogante arqueólogo; e Monica Dolan (May Brown), a compreensiva e dedicada esposa de Basil Brown.

 
Apesar de um final previsível, o diretor Simon Stone conseguiu dar um toque a mais de emoção ao drama ao mostrar quem foi o verdadeiro descobridor da relíquia e que a história não mencionava. "A Escavação" merece ser conferido pelas interpretações, especialmente da dupla principal, e a bela e poética fotografia de Mike Eley que dá sustentação ao enredo da trama.


‌Ficha técnica:
Direção:
Simon Stone
Duração: 1h52
Exibição: Netflix
Classificação: 14 anos
País: Reino Unido
Gêneros: Drama /Histórico
Nota: 4 (0 a 5)

29 agosto 2019

"Yesterday" - O mundo não teria a menor graça sem a música dos Beatles

Himesh Patel é o desconhecido que vai se transformar no maior astro do mundo usando as composições da banda britânica (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)

Carolina Cassese


"Yesterday" é uma declaração aos Beatles e mostra que, sem o talento de John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, o mundo não teria, definitivamente, a mesma graça. O longa, dirigido por Danny Boyle (“Quem Quer Ser um Milionário?”), chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira para mostrar que manter vivo o legado do icônico quarteto britânico é uma tarefa de todos que amam a música.


No roteiro, escrito por Richard Curtis, veterano em comédias românticas, Liverpool é apenas mais uma cidade chuvosa da Inglaterra. Sem "Hey Jude", "Let It Be" e "Here Comes The Sun". Sem a marcante fotografia da Abbey Road. Sem submarinos amarelos. Depois de um apagão, a existência dos Beatles é apagada. Apenas Jack Malik (Himesh Patel), um músico humilhado por (quase) todos ao seu redor, consegue se recordar do legado do quarteto.

"Yesterday" é centrado na história desse músico que, ao ser atropelado por um ônibus, acorda em uma cama de hospital e se surpreende ao perceber que seus amigos mais próximos não compreendem nenhuma das referências feitas ao maior quarteto britânico da história da música. Ele pesquisa no Google e, para sua surpresa, não encontra resultado algum - quando digita “Beatles”, aparecem apenas fotos do inseto.


Ao procurar em sua casa algum vestígio dos álbuns do quarteto, é igualmente mal sucedido na missão. Jack finalmente percebe que há uma falha no sistema enxerga uma oportunidade: mostrar ao mundo as geniais canções de John, Paul, George e Ringo - fingindo, no entanto, que essas são de sua autoria. Como é de esperar, o músico não demora muito a se tornar um sucesso.


Ed Sheeran, que interpreta a si mesmo na produção, é determinante na ascensão da carreira de Jack, pois o convida para abrir os shows de sua turnê. Após tamanha visibilidade, o protagonista é praticamente intimado pela agente Debra Hammer (Kate McKinnon) a ir para Los Angeles. 

Desde o início de sua carreira, a principal parceira de Jack é Ellie Appleton (Lily James), uma professora que, nas horas vagas, também trabalhava como agente musical. A partir do momento que Jack decide ir para Los Angeles a fim de focar em sua carreira, os dois acabam se afastando. A relação entre eles é central para a trama - o longa é, acima de tudo, uma comédia romântica.


O filme se preocupa também em apresentar uma crítica à própria indústria fonográfica. Sabe-se que o apelo comercial muitas vezes é privilegiado em detrimento da originalidade e das reais intenções de um artista. A preocupação recorrente da agente Debra em relação à aparência de Jack é um claro exemplo de como, muitas vezes, o conteúdo fica em segundo plano.

Principalmente a partir do terceiro ato, o longa apresenta algumas falhas de execução. Parece que a premissa fica em segundo plano: o romance dos personagens principais recebe um demasiado destaque e tem um desenrolar previsível. As atuações são boas, mesmo que alguns personagens sejam pouco explorados. "Yesterday", no entanto, não parece pretensioso e cumpre a função de divertir e também emocionar.


Ficha técnica:
Direção: Danny Boyle
Produção: Working Title Films
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 1h57
Gêneros: Comédia / Musical / Romance
País: Reino Unido
Classificação: 12 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #YesterdayFilme, #Yesterday, #Beatles, #HimishPatel, #LilyJames, #musical, #comedia, #UniversalPictures, @cinemanoescurinho, @cinemaescurinho, #EspacoZ

02 agosto 2018

Continuação de "Mamma Mia" é uma divertida e sonora volta ao passado

A juventude de Donna é a novidade deste filme, que repete grande elenco (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)

Carolina Cassese


Dez anos atrás, a adaptação cinematográfica da peça "Mamma Mia" entrava em cartaz. Contando com atuações de Meryl Streep, Amanda Seyfried, Colin Firth e Pierce Brosnan, o musical gerou ampla repercussão e foi bem sucedido comercialmente. A reação da crítica foi dividida. Em maio de 2017, foi anunciada a continuação do longa: "Mamma Mia 2! Lá Vamos Nós de Novo", que estreou nesta quinta-feira nos cinemas brasileiros.

Se no primeiro filme o espectador acompanha os preparativos para o casamento de Sophie, na continuação o evento da vez, também organizado por Sophie, é a reinauguração do hotel de Donna. As canções do grupo Abba estão de volta. Algumas músicas são as mesmas do primeiro filme (mas é difícil se cansar de "Dancing Queen" ou "Mamma Mia").


Nesta continuação, destaque para "Fernando", interpretada em cena memorável por Cher e Andy Garcia. O repertório conta ainda com "Waterloo" "Knowing Me, Knowing You" e "I Have a Dream", que ganharam novas versões (as originais são melhores) e algumas canções menos conhecidas. No Reino Unido, a trilha sonora lidera as listas de vendas, com alguns dos sucessos interpretados por Lily James, Amanda Seyfried e Meryl Streep.

Em "Mamma Mia 2" conhecemos o passado de Donna. A jovem é interpretada por Lily James, que teve atuação mais do que satisfatória. A atriz, que protagonizou "Cinderela" (2015), participou da série "Downton Abbey" e ainda neste ano irá estrelar o longa "A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata" ("The Guernsey Literary and Potato Peel Pie Society") afirmou ter chorado ao conhecer Meryl Streep. “Sou tão fã do musical, vi tantas vezes quando eu era mais nova... e amei o filme também. Acho que capturou o espírito da peça, o que é muito difícil de fazer — manter a essência e a atmosfera”, disse em entrevista.

A história se passa um ano após a morte de Donna (Meryl Streep), quando a filha Sophie (Amanda Seyfried) está prestes a reinaugurar o hotel da mãe que foi todo reformado. A jovem, que não casou com Sky (Dominic Cooper) no primeiro filme, convida seus três "pais" - Harry (Colin Firth), Sam (Pierce Brosnan) e Bill (Stellan Skarsgärd) para a festa, organizada com a ajuda das amigas da mãe, Rosie (Julie Walters) e Tanya (Christine Baranski). 


O reencontro da "família" se torna uma avalanche de boas memórias da juventude de Donna no final dos anos 70, quando conhece os pais de Sophie e resolve se estabelecer na Grécia.

Em relação ao primeiro, o filme pode não apresentar grandes novidades, mas conta com um roteiro melhor trabalhado. É um bom entretenimento, especialmente para os fãs do Abba e do musical. O espectador pode se preparar para matar a saudade dos personagens e se encantar com as paisagens estonteantes (dessa vez, o longa foi filmado em Vis, uma ilha da Croácia).
Duração: 1h54
Classificação: 10 anos
Distribuição: Universal Pictures



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