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06 abril 2024

"A Saudade que Fica" é amor transcendental e o poder transformador da arte e do cinema

Drama japonês dirigido por Michihito Fujii emociona e nos faz questionar os limites entre a vida e a morte (Fotos: Netflix)


Silvana Monteiro


Procura um filme que, com certeza, vai te fazer chorar? Então vale a pena conferir "A Saudade que Fica" ("The Parades"). Dirigido por Michihito Fujii e exibido na Netflix, o longa japonês aborda temas como amor transcendental, separação terrena, luto, perdão e cura dos traumas materiais e espirituais, com sensibilidade e profundidade.

A narrativa nos faz questionar os limites entre a vida e o que ocorre após morrermos. Como seria se pudéssemos continuar algumas atividades após a morte? E se fosse possível proteger os entes queridos, pedir perdão ou perceber aspectos que não foram vistos em nossa personalidade?


Após uma calamidade devastadora, Minako (Masami Nagasawa) procura pelo filho desaparecido, até descobrir que está morta. Ela embarca em uma jornada emocional em busca de seu filho, Ryo. Sua inquietação é marcada por sua incapacidade de interagir com os vivos, o que intensifica sua dor.

Minako é resgatada e levada a um bucólico "parque de diversões” de um vilarejo remoto, onde encontra outros espíritos “vivenciando” situações que os mantêm ligados a esta dimensão. A conexão entre eles resulta em uma colaboração mútua e ajuda emocional. Será que Minako vai encontrar Ryo? Ele está vivo? Onde ele está? Como vai ser esse encontro?


Aos poucos, de uma forma surpreendente, o enredo vai revelando acontecimentos paralelos à peregrinação noturna dessas almas. É interessante como não se formam vilões e nem heróis. O drama humaniza as ações e reações, o que o torna especial. 

As tramas intricadas e os planos mirabolantes do cineasta Michael (interpretado por Lily Franky), as observações e escritos do jovem Akira (Kentaro Sakaguchi), a contemplação familiar de Kaori (Shinobu Terajima), o passado conturbado de Shori (Ryūsei Yokohama) e as angústias da jovem Nana (Nana Mori) são apresentados com uma sensibilidade tão envolvente que até os eventos mais intensos são suavizados para o espectador.


O ponto alto reside nas narrativas entrelaçadas, que se desdobram como histórias dentro da história. Através de uma sessão de cinema e da produção de um filme, as narrativas desses espíritos são revividas, reinterpretadas e libertas. Um plot twist arrebatador diferencia o filme das abordagens convencionais sobre temas espíritas.

A fotografia é espetacular com destaque para as cenas que mostram o mar e o ambiente confortavelmente iluminado e bucólico onde se encontram os espíritos.


Apesar das mais de duas horas de filme, as referências entre nossas vidas e a construção e finalização de uma obra cinematográfica deixam tudo mais leve e saboroso. 

"A Saudade que Fica" é um testemunho do poder do cinema em explorar temas profundos e complexos, oferecendo uma perspectiva única sobre a vida, a morte e o que pode existir além. Sente-se confortavelmente e prepare os lenços.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Michihito Fujii
Produção: Babel Label
Exibição: Netflix
Duração: 2h12
Classificação: 14 anos
País: Japão
Gêneros: drama, família

30 março 2024

"The Chosen: Os Escolhidos" - 4ª temporada eleva o nível em qualidade e narrativa

Os dois primeiros episódios da série religiosa estão em primeira exibição somente nos cinemas
(Fotos: Divulgação)


Marcos Tadeu
Narrativa Cinematográfica


Provando ser um sucesso, de crítica e público, é visível como a série norte-americana "The Chosen: Os Escolhidos" ("The Chosen") tem ganhado mais popularidade e está no catálogo da Netflix com suas três temporadas. 

Este sucesso, inspirado nos Evangelhos dos discípulos de Jesus, chegou também aos cinemas com os dois primeiros episódios da quarta temporada disponíveis nas salas do Cinemark Pátio Savassi e Cinépolis Estação BH.

A série é notável por ser financiada por meio de crowdfunding e por ter um modelo de distribuição incomum, sendo lançada diretamente em aplicativos móveis e plataformas de streaming. 


"The Chosen" ganhou uma base de fãs significativa, com muitos elogiando sua representação única e emocional da vida de Jesus Cristo. Alcançou milhões de visualizações em todo o mundo e recebeu opiniões positivas de espectadores e críticos. 

Antes do início da 4ª temporada recebemos um aviso de seu criador da série, Dallas Jenkins, que nos situa que o nível de zelo, maestria, cenários e principalmente história, está em um nível maior de qualidade. 

Se na 3ª temporada Jesus chamava todos que estavam cansados e sobrecarregados, nessa é ele quem está cansado e toma decisões importantes frente aos seus discípulos.


Somos contextualizados com João Batista, que batizou Jesus, anunciando a chegada de Cristo, com costumes estranhos de alimentação de mel silvestre e gafanhotos. Como a narrativa faz isso de forma poética, destaque para a montagem que muito me lembra “This Is Us”, destacando momentos desde o seu nascimento até a sua morte.

Outro destaque da temporada é a tensão entre Jesus e o Império Romano que começa a questionar seus feitos e milagres. Não é bem visto pelos nobres que o chamado Filho de Deus venha e ande entre os pobres. Os romanos esperavam uma figura divina de pompa e força e não um cara simples e humilde. 


Sem dúvida, o destaque vai para Jonathan Roumie que interpreta Jesus de Nazaré em uma figura 'gente como a gente', um homem simples de família humilde, filho de carpinteiro. Ele transmite paz, mas que também consegue arrancar risos no público em sua relação com os discípulos.

Judas Iscariotes, interpretado por Luke Dimyan, também é outro que chama atenção. Se na temporada anterior, ele era um discípulo que admirava Jesus, agora começa a questionar seus feitos, sua presença na Terra e seu propósito. São os primeiros sinais de que irá trair o Mestre.


Deixa a desejar talvez a falta de mais tensão e ritmo para prender os espectadores no cinema. As cenas e os conteúdos são muito belos, porém se houvesse mais ação durante os acontecimentos, a temporada teria mais fôlego. Vale lembrar que ainda estamos no íncio, as coisas podem mudar e ficar mais agitadas.

“The Chosen” começa bem nesta nova temporada e por estar chegando nas redes de cinema e sendo melhor distribuído, mais pessoas terão acesso à produção sobre a vida de Jesus. 

Sem dúvida é indicado para quem nunca se aprofundou na história do Filho de Deus e também para quem a conhece. É, sem dúvida, um material feito com zelo e muito carinho, de um projeto religioso que começou pequeno e cresceu bastante.


Ficha técnica:
Criador, diretor e roteirista: Dallas Jenkins
Produção: Angel Studio
Distribuição: Paris Filmes
Exibição: salas do Cinemark Patio Savassi (21h30), Cinépolis Estação BH (21h45). As temporadas 1, 2 e 3 estão disponíveis legendadas e gratuitas no site https://watch.thechosen.tv/, no aplicativo "The Chosen", encontrado na Apple Store e Play Store, e também na Netflix.
Duração: 2h21 (os dois primeiros episódios da 4ª Temporada)
Classificação: 12 anos
País: EUA
Gêneros: drama épico, série, histórico

17 março 2024

"Donzela" - insubordinação ao destino e sede de viver

Produção reúne fantasia, ação, um dragão vingativo e uma princesa nada convencional (Fotos: Netflix)


Silvana Monteiro 


Millie Bobby Brown, que interpretou Eleven em "Stranger Things" (2016 a 2024 - 5 temporadas), dá vida à princesa Elodie, uma figura insubmissa disposta a uma luta sangrenta no filme "Donzela" ("Damsel"), disponível na Netflix. O longa estreou no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, e, como não poderia deixar de ser, traz consigo uma perspectiva feminista.

A narrativa, que figura entre as dez mais assistidas desde o lançamento, inicia-se com uma proposta não convencional: um conto de fadas no qual a princesa não é salva por um príncipe em um cavalo branco. 


O que se segue é um enredo que remete à clássica história de "Barba Azul", mas com um enigmático plot twist. A família real busca uma noiva para o príncipe, porém com uma intenção macabra, que é posta em prática logo após a troca de alianças.

A genialidade do filme reside nos diálogos entre a vítima e sua algoz, um dragão (voz original de Shohreh Aghdashloo, de "Renfield - Dando o Sangue Pelo Chefe" - 2023) atormentado por uma dor incurável e com um compromisso de vingança contra a família real que se estende às futuras princesas. 


As reviravoltas são rápidas. Apesar de ter pouco mais de 1 hora e 40 minutos de duração, o filme transmite uma sensação de concisão e possui um ritmo muito bom. 

Poderia explorar mais a lenda e aprofundar-se nas tramas da maldição, mas a magia, as cenas de redenção e os desafios empreendidos pela princesa Elodie são satisfatórios e compensam, em certa medida, essas falhas. A fotografia é a cereja do bolo no filme, o que vai encher os olhos dos amantes dessa técnica. 


A direção é de Juan Carlos Fresnadillo, o roteiro foi escrito por Dan Mazeau e a própria Millie Bobby Brown assume a produção executiva, como fez em “Enola Holmes” (2020). 

O elenco conta com nomes como Ray Winstone (“Viúva Negra” – 2021) e Angela Bassett (“Pantera Negra” - 2018), como Lord e Lady Bayford, pais de Elodie e da irmã Floria (Brooke Carter);  Robin Wright (“Mulher Maravilha” - 2017), como a rainha Isabelle; e Nick Robinson, como o príncipe Henry (“Com Amor, Simon” - 2018). 

O filme não foi feito para morrer nas lágrimas, mas para surpreender e emocionar em algumas cenas. Se você aprecia contos de fadas às avessas, repletos de resiliência feminina, pegue o controle remoto e embarque nessa história.


Ficha técnica:
Direção: Juan Carlos Fresnadillo
Roteiro: Dan Mazeau
Produção e exibição: Netflix
Duração: 1h48
Classificação: 12 anos
País: EUA
Gêneros: ação, aventura, fantasia

02 março 2024

"A Noite que Mudou o Pop" e a vida de milhares de crianças

Documentário mostra os bastidores da gravação do clipe da música "We Are the World" em 1985
(Fotos: Netflix) 


Felipe Matheus
Comentando Sucessos


"Um encontro histórico, capaz de parar conflitos e fazer com que as pessoas tivessem fé e esperança de um mundo melhor. Este é o enredo de "A Noite que Mudou o Pop", documentário sobre os bastidores da gravação da música "We Are the World", composta por Michael Jackson e Lionel Richie e sucesso mundial, mesmo depois de tantos anos.

Foram 45 artistas norte-americanos e um sonho: levar ajuda humanitária para a África e proporcionar o melhor para milhares de crianças, vítimas da fome e de doenças, mas que precisavam também de amor. 

"We Are the World" foi o tema do projeto USA for Africa e arrecadou milhões de dólares que foram destinados àquele continente. A música ainda conquistou quatro Grammys no ano seguinte, incluindo o de Melhor Canção. Confira o clipe da música clicando aqui.


Essa história de sucesso começou em 28 de janeiro de 1985, logo após a premiação do American Music Awards. A gravação durou a madrugada inteira e acabou às 8 da manhã. O projeto, coordenado por Harry Belafonte e Lionel Richie, tendo como produtor e arranjador o grande Quincy Jones, reuniu um time de astros internacionais. 

Naquela madrugada estavam em um mesmo estúdio em Los Angeles, nomes como Michael Jackson, Cyndi Lauper, Bruce Springsteen, Stevie Wonder, Bob Dylan, Diana Ross, Tina Turner, Ray Charles, Dionne Warwick, Kenny Rogers, Paul Simon, entre outros artistas que fizeram sucesso nos anos 80.


Na entrada do estúdio, uma mensagem que transformaria quem ali chegasse: "Deixe seu ego na porta", enfatizando que o propósito não era sobre individualidade, mas sim ajudar e agir com uma perspectiva humanitária.

Lionel Richie declara no documentário que não foi fácil a criação com Michael: 'Nós éramos como duas crianças de 3 anos tentando sentar e focar em alguma coisa. Estávamos fazendo a maior bagunça. Relaxando na casa [de Michael] e vendo o cachorro brincar com um pássaro".

O documentário está disponível na Netflix, convidando você a reviver o encontro especial que mudou o pop, e entender sua importância como um clássico.


Ficha técnica:
Direção: Bao Nguyen
Produção: Netflix
Exibição: Netflix
Duração: 1h37
Classificação: 12 anos
País: EUA
Gêneros: documentário, música


08 janeiro 2024

“Rebel Moon - Parte 1” promete grande série, mas entrega um filme de sessão da tarde

Guerreira reúne um grupo de combatentes bem diversificado para combater um tirano que invade e passa a dominar seu planeta
(Fotos: Netflix)


Jean Piter Miranda


“Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo” atingiu o status de filme mais visto na Netflix em todo o mundo nos últimos dias. Mas engana-se quem pensa que se trata uma grande obra. Não é. Prova disso é que, até o momento, o novo longa do diretor Zack Snyder só tem 24% de aprovação da crítica e 61% da audiência no Rotten Tomatoes.

O filme tem como protagonista a camponesa Kora (Sofia Boutella, de "A Múmia" - 2017). Ela vive em um planeta pacífico de agricultores. Só que a paz desse lugar fica ameaçada quando tropas do exército do governo tirânico de Balisarius chegam em busca de suprimentos. Os militares ocupam a região, exigem que toda a plantação seja entregue a eles e começam a oprimir os moradores.


Para salvar seu povo, Kora, que na verdade não é uma simples camponesa, se revolta e elimina as tropas que ocupam o planeta. Por conta disso, a guerreira revelada tem que fugir. Mas ela vai além. Com o plano de eliminar o império Balisarius da galáxia, ela sai em busca de novos combatentes que possam se juntar à sua causa.

Nessa primeira parte, o filme apresenta o almirante Atticus Noble (Ed Skrein, de "Midway - Batalha em Alto-Mar" - 2019), o antagonista da vez. O vilão e sua tropa usam fardas militares com detalhes vermelhos em um clara alusão ao nazismo. Um clichê recorrente em filmes de heróis estadunidenses.

As tropas são malvadas gratuitamente. Mais um clichê do maniqueísmo, dividindo os grupos entre o bem e o mal, mocinhos e vilões. Uma forma muito rasa e simplista de se construir personagens. O almirante Atticus Noble, por sinal, parece uma cópia barata do magnífico Hans Lanna, de “Bastardos Inglórios” (2009).


Nas primeiras cenas de lutas, vemos mais um show de clichês. Snyder abusa do uso de câmera lenta. O que talvez tenha o objetivo de dar mais emoção, de criar um momento memorável, só deixa o filme mais chato e arrastado.

Os combates são difíceis de engolir. Soldados treinados que não acertam um único tiro nem se preocupam em se defender, atacando de qualquer jeito. Socos que não deixam marcas nem tiram sangue e tiros de laser que imitam "Star Wars". Depois de cenas de ação em filmes como “John Wick” (2014), “Ong Back” (2003), "Oldboy" (2003), “Anônimo” (2021), entre tantos outros, não dá pra aceitar lutas lentas. Ainda mais quando se trata de guerreiros, de combatentes de elite. Muito menos pancadas que não tirem sangue.


Seguindo a trama, Kora passa 80% do filme recrutando guerreiros para seu grupo. O primeiro que a acompanha é Gunnar (Michiel Huisman), da colônia de agricultores. Um cara sem experiência de batalha, sem nada de especial. Não dá para entender o porquê de ele estar no grupo. Depois, ela acha Kai (Charlie Hunnam, de "Rei Arthur - A Lenda da Espada" - 2019), um piloto mercenário. Tem o clichê da briga de bar e um milhão de frases feitas motivacionais ao longo do caminho.

O time então vai se formando com o General Titus (Djimon Hounsou, de "Shazam! - Fúria dos Deuses" - 2023), um gladiador que já serviu Balisarius e está arrependido de seu passado; Tarak (Staz Nair), um guerreiro nativo que busca redenção, sabe-se lá de que; Nemesis (Doona Bae), um ciborgue espadachim; Darrian Bloodaxe (Ray Fisher) e Milius (E. Duffy), guerrilheiros de um exército rebelde de resistência ao império.


Apesar das duas horas e quinze minutos de duração, o filme não desenvolve nenhum dos personagens. É tudo muito superficial. O passado de Kora é apresentado aos poucos, mas não convence nem cativa. Sobre os demais, não dá pra saber suas motivações ou objetivos. Todos embarcam em um missão praticamente suicida depois de um jogo de frases feitas motivacionais.

Um gladiador negro, uma guerreira oriental que usa katanas, um guerreiro com aparência indígena, um piloto loiro bonitão, um soldado e uma soldada, um camponês e uma líder ex-militar super treinada. Personagens os quais, no máximo, dá para guardar descrições físicas. Uma seleção diversa, o que é bem positivo. Mas não passa disso.


Sem tempo de tela para desenvolver características de personalidade, habilidades, poderes, motivações, todos os personagens se tornam completamente esquecíveis. Não dá pra ter simpatia ou identificação com nenhum deles. Nem com a protagonista.

Para não dizer que é tudo ruim, os efeitos especiais merecem elogios. A maquiagem e a caracterização de seres interplanetários é muito bem feita. Seres que, por sinal, são tantos que não dá para decorar nomes, raças, espécies, saber a importância de cada um para a trama ou o que representam para esse universo. É tanto personagem em tão pouco tempo de tela que dá a impressão de estar vendo uma montagem com recortes de vários filmes.


O robô Jimmy (voz de Anthony Hopkins) também é muito bem feito. É aliado momentâneo que não embarca na jornada e que deixa um ar de que, talvez, seja um personagem importante para a "Parte 2", prevista para estrear em abril deste ano.

O ator e cantor irlandês Fra Fee interpreta o grande vilão Balisarius, o ditador intergaláctico. Ele praticamente só aparece em cenas do passado, deixando expectativa para que tenha uma participação maior e mais ativa na continuação.

Zack Snyder tem um currículo cheio de grandes produções. Sucessos como “300” (2006), “Watchmen – O Filme” (2009) e “A Lenda dos Guardiões” (2010). Mas também tem obras que não emplacaram como “Army of the Death – Invasão de Las Vegas” (2021), “Batman VS Superman – A Origem da Justiça” (2016) e “Liga da Justiça” (2017), que inclusive ganhou uma versão estendida em 2021 - "Snyder Cut". Em comum, são sempre obras com orçamentos volumosos.


O fato é que, com ou sem Snyder, as produções da DC não decolaram. E os motivos são muitos. Mas não dá pra reclamar de recursos. Os elencos são bons, assim como os roteiristas, equipes técnicas e demais profissionais. Dinheiro nunca faltou. De forma geral, não agradou a crítica nem o público. Mas rendeu uma boa grana. No fim, o diretor sempre tem saído com prestígio.

É inegável que Snyder tem um fã clube enorme. Há quem goste muito de seu trabalho, mesmo com os altos e baixos. O próprio diretor tem uma super autoestima e acredita que está criando uma linguagem cinematográfica própria. Uma falta enorme de senso de realidade. “Rebel Moon - Parte 1” mostra isso. Um caminhão de clichês e escolhas erradas com um orçamento de US$ 90 milhões. Um grande elenco e um história que copia um monte de histórias já vistas.

No fim, o longa promete ser o novo “Star Wars”, a nova série cinematográfica que vai marcar época e geração. Mas que entrega uma obra chata, sem graça e muito cansativa, como um filme repetido de baixo orçamento de “Sessão da Tarde”.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Zack Snyder
Produção: Netflix
Exibição: Netflix
Duração: 2h13
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gêneros: aventura, ficção, ação
Nota: 2,5 (0 a 5)

07 janeiro 2024

Entre amores e desafios: a jornada de Lim Ju-kyung em "Beleza Verdadeira"

Dorama aborda os encantos e desafios de uma jovem no mundo da aparência, vivendo um triângulo amoroso (Fotos: Netflix)


Filipe Matheus
@comentandosucessosoficial


Quem não ama uma história de amor? Agora, imagina se apaixonar pela mesma garota que seu melhor amigo gosta. Em "Beleza Verdadeira" ("True Beauty"), dorama disponível na Netflix, Lim Ju-kyung (Moon Ga-young) passa por essa situação. Complicado demais, não é verdade?

No dorama, uma estudante esconde seu passado e aprende técnicas de maquiagem que a tornam popular na escola. Lee Su-ho (Cha Eun-woo) e Han Seo-jun (Hwang In-yeop) disputam o coração da protagonista. 

Além de superar traumas do passado, ela vai começar a viver novas experiências, não só com os amigos, mas também em família. 


Os episódios abordam assuntos importantes como suicídio, bullying e relação com os pais. O melhor de tudo é a trilha sonora, que faz o espectador ficar mais apaixonado pelo enredo da série.

Primeiro amor, amizades e muita música, tudo bem produzido, dá vontade de sair do Brasil e viver na Coreia do Sul, onde é ambientada essa história.

Um ponto positivo é a atuação de Park Yoo-na ("A Man Of Reason" - 2022), uma personagem intrigante, que mostra sua personalidade forte, e também revela segredos ao decorrer dos 16 episódios.


Os demais integrantes do elenco atuam muito bem, todos os personagens têm protagonismo e as histórias se desenvolvem bem, ajudando o espectador a se envolver no enredo.

Um ponto negativo são as poucas cenas de Jin Seo-yeon (Chani) que tem uma importância essencial no dorama, mas aparece pouco, faltando contar mais sobre a história dele.

Então, não perca tempo, e venha embarcar nessa aventura, cheia de amor, pela busca da beleza verdadeira.


Ficha técnica:
Direção: Kim Sang-hyub
Produção: tvN
Exibição: Netflix
Duração: 1 temporada - 16 episódios
Classificação: 14 anos
País: Coreia do Sul
Gêneros: dorama, comédia, romance

27 dezembro 2023

Turma do Cinema no Escurinho elege seus filmes favoritos de 2023

Reprodução


Equipe Cinema no Escurinho


Mais um ano terminando e alguns colaboradores do Cinema no Escurinho não podiam deixar de indicar os dez filmes que mais gostaram, no cinema e na internet. Se você ainda não viu, fica a dica: alguns já estão nos catálogos das principais plataformas de streaming. Confira:



Banshees de Inisherin - STAR+ (assinante)
Folhas de Outono - MUBI - https://mubi.com/pt/br
Anatomia de uma Queda - PREVISÃO DE ESTREIA NOS CINEMAS EM FEVEREIRO
Ainda Temos o Amanhã - AINDA NÃO DISPONÍVEL NO STREAMING
Culpa e Desejo - AINDA NÃO DISPONÍVEL NO STREAMING
Retratos Fantasmas - NETFLIX (assinante); para aluguel: GOOGLE PLAY FILMES, AMAZON PRIME VÍDEO, YOUTUBE E APPLE TV
Disfarce Divino - AINDA NÃO DISPONÍVEL NO STREAMING
O Crime é Meu - AINDA NÃO DISPONÍVEL NO STREAMING
Holy Spider - AMAZON PRIME VIDEO (assinante); para aluguel: GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Uma Vida Sem Ele - AMAZON PRIME VIDEO


Eduardo Jr.

Ainda Temos o Amanhã - AINDA NÃO DISPONÍVEL NO STREAMING
Missão Impossível 7: Acerto de Contas - Parte 1 - AMAZON PRIME VIDEO (assinante); para aluguel:, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Estranha Forma de Vida - AMAZON PRIME VIDEO (assinante); para aluguel: GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Mussum: O Filmis - para aluguel: GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Culpa e Desejo - AINDA NÃO DISPONÍVEL NO STREAMING
Batem à Porta - TELECINE PIPOCA DIA 31/12 (assinatura); para aluguel: GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Trolls 3 - Juntos Novamente - para aluguel: AMAZON PRIME VIDEO, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Um Pai, Um Filho - AINDA NÃO DISPONÍVEL NO STREAMING
Sem Ar - para aluguel: AMAZON PRIME VIDEO, YOUTUBE, APPLE TV
A Noite das Bruxas - STAR+ (assinante)


Marcos Tadeu

Beau Tem Medo - AMAZON PRIME VIDEO (assinante); para aluguel: GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Maestro - NETFLIX (assinante)
Barbie - HBO Max (assinante); para aluguel: AMAZON PRIME VIDEO, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Super Mario Bros.: O Filme - para aluguel: AMAZON PRIME VIDEO, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
A Baleia - PARAMOUNT (assinante)
Mussum: O Filmis - para aluguel: GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Digimon Aventure 02: O Começo - GLOBOPLAY (assinante)
Excluídos - NETFLIX (assinante)
Retratos Fantasmas - NETFLIX (assinante); para aluguel: GOOGLE PLAY FILMES, AMAZON PRIME VÍDEO, YOUTUBE E APPLE TV
Suzume - CRUNCHYROLL  - https://www.crunchyroll.com/pt-br


Maristela Bretas


- A Última Vez que Fomos Crianças - AINDA NÃO DISPONÍVEL NO STREAMING
- Elementos - DISNEY+
- Super Mario Bros.: O Filme - para aluguel: AMAZON PRIME VIDEO, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
- Aquaman 2 - O Reino Perdido - NOS CINEMAS
- Oppenheimer - para aluguel: AMAZON PRIME VIDEO, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
- Guardiões da Galáxia: Vol.3 - DISNEY+
- Missão Impossível 7: Acerto de Contas - Parte 1 - AMAZON PRIME VIDEO (assinante); para aluguel:, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
- Gato de Botas 2 - TELECINE e AMAZON PRIME VIDEO (assinante); para aluguel:, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
- Os Fabelmans - TELECINE e AMAZON PRIME VIDEO (assinante); para aluguel:, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
- John Wick 4: Baba Yaga - AMAZON PRIME VIDEO (assinante); para aluguel:, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV

18 dezembro 2023

Bradley Cooper se transforma para contar a vida e obra de Leonard Bernstein em “Maestro”

Ator divide o protagonismo com Carey Mulligan, com interpretações dignas de Oscar na biografia do famoso músico e compositor
(Fotos: Netflix)


Marcos Tadeu
Narrativa Cinematográfica


Dirigido por Bradley Cooper, conhecido por seu trabalho em "Nasce uma Estrela" (2018), "Maestro" apresenta-se como uma obra cativante e tecnicamente sólida. A produção ainda pode ser conferida na sala 1 do Centro Cultural Minas/Unimed e a partir do dia 20 de dezembro no catálogo da Netflix.  

Quarta incursão de Cooper na direção, ele também assume o papel do excêntrico músico e pianista Leonard Bernstein, uma figura icônica do gênero clássico. A narrativa, com mais de duas horas de duração, revela a jornada do compositor e maestro, apresentando-o desde o início da carreira e sua vida pessoal, explorando as vitórias e derrotas, inclusive seus 18 anos no comando da Orquestra Filarmônica de Nova York.


A biografia retrata inicialmente a paixão de Bernstein pela música e o caminho rumo à fama por meio de uma regência rígida e composição poderosa. As nuances visuais, utilizando tanto o preto e branco quanto cores variadas desvendam a evolução dos relacionamentos e das dinâmicas familiares do protagonista ao longo do tempo, inclusive seu envolvimento amoroso com outros homens.

Bradley Cooper oferece uma atuação convincente, revelando os dilemas do personagem-título. O ator usou inclusive uma prótese no nariz para se parecer mais com o maestro. O filme, mesmo dirigido por um homem, coloca em foco personagens femininas fortes, como a atriz e ativista Felícia Montealegre, interpretada por Carey Mulligan, que desempenha um papel crucial na vida pessoal e profissional de Bernstein. No elenco estão ainda Maya Hawke, Matt Bomer, Michael Urie e Sarah Silverman. 


Do ponto de vista técnico, a trilha sonora de Leonard Bernstein é uma presença marcante, ganhando vida nas mãos habilidosas de Cooper. O famoso maestro é responsável por conhecidas composições de musicais da Broadway, como "West Side Story" ("Amor, Sublime Amor"). Também a fotografia de Matthew Libatique é primorosa, usando cores e a ausência delas de maneira criativa para contar a história de forma envolvente.

A direção de arte de Kevin Thompson contribui para criar um ambiente sofisticado, repleto de referências ao universo da televisão e do cinema, proporcionando um contexto impactante para os personagens. A presença de nomes como Martin Scorsese e Steven Spielberg na equipe de produção promete elevar as chances do filme em premiações como o Oscar.


Alguns aspectos do filme, no entanto, podem deixar a desejar, como a relação com os filhos, que poderia ganhar mais protagonismo, e o relacionamento conturbado de quase 30 anos entre Felícia e Bernstein.

"Maestro" destaca-se como uma das melhores obras do ano. Vale a pena conferir no cinema para apreciar a riqueza sonora e visual proporcionada pela direção. Indicado para os amantes de música clássica, teatro e cinema, além de uma grande oportunidade de conhecer um pouco da história desse famoso compositor.


Ficha técnica
Direção: Bradley Cooper
Produção: Netflix
Distribuição: Netflix
Exibição: sala 1 do Centro Cultural Minas/Unimed e dia 20/12 na Netflix
Duração: 2h19
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gênero: biografia

20 novembro 2023

"Primeiros Amores", a novidade da Netflix que vai abalar seu coração

Série polonesa de seis episódios trata de amadurecimento, romance e paixão pelo cinema (Fotos: Netflix)


Filipe Matheus


"O sonho sempre vem pra quem sonhar". Esse trecho da música "Lua de Cristal", da Xuxa, tem tudo a ver com a nova série "Primeiros Amores" ("Absolutni Debiutanci"), já disponível no catálogo da Netflix. A primeira temporada está repleta de descobertas e nos inspira a sonhar, amar e ser feliz.

A história conta sobre dois amigos, ambos apaixonados por filmes, e que juntos trabalham em um longa para entrarem na faculdade de Cinema. Lena (Martyna Byczkowska), uma jovem com espectro autista, e Niko (Bartlomiej Deklewa) têm uma amizade muito forte e bela, e desde criança vivem aventuras, sonhando com o mundo mágico da sétima arte. 


O verbo amar é tão poético, e nessa história de amor, ele não pode faltar. Por isso, Igor (Jan Salasinski) entra na trama, para tocar o coração de Niko e a mente de Lena. Abalados com tanta beleza, força e masculinidade do jovem. Juntos, eles vão criar uma história fenomenal e fazer dela uma linda obra. 

Igor é um jogador de basquete que ama o esporte, mas passará por momentos difíceis, mas ao conhecer ambos, verá que viver algo novo e mergulhar de cabeça na atuação vale à pena. Uma série que te deixa intrigado, não só pelos personagens, mas também pela beleza da Polônia, cidade que é retratada nos episódios. 


Lena, quer muito ter uma cena de sexo no filme, mas o personagem de Niko não concorda, além da ética e por respeito a Igor. Porque será que ele não quer viver essa arte de maneira completa? O que tem de errado em uma simples cena de sexo? 

Para saber mais, você terá que assistir e vivenciar as emoções dos personagens que no decorrer da história, vão aprender mais sobre o que é a vida e como é difícil decifrá-la. E olha que a palavra VIDA, tem apenas quatro letras! 


A série fala também de família e de como os laços são importantes na construção das pessoas. Não tem como viver uma experiência sem recorrer a eles, as histórias, os encontros e até mesmo os traumas. De forma rápida e perspicaz, a trama tem seis episódios que vão deixar você querendo mais, ou melhor, a segunda temporada. 

Como eu disse no começo, "Primeiros Amores" fala muito sobre sonhar, mas nem sempre esses sonhos vão se realizar. Assista e me diga o que achou, meu caro leitor. 


Ficha técnica:
Direção:
Kamila Tarabura
Distribuição e exibição: Netflix
Duração: 6 episódios/média de 45 minutos de duração cada
Classificação: 16 anos
País: Polônia
Gêneros: romance, série, drama

04 setembro 2023

"One Piece: A Série" estreia com aprovação dos fãs de mangá e anime

Viaje pelos Sete Mares em companhia do bando "Os Chapéus de Palha", em busca de um tesouro perdido (Fotos: Netflix)


Marcos Tadeu
Blog Narrativa Cinematografica


Adaptar uma história de anime tão conhecida como "One Piece" era realmente um trabalho desafiador. Mas desde a estreia na Netflix, a série tem agradado bastante os fãs que aguardavam ansiosamente esta versão. 

Marca mundialmente famosa por sua legião de fãs, One Piece já ultrapassou 1.000 episódios tanto no anime quanto no mangá, sem previsão de fim e ambos com lançamentos semanais. 

Criado por Eiichiro Oda, o anime teve todos os capítulos publicados na revista Weekly Shonen Jump desde 1997 pela editora japonesa Shueisha. 


“One Piece” é considerado um clássico ao lado de "Naruto", "Dragon Ball" e "Bleach" e um dos animes e mangás mais populares do mundo.

Informações iniciais divulgadas sobre figurinos, efeitos visuais e trailers da produção da Netflix não teriam agradado os fãs mais assíduos do material original.

Porém, ao assistir à série, o resultado foi completamente diferente e muito positivo. Outra dúvida: alguém que nunca teve contato com o mangá e o anime originais, conseguiria entender a série. A resposta é somente uma: SIM.


Na história, Monkey D. Luffy (Iñaki Godoy) deseja encontrar o one piece, o maior tesouro deixado por D. Roger, o Rei dos Piratas, e ocupar o lugar dele. Para isso, o jovem convoca uma equipe habilidosa e com sonhos diversos, formando assim o bando "Os Chapéus de Palha", que vai enfrentar perigos e adversários na sua jornada pela busca ao ouro escondido.

No episódio piloto, completamente competente, a narrativa mostra bem como Luffy se tornou um homem de borracha e suas motivações em se tornar o novo Rei dos Piratas. Também apresentou outros personagens importantes, como Zoro e Nami.


O destaque sem dúvida vai para Monkey D Luffy, jovem sonhador de um coração enorme que está sempre com fome (kkkkk). Ele é o capitão do bando "Os Chapéus de Palha". O ator Iñaki Godoy consegue incorporar muito bem o carisma e a inocência que Luffy tem no anime, sem deixar nada a desejar. 

Mackenyu Arata encarna Roronoa Zoro com os trejeitos do personagem, um cara extremamente "esquentadinho" e egoísta com todos a sua volta. O papel foi muito bem interpretado pelo ator, que trouxe a nostalgia do anime clássico às telas de cinema, com uma história densa que, sem dúvida, conquistou os fãs, além de garantir boas cenas de ação. 


Emily Rudd, apesar do visual e da peruca, encarou bem Nami, a ladra habilidosa do bô (cajado feito de madeira), trazendo muita personalidade ao bando "Os Chapéus de Palha". 

Outro que interpretou com maestria e humor o personagem Usopp foi Jacob Romero. Ele representa um marco importante entre os episódios. 

Por último, mas não menos importante temos Taz Skylar que faz o cozinheiro Sanji, elegante e sedutor, com ótimas habilidades de luta com as pernas. O elenco está afiado e contente por fazer parte desse projeto. Dá para perceber a felicidade de cada um com seu personagem.


"One Piece: A Série" consegue ser bem equilibrada, dando protagonismo para cada personagem, assim como no anime. Destaco para os arcos de Zoro e de Usopp, figuras chaves para toda a trama. 

Ainda que pareça que os arcos foram condensados em um único episódio comparado com o material original, todos conseguem ter um bom tempo de tela e apresentarem suas histórias sem ficarem cansativos. Pelo contrário, a narrativa é convidativa e cada personagem, com o seu jeito, conquista o telespectador.


Equipe técnica

Devemos destacar aqui a qualidade de Matt Owens, showrunner que fez, com muita competência, as adaptações necessárias do anime para o live-action, que serviram muito bem para mídias diferentes do material original. Owens também é um grande fã do mangá, o que ajuda ainda mais no cuidado com a série. 

Amanda Ross McDonald é outra profissional que merece atenção pelo cuidado com o cabelo e maquiagem dos personagens. Já a figurinista Dianna Cillers foi responsável por fazer com que os trajes ficassem como os originais, sem parecerem um cosplay, apresentando muitos detalhes que os fãs do anime e mangá vão reconhecer. 


Jaco Snymann ficou com o dever de criar os designers dos personagens, aplicando um tom mais realista, mas respeitando o que o criador do mangá “One Piece”, Eiichiro Oda, pensou no original. 

O maior acerto da série em live-action é o fato de Oda ser consultado a todo o momento durante as gravações. O grande mestre deu até sua benção para que a série se tornasse real.


O sucesso da série é um ponto positivo para a plataforma de streaming que vinha de um histórico questionável de adaptações, agora americanizadas. O filme "Death Note" foi reconhecido por seu fracasso, roteiro pobre, atuações irrelevantes e uma história que pouco respeitou o original. 

"Cowboy Bebop" foi outro exemplo - teve um grande investimento em marketing, mas não agradou aos fãs, ganhando até um cancelamento na plataforma. 

Sem dúvida, vale à pena dar o play e maratonar todos os episódios de "One Piece: A Série", que entrega uma trama rica, com efeitos especiais e personagens cativantes. Venha se juntar a história de "Os Chapéus de Palha" e ir em busca do tesouro. A primeira temporada, com oito episódios está disponível para assinantes na Netflix.

              
     
Ficha técnica:
Criação: Steven Maeda
Exibição: Netflix
Duração: 1ª Temporada - 8 episódios
Classificação: livre
País: EUA
Gêneros: aventura, fantasia, ação