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07 outubro 2020

"Enola Holmes" - um grande jogo de enigmas recheado de aventura e suspense policial

Millie Bobby Brown é a protagonista com sangue investigativo e capacidade de decifrar enigmas (Fotos: Alex Bailey / Legendary Pictures)


 Maristela Bretas

 

Poderia ser apenas um filme sobre a irmã caçula do mais famoso detetive britânico, mas "Enola Holmes", uma das estreias da Netflix, entrega uma aventura que prende do início ao fim. Graças, especialmente, à interpretação da talentosa Millie Bobby Brown como a protagonista capaz de driblar ate mesmo a astúcia de Sherlock.

 

Millie também é uma das produtoras do filme. Mas se tornou conhecida do público por seu papel como Eleven, a jovem misteriosa com poderes especiais da série de sucesso "Stranger Things" (2016 a 2019), da mesma plataforma de streaming. Ela mostra que foi amadurecendo a cada temporada da série até ganhar sua própria produção, fazendo inclusive a narração da trama. E se saiu muito bem.

 


O filme é baseado no livro "Enola Holmes: O caso do marquês desaparecido", o primeiro da coleção infantojuvenil de Nancy Springer. A autora escreveu mais cinco obras com histórias da jovem investigadora (de 2006 a 2010). E se depender do interesse do público, "Enola Holmes" pode também se transformar numa série.

 

Enola ("Alone" ao contrário) é uma jovem de 16 anos (na obra ela tem 14) educada sozinha pela mãe (vivida por Helena Bonham Carter), uma mulher libertária, culta, muito além de seu tempo, que ensina à filha artes, ciência, lutas, esportes e, especialmente, como decifrar enigmas. A história se passa na Inglaterra em pleno século XVIII, quando as mulheres queriam o direito de votar.



Sem explicações, a mãe desaparece e deixa Enola sob a responsabilidade dos irmãos mais velhos - Sherlock (papel do belo Superman, Henry Cavill) e Mycroft (interpretado por Sam Claflin, de "Como Eu Era Antes de Você" - 2016). Este último, nomeado tutor da jovem, não quer a responsabilidade e pretende colocá-la num internato para formação de moças da sociedade. Apesar de sua astúcia e experiência, Sherlock não consegue acompanhar o raciocínio e a destreza da irmã caçula para desvendar enigmas e se orgulha da inteligência dela.


Cavill, mais lindo do que nunca, entrega boa atuação como o famoso investigador e é o irmão compreensivo, mas distante. Seu personagem fica apagado perto do de Millie Bobby, que domina as cenas. Ele também está aquém do Sherlock vivido por Benedict Cumberbatch na série de TV (2010) e das versões para o cinema de Robert Downey Jr. (2009, 2011 e um terceiro filme previsto para o final de 2021). Ironicamente, os "Vingadores" venceram novamente a "Liga da Justiça".



É o sangue investigativo dos Holmes que vai fazer Enola buscar respostas para o sumiço da mãe e tentar encontrá-la. Pelo caminho, muitas aventuras e um adolescente que praticamente cai sobre ela - lorde Tewkesbury, marquês de Basilwether (papel de Louis Partridge). Ele está fugindo de sua família, mas passa a ser perseguido por um assassino. 

 

O casal que se forma é simpático, tem uma boa química e agrada ao público, mas é Millie quem comanda toda a ação e aventura ao tentar ajudar o novo amigo a se esconder. Este se torna o primeiro caso de investigação de Enola, que precisa descobrir por que estão tentando matá-lo. 

 

 

"Enola Holmes" oferece belas locações e figurinos fiéis à Inglaterra da era vitoriana, no Reino Unido. Para completar, uma ótima trilha sonora, sob a batuta de Daniel Pemberton. Entre os sucessos estão "Celebrity Skin", da banda Hole, formada somente por mulheres, que também foi tocada em "Capitã Marvel". E a música-tema "Enola Holmes (Wild Child)".

 

Nessas idas e vindas, muita aventura, romance no ar, charadas e jogo de palavras que definem toda a trama, bem no estilo de Sherlock Holmes. Só que agora, comandada por uma jovem muito astuta que pode ser uma concorrente à altura. Millie Bobby Brown é a grande estrela do filme, mostra poder, segurança e representa bem uma jovem mulher independente, que sabe o rumo que dará a sua vida. Vale muito a pena conferir seu novo sucesso.

 


Ficha técnica:
Direção:
Harry Bradbeer
Exibição: Netflix
Duração: 2h03
Produção: Legendary Pictures /`PCMA Productions
Classificação: 12 anos
País: EUA
Gêneros: Policial / Aventura/ Suspense

 

Tags: #EnolaHolmes, #MillieBobbyBrown, #HenryCavill, #SamClaflin, #HelenaBonhamCarter, #SherlockHolmes, #Netflix, #LegendaryPictures, #aventura, #investigação, #ação, #cinemanoescurinho

09 agosto 2018

"Vidas à Deriva": romance, aventura e superação no balanço das ondas

O longa se passa quase que inteiramente numa embarcação - com direito a paisagens maravilhosas (Fotos: Diamond Films/Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


Filmes baseados em histórias reais costumam interessar e cativar o público pela possibilidade de verdade e realismo que possam oferecer. Mas esse não é o caso de "Vidas à Deriva" ("Adrift"), dirigido por Baltasar Kormákur, inspirado na saga vivida por um casal de velejadores, que depois foi transformada em livro homônimo. Como o longa se passa quase que inteiramente numa embarcação - com direito a paisagens maravilhosas - e o roteiro foi todo concebido em flashbacks, cria-se uma distância entre a tela e o espectador, dificultando o envolvimento e, de certa forma, travando a emoção.

Aos 24 anos, Tami Oldham, interpretada pela atriz e também produtora do filme Shailene Woodley, da série "Divergente" (2014) - Insurgente (2015), "Convergente" (2016) e "Ascendente" (em breve) vive uma vida errante, meio sem destino, aceitando pequenos trabalhos para custear suas próximas viagens. Voltar para casa em San Diego, na Califórnia, não faz parte dos seus planos.



De passagem pelo Taiti, ela conhece Richard Sharp (Sam Claflin, de "Como Eu era Antes de Você" - 2016 e a franquia "Jogos Vorazes"), jovem velejador tão aventureiro quanto ela e a paixão entre eles é imediata. Até que ambos aceitam o desafio feito por um casal maduro de viajantes: levar a embarcação deles até a Califórnia, com direito a retornar ao Taiti com passagens de primeira classe, além de um bom dinheiro. Era o ano de 1983.

Desafio aceito, os jovens saem velejando em alto mar a bordo do luxuoso Hazaña e, enquanto viajam, vão se conhecendo em longas e amorosas conversas, jantares românticos, juras de amor, tarefas e projetos. Até que são surpreendidos pelo furacão Raymond, que praticamente destrói o barco e fere gravemente Richard. Durante 41 dias, eles ficam em alto mar, literalmente à deriva, enquanto compartilham conhecimentos sobre navegação, suprimentos e amor.


Não dá para dizer que "Vidas à Deriva" é um filme ruim. Há suspense, aventura, romance. Mas, talvez para não cansar tanto o espectador com o balanço contínuo e o vai e vem das ondas do mar, o diretor tenha optado pelos flashbacks para contar como Tami e Richard se conheceram. E isso, de certa forma, atrapalha o ritmo do longa. Vale a pena ir ao cinema, nem que seja para conhecer a história de esforço, superação e amor de Tami Oldham e Richard Sharp.



Ficha técnica:
Direção e produção: Baltasar Kormákur
Distribuição: Diamond Films
Duração: 1h38
Gêneros: Drama / Romance / Aventura
País: EUA
Classificação: 12 anos

Tags: #VidasADeriva, #Adrift, #ShaileneWoodley, #SamClaflin, #historiareal, #superacao, #TamiOldham, #RichardSharp, #drama, #romance, #aventura, #DiamondFilms, #CinemanoEscurinho