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03 abril 2024

"Licença para Enlouquecer": nem uma pandemia atrapalha essa amizade

Trio descobre que é possível viver intensamente, adaptando a vida às novas regras (Fotos: Bruno Carvalho)


Filipe Matheus
Comentando Sucessos


Um filme interessante e perspicaz na abordagem de temas como a importância das mulheres, relacionamentos e a pandemia que parou o mundo a partir de março de 2020. Este é "Licença para Enlouquecer", longa que chega aos cinemas nesta quinta-feira (4), trazendo uma narrativa que soa com intensidade no espectador. 

O diretor Hsu Chien é conhecido por seus trabalhos em filmes como "Um Dia Cinco Estrelas" (2023), "Desapega!" (2023) e "Quem Vai Ficar com Mário" (2021).


Na trama, Sara (Mônica Carvalho), Lia (Danielle Winits) e Leia (Michelle Muniz) precisam se adaptar a um novo estilo de vida com a chegada da Covid-19, com reuniões por Zoom, encontros virtuais e distanciamento social da quarentena. 

Além das exigências do condomínio, o síndico Carlos (Nelson Freitas) tem uma relação conturbada com as meninas. Com o tempo, ele acaba se envolvendo nas loucuras do trio, embarcando para uma grande aventura na praia de Maragogi, em Alagoas.


Destaque para a interpretação de Michelle Muniz, cuja personagem evidencia a força da mulher e aborda a importância do amor próprio nos dias atuais, demonstrando que os rótulos impostos pela sociedade e os relacionamentos tóxicos não determinam o valor e a relevância da mulher em nossa sociedade.

Além das três protagonistas e Nelson Freitas, o elenco é formado por atores conhecidos de novelas e do cinema, como Luiza Tomé, André Mattos, Henri Castelli, Jennifer Setti, Thaíssa Carvalho, Brendha Haddad e Bruno Moreira.


Um ponto negativo é a viagem das amigas em tempos de pandemia, algo que não seria possível na realidade. Isso confunde o enredo do filme, que, apesar de destacar a história das amigas, carece de uma narrativa mais desenvolvida. Esta comédia brasileira poderia ganhar mais força e autenticidade ao abordar esses importantes temas de forma aprofundada.

No longa, a cultura local também é explorada, com destaque para a música, danças e a deslumbrante paisagem do litoral de Alagoas que desperta o desejo de conhecer e vivenciar essa experiência.


A dinâmica entre os personagens também funciona bem. Cada um possui sua própria história para contar, refletindo a realidade de muitas pessoas que buscam autoaceitação, realização profissional, relacionamentos sólidos com familiares e amigos. E, acima de tudo, entendem a importância de viver a vida com intensidade, pois ela é única.

Para quem quer uma produção divertida, "Licença para Enlouquecer" é imperdível ao mostrar a importância da amizade e como é possível adaptar a vida às novas regras e hábitos quando necessário.


Ficha técnica
Direção: Hsu Chien
Roteiro: Mônica Carvalho, Michele Muniz e Marcelo Corrêa
Produção: Yva Filmes
Distribuição: Pipa Pictures e codistribuição da Imagem Filmes
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h40
País: Brasil
Gêneros: comédia nacional

26 março 2024

"Dois é Demais em Orlando": uma história de amizade em meio às diferenças

Eduardo Sterblitch e Pedro Burgarelli protagonizam esta divertida comédia nacional  (Fotos: H2O Films)


Marcos Tadeu
Narrativa Cinematográfica


Chega nesta quinta-feira (28) aos cinemas brasileiros a comédia brasileira "Dois é Demais em Orlando", para divertir toda a família. O novo longa do diretor Rodrigo Van Der Put ("Juntos e Enrolados" - 2022) é leve e emociona, apresentando muitas camadas de nostalgia, ideal para uma sessão da tarde. 

A começar por ter sido todo rodado nos parques do Universal Orlando Resort, nos Estados Unidos mostrando toda a diversão do lugar que atrai milhões de pessoas por ano. Em alguns momentos, tive vontade de conhecer o lugar, justamente pela magia e a diversão radical que ele transmite. O longa é uma produção da MPC Filmes, em coprodução com Globo Filmes, Telecine e Universal Pictures e distribuição da H2O Films.


Na trama, conhecemos João (papel de Eduardo Sterblitch), um cara apaixonado por parques de diversão, filmes e super-heróis que está prestes a tirar férias e realizar um grande sonho: conhecer os parques do Universal Orlando Resort, na Flórida. 

Um contratempo, no entanto põe em risco seus planos, quando Clara (Luana Martau), sua chefe, pede para que ele viaje com seu filho Carlos Alberto (Pedro Burgarelli), um menino de 11 anos que não gosta de piscinas nem de aventuras radicais, preferindo ficar com seus livros e jogos.

Ambos estranham a ideia de viajar com um desconhecido e suas diferenças, mas ao longo do tempo percebem que podem se tornar amigos. Sem dúvida, Sterblitch faz um ótimo protagonista com seu humor e boas piadas. Apesar de algumas cenas parecerem exageradas, gosto de como o ator conduz o personagem, especialmente ao lidar com Carlos Alberto.


Pedro Burgarelli também se destaca na atuação, de forma mais contida. O ator mirim dá um show, e se no início do filme eu o achava chato e enjoado, no final já me apeguei totalmente. Completam o elenco Polly Marinho, Estevam Nabote, Daniel Furlan, Aryè Campos, Morena Machado, Robson Nunes e Cezar Maracujá.

A relação entre João e Carlos Alberto é, sem dúvida, o ponto alto do filme. Todas as diferenças e a forma como cada um enxerga o mundo são divertidas. Parece que João é a criança da relação, enquanto Carlos Alberto, um idoso de 70 anos e antissocial. 

Uma boa comparação do amadurecimento na relação da dupla pode ser percebida nas atrações dos parques, que vão ficando cada vez mais desafiadoras e intensas à medida que eles se tornam mais próximos.


O que deixa a desejar é a história do pai, Ricardo (interpretado por Anderson Di Rizzi), que fica negando constantemente a presença do filho e inventando mentiras. Apesar de haver motivos, isso se torna maçante e sem graça ao longo do filme, embora a resolução no final seja satisfatória.

"Dois é Demais em Orlando" convida o espectador a conhecer um pouco da diversão nos Estados Unidos e surpreende com uma boa história de família e amizade. Ver esse filme na telona, sem dúvida, proporciona uma emoção como a das montanhas russas e dos toboáguas dos parques. Indico demais e vale o seu ingresso.  


Ficha técnica:
Direção: Rodrigo Van Der Put
Produção: MPC Filmes, coprodução Globo Filmes, Telecine e Universal Pictures
Distribuição: H2O Films
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h30
Classificação: Livre
País: Brasil
Gênero: comédia

21 março 2024

"Kung Fu Panda 4": uma jornada espiritual divertida e familiar

O humor leve e contagiante da franquia está de volta, com piadas inteligentes e situações cômicas
(Fotos: DreamWorks Animation)


Maristela Bretas


Po agora precisa se tornar um Líder Espiritual do Vale da Paz, sabe-se lá como. Assim começa a história de "Kung Fu Panda 4", que estreia nesta quinta-feira nos cinemas. Nosso simpático, desajeitado e faminto urso panda precisa cumprir seu destino, que começou em 2008 (animação disponível no Prime Video), quando não tinha habilidades, trabalhava na loja de macarrão do pai que o adotou e sonhava em se tornar um mestre de kung fu. 

Em 2011, foi treinado por grandes mestres do kung fu, derrotou perigosos vilões e se tornou o Dragão Guerreiro, o melhor dos melhores nas artes marciais. Mas foi em 2016 que ele buscou suas origens, reencontrou o pai e ajudou uma aldeia de pandas a enfrentar um malvado vilão. 

"Kung Fu Panda 2" está disponível no Prime Vídeo e Apple TV. Já terceiro filme pode ser assistido no Netflix, Prime Video, Telecine Fun, Apple TV, Youtube e Google Play Filmes.



A tarefa poderia ser simples, mas Po, além de precisar aprender como é ser um líder espiritual, ainda terá de escolher e treinar o novo Dragão Guerreiro.  No seu caminho, surge Zhen (voz original de Awkwafina) uma esperta raposa, cheia de marra e grande lutadora, mas nada confiável.

Para piorar, ele terá de enfrentar sua mais cruel inimiga, a Camaleoa (Viola Davis), uma réptil feiticeira com habilidades especiais, capaz de se transformar em qualquer bicho. Ela deseja o cajado da Sabedoria para trazer de volta todos os vilões que estão no reino espiritual. 

O humor leve e contagiante, marca registrada da franquia, está de volta, com piadas inteligentes e situações cômicas que divertem o público de todas as idades. 


As cenas de luta são coreografadas com maestria e beneficiam-se de uma nova tecnologia que coloca o espectador no centro da ação. A escolha de Zhen como discípula de Po traz uma nova dinâmica e frescor às sequências de combate. Além da inclusão de novos e trapalhados vilões, alguns até fofinhos (mas nem tanto), que tornam as cenas, como as brigas na taverna, mais divertidas.

Como não poderia deixar se ser, Jack Black volta a emprestar sua voz a Po, o mesmo acontecendo com Lúcio Mauro Filho na versão brasileira, e ambos entregam ótimas dublagens. Também de volta estão James Hong, como o Sr. Ping, Dustin Hoffman (Mestre Shifu), Bryan Cranston (Li Shan, pai de Po), Seth Rogen (Mestre Louva-deus) e Ian McShane, que fez a voz de Tai Lung no primeiro filme.


Na dublagem para português Danni Suzuki empresta a voz para Zhen, enquanto Taís Araújo, com um tom não muito convincente para uma vilã, interpreta a Camaleoa. Entre os dubladores profissionais estão Leonardo Camillo (Shifu), Alexandre Maguolo (Sr.Ping), Anderson Coutinho (Li Shan), Sérgio Fortuna (Tai Lung) e Paulo Vignolo (Han).

O filme reforça valores importantes como amizade, trabalho em equipe, autoconfiança e perseverança, de maneira sutil e natural. Em sua jornada para se tornar um líder espiritual, Po terá de buscar o equilíbrio interior e contar com a orientação do Mestre Shifu e de seus pais. 


Hans Zimmer é novamente um dos destaques compondo a trilha sonora, como fez nas outras três animações desta franquia da DreamWorks. As músicas são contagiantes e memoráveis, acompanhando perfeitamente a narrativa, inclusive nas cenas de lutas. 

A animação é de alto nível, com cores vibrantes e texturas realistas. O Vale da Paz e os novos cenários explorados são visualmente deslumbrantes.

Se você procura um filme para se divertir com a família, "Kung Fu Panda 4" é uma ótima opção, mesmo seguindo a narrativa de seus antecessores. As crianças vão adorar o humor e a ação, enquanto os adultos poderão apreciar a mensagem inspiradora e a qualidade técnica do filme.


Ficha técnica:
Direção:
Mike Mitchell
Produção: DreamWorks Animation
Distribuição: Universal Pictures Brasil
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h34
Classificação: Livre
País: EUA
Gêneros: animação, comédia, ação

06 março 2024

Comédia “Os Farofeiros 2” aposta na popularidade do primeiro filme

A viagem do grupo de amigos de empresa para um resort na Bahia tem tudo para dar errado
novamente (Fotos: Camisa Listrada)



Eduardo Jr.


Após uma viagem recheada de problemas, Lima, Alexandre, Rocha e Diguinho estão de volta. Em “Os Farofeiros 2”, o diretor Roberto Santucci agora coloca os quatro colegas de trabalho e suas famílias em uma viagem à Bahia. Distribuído pela Downtown Filmes, o longa chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (7), trazendo piadas que fazem o público se identificar. 

A equipe do Cinema no Escurinho acompanhou a pré-estreia em uma das salas da rede Cineart, e observou uma plateia reagindo bem ao roteiro de Paulo Cursino - que também escreveu para o primeiro filme da franquia. 

Desta vez, a trama tem como ponto de partida a tentativa de Alexandre (Antônio Fragoso) de resgatar a popularidade junto à sua equipe de trabalho, e assim conseguir um cargo mais alto na empresa. 


Ao ganhar uma viagem, o gerente é convencido pela chefe a dividir o prêmio com os colegas, como forma de reconquistá-los. E claro, a temporada em um resort de luxo se transforma em uma farofada (daquelas com situações com as quais muita gente vai se identificar). 

Mas a comédia demora um pouquinho pra conquistar as primeiras risadas, porque começa com os filhos dos protagonistas na escola, convocados pela diretora para explicar porque apresentaram redações idênticas sobre suas férias. Serão eles os narradores dos eventos na Bahia. 

Do conhecido elenco, Lima (Maurício Mafrini), Jussara (Cacau Protásio) e Rocha (Charles Paraventi) conduzem muito bem a comédia. Danielle Winits segue como a madame histriônica, usando caras e bocas (até demais, diga-se de passagem). 

Em contrapartida, o Alexandre vivido por Fragoso não arranca risos. Seu resgate de popularidade fica em segundo plano. 


O mesmo acontece com as personagens Vanete (Elisa Pinheiro), Ellen (Aline Campos) e Diguinho (Nilton Bicudo). Este último está altamente paranoico com a pandemia - deixando margem para questionamentos sobre fazer piada com o Covid-19. 

Outro ponto de gosto duvidoso é a construção de piadas sobre a personagem Darcy (Sulivã Bispo). A despachada gerente do resort é uma mulher trans, e a direção optou por tentar fazer graça com a dificuldade das famílias em saber qual pronome usar para se referir a ela, e sobre o incômodo das esposas em dividir espaço na sauna com a funcionária. 


Apesar desses pontos que podem soar como “contras” da produção, as piadas “de tiozão”, a entrada de figuras como o ótimo personagem Edvan e o uso de paródias de outros filmes colocam “Os Farofeiros 2” com grandes chances de repetir o sucesso de bilheteria do primeiro longa e de cair nas graças do público. 

Curiosidades

- "Os Farofeiros", de 2018, esteve no topo das bilheterias, atraindo mais de um milhão de espectadores. 

_ O primeiro filme estreou há exatos seis anos e repete agora o mesmo elenco. 

- O diretor Roberto Santucci também assina este longa, além de outros sucessos da comédia nacional como “De Pernas para o Ar” (2010), "O Porteiro" (2023) e a trilogia “Até Que a Sorte nos Separe” (2012 a 2015).


Ficha técnica:
Direção: Roberto Santucci
Produção: Camisa Listrada, com coprodução Globo Filmes, Globoplay, Telecine e Panorama Filmes
Distribuição: Downtown Filmes
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h44
Classificação: Livre
País: Brasil
Gêneros: Comédia, família

04 fevereiro 2024

Premiado e emocionante, “Os Rejeitados” talvez seja apenas mais um conto de Natal

Elenco é formado pelo irretocável triângulo de atores Paul Giamatti, Da’Vine Joy Randolph e o estreante Dominic Sessa (Fotos: Focus Features/Divulgação)


Mirtes Helena Scalioni


Esta não é a primeira vez – e certamente não será a última – que um filme trata da relação conflituosa/amorosa entre professor e aluno. Desde o inesquecível “Ao Mestre, com Carinho” (1967) até o cult “Sociedade dos Poetas Mortos” (1989), para citar apenas dois, o poder transformador do afeto na educação é tema recorrente e, quase sempre, de muito sucesso no cinema. 

Pois esse é o caso de “Os Rejeitados”, que conquistou prêmios no Globo de Ouro, Critics Choice Award e de Melhor Filme do Ano na AFI, além de ser um dos indicados ao Oscar de 2024 como Melhor Filme. O longa pode ser conferido nas salas do Una Cine Belas Artes e do Centro Cultural Unimed BH-Minas.


Uma das diferenças do longa dirigido por Alexander Payne é que, além da dupla professor irascível e/ou paciente versus aluno rebelde, há uma terceira figura que ajuda a elevar a emoção do espectador enquanto a trama avança. 

E o terceiro vértice desse triângulo, formado por Paul Giamatti como o mestre odiado Paul Hunham, e Dominic Sessa como o adolescente problemático Angus Tully, é a carismática Da’Vine Joy Randolph, que ilumina as cenas como a cozinheira Mary Lamb.


A história: em algum ano da década de 1970, num internato aristocrático próximo a Boston, um professor caolho e pedante de História Antiga é obrigado a passar as festas de fim de ano tomando conta do aluno rebelde Angus Tully, meio esquecido pela família. 

A cozinheira negra e gorda Mary Lamb também sobra na instituição naquela data talvez por não ter para onde ir. Detalhe: além de solitária, ela está de luto pela perda de um filho.


No fundo, “Os Rejeitados” não passa de um conto de Natal, que parece ter sido feito para emocionar. Estão em cena a solidão, os presentes, a carência, a neve, a família – ou a falta dela – os drinques, as reconciliações e, principalmente, a solidariedade. 

Mas o mérito dessa comédia dramática está, certamente, na atuação do trio principal. Paul Giamatti, Da’Vine Joy Randolph e o estreante Dominic Sessa estão impagáveis e irretocáveis.


Outra marca do longa é a melancolia – e não só pelo Natal, ausências etc. A trilha sonora, remetendo invariavelmente aos anos de 1970, provoca arrepios nos espectadores mais maduros, assim como a única referência, meio velada e com jeito de “por acaso”, da Guerra do Vietnã, marco indelével daquela década: a morte do filho de Mary Lamb aos 20 anos. Um negro.

É inegável que “Os Rejeitados” (originalmente “The Holdovers”) exala compaixão e empatia e provoca os melhores sentimentos no público. Mas, da metade do longa para o final, não é difícil prever o rumo da história. Fica, no finalzinho, uma incômoda sensação de déjà vu.


Ficha técnica:
Direção: Alexander Payne
Produção: Focus Features Pictures
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: sala 3 do Una Cine Belas Artes (sessão das 20 horas) e sala 2 do Centro Cultural Unimed BH-Minas (sessão 10h40)
Duração: 2h14
Classificação: 16 anos
País: EUA
Gêneros: drama, comédia

05 janeiro 2024

Aclamado pela crítica, "Folhas de Outono" impressiona pela sensibilidade

Novo longa de Aki Kaurismäki está na shortlist do Oscar 2024 e foi nomeado ao Globo de Ouro (Fotos: Pandora Film/Sputnik Oy)

Carolina Cassese


Comédias românticas geralmente apresentam uma estrutura similar: o par se conhece aleatoriamente, passa por uma série de desencontros e luta para finalmente ter uma chance de testar o tal do “felizes para sempre”. 

Apesar de dialogar com essa tradição, “Folhas de Outono” ("Kuolleet Lehdet"), o mais novo filme de Aki Kaurismäki, está longe de ser apenas mais um filme do gênero. O longa, que integra a shortlist do Oscar e foi indicado a diversas premiações da temporada, impressiona por tratar de temas densos e variados com uma sutileza ímpar.


Atualmente em cartaz no UNA Cine Belas Artes e Centro Cultural Unimed-BH Minas (e, em breve, disponível na plataforma de streaming Mubi), a produção é centrada nos personagens Ansa (Alma Pöysti) e Holappa (Jussi Vatanen), dois moradores de Helsinque. 

Eles se conhecem num karaokê e, a partir desse encontro, começam a se esbarrar em diferentes pontos da cidade. Ao longo da narrativa, nos deparamos com diversos quadros que exibem um esquema de cores impressionante e, ainda, cenas que referenciam clássicos como “Rocco e Seus Irmãos” - 1960 (Luchino Visconti) e “Pierrot, Le Fou” (“O Demônio das Onze Horas”) - 2002 (Jean-Luc Godard).


Kaurismãki é conhecido por tratar de temas sociais e, mais especificamente, assuntos relacionados ao mundo do trabalho. “Folhas de Outono” não é uma exceção: os protagonistas do filme vivem e trabalham em condições bastante precárias. 

Os acenos da narrativa a Charles Chaplin também podem ser entendidos como uma possível alusão a "Tempos Modernos" (1936), já que, em pleno século XXI, os personagens realizam tarefas bastante repetitivas em seus empregos e são frequentemente desrespeitados pelos patrões.

Em determinado momento, a personagem principal é humilhada na fábrica por comer um sanduíche que seria jogado fora; “Isso deveria estar no lixo”, diz o chefe. Ansa responde: “Pelo visto, eu também”.


Quando a protagonista liga o rádio para buscar alguma distração de seu duro cotidiano, acaba se deparando com os horrores da guerra entre Rússia e Ucrânia. Em diferentes momentos, Ansa demonstra incômodo e muda a estação para poder ouvir música. 

Ao ler críticas de “Folhas de Outono” em sites de notícias, é extremamente significativo o fato de logo nos deparamos com notificações das abas “Guerra Israel-Hamas”, “Explosões no Irã” e “Acidente de avião no Japão”. A guerra entre Rússia e Ucrânia agora fica sem destaque não por ter acabado, mas por infelizmente ter se tornado um acontecimento “banal” em meio a tantas outras tragédias. 


Nesse sentido, a perspectiva da personagem Ansa se torna ainda mais evidente: tentamos nos distrair com a arte, mas a dureza da realidade por vezes se impõe. Como escapar desse sentimento de impotência diante de sucessivos horrores?

Claro, o filme de Kaurismäki não está interessado em fornecer respostas prontas. Mas, ao longo da narrativa, os dois personagens conseguem encontrar bonitos momentos de respiro em meio aos problemas sociais e questões particulares, como a depressão e a dependência alcoólica.

Em comparação a longas-metragens de grande orçamento e com inúmeros efeitos especiais, “Folhas de Outono” pode parecer um filme pequeno - inclusive por durar “apenas” 81 min. No entanto, como pontuou a crítica Stephanie Zacharek na revista Time, “às vezes pequenos milagres aparecem em forma de filmes”. Ao considerarmos todos os méritos do longa e o quanto ele consegue nos tocar, essa fábula do cotidiano se torna grandiosa.



Ficha técnica
Direção e roteiro:
Aki Kaurismäki
Produção: Sputnik Films e Pandora Film Produktion
Distribuição: O2 Play
Exibição: sala 3 do UNA Cine Belas Artes (sessão 14 horas) e sala 2 do Centro Cultural Unimed-BH Minas (sessão 21 horas)
Classificação: 14 anos
Duração: 1h21
País: Finlândia
Gêneros: comédia, drama, romance

01 janeiro 2024

Tatá Werneck e Ingrid Guimarães têm a química perfeita do humor em "Minha Irmã e Eu"

Longa dirigido por Susana Garcia é muito divertido, tem emoção e ainda atores e cantores tarimbados do passado e do presente
(Fotos: Paris Filmes)


Maristela Bretas


Garantia de boas gargalhadas e também momentos de emoção. Ingrid Guimarães e Tatá Werneck têm a química perfeita para divertir o público na comédia "Minha Irmã e Eu", em cartaz nos cinemas. São quase duas horas de trapalhadas, diálogos escrachados, com duplo e até triplo sentido e situações tão ridículas que fica impossível não rir (e muito).

A diretora Susana Garcia ("Minha Mãe é Uma Peça 3" - 2019, "Minha Vida em Marte" - 2018) acertou novamente na escolha do elenco e do roteiro, entregando um longa que deixa a gente leve quando sai do cinema, especialmente pela interpretação das duas comediantes protagonistas. 


Tatá interpreta Mirelly, a irmã caçula, que mora no Rio de Janeiro, se passa por descolada, amiga de famosos, vivendo de luxo e glamour. Puro "fake". 

Mentirosa compulsiva, mora num "apertamento", vive de bicos pra se sustentar e faz postagens arranjadas para se dar bem nas redes sociais. Ela é a mais doida das duas, mas também a que entrega as cenas e diálogos mais divertidos do filme.

Ingrid é Mirian, a mais velha, que nunca saiu de Rio Verde no interior de Goiás, vive para o lar, é casada com Jayme (Márcio Vito), tem dois filhos - Jayme Jr. e Marcelly - e cuida da mãe Dona Márcia, a tarimbada Arlete Salles. 


Mirian representa bem a esposa certinha, mas insatisfeita, que gostaria de ter a vida da irmã, apesar de estar sempre às turras com ela. E para desilusão de Dona Márcia, as filhas nunca realizaram seu sonho de formarem uma dupla sertaneja.

As duas quase não se encontram, até que uma discussão no lugar errado e na hora errada entre as irmãs leva Dona Márcia a desaparecer. Começa aí o Road movie de Miriam e Mirelly.


Em busca da mãe perdida, a dupla vai percorrer as estradas de Goiás de carro, a pé, de bicicleta, em caminhão pau-de-arara, o transporte que aparecer na hora. E por onde passam, vão deixando um rastro de boas risadas.

Bastariam as duas atrizes para o filme ter tudo para ser bom, mas o elenco ainda ganha peso com a participação de Lázaro Ramos e Taís Araújo, no papel deles mesmos, o grande Antônio Pedro, que infelizmente morreu em março deste ano, além de Leandro Lima, que faz o papel do cowboy sarado, e o colunista Hugo Gloss. 


Na parte musical, como participações especiais, estão a cantora Iza e a dupla Chitãozinho e Xororó, que tem uma história passada com Dona Márcia.

Durante sua jornada, a partir do Rio de Janeiro, de onde Mirelly agora precisa fugir por uns tempos, as duas irmãs vão conhecendo e encontrando personagens, retomando a amizade de infância e descobrindo uma nova realidade.


Além das belas locações da região Centro-Oeste do pais, "Minha Irmã e Eu" foi muito bem dirigido por Susana Garcia a partir de um roteiro leve e cativante. Como se os roteiristas estivessem contando suas próprias experiências familiares. 

Ele é isso, um filme produzido para divertir toda a família, falando sobre a relação entre mães e filhos e, especialmente, entre irmãs, com direito a brigas, picuinhas e acertos. Mas não mexa com uma delas, porque com certeza vai arranjar problema com a família toda. Não perca nos cinemas, vale muito a pena.


Ficha técnica:
Direção: Susana Garcia
Ideia original: Ingrid Guimarães e Tatá Werneck
Roteiro: Célio Porto, Ingrid Guimarães, Veronica Debom, Leandro Muniz
Produção: Paris Entretenimento, com coprodução da Paramount Pictures, Telecine, Simba e Globo Filmes
Distribuição: Paris Filmes
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h52
Classificação: 14 anos
País: Brasil
Gênero: comédia nacional
Nota: 4 (0 a 5)

22 outubro 2023

"Uma Fada Veio Me Visitar" - uma comédia feita só para os fãs da Xuxa

Longa é um novo remake da obra homônima infanto-juvenil da escritora Thalita Rebouças (Fotos: Blad Meneghel)


Marcos Tadeu
Blog Narrativa Cinematográfica


Após quase 14 anos sem atuar no cinema, Xuxa Meneghel ressurge em "Uma Fada Veio Me Visitar", um remake da obra homônima de Thalita Rebouças, agora com nova roupagem, diferente da comédia "É Fada" (2016), que teve Kéfera Buchmann como protagonista. O longa é dirigido por Vivianne Jundi ("Detetives do Prédio Azul 2: O Mistério Italiano" - 2018), com o roteiro assinado pela escritora, em parceria com Patrícia Andrade. 

O filme é leve e divertido, mas apresenta erros que comprometem ao buscar unir dois públicos como uma forma de reconquistar audiência - os nostálgicos que acompanharam a carreira de Xuxa e os adolescentes da chamada geração Z. 


Na história, conhecemos Luna (Antônia Périssé, filha de Heloísa Périssé), uma adolescente rebelde, grossa e antissocial com as pessoas ao seu redor, que tem dificuldades de se socializar na escola. Um dia, ela recebe a visita da Fada Tatu (Xuxa Meneghel), "de castigo" por quatro décadas no reino das fadas por seus erros, que tem como missão ajudar a jovem a fazer boas amizades. 

O problema é que a fada tenta se aproximar de Luna usando uma linguagem que não dialoga com o público de hoje. Tatu está cheia de referências dos anos 1980 e 1990, que não fazem parte do cotidiano de uma adolescente de 2023. e vai precisar se adaptar às mudanças dos últimos 40 anos, como internet, celular e as próprias roupas.


Um exemplo disso é quando Xuxa aparece como She-Ra e fala de sua importância para Luna. A personagem não compreende a referência, e o filme deixa claro que muitas das figuras icônicas mostradas pela fada são mais uma maneira de homenagear a Rainha dos Baixinhos, não só no visual, mas também na trilha sonora do que uma história de fantasia para adolescentes.

O roteiro é preguiçoso e constantemente precisa de situações arranjadas para que Luna e Lara (Vitória Valentin), a aluna mais popular do colégio que sempre desdenhou da protagonista, se tornem melhores amigas. Mesmo sendo escrito por Thalita Rebouças, parece haver uma necessidade constante de adaptá-lo a Xuxa e ao seu estilo de trabalho.


Podemos comparar com o filme "Didi: O Cupido Trapalhão" (2003). Didi (Renato Aragão) tem a missão de unir casais e consegue se misturar bem na Terra. Já em "Uma Fada Veio Me Visitar" fica a impressão de que Xuxa está em uma frequência completamente diferente do restante do elenco. 

Se a Fada Tatu fosse interpretada por uma atriz mais jovem, como Larissa Manoela, Maísa ou Camila Queiroz, que são mais adequadas à realidade das redes sociais e da era da internet, talvez o público adolescente se sentisse mais representado.

Outro ponto que deixa a desejar é não haver um antagonista claro. Lara pode assumir esse papel em algum momento, mas quando o problema da inimizade é resolvido, não há mais o que fazer e o filme fica monótono e tedioso.


As fadas interpretadas por Zezeh Barbosa (Fadona), Dani Calabresa (Faducha) e Livia Inhudes (Fadagiária) são a parte divertida da produção. Trazem humor e mostram como Tatu desafia as leis das fadas. No entanto, essas personagens foram subutilizadas. Também o passado de Tatu e as regras do mundo da fantasia onde ela vivia são pouco explicadas.

O ponto positivo é a mensagem do filme, que aborda adolescentes em busca de amor e reconhecimento. Isso é explorado de maneira interessante, especialmente nas situações de bullying que Luna enfrenta na escola. No entanto, a influência da fada acaba deixando o tema principal em segundo plano.

"Uma Fada Veio Me Visitar" deixa dúvidas sobre o público ao qual se destina. Os adolescentes se sentirão representados na tela? Os conflitos mostrados no longa refletem a realidade dos adolescentes de hoje? Essa é uma reflexão que vale ser feita. Parece estar mais voltado para os fãs que curtiram Xuxa no passado do que para os novos adolescentes, mesmo sendo roteirizado por uma escritora cujas obras são voltadas para jovens. 


Ficha técnica:
Direção: Vivianne Jundi
Produção: Bronze Filmes e coprodução Paramount Pictures e Rubi Produtora
Distribuição: Imagem Filmes
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h42
Classificação: 10 anos
País: Brasil
Gênero: comédia

10 agosto 2023

As cores (e humores) de Wes Anderson estão de volta em “Asteroid City”

Novo longa recebeu indicação em Cannes, mas não é claro em sua proposta (Fotos: Universal Pictures)


Eduardo Jr.


Wes Anderson está de volta. Estreia nesta quinta-feira nos cinemas seu mais novo longa, “Asteroid City”. A produção, distribuída pela Universal Pictures, põe na tela 105 minutos de uma obra fiel às características do cinema do diretor norte-americano. 

E ainda vem com uma chancela importante: a indicação à Palma de Ouro no 76º Festival de Cinema de Cannes de 2023. Filmado na Espanha, em uma paisagem rural desértica, a obra pode fazer tanto sentido quanto uma imensidão de areia. Mas diverte o público em alguns momentos. 


No filme, uma convenção de observadores de astronomia em uma cidade no deserto norte-americano ganha novos contornos após um evento marcante (e cômico). A história se passa na década de 1950 e parece confusa em alguns momentos, por pincelar vários temas de uma vez. 

Também por ser uma produção que avisa ao espectador que a trama vai ser apresentada em um programa de TV, mas tudo não passa de uma encenação teatral (oi?). Tem ainda uma família com o carro estragado que ficou presa em Asteroid City, cuja população se dedica a observar nossa galáxia após a queda de um meteorito tempos atrás. 


Apesar da presença dessa família, não dá pra dizer que o longa tenha um protagonista. É típico dos filmes de Wes Anderson um elenco digno de novela de Glória Perez, com dezenas de personagens. 

Pela tela desfilam nomes famosos e de peso como Tom Hanks, Scarlett Johansson, Jason Schwartzman, Tilda Swinton, Jeffrey Wright, Bryan Cranston, Edward Norton, Liev Schreiber, Adrien Brody, Jeff Goldblum, Margot Robbie, Willem Dafoe, Matt Dillon, Steve Carell, Maya Hawke e Rita Wilson - e mesmo que eles não tenham uma história pra desenvolver, a lista segue aumentando. 


Se o diretor já adotou esse expediente de riqueza de elenco, como em “O Grande Hotel Budapeste” (2014), por que não repetir também as participações especiais? Em “A Vida Marinha com Steve Zissou” (2004), o cantor Seu Jorge participou do longa. 

E agora, o brasileiro retorna em “Asteroid City” como integrante de um grupo de músicos - e reforçando a amizade de longa data que mantém com Wes Anderson. 


A cena musical em que Seu Jorge aparece com seu violão e sua voz grave é hilária. Aliás, o filme como um todo parece um grande deboche do diretor com relação ao comportamento americano em situações diversas. Mas também traz pitadas de drama e de romance (que não funciona, você vai ver). 

Provavelmente é uma comédia com uma história incompleta, um pouco maluca. Nota dez, só para os enquadramentos e cores do longa, embora isso não seja nenhuma novidade a respeito de um cineasta que já se tornou até trend top no TikTok, com usuários fazendo vídeos do cotidiano como se estivessem em uma obra do americano. 


Fiel a sua estética e a sua forma de conduzir, Wes Anderson entrega um filme que se pretende divertido, com fotografia apurada, figurinos com vários modelos e designs clássicos dos anos 1950 e uma paleta de cores pastel. 

A divisão em atos, o deslizar das câmeras nos planos-sequência e a mudança do colorido para o preto e branco são bem ajustados. 


Ainda assim, é difícil resumir, de forma clara, do que se trata o longa quando assuntos como luto, alienígenas, romance e autoridades estúpidas são misturados. 

A experiência de “Asteroid City”, no entanto, pode valer a pena. Faz o público sair da sala escura levando algumas dúvidas e muitos risos. 


Ficha técnica:
Direção: Wes Anderson
Produção: Universal Pictures, Focus Features, American Empirical, Indiam Paintbrush
Distribuição: Universal Pictures   
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h45
Classificação: 14 anos
País: Estados Unidos
Gêneros: comédia, drama

11 maio 2023

"Do Jeito Que Elas Querem - O Próximo Capítulo" uma comédia livre, leve e solta, para sair bem do cinema

As quatro amigas levam seu clube do livro para uma divertida viagem de despedida de solteira (Fotos: Universal Pictures)


Maristela Bretas

Leve, divertido e com um superelenco feminino que retorna após cinco anos do filme original. Este é "Do Jeito Que Elas Querem - O Próximo Capítulo" ("Book Club: The Next Chapter"), que reúne novamente quatro grandes estrelas do cinema: Diane Keaton (Diane), Jane Fonda (Vivian), Candice Bergen (Sharon) e Mary Steenburgen (Carol). 

Sem papas na língua, falando de sexo, frustrações, alegrias, romances tórridos (e outros nem tanto), as quatro mulheres, amigas há 50 anos, agora só pensam em fazer uma grande despedida de solteira. A felizarda é Vivian, que finalmente vai se casar com Arthur (Don Johnson, que participou do primeiro filme). 


Nada melhor que viajarem juntas para a Itália, terra do romance e do vinho. Um passeio planejado anos atrás e que nunca foi realizado por motivos diversos. 

Chegou a hora e elas não vão deixar passar. Influenciadas pelo livro "50 Tons de Cinza", lido por todas no clube do livro do primeiro filme, além de outros romances, elas agora estão mais maduras, aposentadas e dispostas a uma turnê do tipo "clube das garotas". 


Mas elas vão encontrar muito mais que bons hotéis. As férias relaxantes vão se transformar em uma aventura de cross-country única pelo país, regada a muito vinho, novos e velhos amores e vários perrengues.

Com esse elenco não se poderia esperar mais do que excelentes atuações, com diálogos recheados de insinuações picantes que proporcionam boas gargalhadas. Além de um figurino bem no estilo das atrizes. Destaque para o vestido de noiva de Vivian.


Candice Bergen, no papel de uma juíza aposentada, é a mais divertida. Especialmente quando se envolve com pretendentes que surgem ao longo do percurso. 

Vivian continua sendo a revolucionária, que agora tem hábitos mais saudáveis, como dormir cedo para preservar a pele e um café da manhã de muitas frutas. Sem recusar, claro um bom espumante.


Carol ainda é a mais careta e cheia de preocupações, especialmente com o marido Bruce (Craig T. Nelson, outro do primeiro filme). Diane não fica muito atrás e, mesmo vivendo há anos com Mitchell (Andy Garcia, também retornando neste longa), ainda permanece presa ao passado e ao marido morto. 

As novidades do elenco são os atores Giancarlo Giannini (o chefe de polícia), Hugh Quarshie (Ousmane) e Vincent Riotta (Gianni).


Como em "Do Jeito Que Elas Querem", de 2018, Bill Holderman é o diretor e divide roteiro e produção com Erin Simms. Novamente, eles acertaram no enredo ao tratar a uma amizade sincera e leal com o toque de humor ideal. Uma ótima continuação do primeiro filme que vale conferir para sair leve do cinema.


Ficha técnica:
Direção: Bill Holderman
Produção: Focus Features
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h48
Classificação: 12 anos
País: EUA
Gêneros: comédia, romance