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20 maio 2020

"Resgate" é sangue, suor, tiros e muita violência

Chris Hemsworth e o estreante ator indiano Rudhraksh Jaiswal formaram uma boa dupla (Fotos: Jasin Boland/Netflix)

Maristela Bretas


Os irmãos produtores Anthony e Joe Russo gastaram em "Resgate" ("Extraction") todo o estoque de sangue economizado em "Vingadores: Ultimato" (2019). E de quebra ainda aproveitaram o poderoso ex-Thor, Chris Hemsworth, para gastar o que sobrou do arsenal militar de armas, munição e explosivos. E novamente incorpora o perfil de beberrão atormentado pelo passado que usou no filme dirigido pela dupla.

Sob a direção de Sam Hargrave (coordenador de dublês de "Vingadores: Guerra Infinita" - 2018 e "Vingadores: Ultimato"), "Resgate", produção da Netflix que estreou em 24 de abril, é ação do início ao fim, com muitas cenas violentas, ótimas perseguições, bons tiroteio e pancadaria suficiente para mandar alguns dublês para o hospital. 


A trilha sonora ficou a cargo de Henry Jackman, também "pescado" da famosa franquia da Marvel pelas composições musicais de "Capitão América: Soldado Invernal" (2014) e "Capitão América: Guerra Civil" (2016). Além de sucessos como "Crime Sem Saída" (2019), "Jack Reacher: Sem Retorno" (2016) e os dois filmes de Jumanji: Bem-Vindo à Selva (2017) e "Próxima Fase" (2019).

Com ótimas locações em Bangladesh e Índia, especialmente nas capitais Daca e Mumbai, o filme expõe um contraste social que revolta. A miséria da maioria dos cidadãos de ambos os países contra a riqueza absurda e suntuosa de uma minoria, representada pelos chefões do crime organizado. 


Chris Hemsworth está muito bem no papel do ex-militar que se tornou um mercenário. Ele é contratado para resgatar em Bangladesh o filho de um poderoso traficante de drogas indiano sequestrado por outro chefão do tráfico do país vizinho. O elenco é pouco conhecido, exceto pelo protagonista, David Harbour ("Hellboy" - 2019) e Golshifteh Farahani ("Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar"- 2017). 


O sucesso do filme, além da ação, se deve a atuação de Hemsworth, como o mercenário Tyler Rake, e o estreante ator indiano Rudhraksh Jaiswal, que interpretou o garoto sequestrado Ovi Mahajan Jr. É na relação que surge entre a dupla que estão também os poucos momentos de drama da produção, que deve agradar àqueles que gostam do gênero ação com muita violência. Vale conferir.


Ficha técnica:
Direção: Sam Hargrave
Produção: Netflix
Distribuição: Netflix
Duração: 1h57
Gêneros: Ação / Suspense
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #Resgate, #Extraction, @ChrisHemsworth, #DavidHarbour, #ação, #suspense, @Netflix, @cinemaescurinho, @cinemanoescurinho

29 outubro 2017

No divertido "Thor: Ragnarok" ação, piadas e um simpático Hulk falante

Nova produção da Marvel Studio é uma das melhores com um dos integrantes dos Vingadores (Fotos: Marvel Studios/Divulgação)

Maristela Bretas


Ele está mais lindo, poderoso e acima de tudo, engraçado. Com longos cabelos loiros ou usando um corte rente à cabeça, o "deus do Trovão" está de volta em seu terceiro filme - "Thor: Ragnarok", muito melhor que seu antecessor e um dos melhores dos personagens da Marvel. A novidade em relação é o tom divertido e descompromissado dado pelo diretor Taika Waititi. As piadas e comentários engraçados partem de vários personagens, principalmente de Thor (Chris Hemsworth), às vezes em excesso, mas nada que comprometa o enredo.

E para "Thor: Ragnarok" ficar ainda melhor, o poderoso filho de Odin se une a um velho amigo de batalhas, o grandalhão Hulk (novamente interpretado pelo ótimo Mark Ruffalo), que vem com uma ótima novidade: além dos grunhidos conhecidos de seus filmes, o gigante verde prova que sabe falar e até fazer piadas. Claro, continua esmagando e batendo muito, principalmente em Thor, alvo de maioria de suas zoações. Hulk também se mostra quase infantil em algumas situações, com direito a ficar emburrado quando alguém chama sua atenção.

Destaque também para o mentiroso e trapaceiro Loki, papel de Tom Hiddleston, melhor do que nunca. Sempre aprontando e esbanjando charme e ironia, ele completa o trio cômico da produção. E os três estão muito bem e dão uma cara diferente aos super-heróis. A história também explora a relação de desconfiança e "puxadas de tapete" entre os dois irmãos. Loki não perde a característica de personagem de duas caras mas vai precisar se unir a Thor para salvar Asgard. Também o belo filho de Odin terá de deixar a arrogância e descer do pedestal para "apanhar que nem gente grande" e amadurecer, para alegria do irmão adotivo.

Cate Blanchett esbanja sensualidade e poder como a vilã Hela, deusa da Morte, com mudanças de aparências e entradas triunfais, até mesmo nas lutas contra Thor, Loki e os guerreiros de Asgard. Ao mesmo tempo, ela expõe o lado negro de Odin, que usou da violência e crueldade para dominar os reinos e se tornar o grande rei.

Além dos dois vingadores, o grande elenco de "Thor: Ragnarok" conta com nomes famosos e de peso que entregam ótimas interpretações: Idris Elba, volta como Heimdall, o guardião do portal; Jeff Goldblum é o Grão-Mestre, dominador do planeta Sakar; Anthony Hopkins, como Odin; Tessa Thompson, se destaca como a guerreira Valkyrie, e Karl Urban, como o guerreiro asgardiano Skurge.

Doutor Estranho, de Benedict Cumberbatch, faz uma aparição rápida que funciona como uma conexão entre os heróis da Marvel para a esperada estreia de "Vingadores - Guerra Infinita", prevista para 24 de abril de 2018. Stan Lee dá o seu melhor recado aterrorizando Thor e até mesmo o diretor Taika Waititi brincou bem de ator interpretando Korg, o simpático gladiador de pedra.

Preso do outro lado do universo, Thor fica sabendo que o fim de Asgard está próximo e precisa voltar para salvar seu mundo do apocalipse (Ragnarok). Mas terá de enfrentar o pior de seus inimigos, Hela, a Deusa da Morte, que quer dominar o planeta, nem que para isso precise destruir todo o povo. No entanto, Thor é jogado num planeta distante e terá de enfrentar o Grão-Mestre e o maior e mais temível de seus gladiadores. O deus do Trovão vai precisar descobrir novos poderes e contar com a ajuda de velhos e novos amigos, como Hulk, Haimdall e Valkyrie, e do irmão nada confiável Loki para vencer a batalha contra Hela e salvar seu povo.

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Apesar de bem divertido, o que pode parecer estranho para alguns seguidores dos heróis Marvel, não foge do estilo. Tem muita ação, porrada, explosões, batalhas campais, raios de sobra - o Deus dos Trovões gasta bem suas energias -, uma vilã convincente e cruel que luta demais e não tem dó de matar quem se opõe às suas ordens, e um Hulk que continua bruto e destruidor, mas muito mais simpático graças aos excelentes recursos de computação gráfica.

Os efeitos visuais estão ótimos, muita cor, especialmente em Sakar e Asgard, e nas batalhas campais e na arena dos gladiadores. O espectador deve ficar atento às cenas pós-créditos: a primeira é importante e vem logo no início deles - tem a ver com o próximo filme dos Vingadores. A segunda é uma piada boba, dispensável, não compensa ficar no cinema até o final da ficha técnica. "Thor: Ragnarok" vale a pena conferir, diversão garantida.



Ficha técnica:
Direção: Taika Waititi
Produção: Marvel Studios / Walt Disney Studios
Distribuição: Disney / Buena Vista
Duração: 2h11
Gêneros: Ação / Aventura / Fantasia / Ficção
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4 (0 a 5)

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