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26 fevereiro 2021

Terror russo "A Viúva das Sombras" não merece nem a pipoca

Produção passa a maior parte do tempo numa floresta escura, habitada por uma entidade maligna (Fotos: Divulgação)

Maristela Bretas


Muito escuro. A ponto de deixar o público incomodado, pois tira o impacto das cenas de terror a que se propõe, mas deixa muito a desejar. Este é "A Viúva das Sombras" ("Vdova"), produção russa que estreou nessa quinta-feira (25) nos cinemas Cinemark BH Shopping, Cinépolis Estação BH e Grupo Cine/Sete Lagoas, em versões dublada e legendada. Para ajudar a espantar o público do cinema, o roteiro é ruim, os atores e os diálogos são fracos e sem impacto algum, principalmente pelo gênero escolhido.
 

O filme é inspirado em eventos reais, com a narrativa começando com depoimentos de moradores de um vilarejo perto de São Petesburgo, onde crimes sem solução ocorrem há 30 anos. A partir daí, passa para uma equipe de voluntários que trabalha nas florestas próximas a procura de pessoas perdidas. Desta vez, o grupo está acompanhado de uma cinegrafista que está registrando os trabalhos de resgate.

Os cinco integrantes são convocados para ajudarem nas buscas a um garoto na floresta, em meio a pântanos profundos, estradas ruins e com deslizamentos de terra exigindo desvios. No passado, várias pessoas foram encontradas mortas e nuas nesta mesma floresta. Mas o grupo acaba descobrindo mais do que esperava e enfrentando uma entidade maligna que seria a responsável pelas mortes.
 

 
A sequência de cenas entre a entrada na mata e o final é uma lição de como fazer um roteiro fraco e totalmente previsível. Daqueles que dá vontade de sair da sala de cinema ou desligar a TV já nos primeiros 15 minutos. Para agravar a situação, são muitas imagens com pouquíssima luz, o que impede de acompanhar o desfecho de algumas cenas, principalmente as que a tal viúva que habita no pântano ataca as vítimas. 
 

Não é um filme para ser assistido em tela de smartphone, notebook ou televisão (fica o alerta para quando for para o streaming). As cenas escuras na floresta à noite são quebradas são quebradas apenas quando alguém liga uma lanterna ou acende a fogueira.

Para completar, as atuações deixam a desejar, com nomes desconhecidos de pessoas que não têm qualquer conexão. Como se colocassem vários atores num set, cada um com seu texto para decorar e fazendo filmes independentes, sem ligação um com o outro. Difícil encontrar um ponto que ajude a salvar "A Viúva das Sombras" de ser, até o momento, o pior lançamento de terror deste ano. No mesmo nível de qualidade de "A Noiva" (2017), outra produção russa ruim demais.
 
  
Ficha técnica:
Direção: Ivan Minin
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h54
Pais: Rússia
Gênero: Terror
Classificação: 16 anos
Nota 1,5 (0 a 5)

10 outubro 2019

"O Pintassilgo" é o interminável fim de um trauma pessoal

Oakes Fegley está ótimo no papel do jovem Theo Decker que não se desliga da morte (Fotos Warnes Bros. Pictures)

Maristela Bretas


Duas horas e 30 minutos de duração que parecem 5 horas. Nem mesmo as cadeiras, consideradas confortáveis do cinema foram capazes de amenizar a monótona e arrastada narrativa de "O Pintassilgo" ("The Goldfinch"), que estreia nesta quinta-feira. Adaptado da obra literária da escritora norte-americana Donna Tartt, que conquistou o Pulitzer, a impressão que dá é que o diretor John Crowley quis copiar o livro. Mas esqueceu que passar para as telas as 784 páginas da obra é uma segunda arte e requer capacidade de síntese. O que não aconteceu.


A história é simples, mas foi conduzida de forma tão lenta que chega a dar sono em vários momentos, desde o início. Um filme inteiro para explicar o trauma de uma criança, carregado até a vida adulta, provocado pela morte da mãe após o atentado a bomba contra o Metropolitan Museum of Art, em Nova York. Esta morte se torna uma obsessão para Theodore Decker (papel vivido por Ansel Elgort, que não convenceu).


O ator interpreta um jovem que não se conforma com esta perda e passa a vida escondendo um quadro famoso - O Pintassilgo - que ele retirou após a destruição do museu no dia do atentado. A obra é a principal lembrança da mãe antes de sua morte. Decker é interpretado enquanto criança pelo ótimo Oakes Fegley, que tem como amigo o adolescente russo Boris, papel do conhecido Finn Wolfhard ( de "Stranger Things")  que entrega um ótimo trabalho.



Enquanto os jovens cumprem bem seus papéis, o mesmo não acontece com Alsel Elgort. Ao contrário de Aneurin Barnard, como Boris adulto. Outra presença marcante é a de Nicole Kidman, como mãe adotiva de Theo. Jeffrey Wright, como Hobie, um restaurador de obras de arte, também entrega uma boa interpretação.

Mesmo com boa fotografia e uma ótima trilha sonora de Trevo Gureckis, o filme se perde. Sucessos como "Baby Blue" e Your Silent Face Now" estão entre os destaques, como foram bem lembrados pela colega de cinema Selhe Moreira, integrante do @cinemadebuteco. Mas perdem o impacto e não foram suficientes para tornar "O Pintassilgo" uma produção atraente.



Ficha técnica:
Direção: John Crowley
Produção: Amazon Studios / Warner Bros. Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração:2h30
Gênero: Drama
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

Tags: #OPintassilgo, #WarnerBrosPictures, @EspacoZ, #NicoleKidman, #drama, #@cinemaescurinho, @cinemanoescurinho

15 agosto 2019

Tarantino declara seu amor ao cinema da década de 1960 em "Era Uma Vez Em... Hollywood"

Nono filme do diretor e roteirista tem Leonardo Di Caprio e Brad Pitt no elenco principal (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)


Pedro Santos


O diretor Quentin Tarantino nunca escondeu seu amor pela Sétima Arte. Está evidente em suas obras essa devoção e em diversas entrevistas dadas por ele declarando ser um grande cinéfilo. "Era Uma Vez Em... Hollywood" ("Once Upon A Time...in Hollywood") nada mais é que uma carta de amor ao cinema dos anos 1960. Não só às grandes produções, mas também ao espírito cultural e intelectual da época, principalmente às séries e seriados que se tornaram muito populares.


O diretor relembra o período neste que é seu nono longa, com direito a presença de figuras ilustres como Bruce Lee, Steve McQueen, Roman Polanski, Sharon Tate, dentre outros. E é o assassinato da atriz, um dos fatos mais marcantes dessa década, que leva o diretor a criar a grande tensão que atravessa o filme. Sem querer dar spoiler, é visceral e inesperado.


A mais nova produção do aclamado diretor conta a história de Rick Dalton (Leonardo Di Caprio), o astro de uma série famosa de faroeste nos anos 1950, mas que depois não consegue outro grande papel de destaque. Juntamente com seu dublê, Cliff Booth (Brad Pitt), Dalton está decidido a tornar seu nome relevante novamente, num período em que a Era de Ouro de Hollywood já começa mostrar sinais de decadência. A relação com pessoas influentes da indústria cinematográfica acaba levando o ator aos assassinatos cometidos por Charles Manson, entre eles o de Sharon Tate (Margot Robbie), que era casada com o diretor Roman Polanski (Rafal Zawierucha) e estava grávida.


O filme, porém, não possuí uma estrutura narrativa comum e algumas pessoas podem achá-lo chato. No primeiro ato parece ser apenas uma coletânea de momentos da vida de dois personagens, o que realmente é. Mas o ótimo roteiro e as atuações de Leonardo Di Caprio e Brad Pitt fazem a diferença e deixam a produção divertida. O elenco conta ainda com nomes famosos como Al Pacino, Bruce Dern, Dakota Fanning, Nicholas Hammond e Luke Perry, falecido recentemente.


"Era Uma Vez Em... Hollywood" também carece de algumas características clássicas de Tarantino, como a tensão constante e a violência verbal e física. A produção é menos eletrizante e com menos cenas de ação, o que pode não agradar aqueles que esperam estas marcas registradas do diretor em suas produções. A direção e a atuação estão no ponto, os atores são excelentes e não decepcionam. A trilha sonora, como é de praxe do consagrado diretor, está incrível. Tecnicamente o filme é impecável. O mais recente filme de Quentin Tarantino (responsável por sucessos como “Pulp Fiction” - 1994 e “Kill Bill” - 2003) não é, de maneira nenhuma, o seu melhor, mas não deixa de ser brilhante, excelente e divertido.



Ficha técnica:
Direção e roteiro: Quentin Tarantino
Produção: Heyday Films / Columbia Pictures / Sony Pictures Entertainment
Distribuição: Sony Pictures Brasil
Duração: 2h41
Gêneros: Drama / Comédia
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #EraUmaVezEmHollywood, @QuentinTarantino, @BradPitt, @LeonardoDiCaprio, @MargotRobbie, #ação, #drama, @EspacoZ, @SonyPictures, #cinemaescurinho, @CinemanoEscurinho

29 maio 2019

"Godzilla II: Rei dos Monstros" - gigantesco em ação e efeitos visuais como seus personagens

Nesta sequência, criaturas pré-históricas retornam para atacar os seres humanos e só o maior dos titãs poderá dar conta deles (Fotos: Daniel McFadden/Legendary Pictures)

Maristela Bretas


Sobram kaijus (monstros, em japonês), efeitos especiais, ações e ótimas atuações em "Godzilla II: Rei dos Monstros" ("Godzilla: King of the Monsters"), que estreia nesta quinta-feira nos cinemas. São pouco mais de duas horas que passam rapidamente e, apesar de as batalhas ocorrerem em cenas mais escuras (no 3D será problema), elas são grandiosas como os titãs, entregando uma sequência que não perde em nada a seu antecessor.


Como os próprios personagens citam no filme, a história acontece cinco anos depois de Godzilla derrotar uma gigantesca criatura em "Godzilla" (2014) em San Francisco. Além de Gojira (Godzilla em japonês), o diretor Michael Dougherty ressuscita outros tão poderosos e destruidores quanto ele, incluindo um bem conhecido do público - King Kong , o mesmo da produção "Kong: A Ilha da Caveira" (2017), que também aparece no filme como o lar do gorila mais famoso do cinema. Essa produção inclusive indicou que haveria uma sequência, com uma possível invasão das cidades por monstros pré-históricos


Até porque, a empresa responsável por pesquisar e explorar estes titãs é a mesma - Monarch -, que retorna em "Godzilla II" fazendo mais estrago que nos dois filmes anteriores. E não vai parar por aí. O terceiro filme já está previsto para estrear em maio de 2020 e terá outra grandiosa batalha - "Godzilla vs King Kong" .


Tanto em "Godzilla" quanto em "Kong: A Ilha da Caveira", os elencos foram pontos positivos. O primeiro contou com o ótimo Bryan Cranston, Juliette Binoche, Aaron Taylor-Johnson e Elizabeth Olsen. Já no segundo teve Tom Hiddleston, Samuel L. Jackson, Brie Larson, John C. Reilly e John Goodman. O destaque em "Godzilla II" fica para Vera Farmiga ("Invocação do Mal 2" - 2016), no papel da cientista Emma Russel, que divide as atenções com Kyle Chandler ("O Primeiro Homem" - 2018), como seu ex-marido e pesquisador Mark Russell. Do primeiro filme, o diretor retorna com Ken Watanabe, como o cientista Ishiro Serizawa; Sally Hawkins, a parceira dele em pesquisas, dra. Wates, e David Strathairn, como o general Stenz, que adora exterminar um monstro.


Mas a grande estreia na telona e confirmando seu potencial, reconhecido pela série "Stranger Things", foi Millie Bobby Brown. A jovem está ótima no papel de Madison, filha do casal Russell. Criada pela mãe e com pouco contato com o pai nos últimos cinco anos, tem o mesmo carinho e admiração pelos monstros gigantes. Millie está confirmada no elenco do terceiro filme - "Godzilla vs King Kong", assim como Kyle Chandler.


"Godzilla II: Rei dos Monstros" se passa cinco anos depois da aparição do gigantesco lagarto, que acabou virando o "monstro amigo" após vencer um inimigo maior. O cientista Mark Russell não se conforma de ter perdido o filho pequeno na batalha de 2014 e se afasta da família. A ex-mulher Emma continua como uma das pesquisadoras das Empresas Monarch e cria a filha neste mundo.


Até que as pesquisas dos cientistas da empresa fazem ressurgir outras gigantescas criaturas em vários pontos do planeta, ameaçando a raça humana de extinção. Entre os titãs estão Ghidorah (uma serpente de três cabeças também chamada de o demônio da galáxia), Mothra (a rainha dos monstros, semelhante a uma mariposa) e Rodan (o pteranodonte). Novamente, a saída será apelar para o Rei dos Monstros, que está mais bombado, com luzes mas costas que dão um efeito bacana debaixo d' água e à noite nas batalhas, assim como o raio radioativo que lança pela boca como um dragão. O olhar está ainda mais assustador.


Vale a pena assistir? Claro, tem muita ação, o tempo todo, com ótimas batalhas em terra, no mar e no ar. Gojira apanha (como todo bom "mocinho"), mas bate muito e a destruição não parece mais caixa de papelão rasgada. As cenas são dignas de um ótimo filme do maior dos titãs .


Ficha técnica:
Direção: Michael Dougherty
Produção: Legendary Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 2h12
Gêneros: Ação / Ficção 
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 3,8 (0 a 5)

Tags:#GodzillaIIReiDosMonstros, #Godzilla2, #monstro, #gojira, #VeraFarmiga, #MillieBobbyBrown, @LegendaryPictures, @WarnerBrosPictures, @EspacoZ, #cinemaescurinho, @cinemanoescurinho

30 dezembro 2018

Paulo Gustavo é o par perfeito de Mônica Martelli em "Minha Vida em Marte"

Filme celebra a amizade e as dúvidas sobre a melhor maneira de amar após uma separação (Fotos: Divulgação)

Maristela Bretas


Com uma química perfeita, "Minha Vida em Marte" acerta na dupla Paulo Gustavo-Mônica Martelli (também roteiristas e produtores) para oferecer ao público a diversão esperada para uma comédia. Dirigido por Susana Garcia, irmã de Martelli, o filme é uma celebração à amizade entre os protagonistas que é mostrada claramente durante toda a narrativa, deixando o tema principal - a decepção com um casamento perto de chegar ao fim - em segundo plano.


Paulo Gustavo é o destaque com suas tiradas sarcásticas que o consagraram como Dona Hermínia em "Minha Mãe é Uma Peça 2" e dá a esta produção, sequência de "Os Homens São de Marte... E é prá Lá que Eu Vou", uma roupagem cômica. É o humor ácido de Paulo Gustavo, como Aníbal, que dá vida à produção e deixa o enredo mais engraçado. Ao contrário do monólogo homônimo interpretado por Mônica Martelli da qual foi adaptada, que é mais dramático.


Martelli está muito bem como Fernanda, que agora está casada, tem uma filha de cinco anos e vive a rotina de uma relação que começa a dar sinais de desgaste, rumo a um divórcio. Sem tesão, mas não aceitando o fim do que "deveria ser para sempre", ela e o marido Tom (Marcos Palmeira) se afastam cada vez mais um do outro, vivem em atrito e passam a buscar opções externas.


Apesar de ser uma mulher que está insegura sobre seu futuro como divorciada, num mundo machista que considera "velha" uma mulher acima do 40 anos, Fernanda sabe que "na alegria e na tristeza" sempre vai poder contar com Aníbal, seu par perfeito para buscar a felicidade de se tornar uma nova mulher.


E é ele quem irá ajudar a amiga e sócia a superar a crise no casamento, propondo todo tipo de estratégia para salvar a relação ou acabar de vez com ela. Aníbal cria situações das mais divertidas, algumas bem "saia justa", desde romances a viagens e encontros com novos parceiros. Os diálogos entre os dois garantem boas gargalhadas.

No elenco estão ainda Fiorella Mattheis (Carol), Ricardo Pereira (Bruno), Heitor Martinez (Humberto) e os estreantes no cinema, Marianna Santos (como Joana, filha de Fernanda e Tom) e Lucas Capri (Theo, o produtor musical de Anitta, que faz uma ponta no filme). Mas todos, inclusive Marcos Palmeira são meros coadjuvantes. A história se concentra mesmo é na dupla principal. Uma boa comédia nacional, que deverá atingir o mesmo sucesso de bilheteria dos filmes anteriores protagonizados por Paulo Gustavo e Mônica Martelli. Vale a pena conferir.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Susana Garcia
Produção: A Fábrica / Capri Produções
Distribuição: Downtown Filmes / Paris Filmes
Duração: 1h45
Gênero: Comédia
País: Brasil
Classificação: 12 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: #MinhaVidaEmMarte, @PauloGustavo, @MonicaMartelli, @DowntownFilmes, #comedia, @AFabrica, @EspacoZ, @cineart_cinemas, @cinemanoescurinho @CinemaEscurinho

13 dezembro 2018

"Aquaman" tem excelentes efeitos especiais e dá uma nova vida aos heróis da DC

Filme conta a história do integrante da "Liga da Justiça" vindo do mar, interpretado por Jason Momoa (Fotos: Warner Bros Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


"Aquaman" tem furos, sim o que era esperado. Mas o resultado final da nova produção da DC Comics surpreende e agrada como diversão. Acima de tudo, pelos efeitos gráficos, que ficaram tecnicamente excelentes, principalmente nas cenas de diálogos entre os habitantes no fundo do mar. O filme ficou muito bom, mas ainda atrás de "Mulher Maravilha". Também são destaques a trilha sonora e as locações bem escolhidas (como a região da Sicília, na Itália), além da ótima direção e coordenação de roteiro de James Wan, que tem no seu currículo os ótimos filmes de terror "A Freira" (2018) e "Invocação do Mal 1 e 2" (2013 e 2016) e o sucesso "Velozes e Furiosos 7" (2015). 

Jason Momoa (como Aquaman/Arthur Curry) é uma atração à parte, com um corpo esculpido e tatuado para atrair em cheio o público feminino, principalmente por passar a maior parte do filme sem camisa. Cada vez que aparece, o ator musculoso enche a tela e desperta suspiros. Se pode ser chamado de ator, o tempo dirá, mas pelo menos entregou um herói mais simpático (e atraente) do que seus amigos da "Liga da Justiça" (2017) - Batman (Ben Affleck) e Superman (Henry Cavill).

"Aquaman" apresenta diálogos simples, que não exigem muito de seus intérpretes. Mas Momoa tem boa presença, é divertido em alguns momentos (chega a lembrar de Thor em "Ragnarok") e faz o estilo brutamontes que resolve tudo na porrada, mas tem o bom coração e é "menino de família". E de quebra, atrai a mocinha dos cabelos vermelhos vinda do mar, que briga muito, tem super poderes e opinião própria. A mocinha no caso é a bela Amber Heard, que interpreta Mera, a princesa de um dos reinos de Atlântida que, como Aquaman, teve sua primeira aparição em produção da DC Comics/Warner Bros. Pictures em "Liga da Justiça". 

O destaque fica para Patrick Wilson, que deixa pelas mãos de James Wan a pele do bom Ed Warren, da franquia "Invocação do Mal" e "A Freira" para ser um dos vilões da história - o Rei Orm que quer se tornar Mestre dos Oceanos. Ele está bem no papel, mas ainda tem cara de cachorro que caiu da mudança. Mas nas lutas contra Aquaman, mantém o mesmo padrão do super-herói.


Confira a galeria de fotos do filme no Flickr



Nicole Kidman (que interpreta a rainha Atlanna, mãe do Aquaman), apesar de ser nome de peso, aparece pouco. E a maquiagem foi cruel com ela quando é mostrada mais jovem. Pecou feio, melhor teria sido usar computação gráfica no rosto do que fazer o trabalho ruim de rejuvenescimento que fizeram. A maquiagem errou na atriz mas acertou nos atores. Já Temuera Morrison (que faz o pai do Aquaman) ficou bem quando jovem e envelhecido da maneira correta.

O mesmo com Willem Dafoe, que tem boa interpretação de Vulko, conselheiro da rainha. O elenco conta ainda com Dolph Lundgren, também melhorado pela maquiagem para viver o Rei Nereus. E Yahya Abdul-Mateen II, como o pirata David Kane, que se transforma no Arraia Negra, inimigo do Aquaman.

O filme conta a origem de Arthur Curry, como se tornou o super-herói e sua atuação nada discreta como super-herói apesar de viver numa pequena vila costeira. Mas ao ser convocado por Mera para defender e unir terra e mar, ele terá de assumir sua função de herdeiro do trono de Atlântida. E enfrentar seu maior rival, o meio irmão Rei Orm, que quer se tornar o Mestre dos oceanos e dominar os mares a terra, destruindo os humanos que estão acabando com a natureza.

Esta parte da poluição dos mares e rios, o aquecimento global e a destruição da fauna e flora marinha é abordada bem levemente, sem aprofundar. Nas entrelinhas há também uma crítica ao estilo de vida de Atlântida, que usa de regras e controle como o mundo terrestre, além de usar animais para a guerra. A produção também aproveitou ideias de seu concorrente, com a ponte com o portal ligando os reinos aquáticos, bem semelhante a de Asgard, dos filmes de Thor.

"Aquaman" é um bom filme, bem humorado, com muita ação (dentro e fora d'água), que tem na computação gráfica seu forte, apesar do roteiro confuso em algumas partes. Mas cumpre seu papel de contar a história do herói e rei dos Sete Mares, ilustrada pelas cores das milhares de espécies exóticas do fundo do mar e as belas paisagens terrestres. As 2h24 de duração passam rápido. Vale conferir.


Ficha técnica:
Direção: James Wan
Produção: DC Entertainment / Warner Bros. Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 2h24
Gêneros: Ação / Aventura / Fantasia
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #Aquaman, @JasonMomoa, @AmberHeard, #ArthurCurry, #acao, #superheroi, @WarnerBrosPictures, @DCComics, @EspacoZ, @cineart_cinemas, #LigadaJustica, @cinemanoescurinho

14 janeiro 2018

Um simpático touro chamado Ferdinando que conquista corações

Ferdinando ama flores, a sombra de uma árvore e sua melhor amiga Nina (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)


Maristela Bretas


Crianças e adultos vão curtir demais "O Touro Ferdinando", a nova animação do diretor brasileiro Carlos Saldanha, responsável pelos grandes sucessos "A Era do Gelo" e "Rio". Com muita inspiração e simpatia, ele nos apresenta um enorme animal, que daria medo em qualquer um de sua espécie e seria a glória para qualquer toureiro vencê-lo numa arena. Mas ao contrário disso, Ferdinando é doce, cuidadoso, gentil e detesta briga.

Desde pequeno Ferdinando gostava de flores e da calma do campo e sonhava deixar a fazenda onde era preparado para as touradas. Ao contrário dos outros animais de sua espécie e de seu pai, um campeão respeitado. E foi o temperamento calmo e tranquilo que levou Ferdinando (dublado em português por Duda Ribeiro e na voz original pelo ex-lutador de WWE, John Cena) a fugir para um local onde tivesse paz e amigos, além de uma árvore onde pudesse ficar embaixo admirando a paisagem. 

Os anos se passaram e o pequeno bezerro se transformou num touro gigantesco que não tinha noção de seu tamanho. Ele era feliz ao lado de Nina, sua dona (dublada pela apresentadora do SBT, Maísa Silva), do pai dela e do rabugento cão Dos. Mas um incidente que o deixou descontrolado fez com que ele fosse capturado e levado de seu lar. Determinado a voltar para sua família, Ferdinando se une a uma equipe desajustada e muito divertida na maior de suas aventuras pela Espanha. 

Mais que uma simples animação, "O Touro Ferdinando" ensina que é possível ser diferente e que não se deve julgar ninguém pela aparência. A animação apresenta personagens belos, vistosos e cheios de si, como o cavalo Hans (na voz de Otaviano Costa), que não se preocupa com ninguém, apenas com sua aparência. E outros não tão belos, mas que são fiéis e incapazes de deixar um amigo para trás, fosse ele uma velha cabra desmiolada, como Lupe (dublada pela ótima Thalita Carauta) ou um touro que tem medo de tudo. 

Ferdinando é a força do grupo, porque acredita em cada um e quer que todos sejam livres e felizes como ele, longe das arenas e dos abatedouros. E será uma inspiração para todos que passarem por sua vida. O filme é uma linda lição para todas as idades, muito bem adaptado do livro infantil "A História de Ferdinando", escrito por Munro Leaf e ilustrado por Robert Lawson. A mesma história, que garantiu aos Estudios Disney um Oscar como Melhor Curta em 1938. A nova versão não ficou atrás e foi indicada em várias premiações na categoria, inclusive ao Oscar de Melhor Filme de Animação de 2018. 

"O Touro Ferdinando" diverte, emociona e faz as crianças chorarem e também torcerem por ele, como assisti na sessão. Elas se tornam suas aliadas e de seus amigos, com direito a aplauso e gritinhos de felicidade. Duas cenas são muito divertidas e já valem o filme: a da loja de louças e cristais (chega a dar aflição) e a disputa de dança entre os animais da fazenda. Vale a pena levar a meninada a partir de cinco anos.



Ficha técnica:
Direção: Carlos Saldanha
Produção: Blue Sky Studios / 20th Century Fox
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 1h49min
Gêneros: Animação / Comédia / Aventura
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #OTouroFerdinando, #Ferdinand, @carlossaldanha, @MaandradeSBT, @thalitacarauta, #diversão, #comedia, #animação, @blueskystudios,  @FoXFIlmdoBrasil, @espacoz, @cinemas.cineart, @cinemanoescurinho

31 dezembro 2017

Comédia "Fala Sério, Mãe!" é a química certa entre mãe e filha

Larissa Manoela e Ingrid Guimarães vivem situações bem engraçadas e cotidianas (Fotos: Globo Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


Uma boa pedida é assistir a comédia "Fala Sério, Mãe!", que reúne em seu elenco principal as atrizes Ingrid Guimarães e Larissa Manoela num entrosamento perfeito, quase como se fossem mãe e filha na vida real. Adaptação do best-seller homônimo da escritora Thalita Rebouças (que faz uma ponta), o filme dirigido por Pedro Vasconcelos reproduz momentos que vão trazer lembranças a muitas mães, filhas e filhos, inclusive aquelas mais "constrangedoras".

Uma história com princípio, meio e um fim que cada um vai escrever do seu jeito, sem esquecer que cada momento valeu a pena. Ingrid Guimarães está excelente como Ângela Cristina, mulher de sucesso, bem casada e que realiza o grande sonho de ser mãe. Ela está muito divertida, com ótimas tiradas e criando situações de fazer qualquer filho esconder debaixo do móvel da sala de vergonha. Um dos bons momentos é a cena com o ator Paulo Gustavo, em rápida aparição do ator interpretando ele mesmo num comercial.

A atriz de "De Pernas pro Ar 1 e 2" (2010 e 2012), "Um Namorado Para Minha Mulher" (2016) e "Loucas Pra Casar" (2015) está cada vez melhor como comediante. Na primeira parte do filme, seu personagem é uma mulher que muda sua vida em função dos filhos e quer todos eles debaixo de suas asas eternamente. Uma mãe quase neurótica de tão super protetora, que compra briga, discute na escola, pega pesado com a educação e faz os filhos pagarem mico na frente dos amigos. Só quem é mãe sabe bem o que é isso.

Já na segunda parte de "Fala Sério, Mãe!" a comédia ganha nova cara e Ingrid passa a contracenar com Larissa Manoela, no papel de Maria de Lourdes, a Malu, a filha mais velha adolescente, motivo de noites mal dormidas e das situações mais engraçadas e também sofridas. O público sente de imediato a química entre as duas atrizes. Entre brigas e abraços, choros e risos, as duas mostram uma relação de mãe e filha que convence, ensina e faz pensar em como pode ser forte e duradoura esta ligação.

A jovem Larissa Manoela vem mostrando um bom crescimento profissional. A atriz interpretou a insuportável e marcante Maria Joaquina na novela infantil "Carrossel", do SBT, que foi lançada para o cinema como "Carrossel - O Filme" (2015) e no ano seguinte a sequência "Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina" (2016). Naquela época formou uma legião de fãs a cada aparição e vem demonstrando potencial de interpretação desde então, transformando-se numa das estrelas teen do momento. Esta é a segunda produção da jovem como protagonista em 2017 - a primeira foi "Meus 15 Anos", lançada em julho e agora a consagração com "Fala Sério, Mãe!", expressão que a personagem Malu usa com frequência em diversas situações com Ângela.

E as duas vão vivendo e criando as mais diversas situações ao longo do roteiro, que não foge da obra literária original e teve o acompanhamento direto da autora. Ficaram muito engraçadas as cenas de Ângela passando de mãezona conservadora a melhor amiga de Malu, os ciúmes e as preocupações com o primeiro namorado da filha (e tudo o que vem junto), as saídas e excursões com os amigos e amigas. Enfim, os medos, separações e expectativas de toda mãe ao ver os filhos crescerem e ganharem o mundo. Malu também está num momento de transição, com suas insatisfações e lutando para conquistar seu espaço enquanto amadurece, enquanto inverte os papéis e se torna a protetora e conselheira da mãe.

O elenco conta ainda com Marcelo Laham, bem engraçado como Armando, marido de Ângela e pai de Malu, Cristina Pereira (como dona Fátima) e João Guilherme Ávila, o Nando, amigo de Malu. Até o cantor Fábio Júnior dá uma "palhinha" interpretando um de seus grandes sucessos - "20 e Poucos Anos" (1999) - que tem tudo a ver com a história e digno de uma mãe tiete. Recomendo "Fala Sério, Mãe!" para ser curtido por mãe e filha juntas, numa sessão à tarde, com direito a boas lembranças, pipoca e boas risadas durante todo o filme. Uma boa produção nacional da Camisa Listrada, empresa que começou em Belo Horizonte e é responsável também por sucessos como "O Menino no Espelho" (2014), "O Candidato Honesto" (2014) e "Um Suburbano Sortudo" (2016).



Ficha técnica:
Direção: Pedro Vasconcelos
Produção: Camisa Listrada / Focus Entretenimento / Fox International Productions / Telecine Productions / Globo Filmes
Distribuição: Downtown Filmes / Paris Filmes
Duração: 1h19
Gêneros: Comédia Nacional / Família
País: Brasil
Classificação: 10 anos
Nota: 3,8 (0 a 5)

Tags:@falaseriomaeofilmeoficial, @lmanoelaoficial, @ingridguimaraesoficial, @thalitareboucas, @camisalistrada#comedianacional, #familia, @dtfilmesbr, @ParisFilmesBR, @espacoz, @cinemas.cineart, @cinemanoescurinho

18 dezembro 2017

"Assim é a Vida", uma comédia de classe com humor fino e inteligente

Jean-Pierre Bacri e todo o elenco apresentam boas interpretações que não deixam o filme cair no estilo pastelão (Fotos: Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


Para início de conversa, é muito difícil entender o que faz um tradutor forçar a barra ao ponto de transformar "Le sens de la fête" em "Assim é a Vida". Foi isso que aconteceu com o longa dirigido por Eric Toledano e Olivier Natache, responsáveis pelos ótimos "Os Intocáveis" e "Samba", ambos de sucesso. Com um título desses, mais parecido com nome de bolero antigo, fica quase impossível para o público imaginar que não se trata de nenhum dramalhão, mas sim de uma deliciosa comédia dramática que nada tem a ver com o título.

Apesar de alguns clichês, o filme tem um humor fino e inteligente que, ao final das contas, faz uma crítica veemente aos abusos cometidos por casais na produção de suas festas de casamento. Pelo jeito, não é só no Brasil que os matrimônios viraram eventos de superprodução, com detalhes e exageros que beiram a cafonice. Na França também é assim. Na ânsia de ser granfina, muitas dessas festas perdem o sentido de celebração para ganhar pompas impessoais dignas de um show de rock. Não é à toa que o nome do filme em francês se refere ao "sentido da festa".

Além de dirigirem, Eric Toledano e Olivier Natache criaram um roteiro criativo: promotor de festas e eventos há mais de 30 anos, Max (Jean-Pierre Bacri) está vivendo um momento particularmente difícil na vida, ao mesmo tempo em que organiza uma megafesta de casamento que vai acontecer num majestoso castelo do século XVII, onde os garçons devem ir vestidos de lacaios do rei. Casado, e vivendo um romance com uma colega de trabalho (Suzanne Clèment), ele não sabe como resolver sua vida afetiva e sofre com isso.

Mas não é só ele. No desenrolar do filme, o espectador vai descobrindo que cada um da equipe que Max contratou para a festa carrega seu pequeno drama particular, alguns bizarros. Do fotógrafo solitário e comilão, que não se conforma de estar perdendo espaço para os celulares cada vez mais potentes, ao garçom apaixonado pela noiva, passando pelo músico vaidoso e uma assistente sempre disposta aos palavrões e agressões, o grupo contratado por Max bem que poderia fazer com que o filme caísse no pastelão e na fanfarronice. Mas não é isso que acontece.

"Assim é a vida", talvez pela direção e atuações comedidas, não descamba para o exagero. Pelo contrário, mantém a classe de filme francês, embora, de vez em quando caia em uma ou outra situação que lembra as manjadas comédias românticas americanas, cujo compromisso com o real beira o zero. Jean-Pierre Bacri como Max, Gilles Lellouche como o músico egocêntrico e canastrão, Eye Haidara como a assistente Adèle - de estopim curto -, Benjamin Lavernhe como o noivo prepotente e sem noção e todos os demais fazem o que deve ser feito, sempre na medida. 

As vaidades individuais em detrimento do funcionamento perfeito do todo e a ideia de que o simples pode ser mais bonito e chique do que o pomposo são algumas das lições que podem ficar do filme. 
Classificação: 12 anos // Duração: 1h57



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11 dezembro 2017

Kenneth Branagh entrega um "Assassinato no Expresso do Oriente" fiel à obra de Agatha Christie

Elenco de peso, fotografia e figurino foram os pontos principais desta versão cinematográfica adaptada do romance homônimo (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)

Maristela Bretas


Agatha Christie é e sempre será uma referência na literatura como romancista policial. E não menos o personagem mais famoso de seus livros, o detetive Hercule Poirot, que ganha ótima interpretação de Kenneth Branagh na nova versão adaptada para o cinema de "Assassinato no Expresso do Oriente" ("Murder on the Orient Express"), também dirigida por ele. O filme consegue captar bem o universo da famosa escritora, com seus personagens, inclusive os mais jovens, entregando boas atuações em papéis recheados de sutilezas e mistério. 

Digno da obra da autora britânica lançada em 1934. Além de Branagh, destaque para Michelle Pfeiffer, Josh Gad, Williem Dafoe, Penélope Cruz, Judi Dench e Daisy Ridley ("Star Wars Episódios VII e VIII"). Johnny Depp deixa seu lado Jack Sparrow, da franquia "Piratas do Caribe", e compõe um personagem marcante e essencial no enredo.

Além das boas interpretações, "Assassinato no Expresso do Oriente" apresenta uma bela fotografia, principalmente por usar locações em regiões cobertas pela neve. Além do próprio trem onde acontece quase toda a ação. O Expresso do Oriente, que começou a circular em 1883, ligando Paris a Istambul, durante décadas foi sinônimo de luxo e glamour, destinado aos mais abastados. Fotografia e figurino, numa excelente reprodução de época, também chamam a atenção na produção.


O ritmo fica lento em algumas partes do filme por causa da forma detalhista como o famoso detetive belga conduz a investigação, que induz a todo o momento um novo suspeito. Tudo começa quando Hercule Poirot embarca de última hora no trem Expresso do Oriente, partindo de Istambul, a convite do amigo Bouc (Tom Bateman), que coordena a viagem. A bordo, ele conhece os demais passageiros, entre eles o gângster Edward Ratchett (Johnny Depp), que deseja contratá-lo para ser seu segurança particular.

Durante a madrugada, um dos passageiros é morto em seu aposento no vagão, sem que ninguém percebesse qualquer anormalidade. Em seguida, um deslizamento de neve cobre os trilhos, impedindo a continuação da viagem. Isso que dará tempo para que Poirot use suas habilidades para investigar os suspeitos, todos um com um passado nebuloso, e desvendar o crime cometido.

Bem apresentado, fiel ao livro na maior parte dos detalhes, mas com toques bem interessantes do diretor com a trama sendo mostrada por diversos ângulos, dentro e fora dos vagões. Uma boa sacada de Branagh na cena em que Poirot reúne os 13 suspeitos na entrada de um túnel, que remete para um famoso quadro de Leonardo Da Vinci. Difícil não reconhecer. "Assassinato no Expresso do Oriente" é um filme que vale a pena ver, principalmente por quem conhece a obra de Agatha Christie. Não vai se decepcionar.



Ficha técnica:
Direção: Kenneth Branagh
Produção: 20th Century Fox
Distribuição: Fox Film do Brasil / Scott Free Productions
Duração: 1h49
Gêneros: Suspense / Romance Policial
País: EUA
Classificação: 10 anos
Nota: 4 (0 a 5)

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