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06 junho 2019

"X-Men: Fênix Negra" tem ótimos efeitos especiais, mas roteiro é fraco e confuso

A mais poderosa do grupo de super-heróis mutantes agora está sem controle e ameaça todos a sua volta (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)

Maristela Bretas


Dificilmente o expectador poderá falar que "X-Men: Fênix Negra" é um filme sem ação e com efeitos visuais fracos. Ele é exatamente o contrário, do início ao fim, o filme é uma explosão de cores, raios e batalhas. Até mesmo quando a personagem principal - Jean Grey (interpretada novamente pela bela Sophie Turner, de "Game og Thrones") está questionando sua vida e seus poderes, muito superiores aos de todos os demais X-Men, inclusive o Professor Xavier. 



Mas quando peca feio na transformação de alguns heróis, como Mística e Fera, e no roteiro. Se nos filmes anteriores, o resultado da mudança da aparência humana para mutante era um show visual, neste a maquiagem parece coisa de amador, desmerecendo tudo o que foi feito para estes personagens que sempre se destacaram por serem muito diferentes.


Já a história dos X-Men e a trajetória de Jean Grey (interpretada novamente pela bela Sophie Turner), para ser mais bem compreendida, exige daqueles que não são fãs de carteirinha dos super-heróis, uma passada pelos filmes anteriores: "X-Men: Primeira Classe" (2011), "X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido" (2014) e "X-Men: Apocalipse" (2016). A produção tem buracos que confundem mais que explicam e deixa várias lacunas. 

Se nestes filmes o Professor Xavier (James McAvoy), Magneto/Erik (Michael Fassbender) e Wolverine/Logan (papel inesquecível de Hugh Jackman) foram as grandes estrelas, agora a mutante mais poderosa do grupo tem sua história contada desde criança até se tornar a Fênix Negra. Sophie Turner está muito bem no papel, contando com os ótimos efeitos visuais usados nas batalhas na Terra e no espaço e nos ataques de fúria da mutante. Já em "Apocalipse" ela havia dado uma demonstração do que poderia fazer se despertasse sua raiva.



No novo filme, Jean se transforma numa força descontrolada após adquirir poderes quando uma missão de resgate no espaço, Jean é quase morta quando é atingida por uma misteriosa força cósmica. Ao retornar para casa, essa força não só a torna infinitamente mais poderosa, mas muito mais instável. Lutando com essa entidade dentro dela, Jean desencadeia seus poderes de uma maneira que não pode compreender nem controlar e transforma todos em inimigos, inclusive sua família mutante. 



Para piorar, Fênix Negra, como agora é chamada, passa a sofrer influência da alienígena Vuk (Jessica Chastain, limitada e desperdiçada no papel de uma vilã bem fraquinha) que quer destruir o planeta. Os mutantes precisarão se unir para impedir o ataque.

Este é o 11º e penúltimo filme da saga, que deverá ser encerrada em 2020 com "Os Novos Mutantes" (se não criarem nenhum novo spin-off depois). Mas mesmo com toda a campanha de divulgação para o lançamento, dificilmente "X-Men: Fênix Negra" alcançará o sucesso de "X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido" e do espetacular "Logan" (2017) - mais informações sobre o último filme de Hugh Jackman como Wolverine você pode consultar no blog parceiro Coisas de Mineira. No elenco temos o retorno também de Jennifer Lawrence (Mística/Raven), Nicholas Hoult (Fera/Hank McCoy), Tye Sheridan (Ciclope/Scott Summers),  Evan Peters (Mercúrio), Kodi Smit-McPhee (Kurt Wagner/Noturno) e Alexandra Shipp (Ororo Munroe/Tempestade - que entrou no lugar de Halle Berry em "X-Men: Apocalipse").


"X-Men: Fênix Negra" deixa uma sensação de que a história foi mal contada e não fechou o ciclo direito, de forma emocionante e inesquecível, como era esperado, diferente do que aconteceu com a franquia "Os Vingadores" em "Ultimato". Se isso tivesse ocorrido, as chances de sucesso seriam bem maiores. O diretor e um dos produtores, Simon Kinberg, se preocupou muito com a ação e os efeitos especiais, mas deixou de lado a emoção e a empatia com o público. Isso pode ser percebido até mesmo na atuação de alguns deles. O filme é bom, vale pela parte visual das batalhas e pela trilha sonora de Hans Zimmer, mas ficou a dever como despedida de muitos de seus personagens principais.


Ficha técnica:
Direção: Simon Kinberg
Produção: 20th Century Fox
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 1h54
Gêneros: Ação / Aventura / Ficção
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #XMenFenixNegra, #JeanGrey, #xmenfilmes, @FoxFilmdoBrasil, #JamesMcAvoy, #MichaelFassbender, #JenniferLawrence, #ProfessorXavier, #Magneto, #Mística, #FenixNegra, #EspacoZ, #cinemaescurinho

26 janeiro 2018

"Maze Runner - A Cura Mortal" é o encerramento da trilogia que os fãs aguardavam

 
Dylan O´Brien e sua turma de fugitivos Clareanos se unem para acabar de vez com a organização criminosa C.R.U.E.L. (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)

Maristela Bretas


"Maze Runner - A Cura Mortal" ("Maze Runner: The Death Cure") completa bem a trilogia com muita ação, os atores jovens entregando interpretações bem melhores em seus papéis, especialmente Dylan O´Brien, e um cenário futurista catastrófico muito bem elaborado. Como era esperado, a saga retorna às origens para concluir e explicar o ciclo que começou no labirinto em ""Maze Runner - Correr ou Morrer" (2014).

E não adianta achar que assistindo o terceiro vai entender totalmente a história. Para quem não conhece a saga será uma boa opção de entretenimento nos gêneros ação e ficção científica. Mas o risco é grande de sair "boiando" no cinema e perguntando depois como tudo começou até chegar naquele ponto. Vi isso acontecer na pré-estreia em BH. O ideal é ter acompanhado desde o primeiro, seja no cinema ou pela coleção literária escrita por James Dashner, para poder entender a trilogia, o papel de cada personagem, suas ligações e o destino reservado para cada um deles na trama.

As cenas de ação e os efeitos visuais dominam o filme e compensam o ingresso. São tão bons quanto os anteriores da saga. Desde as primeiras cenas tudo acontece em ritmo bem acelerado, com resgates, perseguições e batalhas surpreendentes, a começar pela inquietante cena de abertura. Claro que há muitos diálogos clichês, que são tão previsíveis que poderiam ser eliminados de tão conhecidos. Mas nada que comprometa o bom andamento do filme.

Além de Dylan O´Brien (no papel de Thomas), também se destacam Kaya Scodelario, que interpreta Teresa, ex-integrante que traiu o grupo de fugitivos, Thomas Brodie-Sangster (Newt), Will Poulter (Gally), Rosa Salazar (Brenda) e Giancarlo Esposito (Jorge). Aidan Gillen, como o vilão Janson, continua mais convincente que Patrícia Clarkson, no papel da cientista Ava Paige, comandante da poderosa agência C.R.U.E.L.

O terceiro filme retoma a história de onde parou o segundo episódio da franquia, "Maze Runner - Prova de Fogo" (2015). Os atores originais são mantidos, com alguns retornos surpreendentes e necessários para a conclusão. 
Thomas vai tentar resgatar seu amigo Minho (Ki Hong Lee), levado pela C.R.U.E.L. para servir de cobaia na busca da cura para uma praga que está dizimando a humanidade. Em sua missão, ele vai reencontrar velhos amigos e inimigos e terá de contar com a ajuda de todos para impedir que a organização criminosa elimine todos que vivem fora dos muros de sua fortaleza, a lendária e mortal Ultima Cidade.

Com 2h22 de duração, "Maze Runner - A Cura Mortal" é longo demais e mesmo assim ainda deixa alguns buracos sem explicação. Acredito que os fãs dos livros (e da própria versão cinematográfica) vão gostar bastante da forma como o filme foi conduzido pelo diretor Wes Ball, que soube explorar e valorizar bem o perfil dos personagens de cada um dos jovens. Vale a pena conferir no cinema.



Ficha técnica:
Direção: Wes Ball
Produção: 20th Century Fox
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 2h22
Gêneros: Ficção científica / Ação /Aventura
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 3,8 (0 a 5)

Tags: #MazeRunnerACuraMortal, #MazeRunner, @WesBall, @DylanOBrien, @KayaScodelario, #ação, #ficção, #aventura, #CRUEL, #labirinto, @FoxFilmdoBrasil, @espaçoz, @cinemas.cineart, @cinemanoescurinho

14 janeiro 2018

Um simpático touro chamado Ferdinando que conquista corações

Ferdinando ama flores, a sombra de uma árvore e sua melhor amiga Nina (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)


Maristela Bretas


Crianças e adultos vão curtir demais "O Touro Ferdinando", a nova animação do diretor brasileiro Carlos Saldanha, responsável pelos grandes sucessos "A Era do Gelo" e "Rio". Com muita inspiração e simpatia, ele nos apresenta um enorme animal, que daria medo em qualquer um de sua espécie e seria a glória para qualquer toureiro vencê-lo numa arena. Mas ao contrário disso, Ferdinando é doce, cuidadoso, gentil e detesta briga.

Desde pequeno Ferdinando gostava de flores e da calma do campo e sonhava deixar a fazenda onde era preparado para as touradas. Ao contrário dos outros animais de sua espécie e de seu pai, um campeão respeitado. E foi o temperamento calmo e tranquilo que levou Ferdinando (dublado em português por Duda Ribeiro e na voz original pelo ex-lutador de WWE, John Cena) a fugir para um local onde tivesse paz e amigos, além de uma árvore onde pudesse ficar embaixo admirando a paisagem. 

Os anos se passaram e o pequeno bezerro se transformou num touro gigantesco que não tinha noção de seu tamanho. Ele era feliz ao lado de Nina, sua dona (dublada pela apresentadora do SBT, Maísa Silva), do pai dela e do rabugento cão Dos. Mas um incidente que o deixou descontrolado fez com que ele fosse capturado e levado de seu lar. Determinado a voltar para sua família, Ferdinando se une a uma equipe desajustada e muito divertida na maior de suas aventuras pela Espanha. 

Mais que uma simples animação, "O Touro Ferdinando" ensina que é possível ser diferente e que não se deve julgar ninguém pela aparência. A animação apresenta personagens belos, vistosos e cheios de si, como o cavalo Hans (na voz de Otaviano Costa), que não se preocupa com ninguém, apenas com sua aparência. E outros não tão belos, mas que são fiéis e incapazes de deixar um amigo para trás, fosse ele uma velha cabra desmiolada, como Lupe (dublada pela ótima Thalita Carauta) ou um touro que tem medo de tudo. 

Ferdinando é a força do grupo, porque acredita em cada um e quer que todos sejam livres e felizes como ele, longe das arenas e dos abatedouros. E será uma inspiração para todos que passarem por sua vida. O filme é uma linda lição para todas as idades, muito bem adaptado do livro infantil "A História de Ferdinando", escrito por Munro Leaf e ilustrado por Robert Lawson. A mesma história, que garantiu aos Estudios Disney um Oscar como Melhor Curta em 1938. A nova versão não ficou atrás e foi indicada em várias premiações na categoria, inclusive ao Oscar de Melhor Filme de Animação de 2018. 

"O Touro Ferdinando" diverte, emociona e faz as crianças chorarem e também torcerem por ele, como assisti na sessão. Elas se tornam suas aliadas e de seus amigos, com direito a aplauso e gritinhos de felicidade. Duas cenas são muito divertidas e já valem o filme: a da loja de louças e cristais (chega a dar aflição) e a disputa de dança entre os animais da fazenda. Vale a pena levar a meninada a partir de cinco anos.



Ficha técnica:
Direção: Carlos Saldanha
Produção: Blue Sky Studios / 20th Century Fox
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 1h49min
Gêneros: Animação / Comédia / Aventura
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #OTouroFerdinando, #Ferdinand, @carlossaldanha, @MaandradeSBT, @thalitacarauta, #diversão, #comedia, #animação, @blueskystudios,  @FoXFIlmdoBrasil, @espacoz, @cinemas.cineart, @cinemanoescurinho

27 dezembro 2017

"O Rei do Show" tem boas atuações e trilha sonora emocionante mas repetitiva


Cenas do musical são bem feitas, muita cor e a presença marcante de Hugh Jackman no papel principal  (Fotos: 20th Century Fox / Divulgação)

Maristela Bretas


Hugh Jackman está de volta em mais um musical e repete outra uma grande atuação em "O Rei do Show" ("The Greatest Showman"), que conta a história de P.T. Barnum, um dos empresários norte-americanos mais polêmicos do mundo do entretenimento que viveu de 1810 a 1891. Numa versão bem romanceada da história deste ganancioso aproveitador das deficiências físicas como elenco de seu espetáculo, o filme é bem conduzido. 


O diretor Michael Gracey soube explorar o lado visionário do famoso showman, que marcou seu nome no show business "por fazer a diferença e não se conformar em ser igual ao resto", como costumava dizer. 
No elenco bizarro de Barnum, o mérito maior fica para Keala Settle, a Mulher Barbada, que se destaca pela interpretação e voz. Outras duas ótimas atrizes dividem a atenção do galã - Rebecca Ferguson, que precisou de dubladora para interpretar a cantora Jenny Lind, chamada de "Rouxinol Sueco", e Michelle Williams, que até tentou, mas sua voz não segurou nas cenas musicais de sua personagem, Charity Barnum.


Enquanto Jackman é disputado por duas mulheres (por motivos óbvios), Zac Efron, no papel de Phillip Carlyle, sócio de Barnum, e a cantora/atriz/dançarina/modelo Zendaya, como a trapezista Anne Wheeler, formam um casal sem química, salvo por uma das mais belas cenas do filme, quando interpretam a linda canção "Rewrite the Stars".

E a trilha sonora é digna de premiação, com belas canções de Benj Pasek e Justin Paul e arranjo impecável. Encanta e emociona, especialmente "The Greatest Show" (música-tema) e "Never Enough" (interpretada com perfeição por Loren Allred, dubladora de Ferguson). O único pecado foi a repetição excessiva de algumas delas. Mas por serem tão boas, dá para relevar. Também o figurino e reprodução de época foram bem trabalhados.

A história se passa no século XVIII, contando a trajetória de Phineas Taylor Barnum, mais tarde conhecido como P.T. Barnum, um jovem de origem humilde, filho de alfaiate, que se apaixona pela filha de um dos clientes. Ambicioso, traça como objetivo na vida casar com a jovem e se tornar rico e famoso, custe o que custar. Mesmo que com isso precise usar e explorar a deficiência de pessoas rejeitadas pela sociedade para montar seu Museu de Curiosidades, que depois se transformou num grande circo de bizarrices. 


Considerado pela crítica uma fraude e chamado de "O Príncipe do Embuste", Barnum usa isso para atrair centenas de pessoas para seu show. Por ambição, em troca de fama e reconhecimento pelos ricos, decide promover uma turnê pelos EUA da cantora Jenny Lind e abandona todos aqueles que o apoiavam, inclusive sua família. Mas os rumos da vida vão ensinar-lhe duras lições. 

No mundo do show business P.T. Barnum é lembrado por promover as mais famosas fraudes e por fundar o circo que viria a se tornar o Ringling Bros. and Barnum & Bailey Circus, em Nova York.



Ficha técnica:
Direção: Michael Gracey
Produção: 20th Century Fox
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 1h45
Gêneros: Musical / Drama
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: #OReidoShow, @RealHughJackman, #PTBarnum, @RebeccaFerguson, @MichelleWilliams, @ZacEfron, @Zendaya, #musical, #drama, @FoxFilmdoBrasil, @cinemas.cineart, @espaçoz, @cinemanoescurinho

11 dezembro 2017

Kenneth Branagh entrega um "Assassinato no Expresso do Oriente" fiel à obra de Agatha Christie

Elenco de peso, fotografia e figurino foram os pontos principais desta versão cinematográfica adaptada do romance homônimo (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)

Maristela Bretas


Agatha Christie é e sempre será uma referência na literatura como romancista policial. E não menos o personagem mais famoso de seus livros, o detetive Hercule Poirot, que ganha ótima interpretação de Kenneth Branagh na nova versão adaptada para o cinema de "Assassinato no Expresso do Oriente" ("Murder on the Orient Express"), também dirigida por ele. O filme consegue captar bem o universo da famosa escritora, com seus personagens, inclusive os mais jovens, entregando boas atuações em papéis recheados de sutilezas e mistério. 

Digno da obra da autora britânica lançada em 1934. Além de Branagh, destaque para Michelle Pfeiffer, Josh Gad, Williem Dafoe, Penélope Cruz, Judi Dench e Daisy Ridley ("Star Wars Episódios VII e VIII"). Johnny Depp deixa seu lado Jack Sparrow, da franquia "Piratas do Caribe", e compõe um personagem marcante e essencial no enredo.

Além das boas interpretações, "Assassinato no Expresso do Oriente" apresenta uma bela fotografia, principalmente por usar locações em regiões cobertas pela neve. Além do próprio trem onde acontece quase toda a ação. O Expresso do Oriente, que começou a circular em 1883, ligando Paris a Istambul, durante décadas foi sinônimo de luxo e glamour, destinado aos mais abastados. Fotografia e figurino, numa excelente reprodução de época, também chamam a atenção na produção.


O ritmo fica lento em algumas partes do filme por causa da forma detalhista como o famoso detetive belga conduz a investigação, que induz a todo o momento um novo suspeito. Tudo começa quando Hercule Poirot embarca de última hora no trem Expresso do Oriente, partindo de Istambul, a convite do amigo Bouc (Tom Bateman), que coordena a viagem. A bordo, ele conhece os demais passageiros, entre eles o gângster Edward Ratchett (Johnny Depp), que deseja contratá-lo para ser seu segurança particular.

Durante a madrugada, um dos passageiros é morto em seu aposento no vagão, sem que ninguém percebesse qualquer anormalidade. Em seguida, um deslizamento de neve cobre os trilhos, impedindo a continuação da viagem. Isso que dará tempo para que Poirot use suas habilidades para investigar os suspeitos, todos um com um passado nebuloso, e desvendar o crime cometido.

Bem apresentado, fiel ao livro na maior parte dos detalhes, mas com toques bem interessantes do diretor com a trama sendo mostrada por diversos ângulos, dentro e fora dos vagões. Uma boa sacada de Branagh na cena em que Poirot reúne os 13 suspeitos na entrada de um túnel, que remete para um famoso quadro de Leonardo Da Vinci. Difícil não reconhecer. "Assassinato no Expresso do Oriente" é um filme que vale a pena ver, principalmente por quem conhece a obra de Agatha Christie. Não vai se decepcionar.



Ficha técnica:
Direção: Kenneth Branagh
Produção: 20th Century Fox
Distribuição: Fox Film do Brasil / Scott Free Productions
Duração: 1h49
Gêneros: Suspense / Romance Policial
País: EUA
Classificação: 10 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #AssassinatonoExpressodoOriente, #AgathaChristie,
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02 outubro 2017

"Kingsman: O Círculo Dourado" não supera o primeiro, mas diverte pelas piadas e efeitos visuais

Taron Egerton volta a interpretar o agente Eggsy, mais mortal sem perder a elegância (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)

Maristela Bretas


Este é mais um caso em que o primeiro filme é muito melhor que a continuação. Para quem assistiu "Kingsman - Serviço Secreto" (2015), a expectativa era muito grande para "Kingsman: O Círculo Dourado" ("Kingsman: The Golden Circle"), principalmente pelo elenco, que repete vários atores e acrescenta outros de sucesso, além do cantor e compositor Elton John, que canta, dança e luta com bandidos. Produção bem britânica com muito estilo.

O filme é bom, tem uma trilha sonora de arrepiar, boa parte dela com músicas famosas de Elton John. As locações, principalmente em Londres, também foram bem escolhidas. O diretor Matthew Vaughn usa e abusa nos efeitos visuais, não faltam tiros, explosões (um prédio inteiro vem abaixo) muitos voos em slow-motion e cenas de lutas que chegam a provocar risadas de tão sacadas. Sangue tem de sobra, para todos os lados, assim como no primeiro filme, que pega até mais pesado na carnificina. Ou seja, foi seguido o estilo.

Então onde "Kingsman: O Círculo Dourado" pecou? Falar que foram os excessivos clichês é bobagem, isso era esperado numa comédia de espionagem. Mas o filme tem pontos que ficam monótonos, quebrando o ritmo de ação que sempre foi o melhor da franquia. A vilã Poppy Adams (papel de Julianne Moore) é fraca, não tem cara de má e até quando faz crueldade ou manda matar alguém parece que está servindo um sorvete. Uma pena, o roteiro poderia explorar melhor o potencial desta maravilhosa atriz. Mas em compensação, seu esconderijo no meio de uma floresta, é fantástico, uma reprodução de lugares bem nos anos 80.

Taron Egerton está mais maduro, tanto o ator quanto seu personagem, Eggsy, principal espião da Kingsman. E entrega um ótimo trabalho. O mesmo para Mark Strong, que interpreta Merlin, o gênio em tecnologia da agência. E claro, Colin Firth (o agente Galahad ou Harry Hart), que está de volta, mas eu não vou contar como isso acontece para não dar spoiler. Já o núcleo norte-americano da agência de espionagem conta com o gato Channing Tatum como o agente Tequila, que pode até não ser o top em interpretação, mas garante uma boa parte cômica; Pedro Pascal é Whiskey, o agente estilo cowboy americano; a agente Ginger Ale, "foda" em tecnologia, ficou para a atriz Halle Berry; e no comando do grupo o veterano Jeff Bridges, chamado de agente Champagne.

Para quem não viu o primeiro, a Kingsman é uma agência independente de inteligência internacional operando no mais alto nível de discrição, cujo objetivo é manter o mundo seguro. Após vencer os vilões em "Kingsman - Serviço Secreto" mas perder um dos principais espiões - Galahad, a agência agora conta com novo comando e a atuação dos recrutas elevados a agentes, sob a supervisão de Merlin. Só não esperavam enfrentar um perigo ainda maior - a traficante de drogas Poppy Adams, que decide pôr fim à agência para dominar o mundo.

Ela lança um ataque de mísseis à sede da organização que praticamente elimina a Kingsman e a maior parte de seus integrantes, restando apenas Eggsy e Merlin (Mark Strong). A dupla passa a procurar ajuda para retomar as atividades e descobre nos Estados Unidos uma agência semelhante à britânica - a Statesman, onde trabalham os agentes Tequila, Whiskey e Ginger, sob o comando de Champagne. Juntos eles vão tentar deter Poppy e seus aliados. 

História de espionagem seguindo a cartilha, sem muitas novidades, mas que consegue mesclar ótimas cenas de ação com boa comicidade. Vale conferir, boa diversão, mas recomendo que veja o primeiro para entender melhor a história.



Ficha técnica:
Direção e roteiro: Matthew Vaughn
Produção: 20th Century Fox / 
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 2h21
Gêneros: Ação / Espionagem / Comédia
Países: EUA / Reino Unido
Classificação: 16 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

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