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05 maio 2018

"Vingadores - Guerra Infinita" é o melhor filme da Marvel em bilheteria, mas perde em final para "Guerra Civil"

Nova produção leva às telas o maior e mais mortal confronto entre o vilão Thanos e mais de 20 dos principais super-heróis da Marvel (Fotos: Marvel Studios/Divulgação)

Maristela Bretas


O mais novo sucesso da Marvel Studios confirmou nesta sexta-feira que veio para fazer história e deixar ainda mais ansiosos os fãs dos super-heróis. Em apenas dez dias de sua estreia, "Vingadores - Guerra Infinita" ("Avengers - Infinity War") ultrapassou a marca de US$ 1 bilhão em bilheterias mundiais, ganhando de "Star Wars - O Despertar da Força" que chegou a este número em 12 dias. Seis anos se passaram desde o primeiro filme que reuniu os super-heróis da Marvel para formarem os "Vingadores". 


E nada melhor que oferecer ao público algo grandioso em todos os sentidos, a começar pelo orçamento de US$ 300 milhões, o mesmo de "Liga da Justiça", da concorrente DC Comics. Mas infinitamente melhor, o que ficou comprovado mais uma vez pela arrecadação nas bilheterias. Sem contar que "Guerra Infinita" só estreia na China dia 18 de maio.

Os diretores e irmãos Joe e Anthony Russo repetiram a fórmula do excelente "Capitão América: Guerra Civil" (que mais parece outro filme dos "Vingadores") e entregaram uma produção emocionante e empolgante em quase todo o desenrolar da história, mas que frustra no final, apesar de ser o esperado. O elenco reúne os principais super-heróis da franquia em 2h36 de duração de filme que passam num piscar de olhos. Tudo está na medida certa, a produção é impecável nos efeitos visuais, locações (até o Brasil entrou no mundo dos Avengers), trilha sonora "trincando" de Alan Silvestri e, principalmente, um enredo redondinho, como nos Quadrinhos.

Até mesmo a escolha das cores nas cenas de cada grupo de heróis reflete sua marca, como é o caso dos Guardiões da Galáxia, sempre em bem coloridas, ao contrário dos tons pastéis do sisudo Capitão América e da Viúva Negra. Star Lord/Peter Quill (Chris Pratt) e sua turma também ganharam o melhor tema de apresentação - "Rubberband Man", do grupo The Spinners, sucesso dos anos 70. Por falar em trilha sonora, só ela já valeria o ingresso, a começar pela música principal da franquia dos Vingadores, composta por Alan Silvestri, que volta renovada e chega a dar arrepios.


Os diretores poderiam ter problemas ao reunir mais de 20 super-heróis Marvel numa mesma produção, mas até nisso "Vingadores - Guerra Infinita" foi "foda". As participações foram bem divididas de acordo com a importância que cada personagem tinha na história - desde a Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen) e Visão (Paul Bettany) a Thor (Chris Hemsworth) e Homem de Ferro/Tony Stark (Robert Downey Jr.). Todos tiveram presenças marcantes e foram essenciais para que o filme entregasse o que era esperado pelos fãs.



Mas a grande estrela de "Vingadores - Guerra Infinita" é, sem qualquer dúvida, Thanos, o maior e melhor vilão que a Marvel já criou e conseguiu trazer para as telas de cinema. Interpretado por Josh Brolin (que volta em breve no papel de Cable, inimigo de Deadpool no segundo filme do anti-herói), o titã louco vinha sendo citado em vários filmes dos Vingadores, mas ganhou destaque em "Guardiões da Galáxia Vol. 2" e "Thor - Ragnarok". A partir daí, o personagem se tornou conhecido do público de cinema e a figura mais esperada para o terceiro filme dos Vingadores.

E não deixou por menos, com ou sem as joias do infinito. Por seu caminho, Thanos vai deixando um rastro de destruição e morte de heróis e figuras marcantes do Universo Marvel. Mas nem mesmo isso faz com que o poderoso destruidor de mundos seja odiado. Cruel e impiedoso, ele também mostra suas fraquezas e a maior delas pode por fim ao seu império. O Thanos de Josh Brolin chega a ofuscar alguns super-heróis nas cenas em que aparece.

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E se o vilão tem seu lado sentimental, não tão diferente estão os ex-Vingadores, separados desde a luta final em "Guerra Civil". Cheios de mágoas, alguns vivem na clandestinidade como o Capitão América/Steve Rogers (Chris Evans), a Viúva Negra/Natasha (Scarlett Johansson) e o Falcão (Anthony Mackie). Outros como os queridinhos do governo, como Tony Stark e ainda aqueles que preferem não aparecer, como o Homem-Aranha/Peter Parker (Tom Holland) e Doutor Estranho/Stephen Strange (Benedict Cumberbatch). 


Eles agora precisam se reencontrar e unir forças contra Thanos, o mal maior que pode dizimar metade do planeta se conseguir conquistar as seis joias coloridas do infinito - mente/amarela, alma/laranja, poder/roxa, tempo/verde, realidade/vermelha e espaço/azul.


O vilão agora se dirige à Terra e ameaça dizimar metade de sua população num estalar de dedos e a ajuda de um exército. A equipe de super-heróis terá de se dividir para combater os seguidores de Thanos espalhados pela galáxia. Essa divisão tem várias passagens engraçadas, com destaque para os diálogos de Star Lord com Thor ou com Tony Stark, seja na terra ou no espaço. 


O lado cômico consegue atingir também o Capitão América, que é zoado por Thor em plena batalha. O pau quebrando em volta e um reparando no modelito do outro. O jovem Homem-Aranha também dá seus pitacos nas conversas, no estilo aprendiz de Vingador, e se sai muito bem. Até mesmo Hulk/Bruce Banner (Mark Ruffalo) resolve ter crise de abstinência de luta e vira um problemão para sua cara-metade.


A alta definição da gravação, toda feita no sistema Imax, foi cruel com alguns protagonistas. Após dez anos desde que passaram a interpretar seus personagens, as marcas do tempo se destacam nos rostos de Robert Downey Jr., Mark Ruffalo e Chris Evans. Mas não tiram o charme de nenhum deles , só acrescentam experiência. Ganha o público que tem super atores nos papéis principais e fazem de "Vingadores - Guerra Infinita" o melhor dos três filmes dos Avengers até o momento, empatando com "Capitão América - Guerra Civil" entre as produções da Marvel Studios.



Atenção na pegadinha da cena de confronto para conseguir notar a diferença entre o trailer e o filme em exibição. E também é essencial assistir a cena após toda a ficha técnica, que explica melhor o final de "Vingadores 3". E dá o gancho para a sequência com a possível entrada de um novo membro ao time - a Capitã Marvel, papel entregue a Brie Larson, cujo filme solo estreia em fevereiro de 2019. Agora é esperar o quarto filme dos Avengers (nem dá para dizer se será o último), com estreia marcada para o dia 2 de maio de 2019.



Ficha técnica:
Direção: Joe e Anthony Russo
Produção: Marvel Studios
Distribuição: Disney/Buena Vista
Duração: 2h36
Gêneros: Aventura / Ação
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4,8 (0 a 5)

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17 setembro 2017

Ação e bom humor unem a "Dupla Explosiva" Samuel L. Jackson e Ryan Reynolds

Divertida produção une um segurança particular e um assassino de aluguel pelas ruas de Londres e Amsterdam (Fotos: Metropolitan FilmExport/Divulgação)

Maristela Bretas


O filme não chega a duas horas de duração, mas a ação é tanta, mesclada com bons momentos cômicos, que nem dá para sentir que passou. "Dupla Explosiva" ("The Hitman's Bodyguard") é comédia de ação, reunindo Samuel L. Jackson e Ryan Reynolds, dois ótimos atores que sabem dar o tom certo de comicidade sem perder o estilo "tiro, porrada e perseguição". Ambos estão muito à vontade em cena, há uma ótima sintonia entre eles, o que deixa a produção ainda mais divertida. Até cantam juntos.

Jackson se destaca (como sempre) repetindo expressões que marcaram vários de seus personagens como Barron, de "O Lar das Crianças Peculiares" (2016), Richmond Valentine, de "Kingsman - Serviço Secreto" (2015) ou Nick Fury, o chefe da S.H.I.E.L.D que comanda os "Vingadores". Ele deveria ser o bandido, mas como não gostar desse cara, ele arrasa na atuação. E para fazer inveja em muito barbado, no filme ele é Darius Kincaid, um assassino de aluguel casado com Sonia, ninguém menos que Salma Hayek, mais bela que nunca, mandona e desbocada em dois idiomas.


Ryan Reynolds tem se saído muito bem explorando seu lado cômico - o melhor exemplo ainda é "Deadpool". Ele é Michael Bryce, o cara quase bonzinho que precisa aprender a ser violento para conseguir cumprir o serviço para o qual foi contratado. Ele também tem seu ponto fraco, a agente do FBI Amelia Roussel, interpretada por Elodie Yung.


Outro que está muito bem no elenco é Gary Oldman, no papel de Vladislav Dukhovich, um ditador do Leste Europeu. Joaquim de Almeida pode ter sido um deslize do diretor, uma vez que todo mundo já sabe que ele sempre faz o papel do cara que não presta. Ou seja, mata parte do que poderia ser um pouco de suspense no filme. Mas a "Dupla Explosiva" não deixa a peteca cair e entrega uma divertida produção

Na história, Michael Bryce é um guarda-costas de elite, que só trabalha para os clientes mais seletos do mundo, mas que por um azar muito grande vê um desses clientes ser morto durante a sua proteção. "Na lona", ele aceita pequenos trabalhos até que é chamado por sua ex-namorada para proteger um novo e importante cliente, Darius Kincaid um assassino de aluguel de quem era inimigo e agora é a principal testemunha contra o ditador Vladislav Dukhovich. Eles terão 24 horas para viajar de Londres para a Holanda, enquanto são perseguidos pelos agentes do criminoso de guerra.


O diretor Patrick Hughes também acertou nas ótimas cenas de perseguição de carro, moto ou barco, pelas ruas de Londres e Amsterdam, assim como na escolha dos cenários onde as ações se passam. "Dupla Explosiva" é uma ótima diversão para uma sessão de cinema descompromissada, para relaxar, sem grandes pretensões.



Ficha técnica:
Direção: Patrick Hughes
Produção: Millenium Films
Distribuição: California Filmes
Duração: 1h58
Gêneros: Comédia / Ação
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 3 (0 a 5)

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