04 agosto 2014

Marvel aposta em heróis diferentes e desconhecidos e agrada com "Guardiões da Galáxia"

Um grupo de desajustados se une para defender o Universo (Fotos: Disney/Divulgação)


Maristela Bretas

Mais um grupo de heróis da Marvel ganha espaço na telona com todos os recursos que a nova tecnologia pode oferecer. "Guardiões da Galáxia" ("Guardians Of The Galaxy"), em cartaz nos cinemas, não é o melhor lançamento blockbuster do ano como vem sendo alardeado. Mas está entre os melhores, apesar de não ser o "top" que prometia.



A duração está na medida - 2 horas - e o filme está agradando aos fãs dos quadrinhos. No entanto, o filme, que tem um pouco de tudo, até romance, perde para "Capitão América 2 - O Soldado Invernal" e "Os Vingadores", também da Marvel. Mesmo assim, a produtora, num estilo diferente do que mostrou até agora, está conseguindo fazer de "Guardiões da Galáxia" outro grande sucesso de bilheteria deste ano.

Com muita ação do início ao fim, boas doses de humor, principalmente nos diálogos entre os integrantes do quinteto desengonçado, e incríveis efeitos especiais, o filme lembra cenas de grandes sucessos como "Star Wars" e "Star Trek". Para completar, a produção dirigida por James Gunn, tem uma ótima trilha sonora dos anos 70 e 80, tocada no bom e velho walkman que Chris Pratt carrega em sua cintura. 

O filme conta a história do aventureiro espacial Peter Quill (Pratt), também chamado de Senhor das Estrelas, que rouba uma misteriosa esfera, cobiçada por Thanos (voz de Josh Brolin) e o vilão Ronan (Lee Pace), que desejam dominar o Universo. 

Para fugir deles e de seu antigo parceiro de golpes, Quill é obrigado a se unir a quatro bandidos e assassinos - o guaxinim Rocket Raccoon (voz de Bradley Cooper); seu protetor Groot (voz de Vin Diesel), uma árvore humanoide; a mortal Gamora (interpretada por Zoe Saldana) e o vingador Drax, o Destruidor (papel do lutador de WWE, Dave Bautista). 

Mas quando Quill e seu grupo descobrem o verdadeiro poder da esfera e o perigo que ela representa, deixam suas vidas de crimes e partem para uma batalha para salvar a galáxia. 


Destaque para a dupla Groot, que apesar de pronunciar apenas uma frase o filme todo - "I am Groot" - faz a diferença em suas cenas, e Rocket, com seu mau-humor constante e tiradas ácidas.

No elenco estão ainda Glenn Close (como Nova Prime), Benício del Toro (O Colecionador), Michael Rooker, Karen Gillan, Djimon Hounsou e, John C. Reilly. Stan Lee, como sempre, não se contenta em ficar apenas como produtor executivo e faz mais uma de suas rápidas aparições. 


Agora é esperar o segundo filme do grupo, que estaria previsto para 2017, e ver o que a Marvel vai apresentar. Um lembrete: a versão em 3D compensa o investimento no ingresso mais caro, mas se a verba estiver curta, a versão normal atende bem às expectativas.

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Ficha técnica:
Direção: James Gunn
Produção: Studio Marvel
Distribuição: Disney/Buena Vista 
Duração: 2h01
Gênero: Ação e aventura
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4,5 (0 a 5)

Tags: Guardiões da Galáxia; Marvel; Disney; Chris Pratt; Zoe Saldana; ação; aventura; Cinema no Escurinho

02 agosto 2014

"Não Pare na Pista" é biografia chapa branca de Paulo Coelho

 Filme foi produzido de abril a julho de 2013 estreia dia 14 nos cinemas de BH (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Mirtes Helena

O mago tem razão: quando se tem um objetivo definido, quando alguém quer muito alguma coisa, o universo inteiro conspira a favor. Pelo jeito, o escritor quer muito continuar na mídia dando seus pitacos, de preferência justificando suas excentricidades e vendendo muitos livros. Biografia chapa branca.


"Não pare na pista - a melhor história de Paulo Coelho" não deixa dúvidas. Com cara de biografia autorizada, o filme não traz novidades. Longo além da conta, apenas mostra o que todos já sabiam sobre a vida do escritor que vende milhões de livros escrevendo o que muitos querem ler. Tudo parece minuciosamente armado como, aliás, parece ser a vida do personagem. 


Filmada no Rio de Janeiro e em Santiago de Compostela, na Espanha - em alguns momentos os diálogos são em castelhano - a história se passa em três tempos: nos anos 60, quando o escritor, bem jovem, é vivido por Ravel Andrade; nos anos 80, com Júlio Andrade no papel principal; e na maturidade, quando o próprio Júlio ganha uma inacreditável maquiagem de "velho com cara de garotão". Mas até essa divisão de épocas é óbvia. Tão óbvia que seriam desnecessárias as legendas que, insistentemente, indicam: anos 60, anos 80 e 2013. 

Um dos aspectos da história de Paulo Coelho que mais levanta curiosidade é sua parceria com Raul Seixas, que aparece na vida do escritor como um caretíssimo executivo de gravadora. Nem isso o filme trata satisfatoriamente. De forma rasa, a relação entre os dois acaba virando mero detalhe, diferentemente do que é contado no livro "O Mago", de Fernando Morais, esse sim, rico e saboroso.

Paulo Coelho já nasceu personagem. A história do bad boy que vira jovem rebelde, experimenta drogas e seitas esdrúxulas e torna-se um milionário excêntrico tem lá seus sabores e poderia render mais. Ainda não foi dessa vez que "a melhor história de Paulo Coelho" foi contada. 

Filme foi produzido de abril a julho de 2013 estreia dia 14 nos cinemas de BH.

 Tags:Não pare na pista - a melhor história de Paulo biografia; mago; escritor; Sony; Cinema no Escurinho