09 março 2015

"Simplesmente acontece", para nunca deixar um sonho morrer

Bela fotografia e ótima atuação principalmente de Lily Collins, que amadureceu junto com seu personagem (Fotos: Imagem Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


Lindo, envolvente e produzido em tempos de pouco romance e muito erotismo, "Simplesmente Acontece" ("Love, Rosie") é um filme para assistir a dois. E curtir as idas e vindas do jovem casal que nunca acerta o passo. Um filme para fazer as pessoas pensarem em seus sonhos e correr atrás deles, mesmo que muitas vezes possam ficar distantes (ou quase impossíveis).

A história é muito comum: dois os amigos que se conhecem na infância e nunca se separam. Mas o destino acaba sempre pregando peças e os afastando. Os jovens britânicos Rosie (Lily Collins, de "Os Instrumentos Mortais - Cidade dos Ossos" e "Espelho, Espelho Meu") e Alex (Sam Claflin, da saga "Jogos Vorazes") são amigos inseparáveis, cúmplices nas bebedeiras e farras, dividindo as experiências amorosas, familiares e escolares. 

Um deslize vai mudar o rumo desta bela amizade, que se confunde com amor, cumplicidade e atração. Alex ganha uma bolsa de estudos para cursar Medicina em Harvard (EUA) e Rosie decide ficar e tocar sua vida. A distância vai quebrar os laços que ligam o jovem casal e cada um encontrará novos parceiros. Mas nem os casamentos, filhos e namorados serão capazes de fazer com que Alex e Rosie esqueçam o passado, sempre muito forte entre eles.


Bela fotografia, boa trilha musical e ótimas atuações, principalmente de Lily Collins, que soube amadurecer a medida que o tempo passava para seu personagem. Vale levar um lencinho na bolsa. Mesmo previsível, o amor dos dois jovens provoca lágrimas. E também boas gargalhadas, principalmente nas situações de aperto de Rosie - destaque para a sequência da camisinha.


Ficha técnica:
Direção: Christian Ditter
Produção: Constantin Film
Distribuição: Imagem Filmes
Duração: 1h42
Gênero: Comédia romântica
Países: Reino Unido/ Alemanha
Classificação: 14 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: Simplesmene Acontece; Lily Collins; Sam Claflin; comédia; romance; Imagem Filmes; Cinema no Escurinho

08 março 2015

Diretor se perde em enredo e faz de "Renascida do Inferno" um terror fraco e confuso

Zoe é a cientista que morre durante o experimento e é ressuscitada pelos colegas de laboratório (Fotos: Paris Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


Começou bem, mas se perdeu entre o terror e a ficção de quinta. Acho que essa é a melhor definição para "Renascida do Inferno" ("The Lazarus Effect"), em exibição em 14 salas de shoppings de BH, Contagem e Betim. O enredo do filme é interessante até certo ponto: um grupo de cientistas, fazendo pesquisa sobre o cérebro humano num pequeno laboratório de faculdade, desenvolve uma fórmula capaz de reanimar animais. Uma estudante é contratada para filmar todas as etapas.

Um acidente durante o experimento provoca a morte de uma das pesquisadoras - Zoe (Olivia Wilde). Frank (Mark Duplass), chefe do grupo e namorado da cientista, resolve aplicar a técnica na colega para reanimá-la. Ele e seus colegas só não contavam que o que voltaria do mundo dos mortos colocaria em risco a vida de todos dentro e fora do laboratório. 

Inicialmente, Zoe adquire poderes extrassensoriais - pode levitar, ouvir o que os outros falam na sala ao lado, controlar objetos e ler a mente dos colegas. Em seguida, sai pelo laboratório querendo matar tudo mundo que participou de sua reanimação. Não se sabe se ela está possuída ou usando 100% de seu cérebro, como aconteceu com "Lucy". O diretor David Gelb transforma "Renascida do Inferno" em um samba do crioulo doido.

Você até espera que entidades do além vão participar da história após a ressuscitação. Mas o que se vê é um terror de poucos sustos (só dei dois pulos na cadeira), com cenas bem previsíveis e um final fraco e confuso.

Vale no máximo como uma sessão da tarde de nível médio ou como opção para quem estiver sem nada melhor para ver, o que está difícil, pois há muitos filmes bons nos cinemas. E para piorar, o trailer oficial conta praticamente toda a história. Veja abaixo:





Ficha técnica:
Direção: David Gelb
Produção: Lionsgate/ Blumhouse Productions / Mosaic Media
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h23
Gênero: Terror
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

Tags: Renascida do Inferno; Olivia Wilde, terror; Lionsgate; Paris Filmes; Cinema no Escurinho