03 março 2017

"Monster Trucks" é aventura para uma sessão da tarde com a família

Um filme em que o destaque é a amizade, não importando de onde venha (Fotos: Paramount Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Pegue um jovem rebelde bonitinho do interior dos EUA, junte uma colega de escola apaixonada por ele e não correspondida, um ser pré-histórico vindo das profundezas de um lago e um empresário inescrupuloso. Está montada a história de "Monster Trucks", um filme de aventura que vale como uma distração numa sessão da tarde, sem muitas pretensões.


Tripp (Lucas Till) é o nosso jovem que vive com a mãe e o padrasto delegado da cidade e passa o tempo tentando arranjar um jeito de sair da cidade e de sua vidinha provinciana. No tempo livre junta peças de carros abandonados no ferro velho onde trabalha para montar uma caminhonete gigante, no estilo monster truck. O que ele não esperava era que seu carro fosse ganhar um hóspede bem estranho e simpático que fugiu das profundezas de um lago após uma exploração de petróleo mal sucedida.



Creech (como foi batizado os monstro) e Tripp vão ser tornar grandes amigos e ainda terão a ajuda de Meredith (Jane Levy), a colega apaixonada e defensora da natureza, o chefe de Tripp, Sr. Weathers (Danny Glover) e de Sam Tucker Albrizzi, o amigo nerd. Eles precisam salvar a família de Cheech do empresário Reece Tenneson (Rob Lowe, que tem feito cada papel mais medíocre que o outro) e do capanga dele, Burke (Holt Mc Callany).



Filme de orçamento baixo (US$ 125 milhões), mas que oferece boas perseguições com as caminhonetes iradas e os truques de efeitos visuais bem empregados quando Cheech entra em ação. Mais do que o mocinho, ele é a estrela do filme, com seu jeito brincalhão e uma gargalhada sinistra, sempre tirando sarro com a cara de Tripp. E o monstro ainda tem uma fraqueza: se alimenta de óleo puro (petróleo), mas é capaz de ficar doidão se tomar diesel e cometer mil loucuras que vão colocar seu amigo em várias enrascadas.


"Monster Trucks" vale a pena levar as crianças, que vão se divertir com as aprontações dos heróis e final feliz, com mensagem de que o que importa é a amizade. Os adultos, estes só vão mesmo para acompanhá-las.



Ficha técnica:
Direção: Chris Wedge
Produção: Paramount Pictures
Distribuição: Paramount Pictures
Duração: 1h45
Gêneros: Aventura / Fantasia / Família
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 2,5 (0 a 5)

Tags: #monstertrucks, #monstro, #Creech, #LucasTill, #JaneLevy, #DannyGrover, #RobLowe, #aventura, #fantasia, #família, #ParamountPictures, #CinemanoEscurinho

01 março 2017

"Logan" leva aos cinemas o Wolverine que todo mundo sempre quis ver

Assumindo o lado violento e atormentado do herói mutante, Hugh Jackman interpreta o Wolverine pela última vez (Fotos: 20th Century Fox /Divulgação)

Jean Piter Miranda


O ano é 2029. Logan (Hugh Jackman) está velho e doente. E muito debilitado, física e psicologicamente. Leva a vida como motorista de limusine. E o que ganha é para cuidar de seu amigo, o professor Charles Xavier (Patrick Stewart). Essa vida pacata é interrompida quando Gabriela (Elizabeth Rodriguez), uma mulher mexicana, o procura para pedir ajuda. Ela está com a menina Laura Kinney / X-23 (Dafne Keen) e quer fugir pra longe. O problema é que o mercenário Donald Pierce (Boyd Holbrook) e seu exército estão atrás da garota.

Essa é a última vez que Hugh Jackman interpreta o Wolverine, como já anunciou. Foram nove filmes em 17 anos. Uma hora tinha que ter um fim. A idade chega e as tramas se esgotam. E nada melhor que fechar com uma produção que supera as expectativas, que prende o expectador. O diretor James Mangold dá vida ao Logan que todos sempre quiseram ver, feroz e sanguinário. Mas de uma forma que ninguém imaginava, fraco e envelhecido.

Logan não conta mais com o poderoso e instantâneo fator de cura. Manca de uma perna, tem dores e infecções pelo corpo. Cicatrizes e feridas mal curadas. Há também um peso na consciência sobre as pessoas amadas que perdeu e como cada uma delas se foi. É antes de tudo uma luta contra si mesmo. Ele tem a ajuda do mutante Caliban, um dos poucos ainda vivos. Os dois cuidam do professor Xavier, também muito velho e doente. São só eles. Só têm uns aos outros, e poucas esperanças de uma vida melhor. Esse drama, pesado e sombrio, é o motor do filme.

GALERIA DE FOTOS


O roteiro daí em diante é conhecido. O herói não quer ajudar, mas se envolve e acaba sendo obrigado. Então foge com a menina e com Xavier. E são perseguidos por um inimigo mais forte, em maior número e com mais recursos. As colisões dão o clima alto ao filme. As cenas de ação são mais realistas que a das outras produções. As garras de Wolverine cortam braços, pernas e atravessa o crânio de vários inimigos. Há muito sangue nas cenas. E isso é muito bom!

Um homem que sempre andou sozinho, que nunca teve família ou amigos. Não da forma convencional. Que nunca demonstrou carinho, amor ou preocupação. Não de um jeito claro. Ser bruto, feroz, ranzinza e ao mesmo tempo tão querido. Um mutante, um grande herói, um anti-herói. Ele é Wolverine. Que vai deixar saudades. Ante de partir, ele deixa um grande presente, a menina prodígio Dafne Keen, e boas expectativas.



Ficha técnica:
Direção, roteiro e produção executiva: James Mangold
Produção: 20th Century Fox
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 2h17
Gêneros: Ação / Ficção / Aventura
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 5 (0 a 5)

Tags: #logan, #Wolverine, #X23, #CharlesXavier, #HughJackman, #DafneKeen, #PatrickStewart, #JamesMangold, #Boyd Holbrook, #acao, #aventura, superheroi, #mutante, #X-Men, #Marvel, #FoxFilmdoBrasil, #CinemanoEscurinho