28 julho 2019

19ª Goiânia Mostra Curtas, em outubro, terá exibição gratuita de 86 filmes nacionais


Da Redação


De 8 a 13 de outubro, o público poderá assistir gratuitamente 86 filmes durante a 19ª Goiânia Mostra Curtas, que será relizada no Teatro Goiânia (GO). Sete produções mineiras foram selecionadas para participar da exibição, que reunirá ficção, animação, documentário e experimental de todas as regiões do Brasil. São elas:  Alma Bandida (MG); Angela (MG); Looping (MG); Peixe (MG); Plano Controle (MG); Poética de Barro (MG); The URSAL Nightmares (MG).

"Angela", de Marília Nogueira
A Região Sudeste ficou com a maior participação, apresentando 28 filmes nas mostras competitivas. Além dos mineiros, serão 16 produções de São Paulo, quatro do Rio de Janeiro e um do Espírito Santo: A felicidade delas (SP); Antes de Ontem (SP); Liberdade (SP); Livro e meio (SP); Mesmo com Tanta Agonia (SP); NEGRUM3 (SP); Planeta Fábrica (SP); Preciso Dizer que Te Amo (SP); Primeiro ato (SP); Quebramar (SP); Gravidade (SP); Interrogação (ou Psicopata Legalizado) (SP); Isso é o Mundo Cão (SP); Oração à Terra – Prayer to the Earth (SP); Raskolnikov (SP); Venha (SP); Umas & Outras (RJ); Vigia (RJ); Perpétuo (RJ); CorkScream (RJ) e Licença Poética (ES).

"Peixe", de Yasmin Guimarães
A 19ª Goiânia Mostra Curtas trará para a capital de Goiás cineastas, produtores, distribuidores, exibidores e representantes do governo e de agências de fomento. Além da exibição de filmes, a programação deve incluir, debate, encontro com realizadores, laboratórios de roteiros audiovisuais, painéis, masterclasses, oficinas e evento de network, como eventos que fazem parte da Feira Audiovisual.O festival divulgou a lista dos filmes selecionados depois de receber mais de 1.000 inscrições para sua mostra competitiva. A seleção completa está disponível através do link: http://www.goianiamostracurtas.com.br/19/lista-filmes/  

"Plano Controle", de Juliana Antunes
As quatro mostras competitivas têm 70 filmes selecionados, sendo que alguns participam de mais de uma categoria: Mostra Brasil (38), que apresenta um panorama da produção nacional em curta-metragem; Mostra Goiás (11), para dar visibilidade à produção local; Curta Mostra Animação (18) e 18ª Mostrinha (6), dedicada ao público infantil, com foco na diversão e educação. São 36 curtas de ficção, 20 animações, 13 documentários e 1 experimental, sendo produções de 15 estados brasileiros e do Distrito Federal. Além dessas, outras 16 estarão na Mostra Especial, não competitiva.

"Poética de Barro", de Giuliana Danza
Este ano houve um expressivo número de inscrições. Minas Gerais está entre os estados com maior participação, junto com São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Rio Grande do Sul. “O processo de seleção foi árduo e os curadores tiveram trabalho na definição dos escolhidos, diante da qualidade das obras que chegaram até nós”, ressalta a diretora-geral do Goiânia Mostra Curtas, Maria Abdalla, que agradeceu a participação tão significativa e parabeniza aos selecionados. Foram 555 produções inscritas de ficção, 264 documentários, 123 experimentais e 61 animações, somando um total de 1.003 filmes.

The URSAL Nightmares, de Guilherme Teresani
Premiação

Os vencedores da edição deste ano ganharão o Troféu Icumam. Entre os prêmios estão também locação de equipamentos, cursos de formação audiovisual, serviços de pós-produção, finalização, distribuição e prêmios de aquisição. Os curtas-metragens da Mostra Brasil vão concorrer também ao prêmio de Melhor Filme, que será escolhido pelo Júri SescTV. Já o Melhor Filme de cada mostra será eleito pelo Júri Elo Company. Além disso, o festival terá ainda a Mostra Especial, que não é competitiva, mas temática.


Ficha Técnica:
19ª Goiânia Mostra Curtas
Data: 8 a 13 de outubro de 2019
Local: Teatro Goiânia - Goiânia (GO)
Entrada: Gratuita

Tags: #GoiâniaMostraCurtas, #Goiânia, @AlmaBandida, #TrofeuIcumam, #curtasmineiros, #cinemaescurinho

25 julho 2019

"Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal" - apresenta um Zac Efron num de seus melhores trabalhos

Filme narra a vida íntima de um dos mais famosos seriais killers dos EUA, responsável por mais de 30 mortes (Fotos: Brian Douglas/Netflix)

Pedro Santos


“Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile”, em tradução livre: Extremamente maldoso, chocantemente maligno e vil, é o título original de "Ted Bundy - A Irresistível Face do Mal", filme estrelado por Zac Efron, no papel do famoso serial killer, e Lily Collins como Liz Kendall. Também foram esses os adjetivos que o juiz Edward Cowart usou para descrever os crimes cometidos por Ted Bundy, que matou mais de 30 mulheres durante a década de 1970 em mais de sete estados norte-americanos, apesar de o número real de vítimas ser desconhecido e provavelmente muito maior.


O filme conta a trajetória do serial killer a partir da perspectiva de Liz Kendall (cujo nome verdadeiro é Elizabeth Kloepfer), ex-namorada de Bundy. O livro escrito por ela em 1981, "O Príncipe Fantasma: Minha Vida com Ted Bundy", narra o relacionamento abusivo e tempestuoso do casal e serviu de base para o filme. E mostra como uma pessoa tão perigosa e doente pode viver incógnita entre nós, sem levantar qualquer suspeita. Na sequência, a produção apresenta as tentativas de Bundy de sair impune de seus crimes. Por se tratar de um serial killer real, nunca há dúvida sobre ele ser ou não culpado pelos atos hediondos cometidos. Porém, os personagens da trama não sabem que convivem com um monstro, o que gera momentos de tensão interessantes. 



Durante o filme vemos como o assassino em série utiliza seu carisma e inteligência para manipular e atrair suas vítimas de maneira sedutora e também para moldar a opinião das pessoas sobre ele. Com esta mesma sutileza são apresentados alguns pontos da personalidade doentia de Bundy, deixando constantemente a impressão de que há alguma coisa estranha com relação a ele. Os assassinatos nunca ficam explícitos e o filme mostra apenas alguns momentos de violência, deixando que as atrocidades fiquem apenas na imaginação do espectador, onde elas são muito mais efetivas.


Os atores principais estão muito bem. Zac Efron (um dos produtores) surpreende pela forma como consegue imitar as expressões e maneirismos de Ted Bundy, que além de assassino era sequestrador, estuprador, ladrão e necrófilo. E se não estivesse claro que se trata de um psicopata, o espectador poderia até sentir simpatia pelo personagem e achar que tudo não passa de um mal entendido. Lily Collins mostra muito bem como é difícil para Liz aceitar que está sendo enganada pelo homem que ama. Ela entra em negação cada vez que mais evidências são apresentadas, o que a leva a acreditar que é responsável pelo que está acontecendo. 



Além do casal principal, John Malkovich está ótimo interpretando o juiz Edward Cowart, proporcionando alguns momentos de alívio cômico no filme. Jim Parsons consegue se desvencilhar do seu icônico papel de Sheldon Cooper (da série premiada de TV "The Big Bang Theory") e retrata Larry Simpson, o promotor sério e determinado a botar Ted atrás das grades.
     

A direção do filme é competente e impressiona por ser fiel a momentos da história real que são mostrados no final. A experiência certamente poderá ser melhor se o espectador já conhecer o caso do famoso assassino em série norte-americano. Então recomendo a série documental da Netflix “Conversando com um serial killer: Ted Bundy” (2019), também dirigida por Joe Berlinger, que aborda os crimes cometidos pelo sedutor assassino. 

Bundy ainda tem uma participação na série “Mindhunter” (2017), outra produção Netflix. "Ted Bundy - A Irresistível Face do Mal" é interessante, especialmente porque os seriais killers são muito intrigantes. Assusta pensar que pessoas assim existem no meio de nós. O elenco está muito bom e competente, mas não inova e nem ousa em nada.



Ficha técnica:
Direção: Joe Berlinger
Produção: Voltage Pictures / Netflix
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h50
Gêneros: Suspense / Drama / Biografia
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 3 (0 a 5)

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