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24 maio 2019

Live-action de "Aladdin" é fiel ao desenho e encanta com visual colorido e linda trilha sonora

Filme repete a história de jovem ladrão que encontra a lâmpada mágica com um gênio dentro que vai transformá-lo num príncipe (Fotos: Walt Disney/Divulgação)

Maristela Bretas


O novo live-action da Disney, "Aladdin" é ótimo, encanta crianças e adultos e ficou bem fiel ao desenho de 1992, do mesmo estúdio. Os personagens são simpáticos e carismáticos, especialmente o gênio azul da lâmpada, interpretado por Will Smith, a grande estrela do filme. Ele está perfeito para o papel, muito divertido, com diálogos engraçados, mesclando cinismo e boas tiradas, bem no estilo do ator. A escolha foi a melhor possível. 


Também o pouco conhecido ator Mena Massoud, interpretando Aladdin, e Naomi Scott, como a princesa Jasmine (numa versão que reforça o poder da mulher), entregam ótimas atuações. Outro personagem que divide a diversão do filme com o gênio é Dália, criada de Jasmine, vivida pela atriz Nascim Pedrad. O ponto fraco do filme é o vilão Jafar, interpretado por Marwan Kenzari, que não impõe a força do mal que o personagem exige. 


O diretor Guy Ritchie, acostumado ao gênero ação, como "Rei Arthur: A Lenda da Espada" (2017) e "Agente da U.N.C.L.E." (2015) aplicou muito bem seu estilo, mantendo um bom ritmo de movimento que prende a atenção do público do início ao fim. Junto a isso estão os cenários, também respeitando a versão original. A cidade de Agrabah, onde acontece toda a história, é quase idêntica ao desenho e nosso herói/ladrão usa e abusa de suas habilidades, saltando por sobre as ruas estreitas, becos e telhados em suas escapadas.


As perseguições a Aladdin parecem uma grande brincadeira, são divertidas, muito bem feitas, uma verdadeira aula de parkour e fazem o público torcer para que o herói consiga escapar dos guardas do sultão. As cenas se tornam mais envolventes graças à atuação de Mena Massoud, que além de simpático se parece demais com o Aladdin do desenho. Ele forma um par romântico muito fofo com Naomi Scott, especialmente quando cantam a maravilhosa canção-tema da trilha sonora "A Whole New World", composta por Alan Menken. 


Em 1992, a música foi interpretada por Brad Kane e Lea Salonga e conquistou o Oscar de Melhor Canção Original. Mas nada se compara à versão gravada por Peabo Bryson e Regina Belle (de arrepiar) anos depois. Coube também a Naomi Scott interpretar outra linda canção da trilha sonora - "Speechless"


A história é a mesma do desenho - Aladdin é um jovem ladrão que vive de pequenos roubos em Agrabah. Um dia, ele ajuda uma jovem a recuperar um valioso bracelete, sem saber que ela na verdade é a princesa Jasmine (Naomi Scott). Ele logo fica interessado nela, que diz ser a criada da princesa. Ao visitá-la em pleno palácio e descobrir sua identidade, ele é capturado por Jafar, o grão-vizir do sultanato, que deseja que ele recupere uma lâmpada mágica, onde habita um gênio, capaz de conceder três desejos ao seu dono.


Vale destacar ainda o figurino impecável, com riqueza de detalhes e bem colorido que fazem deste filme um autêntico conto de fadas. Tem até desfile em grande estilo com animais e muita pompa pelas ruas da cidade. Coisa de príncipe, num ótimo trabalho de computação gráfica. "Aladdin" é imperdível, daqueles filmes que você tem vontade de assistir várias vezes e chega a dar dúvida de qual seria o melhor - desenho ou live-action. 


Ficha técnica:
Direção: Guy Ritchie
Produção: Walt Disney Pictures / Lin Pictures / Marc Platt Productions
Distribuição: Disney/Buena Vista
Duração: 2h09
Gêneros: Aventura / Fantasia
País: EUA
Classificação: 10 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags:#Aladdin, #WaltDisney, #AWholeNewWorld, #Jasmine, #aventura, #fantasia, @cinemaescurinho, @cinemanoescurinho

15 maio 2019

Passados 25 anos, "Hellboy" muda a cara e o diretor e volta mais violento para encerrar trilogia

David Harbour interpreta o herói vermelho com cara de demônio que vai enfrentar uma feiticeira do passado (Fotos: Metropolitan Film / Divulgação)

Maristela Bretas



São muitos os fãs que deixaram claro que não gostaram da troca feita na direção e personagem principal para "Hellboy", último filme da trilogia que estreia nesta quinta-feira nos cinemas. No lugar do diretor Guillermo Del Toro entra Neil Marshall (da série "Game of Thrones"). Para substituir Ron Perlman como o personagem que veio do inferno e tem chifres cortados, foi escolhido David Harbour (o xerife bonzinho de "Stranger Things"), que apesar de carismático, apresenta um herói bem mais violento que seu antecessor.


Mas nem por isso o filme ficou ruim. "Hellboy" recebeu bons efeitos visuais, muita ação, trilha sonora na medida e boas interpretações de David Harbour e Milla Jovovich. Além das locações para as filmagens no reino Unido e na Bulgária. Para quem está conhecendo a saga, é possível entender a história do herói vendo apenas este terceiro filme. Mas fica mais fácil a compreensão assistindo aos filmes anteriores - "Hellboy" (2004) e "Hellboy 2 - O Exército Dourado" (2008), não só para uma comparação, mas para entender melhor a trajetória do herói. 


Apesar de o título em português repetir o do primeiro filme, trata-se de uma sequência e não um reboot para retomar a saga do herói com cara de demônio, também chamado de Anung Un Rama. O filme começa com Hellboy dentro do grupo especial de humanos de combate a forças estranhas, trabalhando sob a supervisão de seu mentor, Trevor Bruttenhalm (papel de Ian McShane). O que muda nesta versão é que ela explica a origem do herói e porque essa descoberta pode mudar sua vida e fazê-lo mudar de lado.


Criado em 1994 para os quadrinhos Dark Horse Comics por Mike Mignola que colabora no roteiro deste filme, Hellboy é diferente dos tipos mais comuns de heróis. Assim como Hulk, da Marvel Comics, ele é enorme, vermelho, com cara de mal (e muito feio), mas tem um coração enorme, é fiel aos amigos e está confuso por ser rejeitado pelos humanos que o consideram um monstro perigoso, "coisa do demo". Recentemente o ator David Harbour esteve no Brasil para divulgação do filme e participou de uma divertida brincadeira de palavras. Confira:


Contando apenas com seus amigos - major Ben Daimio (Daniel Dae Kim) e a jovem  Alice Monaghan (Sasha Lane), o herói vai enfrentar desta vez a  feiticeira Nimue ou Rainha de Sangue (vivida por Milla Jovovich, da franquia"Resident Evil") que há séculos foi morta pelo Rei Arthur e separada em seis partes, espalhadas por lugares distantes da Inglaterra. Séculos depois, o massacre a um mosteiro próximo a Londres levanta a suspeita de que alguém pode estar querendo ressuscitar Nimue. 


Hellboy recebe a missão de conter essa ameaça que quer extinguir toda a vida no planeta. Ele só não esperava que a rainha má fosse ligada a seu passado e o faria questionar sua lealdade ao professor Bruttenhalm e ao a B.P.R.D (Bureau de Pesquisas e Defesa Paranormal). O filme é uma boa distração e entra no circuito de cinema em desvantagem, uma vez que vai disputar salas pelo Brasil e o mundo com o arrasa quarteirão "Vingadores: Ultimato".


Ficha técnica:
Direção: Neil Marshall
Produção: Millenium Films / Dark Horse Entertainment
Distribuição: Imagem Filmes
Duração: 2h01
Gêneros: Ação / Fantasia
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #Hellboy, #DavidHarbour, #MillaJovovich, #MikeMignola, #IanMcShane, #fantasia, #ação, #MilleniumFilms, @imagemFilms, @cinemanoescurinho

28 abril 2019

"Vingadores - Ultimato" encerra saga com emoção extrema e a certeza de dever cumprido

Longa é o quarto filme destes super-heróis do Universo Cinematográfico Marvel, reunidos em 2012 (Fotos: Marvel Studios/Divulgação)

Maristela Bretas


Emoção à flor da pele e adrenalina nas alturas. É desta forma que as pessoas (inclusive eu) estão saindo das sessões de "Vingadores: Ultimato" ("Vingadores: Endgame"), quarto e último filme da saga dos Vingadores, iniciada em 2012, quando foram reunidos em "Avengers". Os diretores e irmãos, Joe e Anthony Russo prometeram um final épico e cumpriram de forma espetacular a promessa, entregando o melhor de todos os filmes sobre este grupo de super-heróis Marvel. 


Em seu primeiro final de semana após a estreia ultrapassou US$ 1,2 bilhão de arrecadação no mundo, atingindo a 18ª colocação na lista das 20 maiores bilheterias de todos os tempos e a sexta maior da Marvel. Ao longo dos anos, parte deles ganhou seus próprios filmes, alguns ótimos, outros nem tanto. Mas encerrar uma saga de sucesso, principalmente depois de "Vingadores: Guerra Infinita" era uma aposta ousada e a Marvel acertou em tudo. 


Muita ação e emoção dividem as três horas de duração do filme com equilíbrio, contando ainda com excelentes efeitos especiais e uma trilha sonora arrasadora de Alan Silvestri também responsável por "Capitão América - O Primeiro Vingador" (2011), "Os Vingadores - The Avengers" e "Guerra Infinita" (2018). A trilha sonora já está disponível no @spotify para assinantes. Uma das homenagens mais bonitas para esta franquia foi postada no Youtube por #madxthing, usando a bela "We Are The Champions", do Queen, como trilha. Confira abaixo e se emocione.


Sob o comando da excelente Natasha Romanoff/Viúva Negra (Scarlett Johansson) - que ganhará filme solo em breve - e da sem carisma mas poderosa "Capitã Marvel" (Brie Larson), as mulheres ocupam mais destaque em "Vingadores: Ultimato". Cabe a elas algumas das partes mais emocionantes do filme. Os super-heróis masculinos também fizeram muito marmanjo chorar no cinema, mostrando que eles também têm coração (mesmo quando não é de verdade).


Tony Stark/Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) salta do arrogante multibilionário para o paizão de todos que muitos queriam ter, ao lado de Steve Rogers/Capitão América (Chris Evans), o sempre bom moço e líder por natureza. Thor (Chris Hemsworth) e Bruce Banner/Hulk (Mark Ruffalo) ficam com a parte divertida do filme, com as cenas e diálogos mais engraçados, uma estratégia que começou a dar certo em "Thor: Ragnarok" (2017). Clint Barton/Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) e Scott Lang/Homem Formiga (Paul Rudd) também retornam para completar o grupo de apoio, juntamente com James Rhodes/Máquina de Combate (Don Cheadle) e nebulosa (Karen Gillan).


A cada filme estes atores foram amadurecendo seus personagens, tornando-os mais humanizados e passando para o espectador a imagem de uma família, como define Natasha Romanoff. Eles brigam, ficam de mal entre um filme e outro, mas não aceitam perder aqueles que amam, querem vingança e se unem para vencer um mal maior. E o resultado disso é o melhor filme de todos os tempos do Universo Cinematográfico Marvel.


Por falar em mal, a disputa com Thanos vai do brutal a uma batalha épica, muito maior e mais dinâmica que a de "Guerra Infinita". O mega vilão é destaque e até ele mostra novamente seu lado sentimental. Assim como em "Guerra Infinita" ele foi o responsável pela reviravolta no status de sempre vencedores dos Vingadores, em "Ultimato" ele novamente é o maior objetivo do grupo. E nos dois lados desta batalha, a arma mais forte será a emoção.


O filme começa em cenas ainda durante a extinção de metade das criaturas vivas da Terra e Tony Stark numa nave à deriva no espaço, com poucas chances de sobrevivência. Na sede dos Vingadores, Steve Rogers e Natasha Romanoff tentam de todas as formas encontrar Thanos, que sumiu após o ataque. Mesmo abalados pelos acontecimentos, aqueles que restaram do grupo se unem para recuperar as Joias do Infinito, se vingar do vilão e reverter a devastação, trazendo os amigos de volta. 

Com uma batalha de arrepiar que é pura adrenalina, personagens mais humanos e emotivos, cenas inesperadas e surpreendentes e um final de tremer o coração dos fãs da Marvel, "Vingadores: Ultimato" é o encerramento de uma saga digno de grandes super-heróis.


Ficha técnica:
Direção: Joe e Anthony Russo
Produção: Marvel Studios
Distribuição: Disney/Buena Vista
Duração: 3h01
Gêneros: Aventura / Ação / Fantasia
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 5 (0 a 5)

Tags: #VingadoresUltimato, #AvengersEndgame, #acao, #fantasia, #aventura, #superheroi, #MarvelStudios, #Thor, #CapitaoAmerica, #HomemDeFerro, #Hulk, #cinemaescurinho @cinemanoescurinho

01 abril 2019

"Dumbo" perde o colorido e parte da magia, mas reforça importância da família

Produção dirigida por Tim Burton remete à infância e até faz chorar quando o bebê elefante voa pela primeira vez (Fotos: Walt Disney Studios/Divulgação)

Maristela Bretas


Mais aventura, menos fantasia. Este é "Dumbo", o live-action que tem como principal foco as relações - em especial as familiares. A história do bebê elefante de grandes orelhas que sofre bullying, é separado da mãe, ganha amigos e uma nova família e é usado como atração por donos de circo inescrupulosos foi mantida. A nova versão, no entanto, tem uma abordagem mais humana e social que combina com os dias atuais. A diferença no roteiro será percebida por aqueles que assistiram a animação "Dumbo", de 1941.


O estilo do diretor Tim Burton, que também dirigiu "Alice no País das Maravilhas" (2010), do mesmo estúdio, é bem claro. "Dumbo" não tem o colorido e a magia do desenho, mas nem por isso deixa de remeter à infância e até faz chorar quando o bebê elefante voa pela primeira vez. Os ambientes são mais escuros, com figuras bizarras e o diretor explora imagens projetadas nas sombras e uma abordagem mais dura, apontando as fraquezas e virtudes dos personagens.


"Dumbo" está ótimo e entrega uma ótima produção em efeitos visuais, trilha sonora, figurino e fotografia. Intencional ou não, o parque de diversões Dreamland, do empresário de entretenimento V.A. Vandevere (Michael Keaton) utiliza muitas atrações semelhantes às do Epcot Center, na Disney World. Tem uma montanha-russa moderna (apesar de a história se passar em 1919) e o espaço Maravilhas da Ciência. Mas isso não tira o encanto do filme. O elenco também é de primeira linha e conta com nomes famosos como Collin Farrell, Eva Green, Danny DeVito, Michael Keaton e Alan Arkin.


A história se passa em 1919, nos EUA. Holt Farrier (Colin Farrell) é uma ex-estrela de circo que retorna da Primeira Guerra Mundial sem parte do braço esquerdo. Sua esposa faleceu enquanto estava fora e agora precisa criar os dois filhos (interpretados por Nico Parker e Finley Hobbins). Agora ele é o encarregado de cuidar de uma elefanta prestes a parir. 


Quando o bebê nasce, todos ficam surpresos com o tamanho de suas orelhas. O pequeno Dumbo é desprezado e só as crianças o adoram. Até descobrir que pode voar graças às orelhas, tornando-se a atração do circo e despertando a cobiça de empresários do entretenimento.

O filme traz várias mensagens, em especial para as famílias. Isso fica claro na ligação da mamãe Jumbo com o filhote Dumbo, nos conflitos entre Holt e seus filhos que só querem a atenção do pai, e até nas falas da bela Colette Marchand (Eva Green), estrela do espetáculo, que deixa claro a falta que faz na vida dela ter filhos.


Já Max Médici (Danny DeVito), o dono do circo onde Dumbo nasceu, considera a trupe o que há de mais importante na sua vida, mas muitas vezes deixa o dinheiro falar mais alto, mesmo quando alega que está fazendo o melhor para todos. Diferente de Vandevere, que quer ter Dumbo em seu show e não pensa duas vezes em descartar pessoas e separar famílias em nome do lucro, sem qualquer arrependimento.


O filme do elefantinho mais fofo do cinema, com seus olhos azuis apaixonantes e que sabe voar vale a pena ser conferido, em família de preferência, para tirar boas lições de vida, bater palmas com as crianças e chorar sem sentir vergonha. Um alerta: crianças menores de 5 anos podem ficar inquietas com o filme por ser pouco colorido e com muita narração, mas irão se divertir com o personagem voador. A história será compreendida melhor pelos maiores.


Ficha técnica:
Direção: Tim Burton
Produção: Walt Disney Studios
Distribuição: Disney/ Buena Vista
Duração: 2h10
Gêneros: Aventura / Fantasia / Família 
País: EUA
Classificação: 10 anos
Nota: 3,8 (0 a 5)

Tags: #DumboOFilme, @WaltDisneyStudios, #elefantequevoa, #liveaction, #CollinFarrell, #EvaGreen, #DannyDeVito, #animação, #magia, #fantasia, #aventura, @cinemanoescurinho

16 março 2019

Marvel divulga segundo trailer impactante de "Vingadores: Ultimato"


Relembrando produções passadas da franquia, a Marvel Studios divulgou o novo trailer de "Vingadores: Ultimato", com estreia marcada para 25 de abril.  Tão arrepiante quanto o primeiro. Os Vingadores precisam lidar com a dor da perda de amigos e seus entes queridos. 

No trailer, os heróis pronunciam em vários momentos a frase "custe o que custar". Com Tony Stark (Robert Downey Jr.) vagando perdido no espaço sem água nem comida, Steve Rogers (Chris Evans) e Natasha Romanov (Scarlett Johansson) precisam liderar a resistência contra Thanos (Josh Brolin) que eliminou metade das criaturas vivas em "Vingadores: Guerra Infinita".



Tags: #VingadoresUltimato, #AvengersEndgame, #acao, #fantasia, #superheroi, #MarvelStudios, #cinemaescurinho

31 janeiro 2019

"O Menino que Queria Ser Rei" - produção britânica recria rei Arthur nos dias de hoje

Alex é um adolescente tímido que encontra a famosa espada Excalibur, que pertenceu ao rei Arthur (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)

Maristela Bretas


Fantasia, aventura e humor são os principais pontos explorados na produção britânica "O Menino que Queria Ser Rei" ("The Kid Who Would Be King"), que estreia nesta quinta-feira nos cinemas. O filme é indicado para quem procura uma distração para os filhos na faixa de 8 a 12 anos que gostam de histórias de reis, bruxas, magos, cavaleiros e heróis de armadura.

O filme é uma boa distração, trazendo para os dias de hoje os conflitos do período em que o rei Arthur governava a Inglaterra e lutava contra sua maior inimiga, a meia-irmã Morgana. Na nova história, os personagens lutam contra o mal da fantasia e seus próprios temores. Rebecca Ferguson (sempre com boa interpretação, como Morgana) e Patrick Stewart (mago Merlin velho) são os chamarizes do filme, mas um desperdício de talento.


Os demais atores são jovens e estreantes, exceto Louis Serkis, que está em seu segundo filme e interpreta Alex, o novo rei Arthur. Dois deles se destacam por entregarem os momentos divertidos do filme: Angus Imrie, como Merlin jovem, que vai divertir as crianças com seus truques de mágica e trapalhadas, e Dean Chaumoo, como Bedders, o amigo medroso mas fiel de Alex.

Em "O Menino que Queria Ser Rei", Alex é um adolescente britânico estudioso mas muito tímido, de poucos amigos que, como muitos de sua idade, sofrem com a perseguição diária e o bullying dos alunos mais velhos da escola. Seu único e fiel amigo é Bedders, que enfrenta os mesmos problemas que ele, mas nenhum dos dois tem coragem de entregar os autores das agressões e constrangimentos - a dupla Lance (Tom Taylor) e Kaye (Rhianna Dorris).

Certo dia, ele encontra uma misteriosa espada cravada numa pedra e descobre tratar-se de Excalibur, que pertenceu ao rei Arthur. Acreditando no poder da arma, Alex e Bedders ganham mais confiança para enfrentar seus inimigos e convencê-los a se tornarem seus aliados na luta contra Morgana, a meia-irmã de Arthur, presa por ele, mas se liberta da prisão após a espada ter sido tirada da pedra. Aos poucos, os jovens vão vendo seus conflitos e medos se misturarem com os trazidos pela fantasia e Alex terá de assumir as responsabilidades que a espada traz com ela.


A aventura mescla ingredientes do passado e do presente numa aventura que poderia ser melhor e menos confusa. Todas as vezes que Morgana aparece dá a impressão que se trata de outro filme e somente quando começa o conflito com Alex e sua turma é que a história toma pé. Apesar de Morgana ser a vilã ela aparece pouco, mas os efeitos gráficos das batalhas entre seus soldados de ossos e os heróis são muito bons e conseguem dar um ótimo ritmo à trama. Valores como amizade, confiança e união são bem reforçados pelos personagens. Vale como uma diversão de sessão da tarde.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Joe Cornish
Produção: 20th Century Fox / Working Title Films / Big Talk Productions
Distribuição: Fox Film
Duração: 2 horas
Gêneros: Fantasia / Aventura / Família
País: Reino Unido
Classificação: A partir de 6 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #OMeninoQueQueriaSerRei, #20thCenturyFox, @Fox, #RebeccaFerguson, #PatrickStewart, #ReiArthur, #fantasia, #aventura, #EspacoZ, @cineart_cinemas, @cinemanoescurinho

26 janeiro 2019

Em "Shade - Entre Bruxas e Heróis", amizade e imaginação andam juntas

Produção sérvia aborda os medos e as inseguranças de dois amigos pré-adolescentes (Fotos: Divulgação)

Maristela Bretas


"Shade - Entre Bruxas e Heróis" ("Ziogonje") é a história de um garoto de dez anos com paralisia cerebral parcial que sofre com a incapacidade da doença e uma menina da mesma idade vivendo o drama da separação dos pais. O que os une? O bullying que ambos sofrem na escola por serem diferentes. Nasce daí uma grande amizade, sincera e de respeito, que tem momentos alegres e também sofridos.

Jovan (Mihajlo Milavic) é um garoto tímido, sem amigos, que tenta se manter afastado dos colegas de escola, mas sofre o tempo todo com seus ataques. Para se defender, criou um mundo imaginário, onde ele é o super-herói Shade, que tudo pode e surge para defender os mais fracos. Ao conhecer Milica (Silma Mahmuti), a primeira reação é de se afastar daquela menina durona, que veio de outra cidade e também sofre com o bullying.

Vítimas do mesmo problema, acabam se unindo e formando uma bela amizade que vai ajudá-los a superar seus problemas: Jovan não quer ser tão dependente dos pais superprotetores (em especial, a mãe). Milica não aceita o fato de o pai ter uma nova namorada, que ela acha se tratar ser uma bruxa que o enfeitiçou. Cada um com seu medo e ilusão vai precisar do outro para vencer suas barreiras e amadurecer para seguirem suas vidas.

O filme é um pouco confuso, peca nos efeitos visuais e tem alguns pontos que não seriam recomendados mesmo para um público juvenil, como a maneira encontrada por Jovan para se livrar da namorada-bruxa do pai de Milica. Nada a ver para um filme cuja proposta é explorar o lado fantasia da história e não incentivar a violência. Também o final pode espantar algumas mães brasileiras, mais superprotetoras com os filhos nessa idade.

Há também várias situações machistas, mas que não tiram a simplicidade da imaginação dos dois jovens, que acham que podem resolver tudo com um super-herói lutando contra uma "bruxa" malvada. "Shade - Entre Bruxas e Heróis" reúne planos mirabolantes, missões impossíveis e boa dose de cumplicidade infantil. Dirigido por Rasko Miljkovic, o filme passou por mais de 20 festivais pelo mundo, conquistando os prêmios do júri popular no Festival Internacional de Toronto (Tiff Kids) e de melhor filme na Mostra Geração do Festival do Rio deste ano.


Ficha técnica:
Direção: Rasko Miljkovic
Produção: Pluto Filmes
Distribuição: Cineart Films
Duração: 1h30
Gêneros: Drama / Família / Fantasia
Países: Sérvia e Macedônia
Classificação: 12 anos

Tags: #ShadeEntreBruxasEHerois, @CineartFilmes, #aventura, #fantasia, @cineart_cinemas, @cinemanoescurinho

01 dezembro 2018

"Encantado", uma animação feita para agradar apenas os pequeninos

Filme reúne romance, canções, aventura, sustos, princesas, bruxas e feitiços, elementos esperados para uma produção sobre um mundo de fantasia (Fotos: Big Picture Films/Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


Crianças menores até poderão gostar de "Encantado" ("Charming"), animação com roteiro e direção de Ross Venbokur que estreia nesta quinta-feira (29) nos cinemas de Belo Horizonte. Estão lá todos os elementos esperados para atrair os pequeninos, como um tipo de suspense até certo ponto ingênuo, romance, canções, aventura, sustos, princesas, bruxas, feitiços. Tudo na medida certa.

Meninos e meninas maiorzinhos, que já possuem um mínimo de senso crítico, também podem se encantar com um príncipe Felipe meio trapalhão, princesas patricinhas e fúteis e uma quase vilã que começa sem nenhum charme, como uma ladra e, aos poucos, se transforma na mocinha e personagem principal da história. Seria a vitória da antiprincesa, da plebeia, gente como a gente. São pequenos toques de modernidade e rebeldia.


Ao nascer, o príncipe Felipe é vítima de um feitiço da bruxa Morgana: todas as mulheres vão se apaixonar por ele assim que o avistarem. Ou seja, o rapaz se torna verdadeiramente encantado . Uma espécie de Dom Juan, que tem todas as mulheres mas não tem efetivamente nenhuma. Desta forma, ele acaba se metendo em enrascadas, como por exemplo, ficar noivo e de casamento marcado com nada menos que três princesas, todas salvas por ele: Cinderela, Branca de Neve e Bela Adormecida.

Mas, como toda maldição tem seu fim e todo conto de fadas que se preza caminha para um final feliz, Felipe só se livrará da tal praga quando encontrar, claro, o amor verdadeiro. Na versão original, a voz do personagem é do ator Wilmer Valderrama. No Brasil, a dublagem foi feita por Leonardo Cidade.


Leonora Quimonez é uma ladra que vive de pequenos golpes perambulando pela periferia do reino. Por algum motivo não explicado, ela não se encanta pelo príncipe ao vê-lo e, como só pensa em dinheiro, aceita o emprego de guia para ajudar Felipe a vencer três desafios quase impossíveis, principalmente para ele, um rapaz mimado beirando o covarde. Originalmente feita por Demi Lovato, a moça é dublada aqui pela atriz teen Larissa Manoela.

Os adultos vão encontrar algumas mensagens que, nesses tempos atuais do politicamente correto, podem ser analisadas como negativas. Exemplos não faltam: a bruxa que enfeitiça o príncipe assim que ele nasce faz isso por inveja da mulher que se casou com o rei (um sentimento baixo); para conseguir o trabalho de guia, Leonora precisa se travestir de menino (meninas são incapazes?); todas as mulheres do reino, mostradas quase sempre como subservientes, só pensam em se casar. Enfim, dá pra ir ao cinema com as crianças, mas sem levar nada muito a sério.
Duração: 1h25
Classificação: 6 anos
Distribuição: Imagem Filmes


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15 novembro 2018

Muito flashback e confusão em "Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald"

Newt Scamander (Eddie Redmayne) terá de viajar novamente aos EUA atrás de um bruxo do mal, interpretado por Johnny Depp (Fotos: Jaap Buitendijk/Warner Bros. Pictures)

Wallace Graciano


Goste ou não da saga “Harry Potter”, é impossível negar a importância de J. K. Rowling na história da literatura (não somente a infanto-juvenil). Porém, o mesmo talento que a elevou ao panteão dos grandes nomes que nos contaram as mais doces fábulas não parece florescer em outro tipo de narrativa: a de roteirista cinematográfica. 

Em “Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald” ("Fantastic Beasts: The Crimes Of Grindelwald"), que estreia nesta quinta-feira (15) nos cinemas de todo planeta, a autora (que além de roteirista é uma das produtoras do filme) não consegue dar a mesma vivacidade dos livros às telonas, tal qual no precursor do spin-off.

Na sequência de “Animais Fantásticos”, que se passa 70 anos antes de Harry chegar a Hogwarts, Gellert Grindelwald (Johnny Depp) é transportado dos Estados Unidos, onde fora preso, até a Londres. Porém, o bruxo consegue escapar em uma batalha sufocante, digna dos grandes embates da saga canônica. Agora livre, ele vai em busca de Credence (Ezra Miller), o que norteará toda a história.

Paralelamente, Newt Scamander (Eddie Redmayne) está proibido de viajar ao exterior por causa do trabalho que deu ao mundo bruxo durante sua estada em Nova York. Sem ter muito o que fazer, cuida dos bichos em sua maleta e tenta escapar dos flertes do Ministério da Magia, que quer tê-lo como auror para recapturar Grindelwald. Quem consegue seduzi-lo é Alvo Dumbledore (Jude Law). 

Aproveitando que Scamander viaja escondido a Paris para tentar se reaproximar de sua paixão, Tina Goldstein (Katherine Waterston), o professor de Hogwarts lhe dá a missão de proteger Credence das mãos do bruxo das trevas, tudo isso em meio aos avanços do Ministério da Magia. É nesse ponto que a película chega ao seu ápice. 

Ao mesmo tempo em que traz o tom de naftalina aos saudosos amantes da saga, com a presença de personagens icônicos e do próprio castelo de Hogwarts, a trama oferece as batalhas, efeitos especiais e conspirações de “Harry Potter” que encantaram toda uma geração. Porém, ao contrário dos livros e filmes de outrora, este peca ao desenvolver os personagens justamente quando o clímax está estabelecido.

O roteiro tem grandes buracos e não consegue sequer encaixar os segredos agora revelados por J. K. Rowling do mundo bruxo antes de Harry. Assim como no precursor, “Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald” volta a ter cenários maravilhosos, batalhas intensas e personagens nostálgicos que se perdem em meio a um roteiro confuso. A magia da saga Harry Potter ficou mesmo por lá.


Ficha técnica:
Direção: David Yates
Produção: Warner Bros. Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 2h14
Gêneros: Aventura / Fantasia
Países: Reino Unido / EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #AnimaisFantásticosOsCrimesdeGrindelwald, #HarryPotter, #JKRowling, #Fantasia, #Aventura, #EddieRedmayne, #JudeLaw, #Johnny Depp, #EzraMiller, #WarnerBrosPictures, #espaçoZ, #cinemas.cineart, #CinemaNoEscurinho

20 janeiro 2018

"Viva - A Vida é uma Festa" faz bem pra alma e pro coração

Miguel e Héctor, amigos de mundos diferentes que dividem o mesmo sonho (Fotos: Walt Disney Studios/Divulgação)

Maristela Bretas


A Pixar volta a brilhar em mais uma de suas animações, talvez a melhor dos últimos tempos que o estúdio produziu. "Viva - A Vida é uma Festa" diverte, encanta, emociona e, como sempre, tem uma linda mensagem para toda a família. As crianças vão adorar o colorido e os personagens simpáticos e trapalhões, mas são os adultos que saem surpresos e chorando com uma história que faz sacudir emoções.

"Viva" é pura lembrança, uma animação com cara de casa de vó, com direito a família grande, barulhenta, todo mundo dando palpite na criação dos filhos dos outros. E tendo como pano de fundo um dos feriados mais importantes do México - "El Dia de los Muertos" ("O Dia dos Mortos"), que acontece também em 2 de novembro, como no Brasil. Só que a data lá tem um significado diferente, ela é de celebração àqueles que partiram para o Mundo dos Mortos - amigos, parentes e até mesmo figuras ilustres. Tudo com muita cor, música, e dança.

Uma verdadeira festa, como cita o título brasileiro - único lugar que a Disney mudou o nome original, que é "Coco" - que não é explicado em momento algum na nossa versão dublada. Fica aqui, então, a explicação para quem não sabe: Coco é o apelido da bisavó do jovem Miguel e ela é a ligação do bisneto com todo o contexto da história. No Brasil, a "bisa" quase centenária recebeu o nome de Mamá Inês (????), ou seja, liga nada com coisa alguma e o expectador sai do cinema sem entender porque a mudança.

Mas voltando à história, o lencinho é essencial, não porque o filme seja triste. Ele provoca boas reações, sentimentos guardados na memória de brincadeiras da infância, saudade do colo da vó, o abraço apertado só pai ou da mãe sabem dar, histórias e experiências contadas pelos mais velhos mesmo quando já não têm mais a consciência do presente. "Viva" faz chorar com certeza, mas também é bem divertido, conta uma grande aventura familiar e deixa o coração da gente mais leve quando sai do cinema.

E estes sentimentos os diretores Lee Unkrich e Adrian Molina sabem provocar e demonstraram muito bem em sucessos como de "Toy Story 3", "Monstros S.A." e "Procurando Nemo". Em "Vida", duas gerações são unem todo o enredo - Miguel, um menino de 12 anos, que ama a família, especialmente Mamá Inês (Coco). Seu sonho é tocar como seu maior ídolo, o grande Ernesto de la Cruz (voz de Benjamin Bratt e dublagem nacional de Nando Pradho).


Mas sua família, principalmente a avó, guarda uma grande mágoa e a música é proibida em todos os sentidos na casa. Miguel, no entanto, não desiste e o encontro com Héctor (dublado por Gael Garcia Bernal e no Brasil por Leandro Luna) no Dia dos Mortos vai mudar sua vida. Héctor é um dos mais divertidos personagens da animação, sem falar no cão de Miguel e na versão "do outro mundo" da família dele. Personagens famosos da cultura mexicana também foram lembrados na animação, como a pintora Frida Kahlo.

Na versão original, a maioria da vozes foi emprestada por atores mexicanos, mas a dublagem brasileira ficou ótima (como sempre) e é feita também nas músicas, traduzidas por Mariana Elizabeth. Destaque para "Lembre de Mim" ("Remember Me"), cantada no filme em três situações, sendo a terceira a mais emocionante a terceira, com Miguel (voz original de Anthony Gonzalez e no Brasil do jovem Arthur Salerno) e a Mamá Inês (voz de Ana Ofelia Murguía e dublagem brasileira da atriz Maria do Carmo Soares).

A animação é linda e merece cada prêmio que ganhou até agora e as indicações para os próximos, ficando como a mais provável de levar o Oscar 2018 em sua categoria. Uma produção imperdível e emocionante. A classificação é livre, mas a idade ideal para as crianças curtirem e os pais também é acima de 5 anos.



Ficha técnica:
Direção: Lee Unkrich e Adrian Molina
Produção: Pixar Animation Studios
Distribuição: Disney/Buena Vista
Duração: 1h45
Gêneros: Animação / Família / Fantasia / Aventura
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 5 (0 a 5)

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