04 julho 2015

"O Exterminador do Futuro: Gênesis" volta no tempo e refaz toda a franquia

Ele está de volta, mais velho mas não menos assustador (Fotos: Paramount Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Se há 31 anos "O Exterminador do Futuro", dirigido por James Cameron ("Avatar"), garantiu um estrondoso sucesso de bilheteria e ganhou uma legião de fãs do robô T-800, o quarto filme da franquia - "O Exterminador do Futuro: Gênesis" ("Terminator:Genisys") - não poderia fazer feio. E lógico, tinha de contar com seu mais importante personagem, interpretado pelo não menos famoso Arnold Schwarzenegger.

Em 1984 ele falava pouco, quase iniciando carreira após outro meio sucesso - "Conan O Bárbaro". Em ambos, bastavam apenas os músculos de Mister Universo, as falas eram curtas - como ator seria um desastre se falasse muito. Sorrir, nem pensar. Mas em compensação, causava um grande estrago. Foi assim nas duas produções seguintes da franquia - "O Julgamento Final" (1991) e "A Rebelião das Máquinas" (2003).

Agora, o robô está envelhecido e tem cabelos grisalhos (até isso foi possível com a evolução das máquinas) mas como ele mesmo diz, não obsoleto. Mais experiente, após mais de 30 filmes de muita pancadaria e tiros, Arnold é o responsável pelos momentos divertidos de "Gênesis". 

Mesmo vivendo o papel do assustador T-800, que no passado foi o inferno na vida dos heróis Sarah Connor, Kyle Reese e John Connor. Com tiradas engraçadas e um sorriso forçado para parecer mais humano, ele novamente é a estrela do quarto filme da franquia. Claro, mantendo o estilo que lhe garantiu o estrelato - musculoso que resolve tudo na porrada ou na bala.

Para quem apostou num remake do filme original, pode se preparar para uma reviravolta. "Gênesis" remete à primeira produção, mas volta no tempo e reescreve a história da revolução das máquinas dominam o mundo e tentam exterminar os seres humanos. Com isso derruba os três filmes anteriores.

Passados mais de 30 anos, não se poderia esperar os mesmos atores do original (exceto Schwarzenegger, mas foi envelhecido na nova versão). A Sara Connor (que no passado foi vivida muito bem por Linda Hamilton) deu lugar à britânica estrela da série "Game of Thrones", Emilia Clarke. Ela faz o par romântico com Jay Courtney (da franquia "Divergente"), que interpreta Kyle Reese. O filho do casal, John Connor, que será o líder dos humanos na revolução contra as máquinas no futuro, ganha uma ótima interpretação do ator australiano Jason Clarke (de "Planeta dos Macacos - O Confronto").

A nova história começa em 2029, quando a resistência humana contra as máquinas é comandada por John Connor. Ao saber que a Skynet enviou um exterminador ao passado com o objetivo de matar sua mãe, Sarah Connor, antes de seu nascimento, John envia o sargento Kyle Reese de volta no tempo para garantir a segurança dela. Entretanto, ao chegar ele é surpreendido pelo fato de que Sarah tem como protetor outro exterminador, o T-800 , enviado para protegê-la quando ainda era criança.

Deu um nó na cabeça? Na minha também. O vai e vem no tempo, com datas trocadas fica mal explicado e muitas perguntas continuam sem respostas, como por exemplo, quem mandou o T-800 para proteger Sarah quando criança, quando isso aconteceu e vai por aí afora. Não importa, o filme vai agradar quem está com saudades da franquia, um dos maiores sucessos da década de 1980.



Grandes efeitos especiais - o 3D funciona bem neste filme e justifica o preço do ingresso - explosões, perseguições, novos robôs mais poderosos e quase humanos e uma nova possibilidade de dominação das máquinas, muito semelhante ao que está ocorrendo hoje com a internet. Até mesmo um robô com a cara de Arnold do primeiro filme foi criado por computação gráfica. A Skynet ainda é a grande vilã, mas agora ela tem rosto e fortes aliados.

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E a saga não para por ai. Como em outros blockbusters, "Gênesis" termina chamando para o próximo, previsto para 2017, que poderá contar novamente com T-800. enfim, vale a pena assistir "O Exterminador do Futuro: Gênesis", que já está em cartaz 34 salas de cinemas de 18 shoppings de BH, Contagem e Betim. Um conselho: para quem não acompanhou a franquia desde o início, recomendo assistir o primeiro filme para entender melhor a história.

Ficha técnica:
Direção: Alan Taylor
Produção: Skydance Productions / Annapurna Pictures / Paramount Pictures
Distribuição: Paramount Pictures
Duração: 2h06
Gêneros: Ação / Ficção
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4 (0 a 5)

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01 julho 2015

"Meu Passado Me Condena" e o segundo filme também

Fábio Porchat não conseguiram repetir a dose de humor que a comédia exigia (Fotos Paris Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


Fábio Porchat e Miá Mello formam um casal que deu muito certo na TV e confirmaram isso no primeiro filme "Meu Passado Me Condena", dirigido por Júlia Rezende. Mas porque a receita ficou boa na primeira vez não quer dizer que seria a mesma coisa numa segunda tentativa. E foi o que aconteceu com "Meu Passado Me Condena 2", que está em cartaz nos cinemas, tentando aproveitar o sucesso de seu antecessor. Mas passa longe.

Sem graça, Fábio Porchat se apresenta extremamente cansativo, com as mesmas expressões e a cara de bobão, Miá Mello indefinida se estava filme sério ou comédia e uma história sem graça, com cara de caça-níquel. Enquanto a ideia da viagem de lua de mel num navio foi muito bacana e apresentou uma boa comédia, ao estilo Porta dos Fundos, "Meu Passado Me Condena 2" leva o não mais tão apaixonado casal às terras de Cabral.

Se a vida a dois já estava em crise, vai piorar bastante quando Miá e Fábio reencontram os picaretas Suzana (Inêz Viana) e Wilson (Marcelo Valle), que trabalharam no transatlântico do primeiro filme dando golpe em velhinhas viúvas. Agora eles são donos de uma funerária, mas continuam passando a perna nas pessoas.

Após perder a avó, Fábio é chamado pelo avô (papel vivido por Antônio Pedro) para ir a Portugal. Ele vê na viagem uma forma de reconciliação com Miá, que está por um fio de se separar. Mas bastou Fábio reencontrar uma antiga namorada local para seus problemas recomeçarem.




Mesmo com patrocinadores fortes, como na primeira vez, não acredito que chegue perto dos números do anterior. O filme é fraco, sem graça, apesar dos bons humoristas É jogar pipoca fora.

Ficha técnica:
Direção: Júlia Rezende
Produção: Globo Filmes/ Downtown Films
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 2h13
Gênero: Comédia
País: Brasil
Classificação: 12 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

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