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A diretora Albertina Carri explica que a jornada de descobertas do grupo de mulheres inspira a estrutura do filme (Fotos: Boulevard Filmes) |
Eduardo Jr.
Chega aos cinemas nesta quinta-feira (15) o longa argentino
“Caiam as Rosas Brancas!”. Dirigido por Albertina Carri, com coprodução
brasileira da Quarta-feira Filmes, o longa se define como um drama erótico,
gravado parcialmente em São Paulo e Ilhabela. O filme não será exibido em salas de BH.
No longa, uma cineasta abandona o set de filmagem da
produção após desistir da obra. Após fazer sucesso com um filme pornô, ela
está em conflito com o conceito do atual projeto, e foge com as amigas lésbicas
para o Brasil.
O grupo chega a um lugar onde coisas estranhas acontecem. E
esses acontecimentos vão alterando a percepção do grupo.
É possível enxergar uma militância no longa, já que o filme
é recheado de mulheres que comandam seus próprios destinos, expressando amor e
desejos sem pestanejar. Mas esta parece ser uma das poucas possibilidades
(senão a única) de absorver algum sentido do roteiro.
Por mais que as cores vivas, o idioma espanhol e uma cena de
sadomasoquismo possam fazer lembrar o cineasta Pedro Almodóvar, as atuações um
pouco rígidas e a duração das cenas podem enfraquecer a paciência do
espectador.
A promessa é de ação quando a aventura das quatro mulheres
se aproxima de um road movie. Do nada, casais de mulheres se beijam como se não
houvesse amanhã.
No trajeto, o grupo se abriga na casa de um estranho, e entra
em cena uma perseguição por motociclistas, e vem uma fuga da tal casa, e vem a
perda (nada crível) de uma mochila… e por aí vai.
E vai de forma bem confusa - pois não deve haver outro termo
além deste para definir uma mistura entre lésbicas, mistério, cinema e eventos
sobrenaturais.
A diretora já é conhecida por narrativas fora do comum (como
“Géminis”, de 2005). E ela mesma declara que as descobertas e mudanças das
mulheres no caminho percorrido em “Caiam as Rosas Brancas!” é que vão também
transformando a narrativa.
O novo filme marca a segunda parceria da cineasta com a
protagonista Carolina Alamino, com quem já tinha trabalhado no longa “As Filhas
do Fogo” (2018).
O elenco traz ainda a argentina Laura Paredes (“Argentina1985” - 2022); a veterana espanhola Luisa Gavasa (“Maus Hábitos”, de Pedro
Almodóvar - 1983); e a brasileira Renata Carvalho, atriz e militante trans,
conhecida por seus papéis em “Os Primeiros Soldados” (2021) e “Salomé” (2024).
O longa é distribuído pela Boulevard Filmes em
codistribuição com a Vitrine Filmes. A brasileira Quarta-feira Filmes, uma
coprodutora independente, sediada em São Paulo, tem como proposta reinventar
processos e métodos de produção para criar filmes que celebrem a diversidade e
a invenção.
Direção: Albertina Carri
Produção: Gentil Cine e El Borde (Argentina), Quarta-feira Filmes (Brasil) e Doxa Producciones (Espanha)
Distribuição: Boulevard Filmes em codistribuição com a Vitrine Filmes
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h03
Classificação: 18 anos
Países: Argentina, Brasil, Espanha
Gênero: drama erótico
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