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02 dezembro 2025

"Guerreiras do K-Pop": o novo fenômeno musical e mágico da Netflix

Mira, Rumi e Zoey formam um girl group de grande sucesso que nas horas vagas realiza missões
secretas como caçadoras de demônios (Fotos: Netflix)
 
 

Marcos Tadeu
Blog Jornalista de Cinema

 
A animação "Guerreiras do K-Pop" ("K-Pop Demon Hunters") chega à Netflix com a combinação exata para conquistar tanto crianças quanto adultos: muita música, artes marciais, humor e um universo visualmente vibrante. 

Dirigido por Maggie Kang e Chris Appelhans, o longa reúne um elenco de vozes diverso e talentoso, com nomes como Arden Cho/Rumi ("Teen Wolf"), Ji-young Yoo/Zoey ("Until Dawn" - 2025), May Hong/Mira ("Tales of the City" - 2019), Ahn Hyo-seop ("Pretendente Surpresa" - 2022), Yunjin Kim ("Lost" - 2004 a 2010), Lee Byung-hun ("Round 6" - 2021), Joel Kim Booster (série "Fortuna" - 2022 a 2025) e Ken Jeong ("Podres de Ricos" -2018) — resultado da parceria entre a Netflix e a Sony Pictures Animation.

A história acompanha Rumi, Mira e Zoey, integrantes do Huntrix, um girl group que lota arenas e arrasta multidões. Fora dos palcos, porém, as três levam uma vida bem mais intensa: são caçadoras de demônios. 


Quando a boy band Saja Boys começa a sugar a energia dos fãs, o trio precisa unir música, coreografias e magia para restaurar a barreira Hon Moon. O que começa como uma típica rivalidade entre ídolos rapidamente vira uma batalha maior — e bem mais perigosa — contra forças sombrias.

A trilha sonora é um dos pontos mais fortes da produção. Músicas como “Golden”, “Soda Pop”, “Letal” e “Free” conduzem a narrativa e se tornaram hits imediatos, tanto na versão original quanto nas dublagens. É a prova de que o filme acerta em cheio na mistura entre K-pop, pop global e storytelling.

O roteiro de Danya Jimenez e Hannah McMechan entrega uma aventura leve e bem-humorada. Ainda assim, falta um pouco mais de profundidade no desenvolvimento de Mira e Zoey, que às vezes acabam ofuscadas por Rumi — claramente o centro emocional do trio.


A dublagem é outro destaque. As falas de Rumi, Mira e Zoey ficam a cargo de Arden Cho, May Hong e Ji-young Yoo, enquanto EJAE, Audrey Nuna e REI AMI comandam os vocais. O single “Takedown” ganha ainda mais impacto com a participação de Jeongyeon, Jihyo e Chaeyoung, do TWICE.

Do outro lado da disputa, os Saja Boys têm Ahn Hyo-seop dando voz a Jinu e Andrew Choi nos vocais, com Alan Lee, Joel Kim Booster, SungWon Cho e Danny Chung completando o time. As partes cantadas ficam por conta de Kevin Woo (ex-U-KISS), SamUIL Lee e Neckwav.

Visualmente, o filme é um espetáculo. A animação aposta em 3D combinado com detalhes 2D inspirados em animes, reforçando a estética estilizada que domina todo o universo das personagens. A direção de arte de Mingjue Helen Chen é caprichada e cria um mundo mágico coerente e cheio de identidade. 


A fotografia de Gary H. Lee utiliza tons de rosa e azul para reforçar a divisão entre os grupos e dar personalidade às cenas. Já a montagem de Nathan Schauf mantém o ritmo ágil, ajudando a explicar de forma clara toda a mitologia que sustenta as guerreiras.

O impacto da produção ultrapassou as telas: o álbum oficial alcançou 23 mil unidades vendidas entre formatos físicos e digitais, além de outras 103 mil equivalentes de streaming — ultrapassando 141 milhões de reproduções. 

É um desempenho impressionante para uma trilha de animação fora do circuito Disney, que reforça o quanto o filme atingiu públicos diferentes. As referências a BTS, Blackpink, TWICE e EXO funcionam como um agrado direto aos fãs do gênero, mas não roubam a cena. 


A narrativa se sustenta mesmo para quem não acompanha K-pop, o que torna o longa acessível e divertido para qualquer espectador. Com todo esse conjunto — visual, música, humor e carisma —, "Guerreiras do K-Pop" já aparece como forte candidato na temporada de premiações, especialmente nas categorias técnicas e musicais.

A canção "Golden" é uma aposta da Netflix para o Oscar 2026 na categoria de Melhor Canção Original. A produção sul-coreana também entra na disputa por uma vaga de Melhor Longa-Metragem de Animação. Sessões especiais com plateias cantando junto mostram que o filme extrapolou a tela e virou experiência coletiva.

No fim, é uma produção que entende bem seu público e entrega exatamente o que promete: um espetáculo vibrante, cheio de energia, com músicas grudentas e personagens que têm tudo para conquistar uma geração inteira. 


Ficha técnica:
Direção: Chris Appelhans e Maggie Kang
Roteiro: Danya Jimenez e Hannah McMechan
Produção: Sony Pictures Animation
Distribuição: Netflix
Exibição: Netflix Brasil
Duração: 1h36
Classificação: 10 anos
Países: Coreia do Sul, EUA
Gêneros: animação, musical

10 julho 2018

Balada, amor e muita diversão em "Hotel Transilvânia 3 - Férias Monstruosas"

Drácula dá uma parada na rotina para curtir um cruzeiro com a família e os amigos (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Boas gargalhadas, trilha sonora pra sacudir o esqueleto e fazer qualquer monstro se apaixonar e, como nos dois filmes anteriores, a família em primeiro lugar. Mas agora de férias. Esta é a divertida animação "Hotel Transilvânia 3 - Férias Monstruosas" ("Hotel Transylvania 3: Summer Vacation"), que entra em cartaz nos cinemas nesta quinta-feira nos cinemas, com tudo para ser um sucesso de bilheteria.

Drácula continua o paizão que vive para sua família, se dá bem com o genro Johnny e tenta se divertir com os amigos. Mas todos são casados. E mesmo sem querer admitir, já são 100 anos de solidão (quase um filme) e um vampirão como ele precisa de uma companheira. 

Wayne, Frank e Griffin tentam ajudar, mas arrumar uma namorada para o lorde das trevas não é nada fácil. A tristeza do pai chama a atenção de Mavis que resolve juntar todos do hotel e tirar merecidas férias "perto do Caribe". A aventura começa aí, com direito a um cruzeiro luxuoso, cassino, muita balada e o amor. Sim, chegou a vez de Drácula ser fisgado pelo "tchan".

Entre mergulhos, passeios na praia, surf e um vilão que há séculos tenta por fim à existência do mais famoso dos vampiros, "Hotel Transilvânia 3" é divertido principalmente nos minutos finais, graças à trilha sonora e às trapalhadas dos amigos, em especial Wayne e sua prole infinita de lobos, e Frank com sua obsessão por jogos. O pequeno Dennis também dá sua contribuição, agora com um cachorro gigante, presentinho do vovô babão que, por onde passa, deixa um rastro de destruição e baba.

Blobby, o "cãozinho", é dublado pelo diretor Genndy Tartakovsky, que ainda divide o roteiro da animação com Michael McCullers. Também Adam Sandler, que faz a voz original de Drácula desde a primeira animação, acumula a função de produtor executivo. 

Outros atores que participaram de "Hotel Transilvânia" (2012) e "Hotel Transilvânia 2" (2015) voltaram a emprestar suas vozes aos personagens: Selena Gomez, como Mavis; Andy Samberg é Johnny; Kevin James faz Frank; Mel Brooks dubla o vovô Vlad; Steve Buscemi é Wayne; David Spade repete a voz do invisível Griffin e Molly Shannon é Wanda, mulher de Frank.

"Hotel Transilvânia 3 - Férias Monstruosas" é diversão garantida para todas as idades e uma boa lição de amor em família e amizade sincera. E para agitar esta turma, nada como Pitbull, com o sucesso "Shake Senora ft. T-Pain", e DNCE, com "Cake By The Ocean", que compõem a trilha sonora da animação. Vale conferir, sem vergonha de dar gargalhadas com a disputa de DJs e as escapadas de Wayne e Eunice.



Ficha técnica:
Direção e roteiro: Genndy Tartakovsky
Produção: Sony Pictures Animation
Distribuição: Sony Pictures 
Duração: 1h38
Gêneros: Animação / Aventura / Família / Comédia
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 3.8 (0 a 5)

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