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27 julho 2025

Mostra Stephen King exibe 19 obras do escritor adaptadas para o cinema em sessões gratuitas

“O Iluminado”,“Carrie”, “It – A Coisa” e outros sucessos poderão ser conferidos no Cine Humberto Mauro,
de 27 de julho a 13 de agosto
 
 

Da Redação

 
O Cine Humberto Mauro exibe, de hoje ao dia 13 de agosto, a mostra “Stephen King: Do Terror ao Drama”, com 19 filmes feitos por grandes cineastas ao longo de quatro décadas, tendo como base contos, novelas e romances do autor. 

A mostra tem entrada gratuita, e a retirada de até 1 par de ingressos por CPF pode ser feita exclusivamente pela plataforma Eventim, a partir de 1 hora de cada sessão. A programação pode ser conferida no site

"Christine, o Carro Assassino"
(Crédito: John Carpenter)

“Carrie, a Estranha” (1976), “O Iluminado” (1980), “Christine, o Carro Assassino” (1983), “Louca Obsessão” (1990) e “It – A Coisa” (2017) estão entre os sucessos no cinema baseados na obra do famoso escritor. Mas, para além das tramas de horror, essas histórias trazem fortes abordagens de dilemas humanos. 

Além das adaptações cinematográficas que ajudaram a consolidar Stephen King como o “Mestre do Terror”, a programação traz ainda longas-metragens fora do gênero, mas que lidam com os horrores internos de personagens facilmente identificáveis: “Conta Comigo” (1986) e “Um Sonho de Liberdade” (1994) são exemplos representativos. 

"O Nevoeiro" (Crédito: Frank Darabont)

A curadoria propõe, assim como a obra do autor, uma travessia guiada por temas atemporais como o medo, a infância, a morte e a redenção. Da ameaça primal em “Cujo” (1983) à sensibilidade inesperada em “Doutor Sono” (2019), da violência corporal em “O Nevoeiro” (2007) à dor emocional em “Cemitério Maldito” (1989), a obra de Stephen King é um longo corredor onde portas se abrem para lugares sombrios e, por vezes, para recantos estranhamente esperançosos. 

A programação reúne filmes que, embora nascidos de um mesmo manancial literário, percorrem caminhos cinematográficos muito distintos sob direção de nomes incontornáveis da sétima arte. Como Brian De Palma, Stanley Kubrick e John Carpenter, além de pioneiras como Mary Lambert – uma das poucas mulheres a dirigir filmes de horror na década de 1980 – e cineastas contemporâneos em ascensão, caso de Mike Flanagan. 

"Doutor Sono" (Crédito: Mike Flanagan)

Além das exibições, haverá sessões comentadas, nos dias 1º/8 (“It – A Coisa”, com Yasmine Evaristo) e 5/8 (“Conta Comigo”, com Antônio Pedro de Souza). No dia 2 de agosto, o projeto “Cinema e Piano” traz uma ação especial: uma roda de conversa com apresentação ao vivo de trilhas sonoras de filmes inspirados nas obras de Stephen King.

Imagens quebradas, mas sempre familiares

Em “Carrie, a Estranha”, primeiro livro publicado por Stephen King, o autor se vale do enredo sobrenatural para tematizar o bullying na adolescência e os impactos irreversíveis que essa prática pode gerar em toda uma comunidade. No filme homônimo, Brian De Palma mantém as discussões e as amplifica por meio de uma direção estilizada e de cores fortes, montagem ritmada e trilha sonora grandiosa. 

"Carrie, a Estranha" (Crédito: Brian de Palma)

Já em “O Iluminado”, clássico do horror, Stanley Kubrick constrói uma atmosfera sufocante a partir da trama de uma família presa em um hotel abandonado durante uma rigorosa temporada de inverno. Stephen King criticou a adaptação, mas o filme se tornou um dos mais aclamados dentre as obras baseadas em suas histórias. 

Em “Christine, o Carro Assassino”, por sua vez, o escritor volta a abordar os percalços da adolescência em meio à trama de um veículo com uma consciência maligna. John Carpenter, “Mestre do Terror” no cinema, torna crível a trama inusitada, em um filme no qual a trilha sonora é o destaque.


"Cemitério Maldito" (Crédito: Mary Lambert)

Obras como “Cujo” e “Cemitério Maldito” tencionam ainda mais elementos da vida cotidiana: o primeiro, com sua claustrofobia ensolarada, transforma um cão em máquina de destruição, e a culpa em combustível narrativo. 

O segundo, talvez um dos mais perturbadores do universo criado pelo escritor, confronta o tabu definitivo — a morte de uma criança — e o desejo impossível de reversão, a partir do impulso que leva os personagens a profanar a natureza em nome dos laços afetivos. 

“Louca Obsessão” intensifica o suspense ao trazer a história metalinguística de um escritor acidentado que é mantido em cárcere por sua “fã número 1”. A interpretação de Kathy Bates, que protagoniza o filme, foi premiada com o Oscar de Melhor Atriz, feito raro para adaptações de Stephen King no cinema. 

"Louca Obsessão" (Crédito: Rob Reiner)

Entrando nos anos 2000, “O Nevoeiro”, dirigido por Frank Darabont, reintroduz o horror explícito, sendo uma adaptação célebre por seu final chocante e pessimista, e também por, como é comum no cinema baseado em Stephen King, usar do sobrenatural e do macabro para abordar as tensões em microcosmos sociais. 

Já em “It – A Coisa”, o terror é evidente e ganha uma forma monstruosa, que se esconde nos subterrâneos da cidade, mas é alimentado por algo mais real: o medo que cresce com as crianças e permanece nelas, adultas, como uma sombra persistente. A obra foi adaptada para o cinema em 2017, e ganhou sequência em 2019, com "It: Capítulo Dois", ambos dirigidos por Andy Muschietti.

"It -A Coisa" (Crédito: Andy Muschiettl)

“Doutor Sono”, por sua vez, traz o retorno do cinema e da literatura ao clássico “O Iluminado”, e as obras resultantes acabam por ser uma crônica tanto da evolução dos personagens e seus traumas permanentes quanto à proposição de um olhar cinematográfico diferente e contemporâneo ao universo de Stephen King.

Para além do cinema de gênero, as criações do autor deram origem também a adaptações como “Conta Comigo”, no qual quatro garotos partem em busca de um cadáver e acabam encontrando o fim da infância, e “Um Sonho de Liberdade” (1994), em que a prisão torna-se espaço de resistência e imaginação.

"Um Sonho de Liberdade" (Crédito: Frank Darabont)

Vitor Miranda, Gerente de Cinema da Fundação Clóvis Salgado e curador da mostra, explica que Stephen King não escreve apenas sobre monstros literais, mas também sobre o Mal que está nas entrelinhas, rondando famílias frágeis, amigos inseparáveis e cidades apodrecidas. “Seus contos e romances são como espelhos rachados que devolvem imagens deformadas, mas sempre muito reconhecíveis. E são esses reflexos que o cinema — em seus melhores momentos — também consegue mostrar com igual ou maior intensidade".

Miranda afirma ainda que "essa mostra é um convite para que o público observe como o cinema se contamina ao tocar a literatura de King — não apenas nos temas, mas na atmosfera, na ambiguidade moral e na sugestão de que o extraordinário está sempre à espreita no cotidiano”.

A mostra “Stephen King: Do Terror ao Drama” é realizada pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e Fundação Clóvis Salgado. 


SERVIÇO
Mostra “Stephen King: Do Terror ao Drama”
Datas:
De 27 de julho a 13 de agosto
Horários: Variáveis
Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1537, Centro – Belo Horizonte)
Classificações indicativas: Variáveis
Entrada: gratuita, com retirada de até 1 par de ingressos por CPF, exclusivamente pela plataforma Eventim, a partir de 1 hora antes de cada sessão
Programação: https://www.cinehumbertomauromais.com/

06 junho 2025

Mostra “Intérprete do Brasil" comemora os 110 Anos de Grande Otelo

Programação acontece no Cine Humberto Mauro e contará com quase 40 filmes, sessões comentadas, exibições em película e de cópias restauradas (Fotos: Divulgação)


Da Redação


Nos 110 anos de Grande Otelo, o Cine Humberto Mauro, no Palácio das Artes, revisita e celebra a filmografia desse que é um dos maiores atores do cinema brasileiro, com a mostra “Intérprete do Brasil – Uma Homenagem a Grande Otelo”. 

Até o dia 29 de junho, o público poderá assistir gratuitamente a quase 40 filmes, sessões comentadas, exibições em película e de cópias restauradas em DCP, cursos, debates, um catálogo exclusivo a partir da curadoria feita pelo crítico, programador, pesquisador e diretor baiano Fabio Rodrigues Filho. Além da presença de especialistas de relevância nacional. Acompanhe a programação clicando aqui.

"O Assalto ao Trem Pagador" (Crédito: Roberto Farias)

A trajetória de Grande Otelo se entrelaça com a história do cinema brasileiro. O ator e também cantor, compositor e poeta deixou uma marca permanente na cultura nacional. A iniciativa é uma parceria da Fundação Clóvis Salgado (FCS) e o Ministério Público de Minas Gerais, no âmbito do programa antirracista “Sobre Tons”.

Como parte das atividades culturais em diálogo com os filmes, o encerramento da mostra contará com o Grupo de Choro do Cefart interpretando clássicos de Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga, Joaquim A. Callado, Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo e muitos outros artistas que atravessaram a trajetória musical de Grande Otelo. A direção artística da mostra é da produtora e curadora Layla Braz.

"Lúcio Flávio: O Passageiro da Agonia"
(Crédito: Hector Babenco)

“Grande Otelo é um símbolo da luta e da resistência negra no campo artístico. Seu precioso legado, para além de ser preservado e difundido, também serve de alerta e reafirma a urgência de políticas reparatórias e de valorização da nossa história. Esta homenagem é parte de uma série orquestrada de ações que visam à difusão de uma cultura antidiscriminatória em favor da qual o MPMG tem trabalhado por meio do programa antirracista Sobre Tons", celebra a coordenadora de Combate ao Racismo e Todas as Outras Formas de Discriminação do MPMG, a promotora de Justiça Nádia Estela Ferreira Mateus.

"Carnaval Atlântida" (Crédito: José Carlos Burle)

Vitor Miranda, gerente de Cinema da Fundação Clóvis Salgado, afirma que, “a mostra ‘Intérprete do Brasil: Uma Homenagem a Grande Otelo’ reafirma o interesse e a dedicação do Cine Humberto Mauro e da Fundação Clóvis Salgado com a preservação da memória audiovisual e com a valorização de figuras históricas cuja complexidade artística muitas vezes foi marginalizada por leituras estereotipadas e reducionistas. Revisitar sua obra, hoje, é abrir espaço para o debate sobre representação, identidade e as múltiplas camadas do Brasil retratado nas telas”, aponta. 

"Rio Zona Norte" (Crédito: Nelson Pereira dos Santos)

Múltiplos olhares sobre Otelo

A presença multifacetada de Grande Otelo vai da chanchada à sátira política, do drama à comédia popular, sempre com uma atuação carregada de inteligência cênica. Destaques da programação são os filmes “Carnaval Atlântida” (1952), “Matar ou Correr (1954), “Rio, Zona Norte” (1957), “Macunaíma” (1969), “Lúcio Flávio, O Passageiro da Agonia” (1976), entre outros. 

Incluindo mais de 30 filmes estrelados pelo ator, a curadoria da mostra reúne ainda documentários que lançam luz sobre a vida e a obra de Grande Otelo, muitas vezes através da experimentação. 

"Macunaíma" (Crédito: Joaquim Pedro de Andrade)

Dois dos filmes da programação, os curtas-metragens “Tudo Que é Apertado Rasga” (2019), e “Não Vim no Mundo Pra Ser Pedra” (2021), foram dirigidos pelo próprio curador, Fabio Rodrigues, que destaca o quanto sua relação com Otelo – tanto na pesquisa acadêmica quanto na realização cinematográfica – impactou na seleção dos filmes que compõem a mostra. 

"A mostra reúne diferentes estágios com obras que foram me atravessando ao longo das etapas, e eu considero que ela faz jus à complexidade do Grande Otelo, introduzindo um artista muito plural – em termos de regime de atuação, quantidade de filmes e presença cênica – a uma nova geração, com momentos de conversa, formação e discussão, em um esforço de apresentá-lo de forma digna, contraditória e multifacetada", explicou o curador. 

"Amei Um Bicheiro (Crédito: Jorge Ileli
e Paulo Wanderley)

Fábio Rodrigues ressalta que "tem também o ponto decisivo de realizar a mostra em 2025, celebrando os 110 anos do Otelo, no estado em que ele nasceu, com uma robusta retrospectiva em torno desse ator em um cinema público como o Cine Humberto Mauro. Sinto que é como se o próprio estado de Minas Gerais estivesse homenageando um de seus filhos mais prodigiosos".

Destacando o caráter formativo e reflexivo da programação, a mostra reúne diversos pesquisadores, curadores, críticos e pensadores em atividades que procuram trazer outro olhar sobre Grande Otelo: Diego Souza, Ewerton Belico, Fabio Rodrigues Filho, Kariny Martins, Leda Maria Martins, Luis Felipe Kojima Hirano e Tatiana Carvalho Costa vão comentar sessões de filmes emblemáticos na trajetória do artista.

"Não Vim ao Mundo Pra Ser Pedra
(Crédito: Fábio Rodrigues)

Já os três cursos que acontecem ao longo da mostra serão ministrados por Deise de Brito, Fabio Rodrigues Filho e Luis Felipe Kojima Hirano, e tratam tanto da presença cênica de Grande Otelo enquanto intérprete quanto da história do cinema brasileiro à luz de atrizes e atores negros representativos. 

A diretora artística da mostra, Layla Braz, explica que a mostra "Intérprete do Brasil" propõe um mergulho na obra e na trajetória de um dos artistas mais completos e fundamentais da história cinematográfica do Brasil. "Rever seus filmes hoje é também revisitar os modos como o cinema representou – e ainda representa – questões de raça, classe, gênero. Mais do que uma homenagem, a mostra é um convite à reflexão crítica e ao reposicionamento histórico de um artista negro que atravessou linguagens e resistiu a apagamentos”, exalta a diretora.

"Matar ou Correr" (Crédito: Carlos Manga)
 
Serviço
Mostra “Intérprete do Brasil"
Data: até 29 de junho de 2025
Horários: Variados
Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1537, Centro – Belo Horizonte)
Programação: https://www.cinehumbertomauromais.com/programacao
Classificações indicativas: Variadas
Entrada: gratuita; 50% dos ingressos estarão disponíveis, de forma on-line, 1 hora antes de cada sessão, no site da Eventim; o restante dos ingressos será distribuído presencialmente pela bilheteria, meia hora antes da sessão, mediante a apresentação de documento com foto. 

27 maio 2025

Mostra “A Cinemateca é Brasileira” apresenta a história da repressão política do Brasil

Exibição contará com a uma seleção de 16 obras clássicas do cinema nacional (Fotos: Divulgação)
 
 

Da Redação


A partir desta terça-feira (27) até o dia 1º de junho de 2025, o Cine Humberto Mauro, localizado no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, receberá a mostra “A Cinemateca é Brasileira – Resistências Cinematográficas”. 

A programação apresenta uma seleção de 16 obras clássicas e contemporâneas do cinema nacional, abordando os períodos de repressão, resistência e enfrentamento político que marcaram a história do Brasil. 

Entre os filmes clássicos estão “Cabra Marcado Para Morrer”, de Eduardo Coutinho, e “Terra em Transe”, de Glauber Rocha. A iniciativa é realizada em parceria com a Cinemateca Brasileira e integra a segunda edição do projeto itinerante da instituição.

A entrada é gratuita, e 50% dos ingressos estarão disponíveis, de forma on-line, 1 hora antes de cada sessão, no site da Eventim. Já o restante dos ingressos será distribuído presencialmente pela bilheteria, meia hora antes da sessão, mediante apresentação de documento com foto.

"Cabra Marcado Para Morrer" (Eduardo Coutinho)

A mostra homenageia o cinema nacional como um espaço de memória, crítica e resistência frente à luta pela democracia. Reunindo ficções, documentários, animações e curtas-metragens, a programação dialoga com diferentes gerações e linguagens cinematográficas, e promove uma reflexão sobre os desafios enfrentados pela sociedade brasileira ao longo de décadas.

Entre os destaques estão títulos emblemáticos como “Terra em Transe” (1967), de Glauber Rocha, que reflete as tensões políticas, sociais e culturais da época a partir da fictícia nação latino-americana de Eldorado. 

Também compõem a seleção filmes contemporâneos como “Meu Tio José” (2021), de Ducca Rios, que revisita o sequestro do embaixador Charles Elbrick pela ótica de uma criança. Inspirada no mesmo acontecimento, a obra indicada para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, “O Que é Isso, Companheiro?” (1997), de Bruno Barreto, também será exibida. 

"Meu Tio José" (Ducca Rios)

O clássico “Cabra Marcado Para Morrer”, será exibido em homenagem aos 40 anos do filme (1964-1984), aos 100 anos da protagonista Elizabeth Teixeira e aos 10 anos de falecimento do cineasta Eduardo Coutinho. O filme teve suas filmagens interrompidas pelo golpe militar de 1964 e retomadas 17 anos depois.

A curadoria inclui, ainda, filmes que tratam de episódios pouco conhecidos ou silenciados da história brasileira, como “Arara: Um Filme Sobre um Filme Sobrevivente” (2017), de Lipe Canêdo, que denuncia a violência contra povos indígenas. Obras como “Libertação de Inês Etienne Romeu” (1979), de Norma Bengell, e “Torre” (2017), de Nádia Mangolini, abordam a tortura e a repressão política. 

"O Que é Isso, Companheiro" (Bruno Barreto)

Já a luta sindical e os movimentos populares ganham espaço com produções recentemente restauradas pela Cinemateca Brasileira como “Greve” (1979), de João Batista de Andrade; “A Luta do Povo” (1980), de Renato Tapajós; e “ABC da Greve” (1979–1990), de Leon Hirszman, mesmo diretor de “Eles Não Usam Black-tie”, que venceu o Prêmio Especial do Júri no Festival de Veneza e também integra a programação.

Outros títulos completam o panorama da mostra, como “A Opinião Pública” (1966), de Arnaldo Jabor, que captura o sentimento da classe média durante o regime militar; “Os Fuzis” (1964), de Ruy Guerra, que trata das tensões entre o Estado e populações oprimidas, e “Manhã Cinzenta” (1969), curta-metragem baseado em conto de Olney São Paulo, com imagens documentais das manifestações de 1968. 

"Eles Não Usam Black-tie" (Leon Hirszman)

A atmosfera de tensão e a mentalidade dessa época são contextualizadas na ironia de “Pra Frente Brasil” (1982), de Roberto Farias, e no sensível “O ano em que meus pais saíram de férias” (2006), de Cao Hamburguer.

Vitor Miranda, gerente de Cinema da Fundação Clóvis Salgado e programador da mostra, comenta sobre o projeto itinerante. "Assim como a Cinemateca, o Cine Humberto Mauro é uma instituição pública que tem interesse na preservação do cinema brasileiro e que ele seja visto por mais pessoas. A seleção de filmes está impecável, são verdadeiros clássicos nacionais."

Miranda contou ainda que o Cine Humberto Mauro receberá também a mostra "Intérprete do Brasil: Uma Homenagem a Grande Otelo", que acontecerá de 5 a 29 de junho.

"Terra em Transe" (Gláuber Rocha)

SERVIÇO:
Mostra “A Cinemateca é Brasileira – Resistências Cinematográficas”
Data: 27 de maio (terça-feira) a 1º de junho (domingo)
Horários: variados
Local: Cine Humberto Mauro - Palácio das Artes - (Avenida Afonso Pena, 1537, Centro)
Classificação: variadas
Entrada: gratuita; 50% dos ingressos estarão disponíveis, de forma on-line, 1 hora antes de cada sessão, no site da Eventim; o restante dos ingressos será distribuído presencialmente pela bilheteria, meia hora antes da sessão, mediante a apresentação de documento com foto.
Informações para o público: (31) 3236-7307 ou no site www.fcs.mg.gov.br

02 dezembro 2024

Mostra Udigrudi chega a BH e Nova Lima com o melhor da produção mundial de animação

MUMIA 2024 completa 22 anos de sua existência com programação diversificada e inclusiva, em diversos espaços (Fotos: Divulgação)


Da Redação


De 03 a 12 dezembro, Belo Horizonte e Nova Lima vão sediar a 22ª edição da Mostra Udigrudi Mundial de Animação - MUMIA 2024. Com uma programação diversificada e inclusiva, em diversos espaços das duas cidades, a mostra exibirá 190 filmes vindos de dez países. A programação completa pode ser acessada no site www.mostramumia.blogspot.com.

A MUMIA 2024 acontecerá no Cine Humberto Mauro, Biblioteca Pública de Minas Gerais, Casa da Mostra/Universo Produção e Instituto Undió, ampliando suas exibições para o Centro de Artes Suspensa Armatrux (C.A.S.A.), em Nova Lima. 

MINEIRO: "Pororoca"

O evento integra o calendário cultural de BH e está consolidado no cenário nacional, destacando-se como a maior Mostra dedicada ao gênero no país, reafirmando seu compromisso de trazer para o Brasil o melhor da produção mundial de animação. 

A programação promete grandes surpresas, um cinema criativo, ousado e conectado a problemas contemporâneos como: assédios, tragédias, dramas existenciais, terror, história, direitos humanos e muitos outros assuntos variados.

INFANTIL: "Doudou Challenge"

O cineasta e realizador da mostra Sávio Leite explica que este ano a mostra está repleta de novidades, convidados de outros estados e a exibição de cinco longas-metragens da nova produção brasileira em animação. 

Um dos destaques da programação é a premiada coprodução colombiana brasileira "A Outra Forma", de Diego Guzmán, cuja sessão será a meia-noite. O público também terá oportunidade de participar de bate-papos com os cineastas dos longas após as exibições. 

"A Outra Forma", de Diego Guzmán

A MUMIA mantém seus programas competitivos mineiro, brasileiro e internacional. A Mostra especial da Poeira Estúdio terá exibição de cinco longas-metragens da novíssima produção brasileira e internacional: “O Sonho de Clarice", de Fernando Gutiérrez e Guto Bicalho; "Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca", de Eduardo Perdido, Tiago MAL e Diego M. Doimo; “Tarsilinha”, de Célia Catunda e Kiko Mistrorigo; e "Perlimps", de Alê Abreu.

A identidade visual do projeto ficou a cargo do animador mineiro Jackson Abacatu, apresentando a pretensão da MUMIA ao trazer vários olhos conectados às realidades difusas e complementares.

LONGA: "Perlimps"

PROGRAMAÇÃO

CINE HUMBERTO MAURO

3/12
15h – Tarsilinha -93´
17h – O Sonho de Clarice – 84´
19h – Perlimps – 80´
21h – Brasil 1

4/12
15h – Teca e Tuti- 74´
17h – Brasil 2
18h30 – Brasil 3
20h - Brasil 4


BRASIL: "Ewé de Òsányìn o segredo das folhas"

5/12
15h – Brasil 5
16h30 – Brasil 6
18h – Brasil 7
19h30 - Internacional 1
21h - Internacional 2

6/12
15h – Internacional 3
16h30 – Internacional 4
18h – Internacional 5
19h30 – Mineiro 1
21h – Internacional 6
Meia-noite – A Outra Forma

INTERNACIONAL: "Comment Infiltrer un Cartel de Drogue"

7/12
15h – Infantil 1
16h30 – Monstrengo 1
18h – Internacional 7
19h30 – Internacional 8
21h – Mineiro 2

8/12
15h – Infantil 2
16h30 – Infantil 3
18h – Especial Poeira Estúdio
19h30 – Monstrengo 2
21h – Monstrengo 3

MONSTRENGO: "Kafarnaum"

CASA DA MOSTRA – UNIVERSO PRODUÇÃO
04/12 – de 9 às 12h – Café com Animação

INSTITUTO UNDIÓ
6/12 - sessões às 10h – Curtas escolhidos

C.A.S.A. – Centro de Arte Suspensa Armatrux (Nova Lima)
07/12

BIBLIOTECA PÚBLICA DE MINAS GERAIS
11/12 - sessões às 10 e 14h

INTERNACIONAL: "Pietra"

Serviço:
22ª MUMIA 2024 – Mostra Udigrudi Mundial de Animação
Data: 03 a 12 dezembro de 2024
Locais:
Belo Horizonte:

- Cine Humberto Mauro/ Palácio das Artes - Av. Afonso Pena, 1537 - Centro
- Casa da Mostra/ Universo Produção - Rua Maripá, 43 - Serra
- Biblioteca Pública de Minas Gerais - Praça da Liberdade, 21 - Lourdes
- Instituto Undió - R. Padre Belchior, 280 - Centro
Nova Lima:
- C.A.S.A. - Centro de Arte Suspensa Armatrux - R. Himalaia, 69 - Vale do Sol
Entrada: franca
Programação completa: www.mostramumia.blogspot.com

14 outubro 2024

Cine Humberto Mauro apresenta, de graça, mostra “Pequenos Grandes Protagonistas” de cinema infantil

Sessões acontecem sempre à tarde exibindo obras como “As Crônicas de Nárnia”, “Harry Potter” e
"O Menino Maluquinho" (Fotos: Divulgação)


Da Redação


Celebrando o Mês das Crianças, o Cine Humberto Mauro apresenta até o dia 22 de outubro a mostra “Pequenos Grandes Protagonistas”, com longas-metragens feitos entre os anos 1930 e 2010, que serão exibidos em sessões gratuitas. 

A programação traz uma seleção especial de filmes que abordam o mundo sob a perspectiva infantil, retratando a curiosidade, a fantasia e os desafios próprios da juventude. Grande parte dos longas será dublada em português e a retirada de ingressos deverá ser feita a partir de meia hora antes do evento.

"Harry Potter e a Pedra Filosofal" (Chris Columbus)

Os espectadores poderão conferir uma seleção diversificada de obras clássicas e nostálgicas voltados para o público infantil e familiar como “Os Goonies” (1985), "Conta Comigo" (1986), “O Jardim Secreto” (1993), "A Princesinha" (1996), além de “Harry Potter e a Pedra Filosofal” (2001), que promete encantar as novas gerações. 

Outros sucessos como “Crooklyn – Uma Família de Pernas pro Ar” (1994), “Matilda” (1996), “As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa” (2005) e "Indomável Sonhadora" (2012) complementam a lista.

Serão apresentados ainda filmes que já se tornaram parte do imaginário coletivo, com produções brasileiras como “O Menino no Espelho” (2014), em homenagem ao cineasta mineiro Guilherme Fiúza Zenha, e “O Menino Maluquinho” (1995), celebrando a obra de Ziraldo.

"As Crônicas de Nárnia" (Walt Disney Pictures)

Foco nas narrativas infantis

A mostra “Pequenos Grandes Protagonistas” busca valorizar as narrativas infantis. As sessões são uma oportunidade para as novas gerações conhecerem esses clássicos do cinema e, ao mesmo tempo, uma chance para os adultos reviverem momentos inesquecíveis da infância. “Essa seleção traz um conjunto de filmes que vai gerar muita identificação nos espectadores, tanto no público infantojuvenil, que vai se ver ali retratado nas telas, como também em nós adultos, que já vivemos aqueles momentos. A gente passou por aquelas questões que os personagens estão passando, e hoje podemos assisti-las com uma certa distância", explica Vitor Miranda, gerente de Cinema da Fundação Clóvis Salgado e programador da mostra.

Ainda segundo Vitor Miranda, são filmes que têm uma abordagem de público muito ampla, especialmente através das sessões dubladas. "É uma seleção que traz um pouco da nostalgia da Sessão da Tarde, mas que também joga foco nos cinemas brasileiro e mineiro, com obras como 'O Menino Maluquinho' e 'O Menino no Espelho", afirmou.

"O Menino Maluquinho" (Helvécio Ratton)

PROGRAMAÇÃO

15/10 TER
16h - Harry Potter e a Pedra Filosofal (Harry Potter and the Sorcerer’s Stone, Chris Columbus, Reino Unido, EUA, 2001) | Livre | 2h32 | Filme exibido no idioma original com legendas em português.
19h - CURTA CIRCUITO | Preparação-1 (Letícia Parente, Brasil, 1975) | Livre |3min.
Feminino Plural (Vera Figueiredo, Brasil, 1976) | 14 anos | 1h20

16/10 QUA
14h - O Jardim Secreto (The Secret Garden, Agnieszka Holland, EUA, 1993) | Livre | 1h41 | Filme exibido dublado em português.
16h - A Princesinha (A Little Princess, Alfonso Cuarón, EUA, 1995) | Livre | 1h37 | Filme exibido no idioma original com legendas em português.
18h30 - As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa (The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe, Andrew Adamson, EUA - Reino Unido, 2005) | 10 anos | 2h30 | Filme exibido no idioma original com legendas em português.

17/10 QUI
16h - Menino Maluquinho: O Filme (Helvécio Ratton, Brasil, 1995) | Livre | 1h23
18h - O Menino e o Mundo (Alê Abreu, Brasil, 2013) | Livre | 1h16
19h30 - O Menino no Espelho (Guilherme Fiúza Zenha, Brasil, 2014) | Livre | 1h18

18/10 SEX
13h - 4ª Mostra de Cinema Infantil de Belo Horizonte
15h - 4ª Mostra de Cinema Infantil de Belo Horizonte
17h30 - O Gigante de Ferro (The Iron Giant, Brad Bird, EUA, República Tcheca, Reino Unido, 1999) | Livre | 1h26 | Dublado em português.

"O Menino no Espelho" (Guilherme Fiúza)

19/10 SÁB
13h - 4ª Mostra de Cinema Infantil de Belo Horizonte
15h - 4ª Mostra de Cinema Infantil de Belo Horizonte
17h30 - Conta Comigo (Stand by Me, Rob Reiner, EUA, 1986) | Livre | 1h30 | Filme exibido no idioma original com legendas em português.
19h15 - Os Goonies (The Goonies, Richard Donner, EUA, 1985) | Livre | 1h54 | Filme exibido no idioma original com legendas em português.

20/10 DOM
14h - 4ª Mostra de Cinema Infantil de Belo Horizonte
15h - 4ª Mostra de Cinema Infantil de Belo Horizonte
18h - Matilda (Danny DeVito, EUA, 1996) | 10 anos | 1h38 | Filme exibido dublado em português.
20h - LANÇAMENTO: Travessia e Devoção (Lucas Lara, Brasil, 2024) | Livre | 1h

22/10 TER
16h30 - Crooklyn - Uma Família de Pernas pro Ar (Crooklyn, Spike Lee, EUA, 1994) | 14 anos | 1h55 | Filme exibido no idioma original com legendas em português.
19h - Indomável Sonhadora (Beasts of the Southern Wild, Benh Zeitlin, EUA, 2012) | 10 anos | 1h33 | Filme exibido no idioma original com legendas em português

"Os Goonies" (Richard Donner)

Serviço:
Mostra “Pequenos Grandes Protagonistas”
Data: até 22/10
Horários: Diversos
Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes - Avenida Afonso Pena, 1537, Centro
Classificação indicativa: Variada conforme a programação
Entrada: gratuita, com retirada de ingressos a partir de meia hora antes do início das sessões

27 agosto 2024

Cine Humberto Mauro exibe, de graça, mostra do cinema alemão atual

“Anima – Os Vestidos do Meu Pai” é um dos filmes que serão exibidos nesta semana (Foto: Uli Decker)


Da Redação


O Cine Humberto Mauro, em parceria com o Instituto Goethe, realiza a mostra “Novas Direções na Alemanha". A partir desta terça-feira (27) até 1º de setembro (domingo), sempre às 19 horas, o público belo-horizontino vai ter um panorama breve, porém poderoso, das produções alemãs atuais. Todas as sessões têm entrada gratuita, com retirada de ingressos a partir de meia hora antes do início, na bilheteria do cinema.

Entre os filmes exibidos, estarão obras de cineastas como Sarah Blaßkiewitz, Leonie Krippendorff e Florian Dietrich, que têm conquistado reconhecimento internacional pela originalidade das abordagens sensíveis e pela profundidade temática dos enredos que desenvolvem.

A mostra apresenta uma seleção diversificada de filmes que refletem as complexidades da sociedade alemã atual, dando destaque ao trabalho de cineastas mulheres nos últimos anos. 

“Casulo” , dirigido por Leonie Krippendorff

“Casulo” (2020), dirigido por Leonie Krippendorff, narra a história de Nora, uma tímida menina de 14 anos em Berlim, que passa por transformações profundas durante um verão marcante. 

Já “Toubab” (2020), de Florian Dietrich, é uma comédia sobre dois amigos que se vêem obrigados a casar para evitar a deportação de um deles. O filme aborda questões como migração, racismo e sexismo.  

Outro destaque é “Le Prince” (2021), de Lisa Bierwirth, que explora um intenso caso de amor entre uma curadora artística e um empresário congolês no cenário pós-colonial de Frankfurt. 

“Le Prince”, de Lisa Bierwirth

“Preciosa Ivie” (2021), dirigido por Sarah Blaßkiewitz, segue a jornada de Ivie, uma afro-alemã que, ao conhecer sua meia-irmã, começa a questionar sua identidade e cultura. 

Já “Nico” (2021), de Eline Gehring, acompanha a trajetória de uma cuidadora de idosos que decide treinar caratê após um ataque racista. 

Por fim, “Anima – Os Vestidos do Meu Pai” (2022), de Uli Decker, apresenta uma comovente história real sobre segredos de família e questões de gênero, por meio de uma narrativa que mistura animação e documentário.

A mostra “Novas Direções na Alemanha” transcende as fronteiras geográficas e culturais, oferecendo ao público a oportunidade de explorar a faceta pouco conhecida e atual de um cinema que não apenas reflete as complexidades da sociedade alemã, mas que dialoga com questões universais. 

“Preciosa Ivie”, dirigido por Sarah Blaßkiewitz

Programação:
27/8 TER
“Casulo” (Kokon, Leonie Krippendorff, 2020) | 16 anos | 1h39

28/8 QUA
“Toubab” (Florian Dietrich, 2020) | 14 anos | 1h36

29/8 QUI
“Le Prince” (Lisa Bierwirth, 2021) | 16 anos | 2h05

30/8 SEX
“Preciosa Ivie” (Ivie wie Ivie, Sarah Blaßkiewitz, 2021) | 14 anos | 1h57

31/8 SÁB
“Nico” (Eline Gehring, 2021) | 14 anos | 1h20

1º/9 DOM
“Anima – Os Vestidos do Meu Pai” (Anima: Die Kleider Meines Vaters, Uli Decker, 2022) | 16 anos | 1h35

“Nico”, de Eline Gehring

Serviço:
Mostra “Novas Direções na Alemanha”
Data: 27 de agosto (terça-feira) a 1º de setembro (domingo)
Horários: Sempre às 19 horas
Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes - Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte
Classificações indicativas: variadas
Entrada: gratuita, com retirada de ingressos a partir de meia hora antes de cada sessão, na bilheteria do cinema
Informações para o público: (31) 3236-7400