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24 novembro 2025

"Caçador de Marajás" resgata com graça e leveza a ascensão e queda de um presidente super-homem

Minissérie sobre Fernando Collor de Mello expõe disputas familiares, sexo, traições, poder, ciúmes, drogas, mentiras e muito dinheiro (Fotos: Globoplay)
 
 

Mirtes Helena Scalioni

 
Em um certo momento da minissérie "Caçador de Marajás", em cartaz no Globoplay, o conhecido escritor Eduardo Bueno, o Peninha, dispara: "Dessa vez, o roteirista carregou a mão. São dois irmãos poderosos brigando publicamente, sendo um deles o presidente do Brasil, enquanto a mãe agoniza num hospital, vítima de um AVC". E Bueno tem razão. 

Ex-repórter do jornal Zero Hora, de Porto Alegre, ele foi um dos jornalistas que acompanharam de perto a ascensão e queda de Fernando Collor de Mello e, como todos, concorda que a vida do ex-presidente tem tintas de ficção, com todos os ingredientes que não podem faltar numa produção assim: disputas familiares, inveja, sexo, traições, poder, ciúmes, drogas, mentiras, mulher bonita e dinheiro - muito dinheiro. 


Além de Eduardo Bueno, a nata da crônica política da época está presente no documentário dirigido por Charly Braun, que assina o roteiro com Bruno Passeri, Guilherme Schwartsman e Miguel Antunes Ramos. 

Estão lá os grandes medalhões do jornalismo daquele tempo como Mônica Waldvogel, Mário Sérgio Conti, Dora Kramer, Joyce Pascowitch, Ali Kamel, Bob Fernandes, Eduardo Oinegue, Boris Casoy e o folclórico Sebastião Nery, entre outros. 

Também comparecem os amigos do ex-presidente como Luiz Estevão e Leleco Barbosa, o filho do Chacrinha, e até um desconhecido Stephany, o cabeleireiro de dona Leda.  


A forma leve - quase divertida - como a trajetória de Fernando Collor é contada faz com que o espectador reaja como se estivesse assistindo a uma série como "Succession", "Dallas" ou qualquer outra sobre disputa de poder. 

Numa sacada genial, os depoimentos das personalidades envolvidas e dos entrevistados são intercalados com pequenas incursões do debochado "Casseta e Planeta", grande sucesso daquele tempo. 

Sem falar de uma oportuníssima trilha sonora e de falas proféticas de uma ialorixá alagoana chamada Mãe Mirian. Para incrementar, informações de bastidores insinuam que o homem, embora bonito, chique e poliglota, era chegado sim em sessões de bruxaria com direito a sacrifícios de animais na famosa Casa da Dinda. 


O distanciamento é um ingrediente que agrega valor ao longa "Caçador de Marajás", que conta com detalhes como um desconhecido playboy alagoano se transforma em um forte candidato à Presidência da República em 1989, na primeira eleição por voto direto no Brasil depois do fim da ditadura. 

Estão lá a relação conflituosa com o irmão Pedro desde sempre, a união com a ricaça socialite Lilibeth Monteiro de Carvalho, a separação, o casamento com a quase debutante Rosane, a chegada de P.C Farias no esquema como tesoureiro de campanha, a correria desenfreada por todo o país a bordo de jatinhos ou helicópteros, a disputa com Lula e o famoso debate que o fez vencer as eleições. 


Parênteses para contar que a Rede Globo reconhece, hoje, que fez sim uma edição marota do confronto dele com o metalúrgico na noite anterior. 

Depois vieram as reformas e festas nababescas na Casa da Dinda, as mensagens das camisetas, os passeios de jet-ski, as corridas dominicais e, claro, o inesquecível e desastroso Plano Collor, que apresentou ao Brasil uma confusa economista chamada Zélia Cardoso de Mello, que confiscou a grana de todo brasileiro que tivesse no banco mais de 50 "dinheiros". 

Tinha também Cláudia Raia e Alexandre Frota, o casal que vestiu a camisa do candidato do PRN defendendo a ideia de que "ele não rouba porque já é rico e bem-nascido e não precisa do dinheiro do povo". E o ministério de notáveis - quem se lembra?


Como é que o Brasil foi cair nessa? - é o que se pergunta o espectador da série quando a máscara do presidente super-homem começa a cair assim que o país acorda com a entrevista bomba de Pedro Collor à revista Veja, uma das publicações mais respeitadas e confiáveis de então. 

A imprensa, aliás, é quase onipresença no documentário, com jornalistas contando como chegavam aos fatos, como investigavam às vezes mais do que a polícia, a concorrência em busca de furos, as vaidades. Na ocasião, Veja e Isto é disputavam a preferência dos leitores ditos esclarecidos.


Mesmo sabendo o final dessa história, vale muito a pena assistir ao documentário, nem que seja para recordar - sem saudade - que o nosso presidente foi o primeiro da América Latina a sofrer impeachment e que, aparentemente, nem se abalou com isso. 

Ou lembrar - com saudade - que a juventude foi às ruas vestida de preto para derrubar o homem que pedia dramático: "Não me deixem só". 

Vale até pipoca para maratonar os sete episódios e conhecer a desenvoltura da bela Maria Tereza, mulher de Pedro e, portanto, cunhada de Fernando, que rasga o verbo sem cerimônia em seus depoimentos. E também para relembrar que, no frigir dos ovos, o presidente acabou caindo por causa da compra de um inocente carro chamado Fiat Elba. 


Ficha técnica:
Direção: Charly Braun
Roteiro: Charly Braun, Bruno Passeri, Guilherme Schwartsmann, Miguel Antunes Ramos
Produção: Boutique Filmes e Waking Up Films
Distribuição: Globoplay
Exibição: Globoplay
Duração: 1ª temporada - 7 episódios - média de 60 minutos por episódio
Classificação: 12 anos
País: Brasil
Gêneros: série, documentário, política, história, biografia

09 agosto 2025

Qual filme você assistiria com seu maior amigo?

 

  

Equipe do Cinema no Escurinho

 
Chegamos a mais um Dia dos Pais. E se aqui, no mundo real tem pais de todos os tipos, ausentes, presentes, despachados, formais e vários outros... na dramaturgia não seria diferente, né? 

Aqui vai uma listinha da equipe do Cinema no Escurinho, pra você se divertir, se emocionar, odiar, ou até questionar por que aquele pai daquela série ou daquele filme não apareceu por aqui. Deixe seu comentário também.

Eduardo Jr.
- Julius ("Todo Mundo Odeia o Chris")
- Joel ("The Last of Us")
- Don Vito Corleone ("O Poderoso Chefão")
- Mufasa ("Mufasa: O Rei Leão")
- Chris Gardner ("À Procura da Felicidade")


Marcos Tadeu
- Jack ("This is Us")
- Gepeto ("Pinóquio")
- Marlin ("Procurando Nemo")
- Francisco ("2 Filhos de Francisco")
- Max ("Meu Filho, Nosso Mundo")
 
Mirtes Helena Scalioni
- David Sheff ("Querido Menino")
- Osamu Shibata ("Assunto de Família")
- Memo - ("O Milagre da Cela 7")
- Chris Gardner ("À Procura da Felicidade")
- Anthony ("Meu Pai")



Maristela Bretas

- Parker ("Sempre a Seu Lado")
- Darth Vader ("Star Wars")
- Ben ("Capitão Fantástico")
- Bryan Mills ("Busca Implacável")
- Indiana Pai ("Indiana Jones e a Última Caçada")
 
Filipe Mateus
- Guido ("A Vida é Bela")
- Nate Oullman ("Extraordinário")
- Eddie Palmer "(Palmer")
- Joe Kingman ("Treinando o Papai")
- Luiz Gonzaga ("Gonzaga de Pai pra Filho")



Silvana Monteiro
- Richard ("King Richard: Criando Campeãs")
- Memo ("O Milagre da Cela 7")
- Dr. Seyolo Zantoko ("Bem-vindo a Marly-Gomont")
- Ollie Trinke ("Menina dos Olhos")
- Harry Hamilton ("Tal Pai, Tal Filha")

 
SUGESTÕES DE ANIMAÇÕES
- Shrek - "Shrek Terceiro" (2007)
- Stoico - "Como Treinar Seu Dragão" (2010)
- Drácula - "Hotel Transilvânia" (2012)
- Roz - "Robô Selvagem" (2024)
- Gru - "Meu Malvado Favorito" (2010)
- Beto - "Os Incríveis" (2004)
- Grug - "Os Croods" (2013)
- Homer Simpson - "Os Simpsons" (a partir de 1989)
- Sr. Anderson - "Divertida Mente" (2015)





03 dezembro 2024

JustWatch divulga lista dos filmes de Natal mais transmitidos



Da Redação

O JustWatch acaba de lançar sua mais recente lista dos Top 10s, bem como um relatório de catálogo de provedores para a temporada de festas. Usando os gráficos de streaming, o site, parceiro do Cinema no Escurinho, determinou os filmes de Natal mais transmitidos entre 2023 e 2024 no Brasil. Saiba mais sobre o JustWatch clicando aqui.

Também determinou o número exato de filmes de Natal que estão disponíveis para transmissão e qual provedor tem o maior número. 

Para quem não conhece, o JustWatch é um serviço online gratuito que ajuda a encontrar filmes e séries de TV disponíveis em serviços de streaming. O serviço tem suporte para português e pode ser acessado por site ou aplicativo, compatível com os sistemas iOS e Android.


03 abril 2023

"A Elefanta do Mágico" é uma animação digna de sessão da tarde em família

Peter e sua amiga criam um profundo laço de carinho e confiança que contagia uma cidade (Fotos: Netflix)


Marcos Tadeu 
Blog Narrativa Cinematográfica


Do livro para a tela. O sucesso "A Elefanta do Mágico" ("The Magician’s Elephant"), da escritora Kate DiCamillo, é a mais nova animação produzida e exibida pela Netflix. Dirigida por Wendy Rogers, a obra está no ranking de top 10 da plataforma.

A produção tem entre seus destaques o elenco estelar de dubladores, entre eles, Noah Jupe ("Um Lugar Silencioso" - 2021), Brian Tyree Henry ("Trem-Bala" - 2022), Benedict Wong ("Doutor Estranho" - 2016), Mandy Patinkin ("Extraordinário" - 2017) Sian Clifford (série "Fleabag" - 2016 e 2019) e Miranda Richardson ("Malévola" - 2014).


Na obra conhecemos Peter (Jupe), um garoto que sonha reencontrar a irmã, que todo mundo diz que morreu há muito tempo. Um dia ele visita uma vidente que avisa que, por uma moeda, ela poderá responder apenas uma pergunta. 

Peter faz seu pedido e é avisado pela vidente que será preciso achar uma elefanta, algo que ninguém nunca viu no reino de Baltese, onde se passa a história, e que ela o levará a seu destino.


Enquanto isso, do outro lado da cidade, um mágico (Wong) se apresenta para uma plateia sonolenta. Sem querer, provoca um acidente ao fazer uma mágica e uma elefanta cai sobre uma idosa, Madame LaVaughn (Richardson). 

Peter fica sabendo da existência do animal e que ele está ameaçado de ser sacrificado pelo rei. O garoto fará de tudo para mantê-lo vivo para encontrar sua irmã, como garantiu a vidente. 


Para isso terá de cumprir três tarefas impossíveis impostas pelo monarca: lutar contra o melhor soldado, voar e fazer a condessa que deixou de sorrir, dar uma gargalhada sincera. 

O filme tem até uma proposta interessante, mas que pouco inova. Tudo é muito rápido e com pouco desenvolvimento. 

Como o drama do ex-soldado Vilna Lutz (Patinkin) aposentado que salvou Peter da guerra e o adotou, mas o obriga a se comportar como um soldado. 


Um ponto negativo é a falta de antagonismo. O rei (voz de Aasif Mandvi), que propõe desafios totalmente fúteis, que até podem soar encorajadores e bonitos, mas ele não convence como vilão. 

É uma pessoa preocupada somente em se divertir, curtir a vida e ter ideias absurdas. Está mais para bobo da Corte, que acha que está agradando aos súditos com suas bobagens. Só que não.


A personagem da elefanta também foi pouco explorada. Por ela não falar e só se comunicar como um animal normal, sem exageros, deu seu recado apenas no olhar e na confiança em Peter. Pouco sabemos sobre seu mundo e de onde veio, apenas que deseja rever sua família.

Como em outras animações, há também a mensagem filosófica e bonita: "é preciso ter esperança e acreditar que é possível". 

Mas os desafios soam fracos no decorrer da história e, em nenhum momento, conseguimos ver mudanças no protagonista.


Mesmo não tendo a profundidade e o desenvolvimento de "Pinóquio", de Guillermo del Toro, "A Elefanta do Mágico" é uma animação ótima para uma tarde em família, especialmente com filhos pequenos.

Tem final bonito, colorido, com os clichês comuns de um conto de fadas e sem reviravoltas. Agora é aguardar as próximas produções da diretora Wendy Rogers.


Ficha técnica:
Direção: Wendy Rogers
Produção: Netflix e Animal Logic
Exibição: Netflix
Duração: 1h43
Classificação: 10 anos
País: EUA
Gêneros: animação, fantasia, aventura, família

03 janeiro 2023

Confira os melhores filmes de 2022 escolhidos pela equipe do Cinema no Escurinho

Fotos: Divulgação

 

Equipe Cinema no Escurinho


Alguns dos integrantes do blog Cinema no Escurinho escolheram seus filmes preferidos de 2022. Sem fugir dos blockbusters, fizemos uma seleção do que ainda está no cinema e das produções em exibição nas plataformas de streaming.

Houve um consenso de que os filmes do ano que se encerrou foram bem mais fracos do que se apresentou no passado. A cada dia que passa, as plataformas digitais têm agradado mais ao público, oferecendo horas e horas de entretenimento, com conteúdo nem sempre satisfatório, mas capaz de afastar o espectador das salas de cinema.

O que se constata, no entanto, é que o mercado vem sendo inundado com um grande volume de produções, para os formatos físico e digital, mas que não significam sinônimo de qualidade em muitos casos.


Veja o que nossos colaboradores indicam e saiba onde assistir. Alguns desses longas ainda podem ser conferidos nas salas de cinema, outros nos streamings e o restante aguardando uma chance para ganhar um lugar ao sol nos espaços de exibição. 

Marca aí na sua lista e não deixe de conferir. Tem sugestões para todos os gostos.

Maristela Bretas
- A Mulher Rei - Gina Prince-Bythewood - Google Play, Apple TV, Prime Vídeo, Net/Claro
- Top Gun: Maverick - Joseph Kosinski - Telecine Play
- Doutor Estranho no Multiverso da Loucura - Sam Raimi - Disney+
- Ela Disse - Maria Schrader - nos cinemas
- Elvis - Baz Luhrmann - HBO Max
- Argentina, 1985 - Santiago Mitre - Prime Vídeo
- Pureza - Renato Barbieri - Globo Play
- Enfermeiro da Noite - Tobias Lindholm - Netflix
- Mundo Estranho - Don Hall e Qui Nguyen - Disney+
- Filho da Mãe - Susana Garcia e Ju Amaral - Prime Vídeo



Mirtes Helena
- Argentina, 1985 - Santiago Mitre - Prime Vídeo
- Medida Provisória - Lázaro Ramos - Globo Play
- Elvis - Baz Luhrmann - HBO Max
- Marte Um - Gabriel Martins - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
- O Enfermeiro da Noite - Tobias Lindholm - Netflix
- O Milagre - Sebastián Lelio - Netflix

Jean Piter
"Os estúdios de cinema e de streaming estão preferindo mais o volume de produção do que a qualidade. Blockbusters, do tipo "Star Wars", parecem estar perdendo a linha, criando coisas porque sabem que têm um público cativo. Da mesma forma a DC e a Marvel.  

Eles roubam grande parte da audiência, é dinheiro garantido nas bilheterias e isso acaba tirando o espaço de outras produções, interferindo no calendário de lançamentos. E com isso, o público acaba ficando meio refém dessas grandes produções." 


"De forma geral, eu vejo que a gente está tendo muitas produções mas pouca qualidade. foi meio difícil fazer esta lista de 2022. E cada vez mais a gente vai ver grandes produções lançadas diretamente no streaming."

- Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo - Daniel Scheinert e Daniel Kwan - Net/Claro, Claro Vídeo, Apple TV, Google Play e Prime Vídeo
- Top Gun: Maverick - Joseph Kosinski - Telecine Play
- A Mulher Rei - Gina Prince-Bythewood - Google Play, Apple TV, Prime Vídeo, Net/Claro
- O Predador: A Caçada - Dan Trachtenberg - Star+
- The Batman - Matt Reeves - HBO Max
- Pinóquio - Guillermo del Toro - Netflix
- Elvis - Baz Luhrmann - HBO Max
- Argentina, 1985 - Santiago Mitre - Prime Vídeo


Marcos Tadeu
"Assim como Jean Piter, eu também acho que o mercado do cinema está muito inchado, com muitas produções em streaming. Às vezes, fica até difícil de ver tudo e achar filmes que são muito bons, mas que se perdem no volume de opções oferecidas. 

Neste ponto, o cinema ajuda na escolha. Eu também acho que falta qualidade. Não tive tanta dificuldade em escolher, pois meu critério foi mais o que passou no cinema. Se ficasse refém ao streaming, tivesse mais dificuldade."

Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo - Daniel Scheinert e Daniel Kwan - Net/Claro, Claro Vídeo, Apple TV, Google Play e Prime Vídeo
- The Batman - Matt Reeves - HBO Max
- Elvis - Baz Luhrmann - HBO Max
- Top Gun: Maverick - Joseph Kosinski - Telecine Play
- Pinóquio - Guillermo del Toro - Netflix
- Sorria - Parker Finn - Net/Claro, Claro Vídeo, Apple TV, Google Play e Prime Vídeo
- O Predador: A Caçada - Dan Trachtenberg - Star+
- A Mulher Rei - Gina Prince-Bythewood - Google Play, Apple TV, Prime Vídeo, Net/Claro
- Medida Provisória - Lázaro Ramos - Globo Play
- Marte Um - Gabriel Martins - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING


Carol Cassese
- Triângulo da Tristeza - Ruben Östlund - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
O Próximo Passo - Cédric Klapisch - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
- O Menu - Mark Mylod - HBO Max
- O Bom Patrão - Fernando León de Aranoa - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
- Mães Paralelas - Pedro Almodóvar - Netflix
- O Milagre - Sebastián Lelio - Netflix
- Pinóquio - Guillermo del Toro - Netflix
- Marte Um - Gabriel Martins - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
- Noites de Paris - Mikhaël Hers - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
- A Acusação - Yvan Attal - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING


Eduardo Jr.
- Marte Um - Gabriel Martins - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
- Medida Provisória - Lázaro Ramos - Globo Play
- The Batman - Matt Reeves - HBO Max
- Respect - A História de Aretha Franklin - Liesl Tommy - Prime Vídeo
- As Verdades - José Eduardo Belmonte - Telecine
- Mães Paralelas - Pedro Almodóvar - Netflix

22 dezembro 2022

"Smiley", uma comédia romântica que está dando o que falar

Carlos Cuevas e Miki Esparbé são os protagonistas desta divertida série espanhola (Fotos: Netflix)


Eduardo Jr.


O mês de dezembro é marcado não só pelas festas, mas também pela temporada de filmes de Natal. Entre novidades e títulos já conhecidos, uma série ambientada na Espanha, perto do Réveillon, chega para trazer refresco a essa lista de produções de fim de ano. 

Com o aval de ter chegado rapidamente ao top 10 da Netflix, “Smiley” promete figurar entre as mais divertidas da plataforma. 


Nesta comédia romântica LGBTQIA+, vários casais lidam com os prazeres e dificuldades de um relacionamento. Ceia de Natal, amigo oculto da empresa, a vontade de começar o ano com um novo amor, tudo se torna ingrediente para balançar ou acertar a vida amorosa das personagens. 

No centro da trama estão dois homens, Álex (Carlos Cuevas, já conhecido pela série Merlí) e Bruno (Miki Esparbé, que atuou em ‘O Inocente’). Ambos querem encontrar alguém especial, mas como sabemos, histórias de amor não são fáceis. 


Depois de mais um namoro fracassado, Álex resolve telefonar e dizer poucas e boas para o ex. Mas o recado cai na secretária eletrônica de Bruno. Ao se conhecerem pessoalmente, apesar das muitas diferenças entre eles, uma conexão acontece. 

Mas em uma troca de mensagens, um emoji de um sorriso (smiley), que poderia fazer a relação decolar, é interpretado de forma inesperada. Aí o romance não só estaciona, como parece dar marcha à ré.  


A falta de comunicação entre os casais dá a tônica da série, seja realçando dramas, ou divertindo o espectador. A rotina que afasta marido e mulher um do outro - e também de atividades que gostam - ampliando o abismo da falta de diálogo, encontra remédio na conversa. 

Os textos de apresentação nos sites de relacionamento, incapazes de explicar a complexidade humana, mostram com humor que precisamos nos expressar melhor e também dar essa chance aos outros. Comunicação clara (e não só por emojis). 


A apresentação de relacionamentos LGBTQIA+ não deixa de lado a militância. Com sutileza e talento, pautas como a interiorização da liberação feminina por mulheres lésbicas, os medos da população gay e os preconceitos dentro da própria comunidade estão lá. E promovem a reflexão para que não se tornem muros, e sim pontes que nos aproximem. 

O receio de assumir quem se é de verdade, de revelar sentimentos, e dar como certa a ideia de que envelhecer impede a construção de novos laços, nos tornando feios e incapazes de despertar desejo são questionados e respondidos com firmeza e também doçura. 


Um leve suspense também marca presença. A mãe do protagonista recebe a visita de um velho conhecido. As conversas pouco reveladoras entre eles vão criando um clima que não permite saber o que aconteceu anos atrás e muito menos qual será o desfecho dessa história. Mas a resposta vem. 

A série é eficiente também em mostrar que não é preciso dizer muito pra dar o recado. Os oito episódios são curtos e têm, em média, 35 minutos de duração. São cativantes e entretêm - principalmente por apresentarem telas divididas entre as personagens, mensagens de celulares ampliadas na cena e outros recursos que fazem o público se identificar, deixando o conteúdo ágil e convidativo. 


Talvez o único contra esteja no idioma, já que os capítulos trazem, por muitas vezes, diálogos acelerados (a maioria das cenas foi gravada em catalão). 

A série é uma aposta da Netflix que já começa a dar resultados mais vistosos do que “Uncoupled”, outra trama cômica sobre desventuras amorosas do mundo gay. “Smiley” atingiu a lista de melhores programas da plataforma com agilidade. Talvez por ter credenciais de respeito. 

Baseada em uma peça de teatro, todos os episódios foram roteirizados pelo autor do texto, Guillem Clua. O jovem dramaturgo também roteirizou a série “O Inocente”, baseada no livro de Harlan Coben, autor que vem se firmando como um dos queridinhos da literatura de suspense e da Netflix. 


Embora a série não fique devendo um final ao público, a expectativa é de que “Smiley” ganhe uma nova temporada. Em entrevistas, o diretor e roteirista já andou dizendo que existe uma segunda peça escrita, dando sequência à história dos personagens centrais. 

Portanto, caso seja batido o martelo sobre uma continuação, ela se basearia neste material. Para quem encerrou o ano assistindo “Smiley”, certamente deu vontade de pedir ao Papai Noel “ano novo, temporada nova”. 


Ficha técnica:
Direção: Guillem Clua
Produção: Minoria Absoluta
Exibição: Netflix
Duração: 1ª Temporada = 8 episódios/média de 35 minutos cada
Classificação: 16 anos
País: Espanha
Gêneros: comédia / romance / série

10 janeiro 2022

Os favoritos do Cinema no Escurinho de 2021 no cinema e plataformas de streaming

"Mare of Easttown", minissérie policial dramática com Kate Winslet (Crédito: HBO Max)


Maristela Bretas

Seguindo a tradição de anos passados, o blog Cinema no Escurinho pediu novamente a seus colaboradores que indicassem filmes e séries lançados em 2021, no cinema ou plataforma de streaming.

Na telona, o destaque ficou em dezembro com o tão esperado "Homem Aranha: Sem Volta Para Casa", produzido em parceria pela Sony Pictures e Marvel Studios. O filme ainda está em exibição em várias salas do país.

Já o drama policial "Mare of Easttown", produzido pela HBO, foi o mais indicado pelo blog entre as séries exibidas em canais de streaming.

"Homem Aranha: Sem Volta Para Casa" (Crédito: Marvel Studios/Divulgação)

Aqui vão as dicas destas produções, algumas com links para as críticas feitas por essa turma que curte a sétima arte. E se quiser enviar alguma sugestão de filme ou série que não conste nesta relação (e são muitos), mande até o dia 16 de janeiro para o blog..

Vamos fazer uma seleção dos 20 favoritos indicados por nossos seguidores para uma nova postagem. O e-mail é cinemanoescurinho@gmail.com. Basta colocar o nome e onde a produção pode ser conferida - no cinema ou plataforma de streaming.

"Mentes Extraordinárias" (Crédito: Festival Varilux)

Carol Cassese
FILMES
A Mão de Deus (Netflix)
Mentes Extraordinárias (Cinema - assistido no Festival Varilux)
A Crônica Francesa (Aguardando entrar na plataforma de streaming)
Mães Paralelas (Aguardando entrar na plataforma de streaming)
Duna (HBO Max)

SÉRIES
Mare of Easttown (HBO Max)
White Lotus (HBO Max)
Hacks (HBO Max)
Missa da Meia-Noite (Netflix)
Maid (Netflix)

"Duna" (Crédito: HBO Max)

Jean Piter Miranda

SÉRIES
Mare of Easttown (HBO Max)
WandaVision (Disney+)
Arcane (Netflix)
Falcão e Soldado Invernal (Disney+)
Gavião Arqueiro (Disney+)

"Não Olhe para Cima" (Crédito: Netflix)

Marcos Tadeu
FILMES
Noite Passada em Soho (Cinema)
Duna (HBO Max)
Marighella (Globoplay)
Maligno (HBO Max)

SÉRIES
WandaVision (Disney+)
Solos (Amazon Prime Video)
Clickbait (Netflix)
Lupin (Netflix)
Round 6 (Netflix)

"WandaVision" (Crédito: Disney+)

Maristela Bretas
FILMES
Marighella (Globoplay)
Ghostbusters - Mais Além (My Family Cinema)
Cruella (Disney+)
Luca (Disney+)

SÉRIES
WandaVision (Disney+)
O Homem das Castanhas (Netflix)
Lupin (Netflix)
Gavião Arqueiro (Disney+)

"Marighella" (Crédito: Factoria Comunicação)

Mirtes Helena Scalioni

FILMES

Ataque dos Cães (Netflix)
O Festival do Amor (Cinema)
A Filha Perdida (Netflix)
Veneza (Star+)
Druk: Mais Uma Rodada (Telecine)

SÉRIES
A Caminho do Céu (Netflix)
Manhãs de Setembro (Amazon Prime Video)
Maid (Netflix)
O Paraíso e a Serpente (Netflix)
Round 6 (Netflix)