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01 junho 2017

"Mulher Maravilha" arrasa-quarteirão e redime DC de erros passados

Produção sobre a super-heroína esbanja cor, efeitos especiais e a simpatia da atriz Gal Gadot (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Finalmente a DC se encontrou e mostrou que tem potencial para disputar de igual para igual com a Marvel na grande tela. "Mulher Maravilha" ("Wonder Woman") é um filmaço, esbanjando bom astral e simpatia da personagem interpretada por Gal Gadot (confesso que não colocava muita fé na atriz para este papel) e de seu apaixonante parceiro Chris Pine ("Star Trek - Sem Fronteiras"), no papel do piloto Steve Trevor.


O clima sombrio dos filmes do Homem Morcego deu lugar a um ambiente de muita cor e sol, com belas locações como a da ilha de Diana, no Sul da Itália. Até mesmo a nublada Londres tem versões diferentes, quando vista pelos olhos de Diana e Steve Trevor. Mas a produção foi um giro de 360 graus da DC e da Warner, depois da pouca aceitação de "Batman vs Superman - a Origem da Justiça", onde a Mulher Maravilha faz sua primeira aparição, e de um bem prejudicado "Esquadrão Suicida", ambos de 2016.


Gal Gadot fez por merecer o papel de Diana Prince/Mulher Maravilha, que segundo entrevista dada por ela, não sabia que era o da protagonista quando fez os testes para o filme. E incorporou a super-heroína dos pés à cabeça, como um dia o fez Linda (de nome e de rosto) Carter, a Mulher Maravilha do seriado de TV dos anos 70 e 80. Mostrou uma Diana forte na luta e nas decisões que toma, mas ao mesmo tempo sensível ao sofrimento das vítimas da guerra, equilíbrio conquistado graças à direção de Patty Jenkins.


Muitos espectadores não sabem, mas Gadot estava grávida de cinco meses do segundo filho quando precisou regravar algumas cenas externas, até de lutas, para o estúdio de Londres. Um pano verde foi usado pela turma dos efeitos especiais para "photoshopar" a barriga da atriz. Não dá para acreditar, ficou perfeito. Os efeitos visuais são responsáveis também pelas melhores partes dos filmes, usados em grandiosidade principalmente nas batalhas.


Chris Pine dispensa comentários, sempre bem e lindo, faz a mulherada se derreter na cadeira com seu olhar. Fez o par ideal da protagonista e é sempre um chamariz de público. Mais um ponto positivo para diretora na escolha do elenco, que conta ainda com Connie Nielsen (Hipólita, mãe de Diana), Robin Wright (a guerreira amazona Antíope), Danny Huston (o coronel nazista Ludendorff) , David Thewlis (o oficial britânico Sir Patrick) e Elena Anaya (Dra. Maru).


A adaptação dos quadrinhos começa na origem da Mulher Maravilha, na infância de Diana, uma princesa que vivia numa ilha paradisíaca junto com sua mãe e outras centenas de amazonas. Treinada para ser uma guerreira invencível mas totalmente ingênua sobre os perigos do mundo dos homens, ela acaba descobrindo que um grande conflito ameaça o mundo quando o piloto americano Steve Trevor cai com seu avião nas areias da costa. 


GALERIA DE FOTOS

Convencida de que é capaz de vencer a ameaça de destruição causada por Ares, deus da Guerra, Diana deixa a ilha com Trevor. E é no front, junto com outros soldados que estão lutando na Primeira Guerra Mundial, que ela vai descobrir todos os seus poderes e seu verdadeiro destino.


A trilha sonora composta por Rupert Gregson-Williams (o mesmo de "A Lenda de Tarzan" e "Até o Último Homem") conta com as eletrizantes "Wonder Woman's,  Wrath" (música-tema da heroína), e "Action Reaction", além de "To Be Human", interpretada em parceria por Sia e Labrinth.


Sem desmerecer os comentários e críticas de que se trata de uma produção filme que ressalta o empoderamento das mulheres e coisas do gênero, "Mulher Maravilha" é para ser curtido como um ótimo blockbuster, com muita ação, explosões, tiros e porrada, sem precisar de uma análise socio-psicológica-ambiental-feminista e mimimis afins. Vá ao cinema e saia de lá elétrico, de queixo caído e dizendo "doidimais!","duca!", "filmaço!". É uma grande aposta da Warner para este ano, que inclusive usou o elenco feminino da série de TV "Supergirl" num comercial chamando para o filme. Clique aqui para ver.

PS: Não espera por cenas pós-crédito chamando para "Liga da Justiça", próxima produção que a super-heroína aparece. Faz parte do roteiro.



Ficha técnica:
Direção: Patty Jenkins
Produção: DC Entertainment / Atlas Entertainment / Wanda Pictures / Cruel and Unusual /Tencent Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 2h21
Gêneros: Ação / Aventura / Fantasia 
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 5 (0 a 5)

Tags: #MulherMaravilha #WonderWoman #GalGadot #ChrisPine #PattyJenkins #acao #aventura #fantasia #superheroi #DianaPrince #SteveTrevor #WarnerBrosPictures #DCComics #LigadaJustiça #CinemanoEscurinho

05 fevereiro 2017

"Estrelas Além do Tempo" - negras, competentes e grandes mulheres

Produção é baseada na história real de três mulheres que foram essenciais para o sucesso do programa espacial norte-americano (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)

Maristela Bretas


O ano é 1961. Os Estados Unidos brigam com a Rússia pelo domínio do espaço e o que é pior, o astronauta Yuri Gagarin chega antes para desespero do alto escalão do governo e da NASA. Nem mesmo reunindo os melhores cientistas, matemáticos e especialistas em engenharia espacial as tentativas funcionam. Foram necessárias três geniais mulheres e ainda por cima negras, num país extremamente racista, para colocar os norte-americanos na frente de seu maior inimigo.

E é a história deste trio de especialistas, cada uma em sua área, que sofreu preconceitos de todo tipo para provar seu valor, que conta o filme "Estrelas Além do Tempo" ("Hidden Figures"). Baseado em fatos reais adaptados da obra de outra mulher, Margot Lee Shetterly, a produção está na disputa do Oscar 2017 como "Melhor Filme e Melhor Roteiro Adaptado.

O trio genial e em perfeita sintonia é formado por Taraji P. Henson, Octavia Spencer e Janelle Monáe, que interpretam a matemática Katherine Johnson, a especialista em mecânica e eletrônica Dorothy Vaughn e a engenheira Mary Jackson, respectivamente. Três grandes amigas que conseguem trabalhar na NASA, mas enfrentam o preconceito, assim como outras negras. Elas desenvolvem projetos, mas ficam isoladas em um galpão destinado à sua raça, sem poderem ocupar cargos melhores e ainda tendo de brigar por seus direitos contra chefes brancos, racistas, prepotentes e incompetentes.

As oportunidades de trabalharem no principal programa espacial começam a surgir, mas Katherine, Dorothy e Mary têm de brigar em dobro para provarem sua competência e se tornarem peças essenciais na conquista do espaço. Taraji P. Henson está excelente no papel da matemática que precisa enfrentar desprezo e ataques dos colegas, como Paul Stafford (Jim Parsons). Apenas o diretor do programa espacial Al Harrison (Kevin Costner) passa a lhe dar valor ao perceber sua capacidade para cálculos matemáticos. Parsons ainda vai demorar para perder em filmes sérios a cara de Sheldon, de "The Big Bang Theory". Ele e Costner estão bem em seus papéis, mas funcionam literalmente como suportes para Taraji brilha na produção

Não menos diferente como trampolim está Kirsten Dunst. Sua atuação é mediana e quando   aparece é para destacar a interpretação de Octavia Spencer, indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Jeanelle Monáe, proporcionando bons momentos cômicos e mostrando também que é boa de briga - uma mulher negra que quer ser engenheira e precisa ir à justiça para estudar numa escola só para brancos.

Além do excelente elenco principal, o diretor Theodore Melfi fez um ótimo trabalho na escolha do figurino e na reconstituição de época, o que aumenta o prazer de assistir "Estrelas Além do Tempo". Trata-se de um filme que, apesar de muitas explicações técnicas sobre o funcionamento do projeto espacial, soube explorar bem o período em que acontece - Guerra Fria, mulheres e negros lutando por seus direitos e tentando conquistar espaço numa sociedade preconceituosa.

E se todos esses pontos já não bastassem, o filme ainda conta com uma bela trilha sonora, entregue ao premiado Hans Zimmer (responsável por mais de 130 sucessos no cinema, entre eles, a saga "Piratas do Caribe", "Interestelar" e "Batman vs Superman - A Origem da Justiça") e Pharrell Williams , que também é um dos produtores (responsável pelo sucesso "Happy", de "Meu Malvado Favorito").

Imperdível, "Estrelas Além do Tempo" é outro grande filme de 2016 que tem tudo para agradar, inclusive na abordagem da questão racial, expondo situações absurdas que as personagens originais tiveram de enfrentar como correr quase 2 quilômetros para ir ao banheiro destinado somente às negras. Val a pena conferir.


Ficha técnica:
Direção e produção: Theodore Melfi
Produção: 20th Century Fox
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 2h06
Gêneros: Drama / Biografia
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 4,5 (0 a 5)

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24 março 2016

"Batman vs Superman - A Origem da Justiça" tem muito marketing e ação mas história fica a dever

Filme apresenta os dois maiores super-heróis da DC Comics numa batalha arrasa-quarteirão (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Seguindo uma linha muito parecida com a dos filmes do Homem Morcego, "Transformers" e "Vingadores", "Batman vs Superman - A Origem da Justiça" ("Batman vs Superman: Dawn Of Justice") chega aos cinemas no estilo arrasa-quarteirão, tanto de destruição quanto de locais de exibição - 48 salas de 19 shoppings de Belo Horizonte, Betim e Contagem. E logo no início tiros, bombas, explosões, prédios desabando, ataque alienígena e a cena mais que exibida no comercial do Jeep Renegade dominam a tela do cinema. Por sinal, recomendo a versão IMAX que dá mais impacto.

E tudo isso só para apresentar Superman (novamente interpretado pelo bonito mas insosso Henry Cavill) e o mocinho Bruce Wayne (vivido pelo sempre belo e agora envelhecido Ben Affleck) antes de se conhecerem e se tornarem inimigos. A sequência de cenas é de uma destruição quase total da cidade de Metrópolis, relembrando a luta do Homem de Aço contra seu inimigo kryptoniano Zod.


Batman está mais sisudo, amargo e vingativo que em "O Cavaleiro das Trevas" e a sequência "O Cavaleiro das Trevas Ressurge", ambos interpretados por Christian Bale. Affleck, apesar da carinha de "filho criado por vó", ficou bem com aparência de homem mais maduro e mostrando seu lado frio e impiedoso, que bate muuuuuuuuito nos inimigos. Ele escolheu ser um fora da lei em busca de Justiça e, com certeza, é o destaque do filme. Para descontar sua raiva do mundo escolheu Superman como alvo, a quem ele culpa por todo o estrago feito durante sua batalha contra Zod (Michael Shannon).

O Homem de Aço continua o bom moço, sempre presente para salvar as pessoas e, principalmente sua amada Lois Lane (Amy Adams, num papel fraco para seu potencial). Nem que para isso precise derrubar prédios e causar pânico geral. Henry Cavill não está muito diferente do personagem feito por ele no primeiro filme. Com a mesma cara inerte de "Homem de Aço" (2013) e "O Agente da U.N.C.L.E." (2015). Rindo ou fazendo sexo com Lois, a falta de expressão é a mesma. Muito bonito mas seu personagem só ganha força quando resolver deixar a versão Clark Kent mosca morta e partir "para o pau".  Mesmo assim, apesar dos superpoderes, ele é o que mais apanha no filme (e como apanha!).

Assim como Batman, ele também carrega seus fantasmas e a mágoa por ser acusado da destruição de sua cidade no passado. Duas figuras opostas, dois heróis com posturas diferentes mas com o mesmo objetivo - acabar com a criminalidade em suas cidades e salvar a raça humana. Em meio à luta contra o crime era certo que os dois se enfrentassem uma hora. E a batalha é eletrizante, sobram efeitos especiais e porrada. Uma luta entre o deus extraterrestre e o homem com sua armadura quase robótica que muda as características do personagem.

Enquanto eles brigam, o verdadeiro vilão - Lex Luthor (Jesse Eisenberg, de "American Ultra") - dá um chapéu em todo mundo e corre por fora, provocando caos e destruição por onde passa. Em "Batman vs Superman" ele é um vilão no estilo "motorzinho de dentista", que inferniza os heróis e faz o possível para acirrar o ódio entre eles. O ator adotou uma aparência diferente para o gênio do mal - falante demais, com roupas despojadas, mas que ficou aquém do que se esperava para o pior inimigo do Homem de Aço, que no passado foi interpretado por Gene Hackman em "Superman 1, 2 e 4". Apesar de caricaturado às vezes, ele dá conta do recado. Eisenberg é jovem demais, no entanto para o papel, uma vez que ele e Superman teriam a mesma idade terráquea.

Os fãs que me perdoem, mas a israelense Gal Gadot, apesar dos muitos elogios sobre sua escolha como Diane Prince/Mulher-Maravilha não me convenceu ainda. Uma morena muito bonita, com corpão que vai fazer a alegria do público masculino e que despontou na franquia "Velozes e Furiosos". Mas nem por isso ela tem o carisma e o brilho que a personagem exigia para a primeira aparição entre os super-heróis, antes do lançamento de seu filme, previsto para junho de 2017. Isso se não for comparada com a simpática atriz americana Lynda Carter, que fez o papel da heroína amazona no seriado de TV Mulher-Maravilha, entre 1976 e 1979.

No elenco estão ainda Diane Lane (Martha Kent, mãe e Clark), Laurence Fishburne (Perry White), Jeremy Irons (mordomo Alfred), Holly Hunter (senadora Finch) e uma aparição rápida de Kevin Costner, como Jonathan Kent, pai de Clark. "Batman vs Superman - A Origem da Justiça" é um ótimo filme para quem quer ver muita ação com super-heróis da DC Comics. E abre caminho para as próximas produções da Warner já em andamento, como Liga da Justiça - Parte 1, que trará outros integrantes do grupo citados neste filme como Aquaman (Jason Momoa), Cyborg (Ray Fisher) e Flash (Ezra Miller).

Galeria de fotos


O filme tem de tudo um pouco - muita ação, excelentes efeitos especiais e pirotécnicos, drama, romance, pancadaria, tiros explosões e, claro, atitudes heroicas do início ao fim. E para colocar tudo em 2h32 de duração, o diretor Zack Snyder, quase um discípulo de Michael Bay, monta uma verdadeira colcha de retalhos, com muita ação para explicar a escassez de diálogos, cenas em excesso de sonhos e imagens do passado que se confundem com as do presente. Mas isso não é o suficiente para tirar o interesse. Vale a pena conferir. "Batman vs Superman" está em exibição nas versões dublada e legendada, em formatos 2D, 3D e IMAX.



Ficha técnica:
Direção: Zack Snyder
Produção: Warner Bros. Pictures / DC Entertainment / Syncopy / Dune Entertainment 
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 2h32
Gênero: Ação
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 3,8 (0 a 5)

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