30 outubro 2015

"Goosebumps - Monstros e Arrepios" não se compara à série literária

Turma vai tentar recapturar os monstros que ganharam vida ao escaparem dos livros de terror (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Jack Black não convenceu e não consegue salvar "Goosebumps - Monstros e Arrepios" ("Goosebumps") de ser um filme de médio para fraco, que não dá para saber se era para ser comédia, aventura ou terror. Nem os demais integrantes do elenco principal e alguns dos terríveis monstros que fizeram muitos jovens perderem o sono na década de 90 conseguem segurar a produção. Salvo alguns efeitos especiais, melhor pensar duas vezes antes de comprar o ingresso. 

Black, que também é um dos produtores não ficou bem no papel de um escritor famoso que cria monstros como personagens de seus livros para se divertir com eles como melhores amigos e depois tranca todos com medo das maldades que possam fazer com os leitores. 

Se o diretor Rob Letterman quis fazer uma produção como as que o verdadeiro R. L. Stine participou na época quando as histórias foram transformadas na série de TV "Goosebumps", ele passou longe. O filme até começa bem, voltado para o público infanto-juvenil. Mas depois a história se perde, fica boba e chega a dar sono. Pode até acontecer de alguma criança menor de 10 anos se assustar com algum monstro, mas nada que provoque pesadelos. Medo nem em sonho. 

Para uma sessão da tarde na TV o filme pode compensar, mas Jack Black e seus parceiros de telona estão bem aquém do esperado. Uma curiosidade: quem prestar um pouco mais de atenção poderá conhecer o verdadeiro R.L.Stine numa aparição rápida na escola, cumprimentando Jack Black. Como costuma fazer Stan Lee nos filmes da Marvel.

No filme, o adolescente Zach Cooper (Dylan Minnette) se muda de Nova York com a mãe para uma cidade pequena. Mas logo se anima quando descobre que tem uma linda vizinha, Hannah (Odeya Rush), que mora na casa ao lado. O jovem só não contava que Hannah fosse filha do misterioso escritor R. L. Stine (Jack Black), autor da aclamada série de livros “Goosebumps”. O ranzinza Stine esconde um grande segredo e tenta impedir de todas as formas que o casal fique junto.

Até que um dia Zach abre acidentalmente um dos livros do escritor e liberta os monstros criados e presos por ele e que agora, sob o comando do cruel Slappy, um boneco de ventríloquo (cuja voz original é e Black), vão assombrar e causar pânico na cidade. Stine, Zach, o amigo dele Champ e Hannah terão de se unir para levar os personagens de volta às páginas dos livros, incluindo Slappy. 

E a batalha não vai ser fácil, o quarteto terá de enfrentar o lobisomem do pântano da febre, a garota com a máscara assombrada, dezenas de gnomos, o abominável homem das neves de Pasadena, o garoto invisível, e muitos outros.

"Goosebumps - Monstros e Arrepios" não faz jus à série que desde o lançamento em 1992 vendeu mais de 400 milhões de livros Goosebumps mundialmente, em 32 idiomas, dominando as listas de livros mais vendidos. R. L. Stine foi reconhecido como um dos autores infantis mais vendidos da história.



Para os interessados, "Goosebumps - Monstros e Arrepios" pode ser conferido em 12 salas de cinema de shoppings de BH, Betim e Contagem, somente na versão dublada, em 2D e 3D.

Ficha técnica:
Direção: Rob Letterman
Produção: Sony Pictures Animation / Columbia Pictures
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 1h43
Gêneros: Comédia / terror / aventura
País: EUA
Classificação: 10 anos
Nota: 2 (0 a 5)

Tags: #GoosebumpsMonstroseArrepios, #JackBlack, #RobLetterman. #DylamMinnette, #OdeyaRush, #SonyPictures, #comedia, #terror, #aventura, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

28 outubro 2015

"Sicário: Terra de Ninguém" numa batalha sem regras

Com Emily Blunt, Benicio Del Toro e Josh Brolin no elenco, "Sicário" só poderia ser um ótimo filme (Fotos: Studio Canal/Paris Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


No México, a palavra "Sicário" significa "assassino de aluguel", que na estrutura dos cartéis de drogas são responsáveis por sequestros, roubos, extorsões, esquemas de proteção operacional e defesa contra rivais. E não poderia ser diferente em "Sicário - Terra de Ninguém",  filme inteligente, bem conduzido e principalmente, muito violento dirigido por Denis Villeneuve (o mesmo de "Os Suspeitos", de 2013).

Até porque a produção trata do combate ao tráfico internacional de drogas e centraliza a história num dos lugares mais violentos do México, a cidade de Juarez, na fronteira com os estados Unidos. Um lugar onde a máfia mexicana além de matar o inimigo ou o traidor, expõe o corpo dele em um local público para servir de exemplo. Cenas deste tipo estão no filme. O expectador com estômago mais fraco pode ficar um pouco chocado. Mas nada que desmereça a produção, pelo contrário, ela expõe a realidade nua e crua do que acontece na região, dando a tensão e o suspense na medida certa. 

Outro ponto de destaque são as cenas de tiroteio, tanto no engarrafamento quanto na invasão ao esconderijo do chefão do tráfico. Coisa de grudar os olhos na tela. Sem contar o elenco de primeiríssima, com os premiados Josh Brolin e Benício Del Toro excelentes nos papéis de agentes do governo que seguem à risca esta podre cartilha. Emily Blunt também não fica atrás interpretando a agente do FBI durona, mas correta que vê todos os seus conceitos de ética e direitos humanos jogados para o alto quando precisa trabalhar com os dois.

"Sicário - Terra de Ninguém" explora a crescente violência na fronteira entre os Estados Unidos e o México. A agente do FBI Kate Macy (Emily Blunt), do grupo antissequestro, é escalada para integrar uma força-tarefa comandada pela CIA para uma operação sigilosa que quer prender o chefão da máfia que controla o tráfico internacional de drogas. A equipe é comandada por Alejandro (Benicio Del Toro, sempre com cara de mal) e Matt Graver (Josh Brolin, com seu sorriso de deboche) que passam por cima das regras e de qualquer tipo de ética para derrotar o cartel mexicano.

GALERIA DE FOTOS

Apesar de ser um filme que merece ser conferido, ele ganhou pouco espaço nas salas de cinema e somente na capital mineira - os públicos de Betim e Contagem ficaram prejudicados mais uma vez. Apenas seis shoppings estão exibindo a produção: BH, Cidade, Boulevard, Belas Artes, Diamond Mall e Pátio Savassi.




Ficha técnica:
Direção: Denis Villeneuve
Produção: Lionsgate/ Black Label Media/Thunder Road Pictures
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 2h02
Gêneros: Policial/Suspense
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 5 (0 a 5)

Tags: #SicárioTerradeNinguém, #BenicioDelToro, #EmilyBlunt, #JoshBrolin, #DenisVilleneuve, #violência, #Juarez, #México, #tráficodedrogas, #máfiamexicana, #policial, #suspense, #ParisFilmes, #Lionsgate, #CinemanoEscurinho, #TudoBH, #PQN

25 outubro 2015

Continuação de "S.O.S. Mulheres ao Mar" é comédia caça-níquel sem graça

Luiza, Adriana e Dialinda estão de volta a um cruzeiro, desta vez pelo Caribe (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Na tentativa de explorar o sucesso do primeiro filme e de novos patrocinadores, "S.O.S. Mulheres ao Mar 2" conseguiu ser uma produção caça-níquel mais fraca e sem graça com rostinhos bonitos. Giovanna Antonelli, talvez por causa de seu personagem, está com uma aparência desleixada, maquiagem apagada, sem a beleza que sempre marcou seus papéis na TV e no cinema, inclusive no primeiro filme, também dirigido por Cris D'Amato. A atuação como Adriana, a mulher ciumenta que agora namora André (Reynaldo Gianecchini), não teve o mesmo impacto e chega a ser histérica e chata.

Ao contrário de Fabíula Nascimento e, principalmente Thalita Carauta, que garantem os momentos divertidos desta comédia nacional. A primeira interpretando Luíza, produtora de TV e irmã de Adriana, que não pode ver um rosto bonito e um corpo jovem bem trabalhado para partir para cima. E Dialinda, ex-empregada de Adriana que agora mora nos EUA e faz faxina na casa de americanos, ainda na esperança de se casar com um americano e conquistar o Green card. Giane continua o mesmo - lindo demais, mas ainda precisa melhorar muito para fazer uma comédia.

Esta continuação piorada de "S.O.S. Mulheres ao Mar" (2013) repete situações e parece mais um roteiro turístico de cruzeiro marítimo. Teve locações no Rio de Janeiro, nos parques temáticos da Universal em Orlando, em Miami e no deserto do Texas (EUA) e também em Cancun, Riviera Maya, Playa del Carmen e Yucatan, no México.

Se os atores principais já são fracos, os novos integrantes não ficam atrás: a ex-modelo e dublê de atriz Rhaisa Batista interpreta Anita, ex-noiva de André e modelo que irá desfilar no lançamento da coleção durante o cruzeiro e tentar reconquistar o estilista; Felipe Roque faz Maurício, outro belo modelo de olhos verdes e corpo sarado que vai chamar a atenção de Luíza. Viajando com ele está Rafael, papel vivido por Gil Coelho, que se interessa por Adriana.

Elenco escolhido, todo mundo nos seus lugares, com papéis decorados, tentando fazer tudo certinho, mas o resultado foi menos que mediano, em uma comédia que não faz rir. Uma pena, deveria ter ficado no primeiro, que foi bem divertido com a história terminando como deve em uma comédia romântica - "e todos viveram felizes para sempre".

Neste filme estamos de volta com Adriana (Antonelli), agora uma escritora bem-sucedida, feliz em seu romance com André (Gianecchini), que está prestes a lançar sua primeira coleção de moda durante um cruzeiro pelo Caribe. Porém, quando ela descobre que Anita (Rhaisa) a bela ex-noiva do estilista irá acompanhá-lo em busca de uma reconciliação, Adriana convoca a irmã Luiza (Fabíula) e Dialinda (Thalita) para uma nova aventura, com direito a novos romances e passeio no Parque da Universal, em Orlando, e diversão em lindas praias no Caribe mexicano.




"S.O.S. Mulheres ao Mar 2" pode ser conferido em 18 salas de cinema de 18 shoppings de BH, Betim e Contagem.

Ficha técnica:
Direção: Cris D'Amato
Produção: Globo Filmes / Universal Pictures / Europa Filmes
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 1h34
Gênero: Comédia romântica
País: Brasil
Classificação: 14 anos
Nota: 2 (0 a 5)

Tags: #SOSMulheresaoMar2, #GiovannaAntonelli, #ReynaldoGianecchini, #FabíulaNascimento, #ThalitaCarauta, #CrisDamato, #comédia, #UniversalPictures, #GloboFilmes, #Caribe #México, #CinemanoEscurinho, #TudoBH, #PQN

22 outubro 2015

"Ponte dos Espiões" é filme que merece disputar Oscar

Mark Rylance e Tom Hanks dão um show de interpretação como um espião soviético e seu advogado americano (Fotos: Twentieth Century Fox/Divulgação)

Maristela Bretas


Eles já trabalharam juntos em outros três sucessos de bilheteria - "O Terminal", "O Resgate do Soldado Ryan" e "Prenda-me Se for Capaz". E "Ponte dos Espiões" ("Bridge of Spies"), dirigido por Steven Spielberg com Tom Hanks como protagonista, tem tudo para confirmar que está parceria de dois premiados é sempre um sinal de bons resultados. 


A trama é baseada num fato real ocorrido durante a construção do Muro de Berlim e envolve ação, suspense, drama, espionagem e uma grande interpretação de Tom Hanks, que merece ser um dos indicados ao Oscar 2016. A cada filme, o ator comprova porque seu talento e competência o colocam entre os melhores de Hollywood.

Hanks é o advogado de seguros James Donovan, que ficou famoso (e odiado) por ter defendido um espião russo preso nos Estados Unidos no início da Guerra Fria. Donovan cai em desgraça junto à opinião pública e passa a ser criticado e ameaçado pela sociedade que exigia a pena de morte para seu cliente.

A persistência e o senso de justiça do experiente advogado vão colocá-lo numa situação ainda mais delicada, quando é chamado para intermediar a negociação entre EUA e União Soviética. Em plena Berlim Oriental, pós 2º Guerra Mundial, ele terá de trocar seu cliente russo por um prisioneiro americano capturado pelos inimigos. Donovan se transformou anos depois num dos maiores negociadores de conflitos dos Estados Unidos.

Ele divide as atenções com Mark Rylance, que interpreta de forma excelente o papel de Rudolf Abel, o cliente soviético preso por agentes da CIA e acusado de espionagem. Além de Alan Alda, como Thomas Watters, sócio de Donovan num renomado escritório de advocacia de Nova York da década de 60, Scott Shepherd, no papel do agente Hoffman, da CIA, e Amy Ryan, como Mary, esposa do advogado que teme pelas decisões do marido, mas que nunca deixa de apoiá-lo.

O diretor Steven Spielberg, como sempre, faz uma excelente reconstituição de época e explora, como em "A Lista de Schindler" (1993) os ambientes escuros e o cenário sombrio da recém-criada Alemanha Oriental e sua destruição pós-segunda Guerra Mundial. Mas peca, como em outras vezes quando coloca os inimigos dos EUA, no caso russos e alemães, como vilões torturadores de espiões, enquanto os americanos são verdadeiros cavalheiros com seus prisioneiros, respeitando todas as leis e direitos humanos. Podia ter evitado esta exaltação exagerada.

Ponto positivo também para a duração. Engana-se quem vai ao cinema a procura de um filme de guerra. "Ponte dos Espiões" tem como pano de fundo a espionagem e os jogos de interesse das duas potências, em busca do domínio. O início da produção é mais lento para que a disputa seja bem explicada para que o público possa entender o conflito e toda a trama que envolveu o caso na época. Começa a ganhar agilidade a partir do julgamento do russo e prende até o final.




Um grande filme, com ótimos atores. Imperdível. "Ponte dos Espiões" está em cartaz, por enquanto, em oito salas de cinemas dos shoppings Cidade, Del Rey, Boulevard, Ponteio, Diamond Mall, Pampulha Mall e Shopping Norte.

Ficha técnica:
Diretor e produtor: Steven Spielberg
Produção: DreamWorks Pictures / Fox 2000 Pictures
Distribuição: Fox Films
Duração: 2h12
Gêneros: Espionagem / Suspense
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4,8 (0 a 5)

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19 outubro 2015

"Operações Especiais" é um "Tropa de Elite" com mocinha e bandidos

Cléo Pires, Fabrício Boliveira e Thiago Martins integram o grupo de elite da polícia contra a criminalidade (Fotos: Paris Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


Uma surpresa o filme "Operações Especiais". No primeiro momento parecia que seria apenas uma cópia piorada de "Tropa de Elite", com a mesma temática da violência e combate á corrupção e ao crime organizado no Rio de Janeiro. A diferença seria o rostinho bonito de Cléo Pires. A produção é mais fraca, mas consistente com a realidade.

Apesar de a atriz ter entrado na história para fazer apenas uma participação especial e acabar se tornando a personagem principal são Marcos Caruso (como o delegado Paulo Froes) e Fabrício Boliveira (como o inspetor Décio) que dão o recado e se destacam em seus papéis de polícias incorruptíveis, mas que não seguem as regras no combate ao crime organizado. Ótimas atuações.

Cléo Pires também amadureceu sua interpretação e convence como Francis, moça da periferia que resolve se tornar policial civil para enfrentar ex-namorado e achar que teria funções apenas burocráticas. Acaba jogada numa equipe de elite, com policiais machistas que não aceitam uma mulher no grupo. Seu personagem vai descobrindo a cada dia que para encarar a violência só mesmo se tornando parte dela. A moça cheia de sonhos, que seduzia a todos com charme e beleza, cuja única preocupação era cuidar do cabelo e das unhas terá de perder o medo da violência, subir o morro atrás de marginal e ainda algemar um grandalhão.

Outro que tem melhorado suas atuações é Thiago Martins, que se encaixou bem no papel do policial Roni, o mais machista do grupo e maior crítico da presença de Francis. Num todo a equipe convence como grupo especial.  Assim como Fabíula Nascimento como a manicure Rosa que vive entre criminosos, mas prefere fechar os olhos para a corrupção de sua cidade. Já Antonio Tabet é Toscano, a cara da corrupção, malando e violento que se faz passar por amigos de todos enquanto mata e trafica sob e as ordens dos "graúdos" da cidade.

Uma coisa não dá para disfarçar: lembra muito "Tropa de Elite", com o policial bonzinho e o corrupto, a criminalidade no morro, a postura das pessoas que fingem que não vêm nada e que tiram proveito da situação. A mesma sociedade que pede justiça, critica e exige que a polícia deixe o local quando sua atuação "atrapalha os negócios".

A história narra o trabalho de um grupo de policiais 100% honestos que é enviado a uma fictícia cidade do interior do Rio de Janeiro - São José do Livramento - que está sofrendo com o aumento da criminalidade após a criação das UPPs. O governo convoca Paulo Froes (Caruso), delegado com a ficha mais limpa da corporação, e reúne uma equipe especial para a campanha. 

Entre os agentes selecionados está Francis (Cléo), uma investigadora novata que precisa provar que tem valor. Em pouco tempo eles resolvem o problema e são aclamados pela opinião pública. Mas a “lua de mel” dura pouco. A aplicação do rigor da lei começa a incomodar a todos. A situação se torna insustentável e o governo se vê forçado a intervir novamente. Será que a população quer mesmo uma polícia honesta?


Mas "Operações Especiais" cumpre seu objetivo : é um filme de muita ação, vale para quem gosta do gênero policial, com palavrões e muitos tiros. Para a produção, o diretor Tomás Portela utilizou três cidades como cenários - Rio de Janeiro, Duque de Caxias (RJ) e Palmas (Tocantins). O filme não é ruim e vale como mais uma produção nacional .

Ficha Técnica
Direção: Tomás Portela
Produção: TC Filmes / Globo Filmes / Universal Pictures / Querosene/ Filmland / Formiga Filmes
Distribuição: Paris Filmes e Downtown Filmes
Duração: 1h30
Gêneros: Drama / Ação / Policial
País: Brasil
Classificação: 14 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: #OperaçoesEspeciais # CléoPires #MarcosCaruso #FabrícioBoliveira #ThiagoMartins #AntonioTabet #FabíulaNascimento #TomásPortela #DowntownFilmes #ParisFilmes #policial #Ação #filmenacional #CinemanoEscurinho

15 outubro 2015

Longo demais para uma ousada " A Travessia" de 40 metros


Na versão 3D a fotografia fica espetacular, principalmente nas cenas feitas no alto dos prédios (Fotos Sony Pictures/Divulgação)


Maristela Bretas


A história de "A Travessia" ("The Walk") é bem interessante e baseada em um fato real ocorrido em 7 de agosto de 1974 em Nova York e que ganhou repercussão na imprensa mundial. Sob a direção do premiado Robert Zemeckis ("O Voo", "Naufrágio", "Forrest Gump" e a trilogia "De Volta para o Futuro", só para relembrar algumas de suas famosas produções) tinha tudo para ser perfeito. 

Na versão 3D a fotografia fica espetacular, principalmente do alto dos prédios, e faz o público se sentir pendurado numa corda bamba, como o personagem, com cenas que dão a exata sensação de profundidade que o momento exige. Por essas cenas já valeria assistir o filme.

Mas a duração jogou um balde de água fria na produção. Há momentos tão monótonos (até dispensáveis) que chegam a ser chatos, arrastando a história sem necessidade. Ela ganha mais agilidade da metade para frente, quando o plano da grande travessia começa a ser colocado em prática pelo equilibrista francês Philippe Petit, interpretado pelo ator Joseph Gordon-Levitt, e seus amigos.

Vivendo na corda bamba literalmente pelas ruas de Paris, o equilibrista francês Philippe Petit sonha em fazer uma grande apresentação e ter sua arte reconhecida no mundo todo. Até que um dia decide que seu destino será atravessar sobre um cabo de aço o vão de 40 metros de extensão que separa as torres do World Trade Center, as famosas Torres Gêmeas de Nova York, ainda em construção. 


Para isso irá contar com a ajuda da jovem Annie (Charlotte Le Bon) e do fotógrafo Jean-Louis (Clément Sibony), além de outros parceiros nos EUA e o tutor Papa Rudy (Ben Kinsgley) que lhe ensinou os macetes para realizar a façanha. O sucesso da façanha acabou se tornando uma biografia, escrita pelo próprio Petit - "To Reach The Clouds", que deu origem ao documentário "O Equilibrista" (2009). A ousadia de Petit entrou para a história das antigas Torres Gêmeas.

"A Travessia" é um filme bom, e Zemeckis explorou bem as imagens e os efeitos da travessia das torres, assim como o momento "rei do mundo" de Petit sobre o cabo de aço. Vale como distração para quem tem curiosidade de conhecer o caso e como o diretor explorou a ousadia, a determinação e a quase insanidade do personagem na busca por seu sonho.



O filme está em cartaz nas salas 4 do Boulevard Shopping (18h50 e 21h15) e 2 do Shopping Del Rey (18h30 e 21 horas - sessões 3D) em versões legendadas. 


Ficha técnica:
Direção: Robert Zemeckis
Produção: Columbia TriStar / Imagemovers / Sony Pictures Entertainment
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 2h03
Gêneros: Biografia / Drama / Aventura
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 3 (0 a 5)


Tags: #ATravessia #JosephGordon-Levitt  #RobertZemeckis #PhilippePetit  #CharlotteLeBon  #BenKingsley  #SonyPictures  #equilibrista  #torresgêmeas #WorldTradeCenter #biografia #aventura #drama #CinemanoEscurinho

11 outubro 2015

"Peter Pan", o melhor filme de aventura/fantasia do ano

Hugh Jackman agora é um vilão dos contos de fada, como o terrível pirata Barba Negra (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Aos fãs de um bom filme de fantasia, "Peter Pan" é imperdível. A produção pode ter classificação livre, mas vai agradar muito marmanjo, principalmente se for visto em 3D - vale cada centavo do ingresso desta versão. Um ótimo programa para o feriado prolongado de Dia das Crianças. Os efeitos especiais são excelentes, principalmente nas cenas que exigem profundidade. Nota 10 para o diretor Joe Wright, que soube pegar uma história conhecida por todas e dar uma nova roupagem.

E se a produção não fosse o suficiente, o elenco tem nada menos que Hugh Jackman no papel principal. A capacidade de se adaptar a seus personagens - de Wolverine (franquia "X-Men") a Jean Vatjean ("Os Miseráveis"), é demais. Ele ainda canta e se apresenta como um verdadeiro roqueiro, com uma entrada triunfal digna de Nirvana - "SmellsLike Teen Spirit".

E a trilha sonora ainda conta com um sucesso da banda Ramones - "Blitzkrieg Bop". Tudo isso envolvido num mundo de cor, sombras e pura magia, com imagens e fotografia de encher os olhos - até mesmo quando as cenas em preto e branco remetem para o período de guerra. Acha que não combina? Então pague para ver.

Jackman agora é um vilão dos contos de fada, como o terrível pirata Barba Negra. E vai mostrar toda a sua tarimba contra Levi Miller, um estreante na telona, australiano como ele, que tem tudo para ser um grande ator. O garoto interpreta o jovem Peter, que terá toda a sua vida de órfão mudada para uma grande aventura na Terra do Nunca.

No elenco estão ainda Rooney Mara, como a princesa Tigrinha (também chamada de Tiger Lily), Garrett Hedlund, como James Hook (ainda com as duas mãos e antes de se tornar o malvado Capitão Gancho), Amanda Seyfried, como a mãe de Peter e, numa aparição rápida, Cara Delevingne, como uma sereia. Destaque ainda para Adeel Akhtar, que faz Smee, o famoso Barrica (que não tem nada de gordo), ajudante de Gancho.

Para quem acha que vai ver a história mais que conhecida do menino que se recusava a crescer, com direito a Wendy, Sininho e os garotos perdidos, pode refazer seus conceitos. Ao contrário de outras versões, algumas ótimas como "Hook - A Volta do Capitão Gancho" (1992), dirigido por Steven Spielberg, com Robin Williams no papel do jovem e Dustin Hoffman como o famoso pirata, "Peter Pan" começa bem antes, contando como tudo começou. Como Peter se tornou Pan, como surgiu o capitão Gancho, a amizade com o garoto e sua disputa com Barba Negra.

Nesta nova versão, Peter é um garoto de 12 anos que vive em um orfanato em Londres, no período da Segunda Guerra Mundial. Um dia, ele e várias crianças são sequestradas por piratas em um navio voador, que logo é perseguido por caças do exército britânico. O navio escapa e logo ruma para a Terra do Nunca, um lugar mágico e distante onde o capitão Barba Negra escraviza crianças e adultos para que encontrem pixum, uma pedra preciosa que concentra pó de fada. Em pleno garimpo, Peter conhece James Hook (Garreth Hedlund), que tem planos para fugir do local. Mas esta fuga pode colocar em perigo todo o reino das fadas.




Este deverá ser o primeiro filme de uma possível trilogia - a bilheteria vai definir os rumos das próximas produções, que deverão explicar alguns pontos que ficaram  no ar: como Pan e Gancho passaram de grandes amigos a inimigos mortais, como será a vida de Pan e seus amigos na terra do nunca, que fim levou Smee, como Hook perde sua mão comida pelo crocodilo Tic-Tac.


GALERIA DE FOTOS


Enfim, ainda tem muita história para contar. Mas esta produção já é um grande começo e merece ser visto. "Peter Pan" está em exibição em 34 salas de 19 shoppings de BH, Betim e Contagem, nas versões dublada e legendada, em 2D e 3D.

Ficha técnica:
Direção: Joe Wright
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 1h51
Gêneros: Aventura/Fantasia
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 4,5 (0 a 5)

Tags: #PeterPan  #HughJackman  #LeviMiller #RonneyMara  #GarrettHedlund  #AmandaSeyfried  #CaraDelevingne  #JoeWright #fantasia #aventura #contosdefadas #terradonunca #capitaogancho #barbanegra #WarnerBrosPictures #CinemanoEscurinho

08 outubro 2015

"Horas de Desespero" é sufoco demais para uma só família

Owen Wilson faz o papel de um pai que tenta a todo custo salvar sua família de rebeldes assassinos num país em guerra (Fotos: Diamond Films/Divulgação)

Maristela Bretas


Poderia ser mais um filme de guerra civil, golpe de estado ou qualquer conflito do gênero. Mas "Horas de Desespero" ("No Escape"), do diretor John Erick Dowdle, usa o assunto como pano de fundo para contar a história de uma família que viveu horas de pânico e terror para tentar escapar de um conflito armado e até onde vai a insanidade humana e o fanatismo numa situação destas.

E Owen Wilson conseguiu dar a dramaticidade esperada a seu personagem Jack Dwyer na condução das cenas. Ele ainda contou com a ajuda do ex-James Bond, Pierce Brosnan em sua fuga alucinada. Brosnan, por sinal, não perdeu o "jeitinho" e deixa sua marca de agente secreto nas cenas que divide com Wilson.

"Horas de Desespero" é ação do início ao fim de tirar o fôlego. O filme conta ainda com a participação de Lake Bell, que interpreta Annie Dwyer, esposa de Jack. Ela mostra o que é uma mãe é capaz de fazer quando sua família corre perigo. Outro destaque é a Sterling Jerins, que faz Lucy, filha mais velha do casal. A garotinha tem futuro.

Jack Dwyer (Wilson) recebe uma ótima proposta de trabalho e se muda com a mulher e duas filhas pequenas para um país não identificado no continente asiático. No dia da chegada explode uma guerra civil e os americanos são considerados pelos rebeldes seus maiores inimigos e precisam ser exterminados como os demais estrangeiros. 

Jack e a família vão viver momentos de tensão e desespero para e conseguirem fugir antes de serem executados. E vão precisar conta com a ajuda de Hammond (Brosnan), um simpático negociante britânico.




Apesar de xenofóbico em alguns diálogos, a produção é uma das boas estreias desta quinta-feira (8) nos cinemas de BH, nas versões dublada e legendada.

Ficha técnica:
Direção: John Erick Dowdle
Distribuição: Diamond Films
Duração: 1h43
Gêneros: Suspense / Ação
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 3,0 (0 a 5)

Tags: #HorasdeDesespero  #OwenWilson #PierceBrosnan #LakeBell  #JohnErickDowdle #ação #suspense #DiamondFilms #CinemanoEscurinho

05 outubro 2015

"Bata Antes de Entrar" apresenta um Keanu Reeves "juninho" demais para convencer

Maristela Bretas


A frase "É isso que acontece quando você quebra as regras, Evan. Teremos que te punir" já conta toda a história, assim como o trailer de "Bata Antes de Entrar" ("Knock, knock"). Novo filme do diretor Eli Roth traz três atores principais: Keanu Reeves (com cara de Matrix) e as belas Lorenza Izzo e Ana de Armas. Fora isso, uma produção dispensável, esquecível, tão fraca quanto a primeira versão "Death Game" (1977), que serviu de inspiração para este filme.

Reeves não convence como pai, como marido fiel e menos ainda um quarentão bombado que acaba preso, amarrado e torturado pelas duas garotas. "Bata Antes de Entrar" é um filme de médio para fraco, com muita ação insana, pouco sexo e muita sacanagem que as mocinhas aprontam com o "inocente" arquiteto, pai de família que se deixa levar pelo desejo de transar com as jovens gostosas, achando que não ia dar em nada. Ana de Armas (no papel de Bel) e Lorenza Izzo (interpretando Genesis) estão ótimas como as assassinas e depravadas visitantes. E garantem a história mais do que Reeves.

Durante um fim de semana no qual sua família viajou, a vida de Evan Webber (Keanu Reeves), é interrompida pelas atraentes Genesis (Lorenza Izzo) e Bel (Ana de Armas), que chegam à sua porta buscando refúgio da tempestade. O que parecia uma breve visita termina se transformando em um inferno, quando as duas garotas seduzem o dono da casa e o tomam como refém para brincadeiras pouco confortáveis e torturas, enquanto a família não volta.

O personagem é "juninho" demais. Tá certo que o mundo está muito doido, mas uma história que mostra um homem com a experiência de Evan, que se deixa levar pela conversa das duas que chegam do nada, molhadas pela chuva e sem celular pedindo para usar o telefone e começam a perguntar tudo sobre a vida dele? No mínimo suspeito. E depois de transarem ele achar que era só mandar as duas embora e tudo bem, ninguém iria ficar sabendo?

Fica a dúvida durante todo o filme se elas vão apenas torturá-lo ou matá-lo ao amanhecer, se as duas, além de sádicas são mesmo assassinas e se a intenção é destruir também a casa e tudo o que está ligado ao arquiteto. A falta de malícia de Evan (além da falta de expressão de Reeves) chega a irritar em algumas cenas, como a que ele expulsa as duas, enquanto espera do lado de fora da casa que elas troquem de roupa no seu banheiro, achando que "está tudo bem". Ou a cena que ele tenta se comunicar com a mulher pelo iPad. Tanta estupidez depois de tudo que as loucas aprontaram com ele? É abusar demais da inteligência do público.

E para justificar uma história fraca, a culpa no final é das redes sociais, que são usadas como vitrines do mundo para as pessoas exporem suas vidas para todos. "Bata Antes de Entrar" é um suspense com ação, um final que até surpreende, mas falha muito, a começar pela escolha de Keanu Reeves que não se encaixa no papel. Vai atrair os fãs que gostam de seus filmes. Mas o público masculino ficará mais interessado em ver as cenas com Ana e Lorenza. Conselho: Não espere muito desta produção, que entra em cartaz nos cinemas de BH nesta quinta-feira (8).




Ficha técnica:
Direção: Eli Roth
Produção: Lionsgate / Dragonfly Entertainment / Sobras International Pictures / Camp Grey Productions
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h39
Gênero: Suspense
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

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04 outubro 2015

Ridley Scott e Matt Damon, uma dupla afinada em "Perdido em Marte"

A solidão do planeta Marte é a maior inimiga do astronauta/biólogo Mark Watney (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)

Maristela Bretas


Ótimo filme, boa condução e direção e uma excelente atuação de Matt Damon sob a batuta do mestre da ficção Ridley Scott ("Alien - o 8º passageiro", "Blade Runner - O Caçador de Androides" e "Prometheus"). Assim pode ser definido o filme "Perdido em Marte", um dos mais aguardados do ano. Damon está ótimo no papel, apesar de bancar o super-herói americano em um planeta onde ele e suas batatas são as únicas coisas vivas. E a situação de solidão e abandono no planeta vermelho é tratada por ele com ironia e sarcasmo, mas sempre mantendo a esperança de que tudo irá se resolver da melhor forma. Nem que seja fazendo uma mini-horta dentro de uma base espacial.

E toda a saga do astronauta levou a um excesso de detalhes do diretor Scott, o que deixou a produção com mais de 2h20 . Poderia ter uma duração um pouco menor. Mas isso não atrapalha tanto. Assim como outros filmes recentes do gênero - "Gravidade" (2013) e "Interestelar" (2014) -, que tratam de viagens espaciais, "Perdido em Marte" ("The Martian") explora a solidão do astronauta na isolada e seca superfície do planeta vermelho. Uma solidão só quebrada pelos registros diários em vídeo de Mark Watney (Damon) e a ótima trilha sonora dos anos 70/80, com direito a Donna Summer e ABBA que ele escuta mesmo não gostando.

O elenco também está muito bom e dá a dramaticidade necessária à produção. Destaque para Jessica Chastain ("Interestelar"), como a comandante Melissa Lewis que chefia a equipe de astronautas, Chiwetel Ejiofor ("12 Anos de Escravidão") como Venkat Kapoor, responsável da Nasa pelo resgate do astronauta, Jeff Daniels ("Debi & Lóide"), no papel do chefão da Nasa Teddy Sanders, e Kristen Wing ("Ela"), como Annie Montrose, a assessora de imprensa que tem de dar nó em pingo d´água para justificar as falhas da agência espacial. Também participam Sean Bean, Michael Peña, Kata Mara, Sebastian Stan (estes três últimos como integrantes da tripulação).

No filme, Mark Watney é um dos integrantes da equipe de exploração de Marte, a Ares III, comandada por Lewis (Chastian). A chegada de uma forte tempestade na superfície obriga a tripulação a abortar a missão, mas durante a retirada, Mark é atingido por destroços e se perde. Ele é dado como morto pelo grupo e pela Nasa e abandonado no planeta. 

Mas seus conhecimentos de botânica, aliado à criatividade e a vontade de viver e retornar à Terra serão seus maiores aliados para sobreviver até que o socorro chegue. A milhões de quilômetros de distância, a NASA e uma equipe de cientistas internacionais trabalham incansavelmente para trazer "o marciano" de volta enquanto seus colegas de tripulação tentam uma ousada missão de resgate.



"Perdido em Marte" é uma adaptação do livro escrito por Andy Weir. E indico para aqueles que gostam de um filme bem produzido e dirigido, com diálogos (muitas vezes monólogos) usando linguagem clara e simples. Também os efeitos especiais em nada deixam a dever, na medida certa. Mas um dos destaques está na fotografia - de encher os olhos. Ridley Scott arrasou de novo, o filme é imperdível.

Ficha técnica:
Direção: Ridley Scott
Produção: 20th Century Fox
Distribuição: Fox Films
Duração: 2h21
Gênero: Ficção
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4,8 (0 a 5)

Tags: #PerdidoemMarte #MattDamon #RidleyScott #JessicaChastain #JeffDaniels #Chiwetel Ejiofor #ficção #FoxFilms #20thCenturyFox #CinemanoEscurinho