24 setembro 2021

"O Silêncio da Chuva" chega às telas atualizado, sem perder a atmosfera de um policial clássico

Lázaro Ramos protagoniza o detetive Espinosa, personagem do livro de Luiz Alfredo Garcia-Roza e adaptado para o cinema (Fotos: Mariana Vianna)


Carolina Cassese


Estamos habituados a ver um Rio de Janeiro diurno e repleto de cores. No entanto, logo na primeira cena de "O Silêncio da Chuva" (2020), longa assinado por Daniel Filho, nos damos conta de que aquele cenário está muito mais sombrio do que de costume. O filme é uma das estreias da semana e está em exibição no Cineart Cidade.

Além da atmosfera misteriosa, apresentada para nós em tons de sépia, temos todos os elementos de um clássico policial: um provável assassinato, uma investigação, vários suspeitos que escondem muitos segredos, femmes fatales e uma dupla de detetives bastante entrosada. O filme protagonizado por Lázaro Ramos é uma adaptação do consagrado livro homônimo de 1996 escrito por Luiz Alfredo Garcia-Roza, que recebeu os prêmios Nestlé e Jabuti e foi publicado em nove países.


Além de Lázaro, que interpreta o conhecido detetive Espinosa, o elenco conta com nomes como Cláudia Abreu (que interpreta Bia, a viúva), Thalita Carauta (Daia, que compõe a dupla de detetives com Espinosa), Mayana Neiva (Rose, que era amante da vítima), Guilherme Fontes (Ricardo, o executivo morto), entre outros.

Podemos perceber que houve uma atualização do texto, escrito há 22 anos. A personagem de Daia é uma das que melhor exemplifica essa renovação, já que é uma mulher que integra a polícia. E ainda, não se sente impelida a esconder seus desejos. O próprio fato de o personagem principal ser negro já representa uma mudança significativa em relação ao livro original.


Para os que estão acostumados a ver filmes policiais, talvez "O Silêncio da Chuva" não pareça exatamente inovador. Um de seus diferenciais, no entanto, reside justamente no fato de que a produção não é hollywoodiana e apresenta elementos bastante brasileiros. Em entrevista ao site C7nema, Lázaro Ramos definiu o longa como um noir. 

“O Brasil, infelizmente, insiste em vender seu cinema para o público sem comunicar as especificidades de cada gênero. É como se ‘cinema brasileiro’ fosse um gênero em si, e não é. Este nosso filme tem uma cara e uma comunicação de gênero, e sem perder o jeito brasileiro de ser”, declarou o ator.


Sabemos que, no Brasil, o termo “policial” muitas vezes ganha conotações violentas: programas policialescos são aqueles que falam de crimes bárbaros, reportagens “policiais” muitas vezes são sensacionalistas… O longa de Daniel Filho, no entanto, não sucumbe à lógica "pinga-sangue". Por mais que algumas cenas sejam mais explícitas, a produção está longe de ser apelativa e tem muito mais o que oferecer.

Do começo ao fim, "O Silêncio da Chuva" é bastante eficiente em prender a nossa atenção. Repleto de boas atuações, o longa diverte na medida certa e, apesar de fazer uso de alguns arquétipos, não incorre demasiadamente em estereótipos. Que, daqui pra frente, o cinema brasileiro aposte em mais filmes ditos “de gênero” - temos sim muitos profissionais qualificados para contar novas histórias.


Ficha técnica:
Direção: Daniel Filho
Roteiro: Lusa Silvestre
Produção: Globo Filmes / Lereby
Distribuição: ELO Company
Exibição: Cineart Cidade - sala 1 - sessões às 16h40 e 20h40 // Una Cine Belas - sala 3 - sessão 20h10
Duração: 1h36
Classificação: 16 anos
País: Brasil
Gêneros: Drama / Policial

22 setembro 2021

Sem tomar partido, “Aranha” fala de grupo fascista que sonhava com um Chile de extrema direita nos anos de 1970

O desempenho impecável do elenco nas duas fases é um dos grandes méritos da produção (Fotos: Pandora Filmes/Divulgação)


Mirtes Helena Scalioni


Pelo menos dois detalhes deixam claro que “Aranha” ("Araña"), filme do diretor chileno Andrés Wood, que entra em cartaz nos cinemas nesta quinta-feira, não veio para virar um blockbuster. O primeiro: em vez de narrar a história com começo, meio e fim, a direção optou por recortes, com idas e vindas, revezando cenas dos anos de 1970 e da atualidade. 

O segundo: o final, tão inusitado quanto inesperado, deixa no espectador um gosto de incompletude. Ambos são típicas características de um bom “filme de arte”, como querem alguns.


O roteiro, de Guilhermo Calderón, é interessante e curioso: no início da década de 1970, em pleno governo Allende, um grupo de extrema direita chamado Pátria e Liberdade (Patria y Liberdad) programa e comete atentados violentos em nome de um sonhado nacionalismo.

A ideia é matar o presidente Allende e combater o comunismo, dando apoio ao golpe de Estado do general Augusto Pinochet. Entre os mais atuantes dessa turma, estão os jovens Inés (Maria Valverde), Justo (Gabriel Urzía) e Gerardo (Pedro Fontaine), que vivem um conturbado e estranho triângulo amoroso.


Quarenta anos depois, um crime reaproxima os agora adultos Inés (Mercedes Morán), que se casou com Justo (Felipe Armas), e Gerardo (Marcelo Alonso), que reaparece depois de um longo sumiço. A reconstituição de época e figurinos, irrepreensíveis, são partes imprescindíveis da trama.

O desempenho impecável do elenco nas duas fases, que tem até participação de Caio Blat como Antonio, um dos líderes do movimento fascista, é um dos grandes méritos de “Aranha”, que às vezes se torna confuso graças à vertiginosa mudança de época. O trio principal, tanto na versão jovem quanto na maturidade, não deixa a peteca cair, evitando que o espectador se sinta tentado a julgar os três como bandidos. 


Principalmente Mercedes Morán, que faz uma Inés adulta acima de qualquer suspeita, interpretando uma empresária influente e poderosa. Logo no início do filme, como um aviso, o longa – uma produção de Chile, Argentina e Brasil - deixa claro que a violência faz e vai fazer parte dessa história.

Crimes, bombas, correrias, tiros, pichações, atritos e reuniões secretas são intercalados, com muita naturalidade, com as cenas calientes entre Gerardo e Inés, sempre deixando dúvida se a traição é aceita ou será vingada por Justo, o marido dela.


Interessante também é saber que Andrés Wood se tornou conhecido – e reconhecido - no Brasil principalmente por dois filmes: “Violeta foi para o céu” e “Machuca”. Tanto o primeiro, uma cinebiografia da cantora e compositora Violeta Parra, quanto o segundo, sobre a desigualdade social no Chile pós-golpe, são longas, digamos, de esquerda.

Em “Aranha”, o diretor mostra exatamente o outro lado da moeda. Não há, claro, nenhum julgamento. Mas não deixa de ser curioso, principalmente nesses tempos de polarização vividos praticamente em todo o mundo. Ou seria um alerta?


Ficha técnica:
Direção: Andrés Wood
Exibição: Una Cine Belas Artes - Sala 3 - sessão 14h30
Produção: Bossa Nova Films, Magma Cine, Andrés Wood Producciones  
Distribuição: Pandora Filmes
Duração: 1h45
Classificação: 16 anos
Países: Chile / Argentina / Brasil
Gêneros: suspense / crime

19 setembro 2021

"Suk Suk - Um Amor em Segredo” aborda com sensibilidade o tabu do amor homossexual na meia-idade

Os atores Tai-Bo e Ben Yuen desempenham com maestria seus pais no longa dirigido por Ray Yeung (Fotos: Vitrine Filmes/Divulgação)


Carolina Cassese


Logo nas primeiras cenas de “Suk Suk - Um Amor em Segredo”, longa que se passa em Hong Kong, o espectador completamente ocidentalizado se depara com cenários e costumes pouco familiares. Na medida em que a história avança, porém, conseguimos nos identificar bastante com aqueles personagens e, inclusive, perceber algumas semelhanças entre nossa cultura e a deles. O longa, distribuído pela Vitrine Filmes, está em exibição no Usiminas Cinema Belas Artes, com sessão às 17h40.

No filme escrito e dirigido por Ray Yeung, acompanhamos um romance entre Pak (Tai Bo) e Hoi (Ben Yuen). Quando os dois conversam pela primeira vez, descobrimos que Pak é um homem que trabalha dia e noite como taxista com a finalidade de sustentar sua família. Já Hoi é um aposentado que, após o divórcio, criou seu filho sozinho. Como o título indica, a relação que os dois irão estabelecer não será assumida. Isso se dá especialmente por causa de Pak, que ainda precisa manter as aparências para sua família. 


“Suk Suk - Um Amor em Segredo” aposta na contemplação e nos detalhes. A beleza dessa história não está em grandes revelações ou reviravoltas, e sim no desenrolar dessa relação tão bonita e crível. Os dois atores desempenham seus respectivos papéis com maestria: conseguimos embarcar naquelas histórias e compreendemos os pequenos dramas de ambos. 

Outro inegável ponto forte do filme é o quanto ele escapa de obviedades, até mesmo na escolha de seus protagonistas. Apesar do número crescente de narrativas protagonizadas por casais LGBTQIA+ (mesmo que ainda haja um longo caminho a ser percorrido), o tema da sexualidade durante a velhice ainda é um grande tabu. Como destacou o jornal The Hollywood Reporter, “o último bastião da sexualidade desconfortável poderia ser a admissão de que qualquer pessoa, mesmo perto da idade de aposentadoria, pode sentir desejo físico ou emocional”.


Em entrevista, o diretor da obra pontua que a geração dos protagonistas de “Suk Suk - Um Amor em Segredo” se sente particularmente reprimida, justamente porque observa um crescimento da comunidade LGBTQIA+ nos dias atuais, mas ao mesmo tempo não sente que pertence a esse movimento. “Hoje, em Hong Kong, a comunidade LGBTQIA+ é geralmente mais aberta e a sociedade aceita mais os direitos dos homossexuais. No entanto, os homens gays mais velhos não puderam desfrutar dessas mudanças devido a sua adesão a valores culturais tradicionais estritos e laços familiares próximos”.


Diferenças culturais à parte, sabemos que esse sentimento não está restrito aos valores da sociedade de Hong Kong. Debates entre gerações estão mais do que presentes na nossa sociedade, que também apresenta uma série de desafios extras para pessoas mais velhas. 

No final das contas, o filme de Ray Yeung é um convite para pensarmos sobre o tempo. Sobre como passamos os nossos dias e, principalmente, em como queremos viver os próximos. Muito bem escrito e dirigido, o longa definitivamente merece nossa atenção - e nosso próprio tempo.


Ficha técnica:
Direção: Ray Yeung
Exibição: Usiminas Cinema Belas Artes – sessão 17h40
Distribuição: Vitrine Filmes
Duração: 1h32
Classificação: 16 anos
País: Hong Kong
Gêneros: Romance / Drama

17 setembro 2021

"Mate ou Morra" - ficção com muita ação e violência, mas excesso de piadas fracas

Frank Grillo vive um ex-agente das forças especiais que revive sua morte centenas de vezes (Fotos: Imagem Filmes/Divulgação)


Maristela Bretas


A proposta de "Mate ou Morra" ("Boss Level") é uma incógnita. Não dá para saber se o diretor Joe Carnahan queria entregar uma comédia com muita ação ou um filme com violência exagerada que lembra demais outra ficção que, no entanto tem uma produção muito melhor - "No Limite o Amanhã" (2014), com Tom Cruise e Emily Blunt. Ou ainda, somente explorar o tema do loop temporal, empregado em outras produções como "Feitiço do Tempo" (1993), com Bill Murray, e "Contra o Tempo" (2011), com Jake Gyllenhaal.


"Mate ou Morra", que entrou em cartaz nos cinemas nessa quinta-feira, começa com muita ação, mas é confuso. À medida que as cenas vão acontecendo, narradas pelo "mocinho", interpretado por Frank Grillo, fica mais fácil para o público compreender o enredo. Grillo é Roy Pulver, um ex-agente das forças especiais que se entregou à bebida. Ele é forçado a reviver sua morte dezenas de vezes, enquanto tenta entender o que provocou esse retorno no tempo, como sair dele e como defender sua família.


As mortes são das formas mais variadas e violentas, algumas chegam a ser cômicas de tão surreais. Pulver é caçado por assassinos e precisa aprender, a cada morte, como escapar dela na sua próxima vida. Frank Grillo é mais conhecido como coadjuvante em blockbusters como "Capitão América: O Soldado Invernal" (2014), "Capitão América: Guerra Civil" (2016) e "Vingadores: Ultimato" (2019), além da franquia "Uma Noite de Crime". Além de ator principal é também um dos produtores executivos de "Mate ou Morra".


O chamariz para a produção fica mesmo para nomes como Naomi Watts ("Vice" - 2018), que interpreta a ex-esposa de Roy Pulver, e o ator e diretor Mel Gibson, de "O Gênio e o Louco" (2019) e "Até o Último Homem" (2016), ambos mal aproveitados. Gibson entrega boa atuação como o empresário cruel e inescrupuloso Clive Ventor. 

O filme conta também com as participações de Selina Lo (a lutadora de espada Guan Yin que repete várias vezes seu nome numa frase bem cansativa); Annabelle Wallis (protagonista de "Maligno"); Michelle Yeoh ("Podres de Rico" - 2018), Will Sasso, Sheaun McKinney, Ken Jeong e até mesmo Rio Grillo, filho do ator na vida real.


A trilha sonora é um ponto positivo, bem adequada e dá a movimentação que o filme necessita. Bom figurino, cenas de ação bem realistas e Frank Grillo bem à vontade no papel, passando simpatia e a impressão de que está se divertindo. O mesmo valendo para Mel Gibson, ao contrário dos outros integrantes do elenco que parecem estar ali para cumprir tabela.

Não dá para esperar muito da produção, vale como distração e pode agradar ao público que gosta de violência tosca, associada a muito tiro, porrada, bomba e boas perseguições. Apesar da história fraca e cheia de furos, "Mate ou Morra" segura o público até o final, especialmente pela curiosidade em saber o que vai acontecer com Roy depois de tanta matança. Mas aí o diretor peca novamente, pelo menos na versão que está nos cinemas brasileiros. Em breve, quando estrear na Prime Video, o público verá um final diferente (o que foi exibido nos EUA).


Ficha técnica
Direção: Joe Carnahan
Produção: California Filmes
Distribuição: Imagem Filmes
Duração: 1h41
Classificação: 16 anos
País: EUA
Gêneros: Ação / Suspense /Ficção
Nota: 3,5 (0 a 5)

14 setembro 2021

“Anônimo” copia franquia John Wick, traz boas cenas de ação, mas se perde nos clichês

Bob Odenkirk interpreta um pacato pai de família que resolve se vingar dos assaltantes que entraram em sua casa (Fotos: Universal Pictures)


Jean Piter Miranda

Hutch Mansell (Bob Odenkirk) é um homem comum. Um cara com quase uns 60 anos de idade. Ele vive sua rotina de trabalho e cuidados com a família. Em uma noite, um casal de assaltantes invade sua casa. Para evitar problemas, ele não reage e deixa os bandidos irem embora. A esposa, os filhos e os amigos dele ficam desapontados com sua passividade. 

Dias depois, ele decide ir atrás dos ladrões, o que traz de volta um passado sombrio que vai colocar sua vida em risco. Essa é a história de “Anônimo” ("Nobody"), filme de ação produzido pela Universal Pictures, que deve ser lançado em breve no Brasil nas plataformas de streaming.


Buscando vingança, Mansell roda o submundo da cidade e acaba arrumando problemas com a máfia russa. É aí que tudo se complica. Era uma situação relativamente pequena, que poderia ter sido deixada de lado. No fim, ele passa de perseguidor a perseguido. E todo o seu passado é revirado, revelando que ele não é uma pessoa comum como parecia. E vai precisar usar tudo o que sabe para se defender e proteger a sua família.


Logo de cara, qualquer um vai notar semelhanças com a franquia John Wick. Principalmente nesse ponto: era uma situação que poderia ter sido deixado pra lá e que acaba virando um problema com gente muito poderosa. Mansell também teve treinamento para lidar com armas e com combates corpo a corpo. E as semelhanças não param por aí. As cenas de ação, tanto nas lutas quanto nas perseguições e nas trocas de tiros lembram muito os filmes estrelados por Keanu Reeves.


O roteirista é Derek Kolstad, o mesmo da franquia John Wick. O filme tem uma boa proposta, mas não esconde que copia várias ideias de "De Volta ao Jogo" (2014), "Um Novo Dia Para Matar" (2017) e "John Wick 3 - Parabellum" (2019). Mas tem furos que pesam contra. Os vilões são sempre russos, latinos, alemães, orientais ou árabes. 

Os malvados nunca são dos Estados Unidos. E os mafiosos sempre burros. Controlam organizações com abrangência mundial, mas não conseguem bater de frente com um único estadunidense. Podem mandar os melhores capangas, os mais treinados, que eles sempre vão cometer erros primários. É só prestar um pouco de atenção para notar isso.


Por que não colocam vilões dos EUA, que sejam tão bem treinados quanto? Fica difícil engolir isso em pleno 2021, depois de centenas e centenas de filmes com os mesmos roteiros. O mocinho que usa um carro antigo de motor potente para fugir e trocar tiros. E mesmo com 50 capangas atirando com metralhadoras contra ele, não recebe um tiro. O veículo fica cheio de buracos, mas nem uma bala atinge o cara.


O herói, claro, vai ter ajuda de antigos companheiros. Tão bem treinados quando ele. O cara atrai os “bandidos” para um local cheio de armadilhas e eles caem em todas. O mocinho sozinho invade uma fortaleza da máfia russa, destrói tudo e saí ileso. E ainda vai atrás do chefão. 

Para que se arriscar fazendo tudo isso quando poderia simplesmente ter fugido com a família? Fica uma “vingança” bem desproporcional. Mas isso passa despercebido para quem procura apenas uma diversão e foca só nas cenas de ação.


Por fim, “Anônimo” tinha potencial para ser bom, mas se perdeu nos clichês. Tem boas interpretações, ótimas cenas de ação, bem realistas. Mas o roteiro tem furos, as ações e motivações do herói são questionáveis, inconsistentes. Há possibilidades de ter continuações, o que não é bom nem ruim. 

Para entretenimento, está de bom tamanho. É mais um filme de ação do tipo “exército de um homem só”, como os muitos feitos por Liam Neeson. Pode e deve agradar ao público, mas fica bem à sombra de John Wick.


Ficha técnica:
Direção: Ilya Naishuller
Roteiro: Derek Kolstad
Exibição: em breve nas plataformas de streaming
Produção e distribuição: Universal Pictures
Duração: 1h32
Classificação: 18 anos
País: EUA
Gênero: Ação

10 setembro 2021

"Maligno" é aterrorizante, instigante e um dos melhores filmes de terror do ano

Annabelle Wallis é a jovem Madison, que tem visões de crimes brutais cometidos por uma entidade ligada a seu passado (Fotos: Warner Bros. Pictures)


Maristela Bretas


Aquele terror que faz você ficar grudado na cadeira do cinema, um roteiro exemplar, uma entidade assustadora em todos os sentidos. Tudo isso num só filme - "Maligno" ("Malignant"), em cartaz nos cinemas, sob a direção de James Wan, responsável por sucessos como (“Aquaman” - 2018 e “Velozes & Furiosos 7” - 2015). 

O longa é estrelado por Annabelle Wallis, que parece estar gostando do gênero terror, tendo participado de “Annabelle” (2014), “A Múmia” (2017) e, mais recentemente, da ficção "Mate ou Morra" (2021). 


Em "Maligno", ela entrega uma ótima interpretação de Madison uma mulher que tem visões de assassinatos brutais que ocorrem em outros lugares, com pessoas desconhecidas. A situação piora quando os sonhos dos crimes passam a ocorrer durante o dia e intrigam a polícia. Ajudada por sua irmã Sidney (papel de Maddie Hasson), ela suspeita que o assassino possa estar ligado a seu passado desconhecido.


Claro, não poderia faltar a casa velha com aspecto de mal assombrada, a neblina e as luzes piscando anunciando a chegada do mal e os ambientes escuros - porque as pessoas insistem em andar pela casa sem acender a luz, só para serem atacadas nos filmes.

 "Maligno" tem uma vantagem sobre outras produções do gênero - as cenas de terror também acontecem durante o dia, nos lugares mais inesperados. E são ótimas, não perdem o impacto por ocorrerem em ambientes iluminados.


A violência nos ataques da entidade podem chocar aqueles de estômago mais fraco, o sangue corre solto e escorre pelas paredes, mas as sequências das cenas prendem do início ao fim. O roteiro é bem amarrado, fazendo as conexões necessárias para que o público entenda o que está acontecendo. Mesmo quando as explicações são óbvias e, às vezes, podem parecer desnecessárias. Mas não são.

O elenco conta ainda com George Young, Jacqueline McKenzie, Jake Abel e Ingrid Bisu (no papel da perita forense), que atuou também em “Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio” (2021) e a “A Freira” (2018), além de ser uma das roteiristas do longa, juntamente com James Wan e Akela Cooper.


James Wan dá um show de direção. Ele literalmente passeia pelos espaços da casa de Madison, com destaque das imagens feitas de cima para baixo, permitindo ao público enxergar o ambiente como num labirinto, à espera do ataque da entidade. Nos outros locais de ataques, a preocupação com os detalhes nos cenários chama a atenção, como no subterrâneo de Seattle, ou acompanhando as vítimas pelos cômodos de suas casas.

O jogo de câmera é perfeito, os efeitos visuais usados na entidade e nas mudanças de cenários durante as visões de Madison, bem como a, fotografia e a maquiagem são uma aula da equipe de produção de Wan, que já participou de outros filmes do gênero, como "Invocação do Mal 2" (2016) e "Sobrenatural: A Última Chave" (2018).


Sem contar a ótima trilha sonora (que pode ser conferida no Spotify) composta por Joseph Bishara, responsável por todos os sete filmes da franquia "Invocação do Mal", iniciada em 2013. Ele compôs ainda a trilha de "The Prodigy" (2019), que no Brasil recebeu também o nome de "Maligno".

Enfim, uma produção que reúne várias influências aplicadas pelo diretor e sua equipe em outros longas, mas que funcionam bem e dão um ritmo que agrada. Vale muito a pena ser conferido.


Ficha técnica:
Direção: James Wan
Roteiro: James Wan, Akela Cooper e Ingrid Bisu
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h51
Classificação: 16 anos
País: EUA
Gêneros: Terror /Suspense
Nota: 4,5 (de 0 a 5)

06 setembro 2021

"O Bom Doutor" - uma boa opção para quem gosta de comédia

O veterano ator Michel Blanc e o comediante e youtuber Hakim Jemili formam a dupla principal desta produção francesa (Fotos: Pandora Filmes/Divulgação)


Jean Piter Miranda


É véspera de Natal em Paris. O experiente médico Serge Mamou-Mani (Michel Blanc) segue de plantão, rodando com seu carro, esperando os chamados de urgência. Entediado, mal humorado e um tanto alcoolizado, ele sofre um acidente e fica incapacitado de fazer os atendimentos. 

Sem ter o que fazer, e pra não perder o emprego, ele coloca o jovem entregador de comida Malek Aknoun (o youtuber Hakim Jemili) para atender os pacientes em seu lugar. Essa é a história de “O Bom Doutor” (2021), comédia francesa que estreia nesta quinta-feira (9) nos cinemas.


À primeira vista, é meio estranho se localizar no filme. Um médico que atende chamados em casa? E não se trata de serviço público. É um atendimento particular que tem que ser pago ao fim da consulta. Não é algo comum aqui no Brasil. Então, bate aquele estranhamento. “Será que é assim mesmo na França?”. Passados os primeiros minutos, dá pra ir se ambientando.

Serge é um sujeito ranzinza, até meio grosseiro. Mas dá pra simpatizar com ele. Trabalhar em uma véspera de Natal na Cidade Luz? Não tem como ficar de bom humor, né? Só que essa indisposição vai se agravando e logo chegam reclamações sobre a conduta do médico. Ou seja, ele não pode mais pisar na bola, se quiser manter o emprego.


Mas há algo mais sobre o médico, não é só tédio e mal humor. Tem tristeza no meio. Uma história que Serge ainda não superou. E ele vai ter que lidar com isso também. Tudo na mesma noite. Tudo fica bem confuso após o acidente que o impossibilita de andar. 

Entra em cena Malek, um jovem entregador de comida de aplicativo, um cara cheio de energia, boa vontade e otimismo. Os dois acabam formando uma dupla pouco convencional e é aí que começam as cenas engraçadas. 


Malek com fone auricular vai ao encontro dos pacientes, recebendo orientações de Serge, que fica no carro. E logo vem um, vem outro, e mais outro atendimento. Tudo correndo sem nenhum problema. E, claro, dá pra saber que uma hora as coisas vão dar errado. Cada vez mais surgem situações cômicas. Um humor diferente das comédias produzidas por Hollywood, com humor e um lado humano. É engraçado, mas nem todo mundo vai rir.


É evidente que Serge e Malek, mesmo apesar das diferenças, vão desenvolver uma amizade. Tudo se desenrola de forma natural, sem forçar a barra. Tem um pouco de drama e ainda sim o filme é bem leve. Dá pra rir e se entreter. As atuações são boas. Há apenas um ponto no roteiro que pode incomodar: ele força a barra para vender o aplicativo Uber como sonho profissional. Tirando isso, o restante é bom. Vale o ingresso. 


Ficha técnica:
Direção: Tristan Séguéla
Exibição: nos cinemas
Distribuição: Pandora Filmes
Duração: 1h30
Classificação:
País: França
Gênero: comédia

04 setembro 2021

Sesc Palladium comemora 10 anos com desafio no Instagram e oficina online para amantes do cinema

Espaço cultural foi transformado em um ambiente para relembrar grandes produções (Montagem sobre vídeos)


Maristela Bretas


Você é bom em cinema? Então vale a pena participar do desafio em comemoração aos 10 anos do Sesc Palladium e tentar acertar quais são as produções e animações inseridas em quatro vídeos que estão sendo divulgados pelo espaço cultural. Basta entrar no Instagram @sesc.palladium, identifique os filmes que marcaram sua vida e postar seu comentário.

A proposta faz parte do projeto “Criações Digitais: Palladium e o Cinema Fantástico” que transforma os espaços do Sesc Palladium e entornos da unidade em um ambiente nostálgico, relembrando filmes marcantes, por meio de intervenções cinematográficas com efeitos visuais.

Foto: Tarcísio de Paula

O primeiro vídeo postado faz referência a nove filmes - "Forrest Gump", "Godzilla", "O Pecado Mora ao Lado", "Viagem à Lua", "Os Caça- Fantasmas", "Harry Potter", "De Volta para o Futuro", "Star Wars" e "King Kong".

Já no segundo vídeo, o desafio é encontrar oito filmes de terror - "It - A Coisa", "Os Caça-Fantasmas 2", "Os Pássaros", "Nosferatu", "O Iluminado", "A Hora do Pesadelo", "Aracnofobia", "Hellraiser - Renascido do Inferno". 

“Jurassic Park”, “Toy Story”, “Monstros S.A.”, entre outros, estão no terceiro vídeo postado. O quarto e último tem uma menina e um coelho de cartola bem conhecidos, além de outros personagens espalhados no espaço cultural do Sesc Palladium. Tente acertar quem são.

Gabriel Benício

Quem explica como funciona este processo de (des)construir esses vídeos que deixam todo mundo na dúvida sobre o que é real ou não é o especialista em efeitos visuais e responsável pelos efeitos inseridos nos vídeos, Gabriel Benício - @gabrielbeniciobh

Nos dias 14 e 15 de setembro, às 20h30, ele vai realizar, via Teams, a oficina online "(Des)construindo Vídeos Fantásticos" para ensinar técnicas, programas e formas de criar efeitos como esses, inserindo personagens preferidos em vídeos caseiros e até profissionais. O workshop tem duração de quatro horas e está com inscrições abertas com ingressos a R$19,50 e R$ 30,00 pelo Sympla.

Segundo Gabriel Benício, a oficina é destinada a qualquer um que tenha curiosidade sobre o processo. "O programa que será utilizado é gratuito e permite renderização em CPU, logo, para quem quiser ir repetindo os passos, é possível, mesmo que o computador da pessoa não tenha grandes recursos. A ideia é mostrar um pouco de como são elaborados os efeitos especiais em séries, filmes, propagandas".

Espaço Cultural Sesc Palladium

Em entrevista ao blog @cinemanoescurinho, ele falou um pouco sobre como foi a produção desses vídeos e a oficina online. 

- Qual o critério usado para a escolha dos personagens inseridos nos quatro vídeos?
Escolhi aqueles que fossem mais icônicos e reconhecíveis. Foram 37 filmes representados nos quatro vídeos. Tentei focar naqueles que fossem mais identificáveis visualmente, alguns talvez mais famosos tiveram que ficar de fora por conta desse critério (como "Casablanca").

- Este tipo de montagem é uma tendência no mercado de produção cinematográfica?
Efeitos visuais (VFX) englobam processos que foram evoluindo ao longo de mais de 100 anos. Pode-se dizer que são uma tendência desde o início do século passado em filmes como "King Kong" (1933) ou "Viagem à Lua" (1902). Agora, se referirmos a inserção de elementos gerados por computador (CGI), ela começou a tomar forma nas últimas quatro décadas, e seu uso vem sendo cada vez maior, uma vez que seu limite se restringe apenas a criatividade humana. O filme "Cleópatra" (1963), por exemplo, foi um dos mais caros da história do cinema para ser produzido em função dos sets de filmagens colossais e diversos locais de gravações. Atualmente, é possível reconstruir cidades inteiras com computação gráfica, com qualidade superior e talvez até custos menores.

- Quanto tempo durou a produção dos quatro vídeos?
Duas semanas para os quatro vídeos de 30 segundos. Foi um tempo até corrido com o prazo estipulado.


- Quanto tempo um iniciante levaria para fazer um vídeo caseiro inserindo personagens?
Quanto tempo leva para fazer um vídeo nunca é uma pergunta fácil. Depende de inúmeros fatores como resolução e duração da filmagem, quantidade e tipos de efeitos visuais (simulações como explosões, água, fogo, fumaça leva muito mais tempo, por exemplo). No workshop do Sesc Palladium, teremos 4 horas para abordar a essência do processo e ao final desse tempo, teremos produzido um vídeo com um objeto simples inserido com correção de cor, sombras e iluminação adequada. Então, teoricamente, qualquer pessoa seguindo os passos conseguiria realizar o vídeo nesse tempo. 

Gabriel Benício explicou ainda que a ideia principal da oficina online é mostrar como os programas interpretam uma filmagem, e como é possível inserir elementos nela. "Para os que desejam modelar, criar os objetos que serão inseridos, é uma história para outra hora", concluiu.

Serviço:
Oficina online: (Des)construindo Vídeos Fantásticos
Ministrante: Gabriel Benício
Data: 14 e 15 de setembro
Horário: 20h30
Duração: 4 horas
Acesso: via Teams
Inscrições: R$19,50 e R$30,00 pelo Sympla: https://bit.ly/2Yqsfjn

03 setembro 2021

Com Nathalia Dill e Marcos Veras, “Um Casal Inseparável” é uma comédia romântica boa de assistir

Produção nacional dirigida por Sérgio Goldenberg estreia exclusivamente nos cinemas (Fotos: Rachel Tanugi e Reprodução)


Jean Piter Miranda


Manuela (Nathalia Dill) é jogadora e professora de vôlei de praia. Léo (Marcos Veras) é um médico pediatra bem sucedido. Ela é independente e tem personalidade forte. Ele é do tipo certinho, boa praça. Apesar das diferenças, eles se apaixonam e começam um relacionamento. Mas um mal entendido pode colocar tudo a perder. Essa é a história de “Um Casal Inseparável”, nova comédia romântica nacional que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 09 de setembro.


A história dos dois começa por acaso. Ele parece se apaixonar à primeira vista e faz de tudo para se aproximar. Ela não está em busca de um relacionamento e nem tem isso como prioridade. Mas dá uma chance para o cara. Manu, por sinal, é bem focada no trabalho, determinada e não abre mão das suas convicções. Léo faz o tipo mocinho, um tanto romântico e engraçado. E mesmo com essas diferenças, elas acabam formando um belo casal.

O casal tem química, funciona bem junto. O resto é tudo clichê. Não que isso seja ruim. Apenas típico de comédias românticas. Os pais da menina são engraçados e fazem de tudo para ajudar o casal. Claro, ela tem sua melhor amiga e ele tem seu melhor amigo. E estão quase sempre juntos. Tem ainda os coadjuvantes que sempre aparecem para dar bons conselhos, pra render bons diálogos, participações importantes.


O filme é bem leve. Dá pra gostar do casal e torcer por eles logo de cara. As partes de humor são bem dosadas e não deixam a história cair no besteirol. É previsível que haverá uma separação e está aí o ponto fraco. A confusão que põe fim ao relacionamento de Léo e Manu é um tanto forçada. Os mais exigentes vão apontar isso como furo de roteiro. Mas é perfeitamente aceitável para quem vê o filme como entretenimento.


As atuações são muito boas. Nathalia Dill e Marcos Veras mandam muito bem, inclusive nos momentos de emoção. Sim dá pra se emocionar e também pra rir de várias situações. É uma comédia romântica boa de se ver, muito bem produzida e que acerta inclusive na trilha sonora. O elenco tem ainda Danni Suzuki, Stepan Nercessian e Totia Meirelles (os pais de Manu), Claudio Amado, Ester Dias, Carlos Bonow, Junno de Andrade e Cridemar Aquino.


O diretor de “Um Casal Inseparável” é Sérgio Goldenberg, que também assina o roteiro em parceria com George Moura. Os dois fizeram juntos as séries de TV “O Canto da Sereia” (2013), “Amores Roubados” (2014) e “Onde Nascem os Fortes” (2018), além da minissérie “Onde Está Meu Coração” (2021). A produção é da TvZERO com Trópico Arte & Comunicação, Globo Filmes e Telecine e distribuição da H2O Films.


Ficha técnica:
Direção: Sérgio Goldenberg
Roteiro: Sérgio Goldenberg e George Moura
Produção: TVZero
Distribuição: H2O Films
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h38
Classificação: 12 anos
País: Brasil
Gêneros: comédia // romance
Nota: 4 (de 0 a 5)

02 setembro 2021

"Ziraldo – Uma Obra Que Pede Socorro", um documentário para não deixar a arte morrer




Da Redação


O documentário "Ziraldo – Uma Obra Que Pede Socorro", do diretor Gustavo Dannemann, com produção da Multiphocus Arte & Comunicação, terá premier mundial na 25ª edição do Miami Brazilian Film Festival, que acontece de 4 a 18 de setembro, em Miami. Além do festival internacional, o filme também participará da 44º Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. 

A produção traz um importante relato pelo olhar do próprio Ziraldo sobre o descaso com a preservação da arte no Brasil. Em especial, o mural de 32 metros de comprimento por seis metros de altura, criado por ele em 1967, na antiga casa de shows "Canecão", no Rio de Janeiro, e batizado de “Santa Ceia”. Fechado há mais de dez anos, o prédio se encontra abandonado e a obra pode ser perdida por falta de recursos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), dona do terreno, para recuperar o imóvel. 

Mural "Santa Ceia" (Reprodução)

O documentário, gravado no Rio de Janeiro e em São Paulo, foi realizado ao longo de cinco anos. Com narração de Gracindo Jr., a produção conta com depoimentos de artistas, escritores e cartunistas como Aroeira, Guilherme Rodrigues, Jaguar, Juarez Machado, Lan, Luiz Fernando Dannemann, Paulo Caruso, Ricardo Cravo Albin, Thereza Miranda, Zuenir Ventura, além da participação especial do próprio Ziraldo.

Segundo o diretor Gustavo (Guga) Dannemann, a proposta é lançar "Ziraldo – Uma Obra Que Pede Socorro" no circuito comercial. As negociações para o lançamento também em plataformas de streaming estão avançadas e sendo feitas pela distribuidora Elo Company.


Ficha técnica
Direção: Guga Dannemann
Roteiro: Guilherme Rodrigues, Guga Dannemann, Luiz Fernando Dannemann
Produção: Fernanda Dannemann
Duração: 1h12
Produção: Multiphocus Arte & Comunicação
Distribuição: Elo Company
Classificação: Livre

01 setembro 2021

A um mês da estreia, "007 – Sem Tempo Para Morrer" ganha novo trailer com muita ação

Daniel Craig volta a viver o papel do famoso agente secreto no 25º filme da franquia (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)


Maristela Bretas


Com estreia nos cinemas marcada para 30 de setembro, "007 – Sem Tempo Para Morrer" ("No Time To Die"), 25º filme da franquia (que completa 59 anos), ganha no trailer divulgado pela Universal Pictures. Novamente interpretando o famoso agente secreto James Bond está Daniel Craig, que divide o elenco com Lashana Lynch, Ana de Armas, Rami Malek, Léa Seydoux, Naomi Harris, Ralph Fiennes e Jeffrey Wright. 


A produção é dirigida por Cary Joy Fukunaga, que também participa do roteiro com Robert Wade, Neal Purvis e Phoebe Waller-Bridge. A trilha sonora é composta pelo excelente Hans Zimmer, responsável por sucessos como “Mulher Maravilha 1984” (2020), “Blade Runner 2049” e “Dunkirk” (ambos de 2017). A criação e interpretação da música-tema "No Time To Die" foram entregues a Billie Ellish, ganhadora de seis Grammys. Confira clicando aqui


Em "007 – Sem Tempo Para Morrer", Bond deixou o serviço ativo e está desfrutando de uma vida tranquila na Jamaica. Sua paz não dura muito quando seu velho amigo Felix Leiter (Jeffrey Wright), da CIA, aparece pedindo ajuda. A missão de resgatar um cientista sequestrado acaba sendo muito mais traiçoeira do que o esperado, levando Bond ao misterioso Safin (Rami Malek), um vilão armado com nova e perigosa tecnologia.


Ficha técnica:
Direção: Cary Joy Fukunaga
Duração: 2h43
País: EUA
Gêneros: ação / suspense / espionagem