10 julho 2025

James Gunn acerta com seu "Superman” mais humano e menos super

David Corenswet entrega uma boa atuação do herói da capa vermelha nesta nova versão (Fotos: Warner Bros.)
 
 

Maristela Bretas

 
Um super-herói que se distancia das versões anteriores mostradas no cinema e se revela mais humano. Este é o novo "Superman" que estreia  nos cinemas oferecendo uma visão diferenciada do diretor e roteirista James Gunn (da aclamada franquia "Guardiões da Galáxia" - 2014, 2017 e 2023). A trama é repleta de muita ação, questionamentos políticos e sociais e grandes efeitos visuais, expostos de maneira audaciosa e eficaz.

Gunn escolhe não revisitar a história original e já conhecida do alienígena Kal-El: sua chegada à Terra, o despertar dos poderes, a entrada no Planeta Diário como Clark Kent, o encontro com Lois Lane e o surgimento de Lex Luthor em sua vida. 


Esqueça tudo isso. Quem já viu qualquer filme do Superman já sabe estes pontos, e Gunn não quis ser repetitivo. Optou por abrir com um breve histórico em texto e entrar diretamente no presente, com o herói em meio a confrontos e apanhando muito. 

Uma vulnerabilidade que o torna mais humano, confirmando a icônica frase de Batman em "A Origem da Justiça" (2016) - "o Superman sangra".

Além de sangrar, o Homem de Aço, interpretado por David Corenswet, mostra-se mais emotivo, romântico, sofre com as críticas que recebe pela forma de agir em favor da salvação do planeta Terra e de seus habitantes. Admito que fui com poucas expectativas para este filme e me surpreendi com a boa interpretação do personagem feita por Corenswet. 


Apesar de ser muito parecido fisicamente com Henry Cavill, seu antecessor (que é ainda mais bonito), ele tem um olhar mais doce. Ele passa mais credibilidade ao demonstrar o amor por Lois Lane (Rachel Brosnahan) e a importância da família em sua formação. 

Sem esquecer a preocupação com a humanidade e os animais, do esquilo ao cachorro, estando sempre pronto para tentar salvar todos que puder. Nesta nova versão, Clark Kent aparece pouco, deixando o protagonismo para o Superman.


Destaque absoluto para a atuação de Nicholas Hoult como Lex Luthor. O ator vem realizando ótimos trabalhos e está excelente no papel do gênio bilionário, arrogante, machista e invejoso, cuja obsessão é destruir o Superman - o alienígena que conquistou a humanidade e é responsável por sempre frustrar seus planos.

Hoult entrega um vilão à altura do personagem, que vai de explosões de fúria a momentos de choro quanto seus planos falham. O ator talvez seja um dos melhores ou o melhor Lex Luthor já apresentado pelo cinema.


Outro ponto alto é o fofo e alucinado Krypto, o cão que Superman está cuidando temporariamente para sua prima Supergirl. As cenas em que ele aparece, criadas em CGI, são as mais divertidas e, em algumas situações, decisivas, especialmente pela forma descontrolada como ele se comporta. Nem o Homem de Aço dá conta de tanta adrenalina canina. Apaixonei pela versão macho do meu cachorro.

A Lois Lane de Rachel Brosnahan também ganha mais tempo de tela e também é essencial em diversas cenas. Com habilidade, o diretor aproveita para relembrar a franquia "Guardiões da Galáxia" ao colocar a jornalista pilotando uma espaçonave no estilo de Peter Quill/Star Lord.


"Superman" também entrega efeitos visuais incríveis, dignos de um grande super-herói dos quadrinhos e da telona. Embora algumas informações tecnológicas complexas possam deixar o público em geral confuso (os fãs "nerds" vão entender), isso nada impede a compreensão do enredo.

A trama é recheada de monstros gigantescos, Inteligência Artificial avançada e portais tridimensionais. Além disso, dá uma "cutucada" nada sutil em conflitos mundiais e nos replicadores de fake news que trabalham incessantemente para destruir a imagem do super-herói. 

Outros super-heróis atuam também na defesa de Metrópolis e do mundo: Lanterna Verde (Nathan Fillion, num papel que deixa o personagem abobalhado), Isabela Merced (Mulher Gavião) e Edi Gathegi (Senhor Incrível). 


O elenco conta ainda com nomes conhecidos em papéis menores como Bradley Cooper, Frank Grillo, Maria Gabriela de Faria, Skyler Gisondo, Milly Alcock, entre outros. 

Até William Reeve, filho caçula de Christopher Reeve, o primeiro e um dos mais queridos Superman do cinema, teve uma breve aparição no longa como o âncora de um noticiário. 

A música-tema original, composta por John Williams, ganhou novas versões e continua marcante nos principais momentos do super-herói. Associada a ela, a trilha sonora sob a batuta de John Murphy reunindo outros sucessos, está disponível no Spotify.


James Gunn acertou na escolha do elenco, na qualidade dos efeitos visuais e na abordagem da narrativa para contar a história de um dos mais emblemáticos super-heróis da DC, sem cair na mesmice. 

Mas será o sucesso nas bilheterias de "Superman", adaptado dos quadrinhos de Jerry Siegel e Joe Shuster, que irá ditar a fórmula a ser aplicada nas próximas produções do estúdio. 

Esta ficou ótima e merece ser assistida em IMAX ou 3D para uma experiência mais completa. Uma dica: não saia correndo da sala de cinema, o filme tem duas cenas pós-credito.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: James Gunn
Produção: DC Studios, Warner Bros.
Distribuição: Warner Bros Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h09
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gêneros: ação, ficção, aventura

03 julho 2025

"Jurassic World: Recomeço" é tentativa de resgatar a essência da franquia criada por Spielberg

Produção traz novos e antigos dinossauros, locações espetaculares e Scarlett Johansson
como protagonista (Fotos: Universal Pictures)
 
 

Maristela Bretas

 
Uma superprodução com grandes efeitos visuais, cenários deslumbrantes e o protagonismo entregue a Scarlett Johansson para tentar resgatar a essência do clássico que deu origem a uma das mais marcantes franquias do cinema. Este é "Jurassic World: Recomeço" ("Jurassic World: Rebirth"), que estreia nesta quinta-feira.

Para garantir o sucesso do longa, o próprio Steven Spielberg, que dirigiu o filme original, retorna como um dos produtores executivos. A direção é de Gareth Edwards, conhecido por títulos como "Godzilla" (2014) e "Rogue One: Uma História Star Wars" (2016) e "Resistência" (2023). 


O novo filme funciona como uma espécie de "reboot" da franquia iniciada em 1993. No entanto, mesmo com o inesquecível tema de John Williams na trilha sonora, não consegue causar o mesmo impacto do original.

Apesar disso, "Jurassic World: Recomeço" oferece emoção, ação, um elenco totalmente novo, aventura, dinossauros colossais e até um pequeno e simpático animal, todos criados em CGI que já valem o ingresso. A cena com os titanossauros é uma das mais emocionantes. 


Entre os pontos negativos está uma criatura, resultado de experiências genéticas, que tem a aparência de um tiranossauro com cabeça de uma baleia-beluga desfigurada. Ele é pouco assustador e sem propósito. Ainda bem que o velho e terrível T-Rex está lá para garantir ótimas cenas de ataques e mostrar quem (ainda) é o rei da ilha.

Outro tropeço foi a escolha do vilão humano, previsível e bem clichê desde a sua primeira aparição bem clichê. Deixa claro que será o personagem oportunista, que só quer se dar bem e não importa com o que acontecerá com o restante da equipe.


A história se passa cinco anos após os eventos de “Jurassic World: Domínio” (2022). Os dinossauros estão novamente ameaçados de extinção após a convivência com os humanos em ambientes de extrema poluição das grandes cidades.

Alguns sobreviventes são preservados isolados na ilha tropical, onde o clima é mais favorável à sua existência e onde tudo começou. Lá ainda estão as antigas instalações da InGen destruídas no passado e onde eram realizadas as experiências genéticas.


Uma equipe de mercenários recebe a missão de coletar amostras de DNA das três criaturas mais colossais da terra, mar e ar, com o objetivo e desenvolver um novo medicamento que poderá salvar milhares de vidas. 

Apesar de achar que conhece os perigos da ilha habitada por animais pré-históricos, o grupo liderado pela agente de operações especiais Zora Bennett (Scarlett Johansson) não estava preparado para enfrentar uma natureza tão selvagem e seus novos habitantes geneticamente alterados.


Paralelamente à missão científica, acontece a história de uma família que se vê envolvida com os caçadores de DNA e os monstros pré-históricos. 

Fica aqui a seguinte pergunta: o que essas pessoas estão fazendo ali, viajando num veleiro pelos trópicos por águas extremamente perigosas, em uma área habitada por animais perigosos? Como nos demais filmes da franquia, sempre há um civil ou parente para criar um novo problema.

Scarlett Johansson está muito bem no papel, cruzando rios, escalando montanhas e combinando beleza e letalidade. Sua personagem é uma mistura da Lara Croft interpretada por Angelina Jolie em "Tomb Raider" (2001), com "Viúva Negra" (2021).


Dividem o protagonismo com ela, Mahershala Ali, como o mercenário Duncan Kincaid, e Jonathan Bailey, no papel do paleontólogo Henry Loomis, especialista no habitat das criaturas. Ambos entregam ótimas atuações. 

O elenco conta ainda com Rupert Friend (o empresário Martin Krebs); Luna Blaise (Teresa Delgado); Manuel Garcia-Rulfo (o pai dela, Reuben); Audrina Miranda (a irmã, Isabella) e David Iacono (o namorado, Xavier). 

Na equipe de Zora estão os mercenários interpretados por Ed Skrein (Atwater), Philippine Velge (Nina) e Bechir Sylvain (LeClerc).


Um dos destaques do filme são as locações, gravadas em sua maioria na Tailândia. São imagens espetaculares de florestas, montanhas, do pôr do sol e das cachoeiras. Elas foram feitas em diferentes parques nacionais do país, como o Ao Phang Nga e o Khao Phanom Bencha.

A produção também utilizou os tanques gigantes do Malta Film Studios, na cidade de Kalkara, em Malta, e o oceano da região para as sequências aquáticas. As gravações em estúdios foram realizadas no Sky Studios Elstree, em Londres, para as cenas internas, e tomadas externas em Nova York.

Mesmo tendo trazido de volta o roteirista do primeiro Jurassic Park, David Koepp, o enredo deixa a desejar. Ainda bem que as atuações e os dinossauros salvam a história. 


Os ataques, tanto em terra quanto na água, são muito bem construídos e empolgantes. Sem contar a presença de velhos conhecidos da franquia, como o T-Rex e os velociraptors.

"Jurassic World: Recomeço" reúne vários ingredientes para agradar aos fãs: ação, nostalgia, dinossauros impressionantes e uma produção visual de alto nível. 

Não é uma sequência direta de "Domínio" e nem um remake do filme original (ainda o melhor de todos), mas entrega uma experiência digna de ser conferida na telona.


Ficha técnica:
Direção:
Gareth Edwards
Roteiro: David Koepp
Produção: Amblin Entertainment e The Kennedy/Marshall Company
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h13
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gêneros: ação, aventura

29 junho 2025

Mostra “Prêmio Grande Otelo” exibe produções nacionais de graça no Cine Humberto Mauro

Programação foi feita a partir de 15 filmes indicados ao Troféu Grande Otelo, que acontece dia 30 de julho,
no Rio de Janeiro (Foto: Divulgação)


Da Redação

O Cine Humberto Mauro, de 1º a 6 de julho, apresenta a mostra “Prêmio Grande Otelo”, com uma programação, feita a partir de obras indicadas ao Prêmio Grande Otelo e dedicada às produções contemporâneas realizadas no Brasil. 

As sessões têm entrada gratuita, com retirada de ingressos na bilheteria do cinema, a partir de meia hora antes das sessões, mediante apresentação de documento com foto. Informações no site https://fcs.mg.gov.br/evento/premio-grande-otelo/.

"Ainda Estou Aqui" (Crédito: Walter Salles)

O público poderá conferir sucessos como o longa premiado “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, "O Auto da Compadecida 2", "Estômago 2 – O Poderoso Chef" e “Motel Destino”, entre outros. Na seleção estão presentes filmes indicados em três categorias do prêmio realizado pela Academia Brasileira de Cinema. 

Com uma curadoria de 15 filmes, a mostra reúne os indicados a Melhor Longa-Metragem Ficção, Melhor Longa-Metragem Comédia e Melhor Longa-Metragem Documentário. A premiação, que possui outras 27 categorias, homenageia a qualidade das obras contemporâneas e a trajetória de um cinema que resiste, inova e se reinventa. 

"Baby" (Crédito: Marcelo Caetano)

Vitor Miranda, gerente do Cine Humberto Mauro e curador da mostra, comenta sobre a difusão do cinema nacional. “Ao reunir produções indicadas em categorias centrais do Prêmio Grande Otelo, reconhecemos a qualidade artística e técnica das obras realizadas no país e destacamos a importância de manter espaços dedicados à difusão do nosso audiovisual. É uma forma de convidar o público a acompanhar de perto o que vem sendo produzido e de fortalecer o vínculo entre o cinema nacional e seus espectadores”. 

A programação carrega um forte elo simbólico com a retrospectiva imediatamente anterior: “Intérprete do Brasil – Uma Homenagem a Grande Otelo”, realizada de 5 a 29 de junho. Nela, o público pôde revisitar a vasta e complexa trajetória de um dos maiores nomes do cinema brasileiro através das exibições, debates, sessões comentadas e encontros críticos.

"Estômago - O Poderoso Chef"
(Crédito: Marcos Jorge)

Fortalecimento da produção nacional 

A Academia Brasileira de Cinema, criada em 2002 para representar os profissionais do setor e promover o reconhecimento da excelência artística e técnica do audiovisual nacional, é hoje a responsável pela realização do Prêmio Grande Otelo do Cinema Brasileiro. 

Atualmente, são 30 categorias que contemplam desde longas-metragens de ficção, documentários, animações e séries até aspectos técnicos, como montagem, fotografia, trilha sonora e direção de arte. 

A estatueta feita com a imagem de Grande Otelo foi desenhada por Ziraldo e esculpida por Altair Souza. A seleção é realizada pelos próprios profissionais do setor, em processo conduzido pela Academia. 

Troféu Grande Otelo
(Crédito: Academia Brasileira de Cinema)

A premiação tem um papel importante no reconhecimento da qualidade das produções contemporâneas, na criação de uma memória do cinema nacional e no fortalecimento da indústria cinematográfica do país. 

Anteriormente nomeada como Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, a premiação passou a levar o nome de Grande Otelo a partir de 2024, como uma forma de exaltar a trajetória artística do ator. 

A cerimônia de entrega do Prêmio Grande Otelo de 2025 acontece dia 30 de julho, na Cidade das Artes Bibi Ferreira, no Rio de Janeiro, com transmissão ao vivo no Youtube da Academia e no CanalBrasil.


"Milton Bituca Nascimento (Crédito: Flávia Moraes)

PROGRAMAÇÃO 

01/07 - TERÇA-FEIRA
17h - "Othelo, o Grande" (Lucas H. Rossi dos Santos, Brasil, 2024) / Livre / 1h23

19h - "Milton Bituca Nascimento" (Flávia Moraes, Brasil, 2024) / 10 anos / 1h50


02/07 – QUARTA-FEIRA
15h - "Fernanda Young – Foge-me ao Controle" (Susanna Lira, Brasil, 2024) / 16 anos |/ 1h27

17h - 3 Obás de Xangô (Sérgio Machado, Brasil, 2024) | Livre | 1h16

19h - "Luiz Melodia – No Coração do Brasil' (Alessandra Dorgan, Brasil, 2024) / Livre / 1h15

"Câncer com Ascendente em Virgem"
 (Crédito: Rosane Svartman)

03/07 – QUINTA-FEIRA
15h - "Assexybilidade" (Daniel Gonçalves, Brasil, 2024) / 16 anos / 1h26

17h30 - "Câncer com Ascendente em Virgem" (Rosane Svartman, Brasil, 2024) / 14 anos / 1h35

19h30 - "Baby" (Marcelo Caetano, Brasil/França/Países Baixos, 2024) / 16 anos / 1h47

"O Auto da Compadecida 2"
(Crédito: Guel Arraes e Flávia Lacerda)

04/07 – SEXTA-FEIRA
15h - "Malu" (Pedro Freire, Brasil, 2024) | 16 anos | 1h40

17h - "Kasa Branca" (Luciano Vidigal, Brasil, 2024) / 16 anos / 1h35

19h - Cinema e Psicanálise - "O Segredo de Brokeback Mountain" ("Brokeback Mountain", Ang Lee, EUA/Canadá, 2005) / 14 anos / 2h14 / Sessão comentada por Vinícius Lima, Doutorando e Mestre em Psicologia (UFMG)



05/07 - SÁBADO
15h - "O Auto da Compadecida 2" (Flávia Lacerda e Guel Arraes, Brasil, 2024) / 12 anos / 1h52

17h30 - "Motel Destino" (Karim Aïnouz, Brasil/França/Alemanha/ Reino Unido, 2024) / 18 anos /| 1h55

20h - "Ainda Estou Aqui" (Walter Salles, Brasil/França, 2024) / 14 anos / 2h16

"Motel Destino" (Crédito: Karim Aïnouz)

06/07 - DOMINGO
18h - "O Dia Que Te Conheci" (André Novais Oliveira, Brasil, 2024) / 12 anos / 1h10

19h30 - "Estômago 2 – O Poderoso Chef" (Marcos Jorge, Brasil/Itália, 2024) / 18 anos / 2h10

Serviço:
Mostra “Prêmio Grande Otelo”
Data: 1º a 6 de julho
Horários: variados
Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1537, Centro)
Classificações indicativas: Variáveis
Entrada: gratuita; os ingressos será distribuído presencialmente pela bilheteria, meia hora antes da sessão, mediante a apresentação de documento com foto.
Informações: (31) 3236-7307 ou no site https://fcs.mg.gov.br/evento/premio-grande-otelo/

27 junho 2025

"M3GAN 2.0" entrega mais violência, ação e uma versão atualizada para combate

Boneca-robô assassina retorna após dois anos do último filme com upgrade para enfrentar uma rival
criada com IA (Fotos: Universal Pictures)
 
 

Maristela Bretas

 
A icônica robô assassina que arrebatou mais de 2 milhões de espectadores nos cinemas nacionais em 2023, mantendo-se por cinco semanas entre as dez maiores bilheterias do país, está de volta.

"M3GAN 2.0" estreou nos cinemas pronta para confrontar uma adversária ainda mais violenta e sem controle, criada com Inteligência Artificial para ser uma máquina de guerra.

A história se passa dois anos após Gemma (Allison Williams) ter criado M3GAN para ser a companhia ideal de sua sobrinha Cady (Violet McGraw). A androide, no entanto, se tornou uma boneca assassina implacável e precisou ser desativada. 

Gemma agora é uma autora de prestígio e defensora da supervisão governamental da IA, enquanto Cady, já adolescente, discorda da superproteção da tia.


Sem o conhecimento da criadora, a tecnologia de M3GAN é roubada e utilizada para desenvolver um novo protótipo cuja única missão é ser uma arma militar extremamente letal. Batizada de Amélia (Ivanna Sakhno), ela rapidamente cria consciência própria e se torna uma máquina sem controle, disposta a exterminar a raça humana. 

A única chance de impedir que esta versão 2.0 destrua a humanidade é ressuscitar M3GAN (interpretada por Amie Donald e dublada por Jenna Davis), fazendo algumas atualizações para deixá-la mais rápida, mais forte e preparada para enfrentar Amélia. Apesar de ter se tornado uma assassina, M3GAN não perdeu seu principal objetivo - proteger Cady.


Assim como no filme original, "M3GAN 2.0" é violento, com sangue espirrando nas paredes e apresenta mais de um vilão, que inicialmente até parece bonzinho. 

Os efeitos visuais são destaque, principalmente nas coreografias de luta, capazes de transformar até mesmo personagens comuns em verdadeiros lutares no estilo Bruce Lee. O ponto alto da produção é o confronto eletrizante entre M3GAN e Amélia. 

Embora o filme apresente situações por vezes forçadas, elas estão dentro do esperado e contribuem para a agilidade da trama, mantendo a narrativa dinâmica e envolvente. 


O longa se afasta do gênero terror puro, apesar de contar com a Blumhouse (responsável por sucessos como "Sobrenatural - A Porta Vermelha" - 2023 e "O Homem Invisível" - 2020), e James Wan (diretor de "Invocação do Mal 2" - 2016 e "Maligno" - 2021) como produtores.

"M3GAN 2.0" explora mais a ação, o suspense violento e uma abordagem futurista que questiona o destino da humanidade caso os robôs assumirem o controle da tecnologia global. É quase uma Skynet de "O Exterminador do Futuro", mas com um corpo humanizado e atualizada com Inteligência Artificial.


No elenco, além das protagonistas temos o retorno de Brian Jordan Alvarez (Cole) e Jen Van Epps (Tess), parceiros de pesquisa de Gemma no primeiro filme. E novos participantes como Aristotle Athari (Christian, namorado de Gemma), Timm Sharp (Agente Sattler), Jermaine Clement (o empresário Alton Appleton) e Mayen Mehta (Naveen).

Com efeitos visuais de alta qualidade e uma boa produção, o filme apresenta a famosa robô mais madura e uma rival assassina tão bela quanto letal, prometendo mais uma vez conquistar o público.


Sucesso do anterior

A nova produção pretende repetir o sucesso de seu antecessor que permaneceu por cinco semanas entre as dez maiores bilheterias do Brasil. "M3GAN", que teve um orçamento de US$ 12 milhões, também quebrou recordes, arrecadando US$ 30,4 milhões em sua estreia nos EUA.

O filme tornou-se a maior abertura de final de semana de um filme de terror PG-13 desde “Um Lugar Silencioso - Parte II”. No total, ultrapassou US$ 180 milhões na bilheteria mundial. A expectativa é de que "M3GAN 2.0" alcance números de bilheteria tão impressionantes quantos os de seu antecessor. 


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Gerard Johnstone
Produtores: James Wan, Jason Blum e Allison Williams
Produção: Blumhouse Productions e Atomic Monsters
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 2 horas
Classificação: 16 anos
País: EUA
Gêneros: terror, ficção, ação, suspense

26 junho 2025

Coca-Cola e Star Wars se unem na campanha “Refresque Sua Galáxia”

            
(Fotos: Coca-Cola/Divulgação)
 
 

Da Redação 

 
Coca-Cola e Disney se unem e apresentam a campanha “Refresque Sua Galáxia” ("Refresh Your Galaxy"). Uma das ações celebra a franquia Star Wars com o lançamento de embalagens colecionáveis, conteúdos interativos e realidade aumentada. A edição é limitada e chega ao Brasil em julho.

Serão 30 latas e garrafas especiais estampando diversos personagens. Na versão Zero Açúcar estarão Darth Vader, Hans Solo, R2-D2, C3PO, Princesa Leia, BB-8, Chewbacca, Luke Skywalker, Yoda, Anakin Skywalker, Finn, Rey, Grogu e um Stormtrooper imperial. 


O sabor original terá as figuras de Lando Calrissian, Obi-Wan Kenobi, Rainha Amidala, Ahsoka Tano, Kylo Ren, Darth Maul, Boba Fett, Poe Dameron, K-2SO, The Mandalorian, Imperador Palpetine, Cassian Andor e General Grievous. 

As três embalagens especiais dedicadas ao The Mandalorian e Grogu, Stormtrooper 1º Ordem e Chewbacca serão vendidas somente nos parques da Disney.


Os fãs também poderão escanear as embalagens e anúncios físicos para acessar conteúdos exclusivos em realidade aumentada e gravar mensagens em vídeo holográfico personalizado para enviar a amigos. 

A campanha, criada pelo hub de agências WPP Open X, que cuida da conta da Coca-Cola no mundo, foi anunciada durante um evento na Disneyland, na Califórnia (EUA). Confira o vídeo abaixo, ambientado numa sala de cinema.

  

"F1 - O Filme" é velocidade, adrenalina e realismo que aceleram o coração

Produção é quase como assistir uma corrida real, porém com mais emoção e tensão em disputas eletrizantes (Fotos; Warner Bros. Pictures)


Maristela Bretas


Os motores já estão roncando à espera o sinal verde para a grande largada de "F1: O Filme" nos cinemas nesta quinta-feira. O público (e não só os fãs de Fórmula 1) pode separar seu lugar no cockpit da sala IMAX do Cineart Boulevard e nas salas 3D. O longa, produzido com este sistema de resolução, entrega tudo o que os amantes da velocidade e do cinema de ação poderiam desejar. 

Ele merece ser visto com a melhor qualidade de som e imagem disponíveis. Desde o preparo dos carros com o ronco dos motores, passando pelas grandiosas pistas dos icônicos circuitos mundiais, até os acidentes cronometrados com precisão assustadora. 


O diretor Joseph Kosinski (o mesmo de "Top Gun: Maverick" - 2022) não teve dó em destruir carros contra guard rails e encenar espetaculares capotamentos, reproduzindo com fidelidade impressionante o que realmente acontece nas corridas. Até mesmo os "toques propositais" para tirar adversários da competição são retratados com destaque. 

Todo esse realismo contou com a consultoria do heptacampeão mundial de Fórmula 1, Lewis Hamilton, que também atua como produtor executivo do filme e faz participações especiais interpretando a si mesmo.


A trama conta com duas estrelas do cinema: Brad Pitt, que também é um dos produtores executivos, e Javier Bardem. A dupla dá show de interpretação e charme, aquecendo até mesmo os motores dos fãs mais exigente. 

Pitt é o piloto veterano Sonny Hayes, que após abandonar a Fórmula 1 e se tornou um nômade que não obedece a regras e participa de competições aleatórias das mais diversas categorias, movido unicamente pelo prazer da velocidade.


Ele é convencido a retornar às pistas de F1 para apoiar um velho amigo de equipe, Ruben Cervantes, papel de Bardem, que agora é um empresário e proprietário da fictícia escuderia ApexGP. 

No entanto, Ruben enfrenta sérios problemas financeiros, já que seus carros não conseguem se classificar, colocando em risco o futuro da empresa. Ele pede que Sonny ajude a equipe a garantir a classificação nas últimas provas do campeonato, uma missão quase impossível, como diria Tom Cruise. 


A tarefa é ainda mais desafiadora porque seu companheiro de equipe é Joshua Pearce (Damson Idris em ótima atuação), um piloto-revelação arrogante, que só se preocupa com o marketing pessoal e o glamour que a categoria proporciona.

A função de Sonny, além de unir a equipe e torná-la vitoriosa, é transformar Joshua em um piloto ousado e campeão. Mas os dois não se dão bem e, a partir deste ponto, começa uma dura disputa entre a experiência e falta de regras do veterano piloto e a imprudência e prepotência do novato, ameaçando ainda mais a estabilidade física e financeira da escuderia. 


Além de Lewis Hamilton, "F1: O Filme" conta com a participação de alguns dos novos campeões e pilotos, interpretando a si mesmos, como Max Vestappen, Charles Leclerc, Carlos Sainz Jr., Lando Norris, Pierre Gasly, Kevin Magnussen, entre outros. 

A equipe de produção realizou as gravações com eles e suas escuderias durante os finais de semana nas pistas de Grandes Prêmios reais no ano passado, em circuitos como Silverstone (Inglaterra), Monza (Itália), Las Vegas (EUA), Spa-Francorchamps (Bélgica), entre outros. Até mesmo o nosso maior ídolo, Ayrton Senna é lembrado em diálogos e cenas.


No elenco estão também Kerry Condon, Callie Cooke, Sarah Niles, Tobias Menzies, Kim Bodnia, Abdul Salls, Samson Kayo, entre outros. A ótima trilha sonora composta pelo premiado Hans Zimmer é outro destaque, incluindo sucessos como "We Will Rock You", do Queen, e "Highway To Hell", do AC/DC, que aceleram o sangue nas veias do espectador.

O público que busca ação não terá do que reclamar. O diretor não economiza em cenas de acidentes, alta velocidade e ótimos efeitos visuais de tirar o fôlego. 

A adrenalina toma conta das 2h35 de duração do longa, que passam voando, e ainda oferece uma pequena amostra dos bastidores desta categoria esportiva que atrai milhares de fãs pelo mundo.


"F 1" é um filme autêntico, quase como assistir uma corrida real, porém com mais emoção e tensão elevadas por disputas eletrizantes e dramáticas. 

Uma produção de peso, com um custo superior a US$ 300 milhões (cerca de R$ 1,50 bilhão) de orçamento, que tem tudo para agradar não só os amantes deste esporte, mas o público em geral. Pode ser considerado como um dos maiores lançamentos deste ano.


Ficha técnica:
Direção: Joseph Kosinski
Roteiro: Ehren Kruger
Produção: Plan B Entertainment, Apple Original Films, Monolith Pictures, Jerry Bruckheimer e Dawn Apollo Films
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h35
Classificação: 12 anos
País: EUA
Gêneros: corrida, ação

24 junho 2025

"Quebrando Regras", um filme sobre coragem, persistência e barreiras vencidas

Produção é baseada na história da professora Roya Mahboob, que criou o primeiro time feminino de
robótica do Afeganistão (Fotos: Angel Studios)

 
Maristela Bretas

Estreia nesta quinta-feira (26) nos cinemas o longa "Quebrando Regras" ("Rule Breakers"), um drama emocionante que narra uma história real de luta, persistência e coragem, tendo a educação como o fator de transformação de um grupo de jovens afegãs.

A trama tem início no Afeganistão de 2017, sob a orientação de Roya Mahboob (interpretada por Nikohl Boosheri), uma professora visionária que se opôs às rígidas normas sociais do país ao ousar ensinar computação para meninas – uma área tradicionalmente restrita aos meninos. 


Desde a infância, Roya não se conformava em ver jovens como ela, serem excluídas do acesso à ciência e tecnologia. Já adulta, com muita luta contra os costumes impostos pelo regime talibã, ela conseguiu ser a primeira mulher a fundar uma startup dedicada ao ensino de robótica para estudantes secundaristas no Afeganistão. Esse ato, considerado de rebeldia, poderia até mesmo custar a vida do grupo.

O filme é baseado ma trajetória da professora Roya Mahboob e seus irmãos Ali (Noorin Gulamgaus) e Elaha, que juntos batalharam para criar o primeiro time feminino afegão de construtoras de robôs, as "Afghan Dreamers". 


As alunas Taara (Nina Hosseinzadeh), Haadiya (Sara Malal Rowe), Arezo (Mariam Saraj) e Esin (Amber Afzali) se juntam à professora para provar sua capacidade. Apesar dos imprevistos, ameaças e atentados enfrentados, este ato revolucionário torna o grupo conhecido em diversas nações, a partir da primeira competição que participa.

Mas o maior dos desafios para estas jovens afegãs era vencer o preconceito e os tabus do regime, que começava dentro de casa, com os pais e irmãos. 


Mesmo após provarem seu valor conquistando o mundo e vários prêmios em ciência e robótica, Roya e suas alunas eram vistas como uma vergonha em seu país e perseguidas por terem "confraternizado com o Ocidente".

"Quebrando Regras" é um filme sobre resiliência, determinação e a força das conquistas, apresentando um elenco jovem para o público de outros países. O único rosto conhecido é o de Ali Fazal (de "Victoria e Abdul" - 2017), no papel de Samir Khan, o empresário do ramo de tecnologia que apoia Roya e patrocina as meninas.


A autenticidade da narrativa é reforçada pela participação da verdadeira Roya Mahboob como uma das produtoras executivas e de sua irmã Elaha Mahboob como uma das roteiristas. 

A produção contou com o apoio de equipes de robótica de diversos países, incluindo EUA, Alemanha, França, Itália, China, Reino Unido, Turquia, entre outras. As locações foram feitas na Hungria e Marrocos, conferindo uma dimensão global à história.


Ficha técnica:
Direção: Bill Guttentag
Roteiro: Bill Guttentag, Jason Brown e Elaha Mahboob
Produção: Angel Studios, Slingshot Productions, Shape Pictures, Parallax Productions
Distribuição: Paris Filmes
Exibição: Cinemark Pátio Savassi 
Duração: 2 horas
Classificação: 12 anos
País: EUA
Gênero: drama