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08 maio 2023

"Guardiões da Galáxia - Vol. 3" marca despedida emocionante de Chris Pratt

Produção encerra com humor e uma montanha-russa de emoções a trilogia do grupo mais desajustado e querido do Universo Marvel (Fotos: Walt Disney)


Maristela Bretas


Quase uma década de muitas lutas, humor sarcástico, grandes efeitos especiais e um grupo de desajustados que deu super certo, chegou a hora da despedida. 

"Guardiões da Galáxia - Vol. 3" encerra a trilogia deixando saudades e reservando momentos bem emocionantes com seus personagens. 


Até mesmo o diretor e roteirista da franquia, James Gunn, encerrou seu ciclo na Marvel (pelo menos por enquanto) e começa uma nova fase na concorrente, a DC.

Desde 2014, quando Gunn iniciou a saga do grupo, chefiado pelo saqueador do espaço, Peter Quill/Star Lord, que a legião de fãs só foi crescendo. Os dois filmes anteriores podem ser conferidos na plataforma Disney+.


O primeiro filme "Guardiões da Galáxia (2014) foi o melhor, apresentou a maioria dos personagens e começou a contar a trajetória de cada um. A saga continuou com o mesmo tom cômico e com emoções, esclarecendo o passado de mais integrantes do grupo. 

Mas é neste terceiro filme (que faz parte da Fase 5 do MCU) que um dos mais rabugentos e também dos mais adorados personagens (além de Groot) ganha espaço. 


O guaxinim Rocket Racoon (novamente com a voz de Bradley Cooper) tem sua dramática história contada. E as lágrimas rolam quando o espectador fica sabendo tudo o que ele passou quando era filhote. 

O mesmo acontece com Quill e os outros guardiões. A amizade entre eles se torna ainda mais forte.


Além de Chris Pratt e Bradley Cooper, retornam para o elenco Zoe Saldana (Gamora), Dave Bautista (Drax), Karen Gillan (Nebulosa), Pom Klementieff (Mantis) e Sean Gunn (Kraglin). 

Vin Diesel retoma a voz de Groot, agora um adulto, e Maria Bakalova fica com a voz de Cosmo, o cachorro espacial. Entre as novidades, destaque para Will Poulter (Adam Warlock), um alienígena dourado com superpoderes.


Em "Guardiões da Galáxia - Vol. 3", o grupo se estabeleceu num planetóide chamado Luganenhum. Peter Quill não aceita ter perdido Gamora (em "Vingadores: Guerra Infinita" - 2018) e vive bêbado, para tristeza do grupo. 

Mas ele terá de voltar à ativa quando vilões do passado de Rocket vêm atrás dele. Junto com seus amigos, eles terão que fazer de tudo para salvar o guaxinim guerreiro. Mesmo que para isso precisem se unir a antigos aliados inesperados.


Drax ainda é o membro mais divertido, com as melhores frases e piadas. Ele faz o par perfeito com Mantis, a única que ainda tem paciência para o humor sem noção do grandalhão. 

Nebulosa é o lado racional e mesmo sem mostrar suas emoções, se sente cada vez mais responsável pela turma. 

Já Groot se tornou um adolescente bombadão, doido por uma briga (típico da idade) e mais fiel do que nunca a Rocket. 

O grupo ganhou o reforço de Kraglin (fiel parceiro de Yondu, saqueador e pai adotivo de Quill que morreu em "Guardiões da Galáxia - Vol. 2") e do cão Cosmo. 


O vilão, Doutor Herbert Edgar Wyndham (papel de Chukwudi Iwuji), é convincente e cruel, especialmente quando as cenas mostram o que ele fez com Rocket e alguns de seus amigos no passado. 

Também chamado de Alto Evolucionário, ele é um cientista em busca da espécie perfeita que desenvolveu habilidades telecinéticas e poderes semidivinos.


Trilha sonora de arrasar

Apesar da emoção e do humor serem pontos fortes de toda a trilogia, ela não teria alcançado tanto sucesso se não tivessem o reforço dos excelentes efeitos visuais e da trilha sonora. 

Neste terceiro filme, ela está muito boa, mas ainda fica aquém da que marcou o longa de 2014 e até mesmo o de 2017. 


O Awesome Mix Volume 1 foi espetacular, com sucessos dos anos 80, de Elton John, George Harrison, Marvin Gaye, The Jackson 5 e muitos outros cantores e bandas da época.

"Guardiões da Galáxia - Vol. 2" também contou com hits como "Father and Son", de Cat Stevens (tudo a ver com a história do filme), "My Sweet Lord" (George Harrison), "Mr. Blue Sky" (da banda Electric Light Orchestra) e "Fox the Run (Sweet).


Neste terceiro filme temos hits dos Beastie Boys, Florence + The Machine, Bruce Springsteen, Radiohead. Mas o destaque fica para o resgate da música-tema da franquia, "Come and Get Your Love", do Redbone.

A soundtrack completa do Awesome Mix dos três volumes, que fazem parte da playlist da fita K7 de Peter Quill, está disponível no @Spotify como "Guardians of the Galaxy: The Official Mixtape". Clique no link para conferir.  


Então, está preparado para muita ação e choradeira com a despedida destes heróis? Então não perca nos cinemas "Guardiões da Galáxia - Vol.3", um dos mais divertidos e emocionantes filmes do Universo Cinematográfico Marvel dos últimos anos. 

A franquia que, desde o seu primeiro filme, em 2014, já faturou mais de US$ 1 bilhão ao redor do mundo, tem o encerramento que merecia. 

O terceiro filme vale a pena ser assistido na versão legendada em Imax. Não esqueça: como em toda produção dos estúdios Marvel, há duas cenas pós-créditos.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: James Gunn
Produção: Marvel Studios
Distribuição: Walt Disney Pictures
Duração: 2h30
País: EUA
Classificação: 10 anos
Gêneros: ação, ficção científica, comédia

19 agosto 2021

"O Esquadrão Suicida" faz você esquecer que houve um primeiro filme

James Gunn acerta na direção e no roteiro e na escolha do elenco, respeitando os personagens dos quadrinhos da Dc Comics (Fotos: Jessica Miglio/Warner Bros.)


Maristela Bretas


Violento, com muito sangue, ação do início ao fim e um humor sarcástico, "O Esquadrão Suicida" ("The Suicide Squad"), dirigido por James Gunn ("Guardiões da Galáxia" - 2014) é tudo o que seu quase homônimo - "Esquadrão Suicida" (2916) - não conseguiu ser e ainda está agradando aos fãs da DC Comics.

Graças ao ótimo elenco estrelar (que o outro também tinha, mas não soube aproveitar), a versão em cartaz nos cinemas deve seu sucesso também ao roteiro de Gunn, que respeitou os personagens dos quadrinhos, mas não deixou de torná-los mais bizarros e violentos, amarrando muito bem a história de cada um deles.


Segundo o estilo de "Deadpool", com violência sem medidas, acompanhada de um humor escrachado que agrada apesar da situação, a produção prende o público, mesmo com tanta matança. Cabeças voam, o sangue jorra fácil e tudo acontece como se matar fosse uma coisa corriqueira.

Na verdade, para este grupo de psicopatas assassinos, a violência extrema é normal e o enredo apresenta personagens desprovidos de emoções, sem nada a perder. Não é à toa que estão "hospedados" na pior prisão dos EUA - Belle Reve -, onde morrer é como tomar café da manhã.


Como no antecessor, a diretora da penitenciária, Amanda Waller (a excelente Viola Davis) recruta um novo grupo de supervilões entre seus prisioneiros para destruir um projeto super secreto que ameaça o planeta.

Concluindo a missão eles terão suas penas reduzidas e as famílias preservadas. Enfrentar o exército da pequena ilha de Corto Maltese vai ser o menor dos problemas para o Esquadrão Suicida. O maior vilão está por vir -  o monstro Starro, o Conquistador - digno de um filme de super-heróis.


Apesar do banho de sangue, é impossível não simpatizar com alguns dos integrantes do grupo. E o brilho maior, como no filme de 2016, não poderia ser de ninguém mais que  "Arlequina" de Margot Robbie (que vive a supervilã também em "Aves de Rapina" - 2020). Sádica, bem humorada, violenta, sedutora, mas preocupada com os amigos, ela é um misto de emoções e fúria irresistíveis. 

Até mesmo com uma entrada triunfal, vinda diretamente do banheiro (só assistindo para entender), ela domina as cenas em que aparece - praticamente o filme todo. Ao mesmo tempo que enforca, asfixia ou fatia seus inimigos, exibe um sorriso ingênuo ou um olhar assassino.


Dividindo as atenções  temos a ótima interpretação de Idris Elba como "Sanguinário". O nome já diz tudo. Ele toma o lugar que no filme anterior foi de Will Smith, como "Pistoleiro"  e lidera o grupo na missão. Com ele outro rosto famoso do ringue e das telas, fazendo o estilo fortão sem noção - John Cena interpreta o vigilante "Pacificador". O personagem, inclusive, ganhou uma série na TV solo na HBO Max - "Peacemaker".

Além de "O Esquadrão Suicida", os dois atores estão também "Velozes e Furiosos 9", juntamente com Michael Rooker (Sábio). O elenco conta ainda com os superpoderes de David Bolinha (David Dastmalchian), de Caça-Ratos 2 (a atriz portuguesa Daniela Melchior), o Tubarão-Rei Nanaue (que recebe a voz de Sylvester Stallone). 


No segundo time de super-heróis bizarros temos ainda Capitão Boomerang (Jai Courtney), Caça-Ratos 1 (Taika Waititi ), Pensador (Peter Capaldo), Dardo (Flula Borg), OCD (Nathan Fillion), Doninha (Sean Gunn). A atriz brasileira Alice Braga também tem boa participação como a líder dos rebeldes Sol Soria. Joel Kinnaman ("O Informante" - 2019) volta mais "parrudo", bonito e simpático como o coronel Rick Flag.


Se o elenco e suas interpretações já são motivo de sobra para assistir a "O Esquadrão Suicida", a trilha sonora espetacular arrasa, assim como os efeitos visuais. Destaque para as lutas com espadas, especialmente nas mãos de Arlequina.

Apesar de não ter agradado ao público dos EUA, o mesmo não aconteceu no restante do mundo e garantiu, até o momento, uma bilheteria de quase US$ 120 milhões. O valor ainda não chegou à metade do que foi investido na produção - US$ 285 milhões. Mas vale a pena conferir.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: James Gunn
Distribuição: Warner Bros.
Exibição: Nos cinemas e HBO Max
Duração: 2h12
Classificação: 16 anos
País: EUA
Gêneros: Aventura / Ação
Nota: 4 (de 0 a 5)

23 maio 2019

"Brightburn: Filho das Trevas" - Diretor carrega na violência para apresentar um Superman do Mal

Bebê alienígena chega à Terra e é criado por casal até começar a ter comportamento estranho na adolescência (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Elizabeth Banks é a verdadeira estrela da produção de terror "Brightburn - Filho das Trevas" que estreia nesta quinta-feira (23) nos cinemas. Com uma excelente interpretação de uma mãe que faz tudo para proteger o filho, ela é o destaque do filme, juntamente com as cenas sangrentas. Apesar de a família Gunn atuar em peso na criação do longa - James (de "Guardiões da Galáxia") dividindo a produção com Mark e Brian, também roteiristas - o filme é fraco em enredo, mas garante tensão quando o alien ataca suas vítimas, o que deve agradar a quem gosta do estilo.


Logo no início, o diretor David Yarovesky apresenta ao público uma história do "Superman" transformada em terror. Mas uma cópia em todas as características - ele voa, usa capa vermelha, tem superforça e ultravelocidade, solta raios pelos olhos, veio do espaço numa nave que caiu na fazenda de um casal sem filhos. Mas, ao contrário do Homem de Aço, Brandon (interpretado por Jackson Dunn) é um alienígena do mal em corpo de humano que só descobre seus poderes na adolescência. Os pais e educadores atribuem as mudanças de comportamento do jovem aos hormônios da puberdade.



Os sustos em "Brightburn" são menores, mas as cenas de ataques são bem violentas, provocando mais aflição que medo. Se era intenção do diretor usar um jovem que aparenta estar desconectado de tudo (inclusive do personagem), distante do ambiente e até da família que o criou, ele conseguiu. Dunn parece que está fora do planeta, principalmente quando começam as mudanças em seu corpo. Mas se transforma completamente nos momentos de fúria.


Além de Elizabeth Banks, o elenco conta com David Denman, no papel do pai, também está ótimo e faz o contraponto sensato na relação do casal quando começam as discussões sobre o comportamento de Brandon e até onde erraram com o garoto. Como em "Maligno", é levantada a dúvida sobre até onde uma mãe fecharia os olhos para os erros e a maldade de um filho, mesmo sentido medo dele.


Na história, uma criança alienígena cai na fazenda de um casal da parte rural nos Estados Unidos, que decide criar o menino como seu filho. Porém, ao começar a descobrir seus poderes, ao invés de se tornar um herói para a humanidade, ele passa a aterrorizar a pequena cidade onde vive, tornando-se uma força obscura na Terra, provocando destruição e mortes.


"Brightburn" é um filme bom, cenas bem feitas apesar de insistir no ambiente escuro das produções de terror, com poucas ambientações durante o dia, e apresenta mais uma adolescente do mal, capaz de fazer coisas assustadoras. Novamente, a complementação do título em português está errada, já que o jovem nada tem de Filho das Trevas. Só serve para levar o público a achar que se trata de um filme sobre crianças possuídas. Para quem está à procura de um filme de terror, este é a pedida para encerrar o mês no cinema, caso ainda não tenha assistido "Cemitério Maldito".


Ficha técnica:
Direção: David Yarovesky
Produção: Stage 6 Films, Screen Gems, Troll Court Entertainment, The H Collective
Distribuição: Sony Pictures Brasil
Duração: 1h31
Gênero: Terror
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 3 (0 a 5)

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