A equipe do Cinema no Escurinho preparou uma lista com os cinco filmes assistidos em 2024 que não recomendamos a nossos seguidores. Na postagem anterior indicamos as melhores produções deste ano. Para conferir, clique aqui. As duas listas respeitam a ordem de escolha dos colaboradores do blog.
A liderança disparada entre as produções que menos agradaram ficou para "Coringa: Delírio a Dois", musical estrelado por Joaquim Phoenix e Lady Gaga, que recebeu duras críticas do público e da imprensa especializada. Clicando nos links de alguns dos filmes é possível ler nossas avaliações sobre eles.
A categoria em que foram incluídos alguns títulos pode agradar ou não vocês, seguidores do blog. Comentem aqui o que acharam de nossas escolhas, lembrando que não serão aceitas ofensas pessoais ou palavrões.
O blog Cinema no Escurinho preparou sua tradicional lista com os cinco melhores e os cinco não recomendados que foram assistidos por alguns de seus colaboradores no ano de 2024. Neste primeiro post, vamos mostrar quais foram nossos preferidos. E deixar para divulgar na próxima postagem o que não indicamos.
A lista dos longas que mais agradaram entre os exibidos no ano de 2024 ficou equilibrada. O brasileiro "Ainda Estou Aqui", pré-selecionado para entrar na disputa pelo Oscar 2025 de Melhor Filme Internacional, obteve o maior número de votos.
"Robô Selvagem" - DreamWorks Animation
Na sequência estão a linda animação “Robô Selvagem" e o polêmico "Guerra Civil", com Wagner Moura e Kirsten Dunst. As duas listas respeitam a ordem de escolha do colaborador. Clicando nos links de alguns filmes é possível saber mais sobre eles e ler as críticas da equipe do blog.
A categoria em que foram incluídos alguns títulos pode agradar ou não vocês, seguidores do blog. Comentem aqui o que acharam de nossas escolhas, lembrando que não serão aceitas ofensas pessoais ou palavrões.
Matheus Nachtergaele e Selton Mello retornam com seus carismáticos personagens João Grilo e Chicó (Fotos: Laura Campanella)
Maristela Bretas
Passados 25 anos desde o filme original, estreia nesta quarta-feira de Natal a tão esperada produção "O Auto da Compadecida 2". Mesmo não havendo uma sequência da obra literária de Ariano Suassuna, o novo filme buscou no original - "O Auto da Compadecida" (2000) - o que havia de melhor.
A começar por João Grilo (Matheus Nachtergaele) e Chicó (Selton Mello), que retorna com mais emoção, piadas, golpes e uma amizade ainda mais forte. A dupla entrega tudo o que era esperado, com ótimas atuações, criando situações cômicas e emocionantes que fazem até um cisco cair nos olhos.
Nem o tempo foi capaz de separar estes dois carismáticos trambiqueiros. A cumplicidade e a sintonia dos dois atores é o forte de toda a história. Desaparecido por 20 anos desde que partiu após sua ressurreição graças à intervenção de Nossa Senhora, João Grilo retorna a Taperoá e encontra o velho companheiro Chicó.
Ele vive da venda de santinhos esculpidos em madeira e de versos que contam a história do milagre do amigo que voltou da morte e agora é considerado quase um santo pelo povo. É Chicó quem narra toda a trama, em prosa e verso.
A dupla vai aproveitar para tirar proveito disso, se envolvendo na política local, usando umas "técnicas" novas que João Grilo aprendeu durante o tempo que viveu no Rio de Janeiro. Tudo com muito humor, piadas novas e velhas e a simplicidade que é a marca dos dois personagens.
A fama de João Grilo passa a ser cobiçada pelos dois políticos que disputam a prefeitura da mítica cidade, Coronel Ernani (Humberto Martins) e o comerciante Arlindo (Eduardo Sterblitch) como principal cabo eleitoral.
Já Chicó continua com suas mentiras e assumidamente um covarde de carteirinha, sempre se envolvendo em confusões amorosas perigosas e de sua capacidade de fazer todo "causo" virar um verso. Como "não sei, só sei que foi assim".
Os diretores Guel Arraes e Flávia Lacerda utilizam muito bem os efeitos gráficos para apresentar a literatura de cordel nas histórias "espantosas, divertidas, trágicas e jamais imaginadas" de Chicó.
Além destes novos integrantes, o elenco também recebeu novos personagens e perdeu grandes nomes do filme anterior. Nossa Senhora/Compadecida agora é interpretada por Taís Araújo, que substitui Fernanda Montenegro. A atriz tem boa atuação, mas a responsabilidade de ocupar o lugar da maior atriz brasileira é grande demais.
Também estão no elenco Virgínia Cavendish, como Rosinha, mulher de Chicó; Fabiúla Nascimento, a Clarabela, filha do Coronel Ernani; Luis Miranda, no papel de Antônio do Amor, amigo carioca e trambiqueiro de João Grilo, entre outros.
Outro que retorna, com mais destaque e boa atuação é Enrique Diaz, o Joaquim Brejeiro, agora capanga do Coronel após a morte do cangaceiro Severino, interpretado por Marco Nanini.
Apesar de seguir bem a fórmula do primeiro, o brilho não é o mesmo, possivelmente por causa da troca do elenco e de ser uma história que não foi criada por Suassuna. Mas nem por isso o roteiro deixa de seguir a cartilha crítica e cômica de Ariano, explorando questões sociais profundos do cotidiano do povo do sertão nordestino, como a miséria e a exploração da fé.
Outro ponto forte do filme é a belíssima trilha sonora, composta por João Falcão e Ricco Vianna, que conta com Maria Bethânia interpretando lindamente a canção "Fiadeira", do pernambucano Juliano Holanda. "Canção da América", de Milton Nascimento e Fernando Brant, em gravação inédita na voz do pernambucano João Gomes, também é outro destaque.
Até "Como Vai Você", sucesso de Roberto Carlos, cantada por Chico César (mas sem o romantismo do Rei) está entre as composições, que passam pelo baião, forró e samba-choro, muitas delas gravadas por artistas nordestinos.
"O Auto da Compadecida 2" é bacana, divertido e vale pela emoção do reencontro dos personagens de Matheus e Selton, que recebem um encerramento digno da obra do grande escritor e filósofo paraibano.
Ficha técnica:
Direção: Guel Arraes e Flávia Lacerda Roteiro: Guel Arraes e João Falcão, com colaboração de Adriana Falcão e de Jorge Furtado Produção: Conspiração, H2O Produções, Guel Produções Distribuição: H2O Films Exibição: nos cinemas Duração: 1h54 Classificação: 12 anos País: Brasil Gêneros: comédia, drama
Com direção de Barry Jenkins, estreou nos cinemas "Mufasa: O Rei Leão" ("Mufasa: The Lion King"), o live-action da Disney tão esperado para este ano. Explorando a história de origem do icônico pai de Simba, o filme se propõe a aprofundar a mitologia por trás do universo iniciado com "O Rei Leão" em 2019.
A narrativa acompanha Mufasa em sua juventude, superando uma infância difícil para se tornar o lendário líder da Pedra do Reino. Órfão e sem rumo, ele forma uma amizade improvável com Taka, um carismático herdeiro real.
Juntos, eles enfrentam desafios que moldam suas personalidades e definem seus futuros. Essa relação, além de revelar as semelhanças e diferenças entre os dois, dá origem a eventos que culminam no conflito central da franquia.
O diretor acerta ao trazer novidades para a franquia, corrigindo os erros do remake de 2019, com uma narrativa original e bem estruturada. O filme apresenta elementos inéditos, como a criação da Pedra do Reino, a transformação de Taka em Scar e o início do relacionamento de Mufasa com Sarabi. Esses detalhes são trabalhados de forma orgânica, enriquecendo a história e oferecendo novas camadas ao universo já conhecido.
As vozes do elenco da versão original são um dos destaques, incluindo Aaron Pierre, como Mufasa; Beyoncé (Nala); Mads Mikkelsen, como o vilão Kiros; Tiffany Boone (Sarabi), além da dupla Seth Rogen (Pumba) e Billy Eichner (Timão); Blue Ivy Carter, a filha de Beyoncé (dando voz a Kiara); Kelvin Harrison Jr. (Taka/Scar); John Kani (Rafiki) e Donald Glover, como o jovem Simba.
O roteiro de Jeff Nathanson utiliza paralelos com a obra original para desenvolver seus personagens. A amizade entre Mufasa e Taka, por exemplo, remete à relação de Simba e Nala, mas com um tom mais maduro e dramático.
Essa construção cuidadosa destaca como desafios e escolhas moldaram não apenas os protagonistas, mas todo o cenário político e emocional da Pedra do Reino.
A fotografia de James Laxton é um dos pontos altos do filme, com paisagens exuberantes e detalhes impressionantes dos felinos, enquanto a direção de arte de Dan Webster presta uma bela homenagem ao clássico. Os cenários e a ambientação são ricos em detalhes e ajudam a transportar o público para o coração da savana.
Barry Jenkins explora temas importantes como legado e pertencimento, centrando a narrativa na busca de Mufasa por propósito e unidade em um mundo cheio de desafios. O vilão Kiros, também se destaca ao trazer complexidade e ambição à trama.
Mesmo seguindo a fórmula clássica de vingança da franquia, ele se apresenta como um adversário formidável para Mufasa, com uma história bem construída que sustenta suas motivações.
No entanto, o filme apresenta algumas falhas. As músicas adicionais interpretadas por Lin-Manuel Miranda, embora agradáveis, não têm o mesmo impacto memorável das trilhas sonoras das produções anteriores.
Além disso, as intervenções cômicas de Timão e Pumba, embora divertidas, muitas vezes quebram o ritmo emocional da história com o personagem título.
Outro ponto fraco é a relação de Simba com Kiara, que deixa lacunas no roteiro, especialmente nos momentos envolvendo a leoa e sua família.
Apesar desses problemas, "Mufasa: O Rei Leão" entrega uma experiência criativa e emocionante, expandindo a mitologia da franquia de forma ousada. É um presente para os fãs e um exemplo de inovação, diferente de sequências como "Divertida Mente 2" e "Moana 2" que seguiram fórmulas previsíveis.
Ao explorar as origens de Mufasa, a Disney demonstra que ainda há espaço para surpresas e histórias envolventes nesse universo tão amado.
Ficha técnica:
Direção: Barry Jenkins Roteiro: Jeff Nathanson Produção: Walt Disney Pictures, Fairviem Entertainment Distribuição: Disney Pictures Exibição: nos cinemas Duração: 1h58 Classificação: 10 anos País: EUA Gêneros: live-action, aventura, musical, família
Obra revisita a história do líder seringueiro e traz uma reflexão urgente sobre a preservação da Amazônia (Fotos: Talita Oliveira)
Silvana Monteiro
Mais do que um registro histórico, o documentário “Empate”, dirigido por Sérgio de Carvalho, é uma obra que revisita a história do líder seringueiro Chico Mendes, assassinado em 1988, e de seus companheiros de luta. Mas também traz uma reflexão urgente sobre a preservação da Amazônia em tempos de intensos desafios ambientais e políticos.
Infelizmente, “Empate” teve uma curta exibição em poucas salas de cinema no país – Belo Horizonte não foi contemplada com a obra. Em Minas Gerais, apenas Poços de Caldas, no Sul do Estado, recebeu o documentário. A expectativa é de que entre em breve o documentário seja lançado em algum canal de streaming.
O filme nos conduz por uma narrativa simples, porém muito humana, capaz de emocionar e nos fazer conhecer as pessoas retratadas como se fossem amigos nossos, sentados em nossa sala de estar.
Ao relembrar a luta de seringueiros nas décadas de 1970 e 1980, o enredo amplifica as vozes de Chico Mendes por meio das memórias e experiências destes trabalhadores.
O documentário se destaca por fugir da abordagem biográfica convencional. Em vez de reforçar a imagem de Chico Mendes como um herói inalcançável, a obra ilumina os relatos de seus companheiros de luta, como Gomercindo Rodrigues, Marlene Mendes, João Martin e Raimundão.
Esses depoimentos tecem um retrato autêntico e sensível, onde a resistência coletiva ganha protagonismo. A sensação é de estar numa roda de conversa, em que memórias e reflexões ecoam como um apelo à continuidade da luta.
A simplicidade narrativa é uma das grandes virtudes de “Empate”. Sem recorrer a artifícios grandiosos, o diretor encontra força na combinação entre imagens potentes da floresta — ora exuberante, ora castigada por queimadas — e os rostos marcados daqueles que resistiram à exploração predatória.
A direção de fotografia, assinada por Leonardo Val e Pablo Paniagua, captura a beleza e a dor da Amazônia com igual intensidade. Cada detalhe — do brilho nos olhos dos seringueiros à densidade das matas — reforça o caráter atemporal da história.
Um dos pontos fracos do filme é a falta de mais imagens de Chico Mendes. Apesar de iniciar com cenas históricas do ambientalista, esta cronista que vos escreve, esperou por mais registros que mostrassem o homem a quem homenageiam.
Uma coisa é fato, embora simples, o documentário cumpre a missão de nos lembrar que as vozes da floresta ainda clamam por justiça, enquanto nos impele a agir.
Ao final, fica uma mensagem clara: o legado de Chico Mendes não é uma história encerrada, mas um chamado constante para que assumamos nosso papel na defesa do planeta.
Ficha técnica:
Direção: Sérgio de Carvalho Produção: Saci Filmes Distribuição: Descoloniza Filmes Exibição: nos cinemas Duração: 1h30 País: Brasil Gênero: documentário
Julianne Moore e Tilda Swinton são duas amigas que resolvem enfrentar a morte juntas (Fotos: El Deseo)
Eduardo Jr.
É errado escolher como se deseja morrer após ser diagnosticado com uma doença terminal? Essa é a pergunta que ecoa do filme "O Quarto ao Lado" ("The Room Next Door"), do diretor espanhol Pedro Almodóvar, em cartaz no UNA Cine Belas Artes. Distribuído pela Warner Bros. Pictures, este é o primeiro longa realizado em língua inglesa pelo cineasta.
Baseado no livro "O Que Você Está Enfrentando", de Sigrid Nunez, o filme traz o tema da eutanásia. A escritora Ingrid (Julianne Moore) descobre que sua antiga colega de trabalho, Martha (Tilda Swinton), tem um câncer incurável.
Ao visitá-la, se prontifica ao gesto humanitário de acompanhar a amiga, que pretende tomar uma pílula comprada na deep web e antecipar sua morte. Curiosamente, Ingrid acaba de lançar um livro sobre sua dificuldade de lidar com a morte.
Além da finitude humana, pautas como a criminalização da eutanásia, relações familiares, escolhas de vida e fundamentalismo religioso integram o roteiro do longa. Mas os temas sérios não excluem as tradicionais pitadas de humor do diretor espanhol.
Falas sobre aquecimento global e neoliberalismo também parecem expressar opiniões de Almodóvar. Apenas o tom com que o personagem Damian (vivido por John Turturro) dá a suas percepções é que soa professoral demais em alguns momentos.
Apesar dessa crítica, vale destacar a interessante escolha do diretor para filmar sua Martha. A protagonista, que conta com serenidade seus planos de autoextermínio, em vários momentos é vista pelo espectador já na posição de um cadáver, na horizontal.
Mas nada enche mais a tela do que o figurino escolhido para Tilda e os cenários de Almodóvar, com elementos vermelhos e tons terrosos.
Embora este seja um filme mais "flat", sem as tradicionais personagens espalhafatosas, é possível identificar o velho e bom Almodóvar em "O Quarto ao Lado". As mulheres fortes estão lá, assim como as pautas incômodas para alguns, e a acidez para tirar sarro de determinadas situações.
O longa agradou ao público no Festival de Veneza e rendeu ao espanhol seu primeiro Leão de Ouro. Talvez porque, embora a mortalidade seja tema central, tudo é apresentado com leveza, sem traços de terror ou exageros.
Ficha técnica
Direção e roteiro: Pedro Almodóvar Produção: Pathé Films e El Deseo Productions Distribuição: Warner Bros. Pictures Duração: 1h50 Exibição: Una Cine Belas Artes, sala 2, sessão 14 horas Classificação: 14 anos
Catálogo do canal reúne quase 400 produções originais com grandes astros de Hollywood (Fotos: Divulgação)
Maristela Bretas
O canal de streaming Adrenalina Pura passa a contar em seu catálogo com dois filmes de ação: "Agente das Sombras" (2022), protagonizado por Liam Nieeson, e "211: O Grande Assalto" (2018), com Nicolas Cage.
Nos próximos dias, outros longas protagonizados por grandes astros de Hollywood serão inseridos na programação de dezembro. O Adrenalina Pura está disponível na Prime Vídeo, Apple TV e Claro TV+, com assinatura mensal de R$ 14,90. O canal reúne em seu catálogo quase 400 produções originais de ação, aventura e suspense.
Em "Agente das Sombras" ("Blacklight"), Liam Neeson interpreta o agente Travis Block que trabalha para o FBI com a função de extrair outros agentes em apuros. Até que descobre um programa sombrio chamado Operação Unidade, sob o comando de seu chefe Robinson (Aidan Quinn), com agentes matando cidadãos comuns inocentes.
A partir daí, ele se torna alvo, juntamente com as pessoas próximas e uma jornalista (Raver-Lampman) que resolve investigar as mortes.
Sob a direção de Mark Williams, Liam Neeson segue o estilo que adotou em outros filmes de ação e espionagem, com muito tiro, porrada e bomba. Ele é aquele espião com cara de avozão, com poucas falas, mas que não tem escrúpulos em colocar uma bomba num acampamento ou descarregar pentes de balas de metralhadora nos inimigos.
"Agente das Sombras" tem muita ação em seus 108 minutos de duração, mas não apresenta nada de novo, tudo muito previsível. Ele deixa vários furos, especialmente o final, após uma cena com Neeson e Quinn, que do nada pula para um "felizes para sempre". Sem explicação do que realmente aconteceu.
Não espere muito do roteiro, que entrega um filme comum como outros do gênero protagonizados por Liam Neeson. O longa atende como entretenimento para quem gosta do ator.
211: O Grande Assalto
A outra estreia, "211: O Grande Assalto" ("211"), com Nicolas Cage, desmerece o ator. Ele está apático, com cara de cachorro que caiu da mudança. Participa da ação, mas o roteiro não permite que entregue todo o seu talento.
Apesar de ser inspirado em fatos reais, o diretor e roteirista York Alec Shackleton não aprofunda na história, deixa muitas pontas soltas e aproveita mal o elenco.
Cage é o policial Mike Chandler, que junto com seu parceiro e genro Steve MacAvoy (Dwayne Cameron) tem de levar um aluno negro, Kenny (Michael Rainey Jr,) como passageiro durante uma ronda diária, como uma punição imposta pela escola.
No entanto, os policiais, despreparados e sem armas suficientes, são surpreendidos com um assalto a banco em andamento cometido por um grupo de mercenários. A dupla policial terá de enfrentar os bandidos e salvar o jovem.
O elenco tem ainda o ator búlgaro Velizar Binev, que participou de filmes como "Os Mercenários 3" (2014) e "Dupla Explosiva" (2017). Mas como Cage, é só mais um nas cenas de ação. O restante do grupo é pouco. Tem até uma agente da Interpol, que não acrescenta muito à trama.
Tiros e explosões de sobra, mas chega a irritar a total falta de pontaria, tanto dos bandidos quanto da polícia. Há também dramas familiares, mas são pouco explorados, chegando a ser dispensáveis quando, na verdade, deveriam dar força ao enredo.
A duração de 1h26 do longa, pelo que entrega, poderia ser menor. Vale para os fãs de Nicolas Cage, que até tenta, mas não consegue salvar a produção.
Seleção terá entrevista no “Tarja Preta”, apresentado com Selton Mello, e produções como “Os Normais - O Filme”, “Terra Estrangeira” e “Casa de Areia” (Fotos: Alile Dara Onawale)
Da Redação
Em homenagem à atriz Fernanda Torres, o Canal Brasil exibe nesta terça e quarta feiras (10 e 11 de dezembro) uma maratona de 11 filmes da atriz. Nessa segunda-feira, ela foi indicada como Melhor Atriz em Filme de Drama no Globo de Ouro 2025 pelo filme "Ainda Estou Aqui", indicado a Melhor Filme de Língua Não Inglesa.
Esta é a quarta vez que o diretor Walter Salles concorre à premiação. Em 1999, a atriz Fernanda Montenegro também concorreu como Melhor Atriz, sob a direção de Salles, em "Central do Brasil".
"Ainda Estou Aqui"
A programação especial inicia com o programa “Tarja Preta”, apresentado por Selton Mello. Na entrevista gravada em 2006, a atriz faz uma retrospectiva de sua carreira, conta curiosidades de bastidores e relembra memórias de filmes como “Terra Estrangeira”, “O que É Isso, Companheiro?” e “O Primeiro Dia”, além de sua experiência como roteirista em filmes como “Gêmeas” e “Traição”.
A maratona termina na quarta-feira com a exibição de “Amigos, Sons e Palavras”. Na atração, comandada por Gilberto Gil, eles conversam sobre o papel da mulher na preservação do afeto e reflexões existenciais sobre feminilidade e sociedade.
Premiações
Com um total de sete prêmios, o longa também foi premiado no 81ª Festival de Veneza (Melhor Roteiro); foi escolhido o Melhor Filme pelo público, na 48ª Mostra de S. Paulo; no Festival Internacional de Cinema de Vancouver, no Canadá e no Festival de Cinema de Mill Valley, nos Estados Unidos. A atriz Fernanda Torres foi eleita Melhor Atriz em filme internacional pelo Critics Choice Awards.
No domingo (8), Fernanda Torres conquistou o segundo lugar na categoria de Melhor Atuação na premiação da Associação de Críticos de Cinema de Los Angeles, ao lado da atriz Demi Moore.
Na semana passada, o longa "Ainda Estou Aqui" foi escolhido como um dos cinco Melhores Filmes Internacionais, pela National Board of Review, uma das mais importantes associações de cinema dos EUA, sediada em Nova York.
MARATONA FERNANDA TORRES
Tarja Preta: Fernanda Torres (2006) Horário: Terça, dia 10/12, às 19h30 Episódio: Selton e Fernanda Torres - T03Ep01
Terra Estrangeira (1996) (110’) Horário: Terça, dia 10/12, às 20h Classificação: 16 anos Direção: Walter Salles e Daniela Thomas
O Primeiro Dia (1997) (95’) Horário: Terça, dia 10/12, às 21h40 Classificação: 14 anos Direção: Walter Salles e Daniela Thomas
Eu Sei que Vou Te Amar (1986) Horário: Terça, dia 10/12, às 22h55 Classificação: 14 anos Direção: Arnaldo Jabor
"Eu Sei Que Vou Te Amar" (Divulgação)
Casa de Areia (2005) (103’) Horário: Quarta, dia 11/12, à 00h40 Classificação: 16 anos Direção: Andrucha Waddington
Traição (1998) (104’) Horário: Quarta, dia 11/12, às 2h35 Classificação: 18 anos Direção: José Henrique Fonseca, Arthur Fontes e Cláudio Torres
Gêmeas (1999) (75’) Horário: Quarta, dia 11/12, às 4h20 Classificação: 14 anos Direção: Andrucha Waddington
O Que É Isso companheiro? (1996) (110’) Horário: Quarta, dia 11/12, às 5h30 Classificação: 16 anos Direção: Bruno Barreto
"O Que é Isso Companheiro?" (Divulgação)
Jogo de Cena (2007) (106’) Horário: Quarta, dia 11/12, às 7h25 Classificação: 12 anos Direção: Eduardo Coutinho
Saneamento Básico (2007) (112’) Horário: Quarta, dia 11/12, às 10h45 Classificação: 14 anos Direção: Jorge Furtado
Inocência (1983) (118’) Horário: Quarta, dia 11/12, às 12h40 Classificação: 14 anos Direção: Walter Lima
Amigos, Sons e Palavras: Fernanda Torres (2018) Horário: Quarta, dia 11/12, às 14h40 Episódio: Gilberto Gil recebe Fernanda Torres - T01Ep02
Serviço
Maratona Fernanda Torres Data: dias 10 e 11 de dezembro Horário: a partir das 19h30 Exibição: Canal Brasil Classificação: Conforme a programação País: Brasil Gêneros: drama, suspense, história, entrevista
O ex-presidente do Uruguai é o narrador deste documentário que é um alerta à humanidade (Fotos: Pablo Trobo)
Jean Piter Miranda
Enchentes no Rio Grande do Sul e na região de Valência, na Espanha, e o furacão Milton, nos Estados Unidos. O que tudo isso tem em comum? São efeitos do aquecimento global, provocado pela poluição gerada pelos humanos. Um cenário que está se agravando a cada dia e que acende um alerta: precisamos fazer algo urgente para salvar o mundo! Nesse caso, para salvarmos nós mesmos e as próximas gerações.
Essa é a essência de “Os Sonhos de Pepe” ("Los Sueños de Pepe – Movimiento 2052"), documentário sobre as ideias do ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, que está em cartaz no Cine UNA Belas Artes, em Belo Horizonte, e em vários outros cinemas pelo Brasil.
Com cerca de uma hora e meia de duração, o documentário acompanha algumas viagens que Mujica fez pelo mundo durante o período em que presidiu o Uruguai, entre 2010 e 2015. Passou por Estados Unidos, Japão e Europa, em compromissos oficiais, onde foi recebido por autoridades.
Entre uma viagem e outra, Mujica, narrador do documentário, compartilha suas reflexões. Faz críticas ao capitalismo predatório que tem sobrecarregado o planeta com o excesso de produção, ao modo de vida estadunidense, baseado no consumismo, e à gigantesca produção de lixo, que está comprometendo nossa própria sobrevivência.
Os discursos de Mujica são endossados pelo seu exemplo. Embora não se trate de uma biografia, o documentário conta parte de sua vida. Dos tempos de guerrilha, da luta contra a ditadura, o período de 12 anos de prisão e a chegada à presidência do Uruguai.
Entretanto, o destaque é para o modo de vida simples que Pepe leva com sua inseparável esposa, Lucía Topolansky. O casal vive em uma chácara numa área rural nos arredores de Montevidéu. Uma moradia simples, por escolha deles. Mujica foi presidente e senador do Uruguai. Sua esposa também foi senadora. Eles poderiam ter uma vida diferente, mas optaram pela austeridade. Mais do que palavras, o exemplo.
"Os Sonhos de Pepe" faz parte um da trilogia dirigida pelo uruguaio Pablo Trobo. A fotografia é um dos destaque do documentário. A escolha das imagens que cobrem as reflexões de Mujica são muito bem casadas. É prazeroso de se ver.
Outro ponto que chama a atenção é a popularidade de Pepe. Em todos os lugares em que passa, ele arrasta multidões de admiradores, principalmente jovens. Todos querem ouvir suas ideias.
“Os Sonhos de Pepe” chega em um momento importante. Como o próprio Mujica diz, o tempo está se acabando. Mais do que refletir, é preciso agir com urgência. Começar assistindo esse documentário é uma boa pedida.
Ficha técnica
Direção, montagem, produção e fotografia: Pablo Trobo Produção: Atlantida Studios e Tangerina Films Distribuição: Pandora Filmes Exibição: Cine Una Belas Artes - sala 2 – sessão às 19 horas Duração: 1h26 Classificação: 10 anos País: Uruguai Gênero: documentário
O JustWatch acaba de lançar sua mais recente lista dos Top
10s, bem como um relatório de catálogo de provedores para a temporada de
festas. Usando os gráficos de streaming, o site, parceiro do Cinema no Escurinho, determinou os filmes de Natal mais transmitidos entre 2023 e 2024 no Brasil. Saiba mais sobre o JustWatch clicando aqui.
Também determinou o número exato de filmes de Natal que
estão disponíveis para transmissão e qual provedor tem o maior número.
Para
quem não conhece, o JustWatch é um serviço online gratuito que ajuda a
encontrar filmes e séries de TV disponíveis em serviços de streaming. O serviço
tem suporte para português e pode ser acessado por site ou aplicativo,
compatível com os sistemas iOS e Android.