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17 março 2024

"Donzela" - insubordinação ao destino e sede de viver

Produção reúne fantasia, ação, um dragão vingativo e uma princesa nada convencional (Fotos: Netflix)


Silvana Monteiro 


Millie Bobby Brown, que interpretou Eleven em "Stranger Things" (2016 a 2024 - 5 temporadas), dá vida à princesa Elodie, uma figura insubmissa disposta a uma luta sangrenta no filme "Donzela" ("Damsel"), disponível na Netflix. O longa estreou no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, e, como não poderia deixar de ser, traz consigo uma perspectiva feminista.

A narrativa, que figura entre as dez mais assistidas desde o lançamento, inicia-se com uma proposta não convencional: um conto de fadas no qual a princesa não é salva por um príncipe em um cavalo branco. 


O que se segue é um enredo que remete à clássica história de "Barba Azul", mas com um enigmático plot twist. A família real busca uma noiva para o príncipe, porém com uma intenção macabra, que é posta em prática logo após a troca de alianças.

A genialidade do filme reside nos diálogos entre a vítima e sua algoz, um dragão (voz original de Shohreh Aghdashloo, de "Renfield - Dando o Sangue Pelo Chefe" - 2023) atormentado por uma dor incurável e com um compromisso de vingança contra a família real que se estende às futuras princesas. 


As reviravoltas são rápidas. Apesar de ter pouco mais de 1 hora e 40 minutos de duração, o filme transmite uma sensação de concisão e possui um ritmo muito bom. 

Poderia explorar mais a lenda e aprofundar-se nas tramas da maldição, mas a magia, as cenas de redenção e os desafios empreendidos pela princesa Elodie são satisfatórios e compensam, em certa medida, essas falhas. A fotografia é a cereja do bolo no filme, o que vai encher os olhos dos amantes dessa técnica. 


A direção é de Juan Carlos Fresnadillo, o roteiro foi escrito por Dan Mazeau e a própria Millie Bobby Brown assume a produção executiva, como fez em “Enola Holmes” (2020). 

O elenco conta com nomes como Ray Winstone (“Viúva Negra” – 2021) e Angela Bassett (“Pantera Negra” - 2018), como Lord e Lady Bayford, pais de Elodie e da irmã Floria (Brooke Carter);  Robin Wright (“Mulher Maravilha” - 2017), como a rainha Isabelle; e Nick Robinson, como o príncipe Henry (“Com Amor, Simon” - 2018). 

O filme não foi feito para morrer nas lágrimas, mas para surpreender e emocionar em algumas cenas. Se você aprecia contos de fadas às avessas, repletos de resiliência feminina, pegue o controle remoto e embarque nessa história.


Ficha técnica:
Direção: Juan Carlos Fresnadillo
Roteiro: Dan Mazeau
Produção e exibição: Netflix
Duração: 1h48
Classificação: 12 anos
País: EUA
Gêneros: ação, aventura, fantasia

02 março 2024

"A Noite que Mudou o Pop" e a vida de milhares de crianças

Documentário mostra os bastidores da gravação do clipe da música "We Are the World" em 1985
(Fotos: Netflix) 


Felipe Matheus
Comentando Sucessos


"Um encontro histórico, capaz de parar conflitos e fazer com que as pessoas tivessem fé e esperança de um mundo melhor. Este é o enredo de "A Noite que Mudou o Pop", documentário sobre os bastidores da gravação da música "We Are the World", composta por Michael Jackson e Lionel Richie e sucesso mundial, mesmo depois de tantos anos.

Foram 45 artistas norte-americanos e um sonho: levar ajuda humanitária para a África e proporcionar o melhor para milhares de crianças, vítimas da fome e de doenças, mas que precisavam também de amor. 

"We Are the World" foi o tema do projeto USA for Africa e arrecadou milhões de dólares que foram destinados àquele continente. A música ainda conquistou quatro Grammys no ano seguinte, incluindo o de Melhor Canção. Confira o clipe da música clicando aqui.


Essa história de sucesso começou em 28 de janeiro de 1985, logo após a premiação do American Music Awards. A gravação durou a madrugada inteira e acabou às 8 da manhã. O projeto, coordenado por Harry Belafonte e Lionel Richie, tendo como produtor e arranjador o grande Quincy Jones, reuniu um time de astros internacionais. 

Naquela madrugada estavam em um mesmo estúdio em Los Angeles, nomes como Michael Jackson, Cyndi Lauper, Bruce Springsteen, Stevie Wonder, Bob Dylan, Diana Ross, Tina Turner, Ray Charles, Dionne Warwick, Kenny Rogers, Paul Simon, entre outros artistas que fizeram sucesso nos anos 80.


Na entrada do estúdio, uma mensagem que transformaria quem ali chegasse: "Deixe seu ego na porta", enfatizando que o propósito não era sobre individualidade, mas sim ajudar e agir com uma perspectiva humanitária.

Lionel Richie declara no documentário que não foi fácil a criação com Michael: 'Nós éramos como duas crianças de 3 anos tentando sentar e focar em alguma coisa. Estávamos fazendo a maior bagunça. Relaxando na casa [de Michael] e vendo o cachorro brincar com um pássaro".

O documentário está disponível na Netflix, convidando você a reviver o encontro especial que mudou o pop, e entender sua importância como um clássico.


Ficha técnica:
Direção: Bao Nguyen
Produção: Netflix
Exibição: Netflix
Duração: 1h37
Classificação: 12 anos
País: EUA
Gêneros: documentário, música


08 janeiro 2024

“Rebel Moon - Parte 1” promete grande série, mas entrega um filme de sessão da tarde

Guerreira reúne um grupo de combatentes bem diversificado para combater um tirano que invade e passa a dominar seu planeta
(Fotos: Netflix)


Jean Piter Miranda


“Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo” atingiu o status de filme mais visto na Netflix em todo o mundo nos últimos dias. Mas engana-se quem pensa que se trata uma grande obra. Não é. Prova disso é que, até o momento, o novo longa do diretor Zack Snyder só tem 24% de aprovação da crítica e 61% da audiência no Rotten Tomatoes.

O filme tem como protagonista a camponesa Kora (Sofia Boutella, de "A Múmia" - 2017). Ela vive em um planeta pacífico de agricultores. Só que a paz desse lugar fica ameaçada quando tropas do exército do governo tirânico de Balisarius chegam em busca de suprimentos. Os militares ocupam a região, exigem que toda a plantação seja entregue a eles e começam a oprimir os moradores.


Para salvar seu povo, Kora, que na verdade não é uma simples camponesa, se revolta e elimina as tropas que ocupam o planeta. Por conta disso, a guerreira revelada tem que fugir. Mas ela vai além. Com o plano de eliminar o império Balisarius da galáxia, ela sai em busca de novos combatentes que possam se juntar à sua causa.

Nessa primeira parte, o filme apresenta o almirante Atticus Noble (Ed Skrein, de "Midway - Batalha em Alto-Mar" - 2019), o antagonista da vez. O vilão e sua tropa usam fardas militares com detalhes vermelhos em um clara alusão ao nazismo. Um clichê recorrente em filmes de heróis estadunidenses.

As tropas são malvadas gratuitamente. Mais um clichê do maniqueísmo, dividindo os grupos entre o bem e o mal, mocinhos e vilões. Uma forma muito rasa e simplista de se construir personagens. O almirante Atticus Noble, por sinal, parece uma cópia barata do magnífico Hans Lanna, de “Bastardos Inglórios” (2009).


Nas primeiras cenas de lutas, vemos mais um show de clichês. Snyder abusa do uso de câmera lenta. O que talvez tenha o objetivo de dar mais emoção, de criar um momento memorável, só deixa o filme mais chato e arrastado.

Os combates são difíceis de engolir. Soldados treinados que não acertam um único tiro nem se preocupam em se defender, atacando de qualquer jeito. Socos que não deixam marcas nem tiram sangue e tiros de laser que imitam "Star Wars". Depois de cenas de ação em filmes como “John Wick” (2014), “Ong Back” (2003), "Oldboy" (2003), “Anônimo” (2021), entre tantos outros, não dá pra aceitar lutas lentas. Ainda mais quando se trata de guerreiros, de combatentes de elite. Muito menos pancadas que não tirem sangue.


Seguindo a trama, Kora passa 80% do filme recrutando guerreiros para seu grupo. O primeiro que a acompanha é Gunnar (Michiel Huisman), da colônia de agricultores. Um cara sem experiência de batalha, sem nada de especial. Não dá para entender o porquê de ele estar no grupo. Depois, ela acha Kai (Charlie Hunnam, de "Rei Arthur - A Lenda da Espada" - 2019), um piloto mercenário. Tem o clichê da briga de bar e um milhão de frases feitas motivacionais ao longo do caminho.

O time então vai se formando com o General Titus (Djimon Hounsou, de "Shazam! - Fúria dos Deuses" - 2023), um gladiador que já serviu Balisarius e está arrependido de seu passado; Tarak (Staz Nair), um guerreiro nativo que busca redenção, sabe-se lá de que; Nemesis (Doona Bae), um ciborgue espadachim; Darrian Bloodaxe (Ray Fisher) e Milius (E. Duffy), guerrilheiros de um exército rebelde de resistência ao império.


Apesar das duas horas e quinze minutos de duração, o filme não desenvolve nenhum dos personagens. É tudo muito superficial. O passado de Kora é apresentado aos poucos, mas não convence nem cativa. Sobre os demais, não dá pra saber suas motivações ou objetivos. Todos embarcam em um missão praticamente suicida depois de um jogo de frases feitas motivacionais.

Um gladiador negro, uma guerreira oriental que usa katanas, um guerreiro com aparência indígena, um piloto loiro bonitão, um soldado e uma soldada, um camponês e uma líder ex-militar super treinada. Personagens os quais, no máximo, dá para guardar descrições físicas. Uma seleção diversa, o que é bem positivo. Mas não passa disso.


Sem tempo de tela para desenvolver características de personalidade, habilidades, poderes, motivações, todos os personagens se tornam completamente esquecíveis. Não dá pra ter simpatia ou identificação com nenhum deles. Nem com a protagonista.

Para não dizer que é tudo ruim, os efeitos especiais merecem elogios. A maquiagem e a caracterização de seres interplanetários é muito bem feita. Seres que, por sinal, são tantos que não dá para decorar nomes, raças, espécies, saber a importância de cada um para a trama ou o que representam para esse universo. É tanto personagem em tão pouco tempo de tela que dá a impressão de estar vendo uma montagem com recortes de vários filmes.


O robô Jimmy (voz de Anthony Hopkins) também é muito bem feito. É aliado momentâneo que não embarca na jornada e que deixa um ar de que, talvez, seja um personagem importante para a "Parte 2", prevista para estrear em abril deste ano.

O ator e cantor irlandês Fra Fee interpreta o grande vilão Balisarius, o ditador intergaláctico. Ele praticamente só aparece em cenas do passado, deixando expectativa para que tenha uma participação maior e mais ativa na continuação.

Zack Snyder tem um currículo cheio de grandes produções. Sucessos como “300” (2006), “Watchmen – O Filme” (2009) e “A Lenda dos Guardiões” (2010). Mas também tem obras que não emplacaram como “Army of the Death – Invasão de Las Vegas” (2021), “Batman VS Superman – A Origem da Justiça” (2016) e “Liga da Justiça” (2017), que inclusive ganhou uma versão estendida em 2021 - "Snyder Cut". Em comum, são sempre obras com orçamentos volumosos.


O fato é que, com ou sem Snyder, as produções da DC não decolaram. E os motivos são muitos. Mas não dá pra reclamar de recursos. Os elencos são bons, assim como os roteiristas, equipes técnicas e demais profissionais. Dinheiro nunca faltou. De forma geral, não agradou a crítica nem o público. Mas rendeu uma boa grana. No fim, o diretor sempre tem saído com prestígio.

É inegável que Snyder tem um fã clube enorme. Há quem goste muito de seu trabalho, mesmo com os altos e baixos. O próprio diretor tem uma super autoestima e acredita que está criando uma linguagem cinematográfica própria. Uma falta enorme de senso de realidade. “Rebel Moon - Parte 1” mostra isso. Um caminhão de clichês e escolhas erradas com um orçamento de US$ 90 milhões. Um grande elenco e um história que copia um monte de histórias já vistas.

No fim, o longa promete ser o novo “Star Wars”, a nova série cinematográfica que vai marcar época e geração. Mas que entrega uma obra chata, sem graça e muito cansativa, como um filme repetido de baixo orçamento de “Sessão da Tarde”.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Zack Snyder
Produção: Netflix
Exibição: Netflix
Duração: 2h13
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gêneros: aventura, ficção, ação
Nota: 2,5 (0 a 5)

07 janeiro 2024

Entre amores e desafios: a jornada de Lim Ju-kyung em "Beleza Verdadeira"

Dorama aborda os encantos e desafios de uma jovem no mundo da aparência, vivendo um triângulo amoroso (Fotos: Netflix)


Filipe Matheus
@comentandosucessosoficial


Quem não ama uma história de amor? Agora, imagina se apaixonar pela mesma garota que seu melhor amigo gosta. Em "Beleza Verdadeira" ("True Beauty"), dorama disponível na Netflix, Lim Ju-kyung (Moon Ga-young) passa por essa situação. Complicado demais, não é verdade?

No dorama, uma estudante esconde seu passado e aprende técnicas de maquiagem que a tornam popular na escola. Lee Su-ho (Cha Eun-woo) e Han Seo-jun (Hwang In-yeop) disputam o coração da protagonista. 

Além de superar traumas do passado, ela vai começar a viver novas experiências, não só com os amigos, mas também em família. 


Os episódios abordam assuntos importantes como suicídio, bullying e relação com os pais. O melhor de tudo é a trilha sonora, que faz o espectador ficar mais apaixonado pelo enredo da série.

Primeiro amor, amizades e muita música, tudo bem produzido, dá vontade de sair do Brasil e viver na Coreia do Sul, onde é ambientada essa história.

Um ponto positivo é a atuação de Park Yoo-na ("A Man Of Reason" - 2022), uma personagem intrigante, que mostra sua personalidade forte, e também revela segredos ao decorrer dos 16 episódios.


Os demais integrantes do elenco atuam muito bem, todos os personagens têm protagonismo e as histórias se desenvolvem bem, ajudando o espectador a se envolver no enredo.

Um ponto negativo são as poucas cenas de Jin Seo-yeon (Chani) que tem uma importância essencial no dorama, mas aparece pouco, faltando contar mais sobre a história dele.

Então, não perca tempo, e venha embarcar nessa aventura, cheia de amor, pela busca da beleza verdadeira.


Ficha técnica:
Direção: Kim Sang-hyub
Produção: tvN
Exibição: Netflix
Duração: 1 temporada - 16 episódios
Classificação: 14 anos
País: Coreia do Sul
Gêneros: dorama, comédia, romance

27 dezembro 2023

Turma do Cinema no Escurinho elege seus filmes favoritos de 2023

Reprodução


Equipe Cinema no Escurinho


Mais um ano terminando e alguns colaboradores do Cinema no Escurinho não podiam deixar de indicar os dez filmes que mais gostaram, no cinema e na internet. Se você ainda não viu, fica a dica: alguns já estão nos catálogos das principais plataformas de streaming. Confira:



Banshees de Inisherin - STAR+ (assinante)
Folhas de Outono - MUBI - https://mubi.com/pt/br
Anatomia de uma Queda - PREVISÃO DE ESTREIA NOS CINEMAS EM FEVEREIRO
Ainda Temos o Amanhã - AINDA NÃO DISPONÍVEL NO STREAMING
Culpa e Desejo - AINDA NÃO DISPONÍVEL NO STREAMING
Retratos Fantasmas - NETFLIX (assinante); para aluguel: GOOGLE PLAY FILMES, AMAZON PRIME VÍDEO, YOUTUBE E APPLE TV
Disfarce Divino - AINDA NÃO DISPONÍVEL NO STREAMING
O Crime é Meu - AINDA NÃO DISPONÍVEL NO STREAMING
Holy Spider - AMAZON PRIME VIDEO (assinante); para aluguel: GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Uma Vida Sem Ele - AMAZON PRIME VIDEO


Eduardo Jr.

Ainda Temos o Amanhã - AINDA NÃO DISPONÍVEL NO STREAMING
Missão Impossível 7: Acerto de Contas - Parte 1 - AMAZON PRIME VIDEO (assinante); para aluguel:, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Estranha Forma de Vida - AMAZON PRIME VIDEO (assinante); para aluguel: GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Mussum: O Filmis - para aluguel: GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Culpa e Desejo - AINDA NÃO DISPONÍVEL NO STREAMING
Batem à Porta - TELECINE PIPOCA DIA 31/12 (assinatura); para aluguel: GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Trolls 3 - Juntos Novamente - para aluguel: AMAZON PRIME VIDEO, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Um Pai, Um Filho - AINDA NÃO DISPONÍVEL NO STREAMING
Sem Ar - para aluguel: AMAZON PRIME VIDEO, YOUTUBE, APPLE TV
A Noite das Bruxas - STAR+ (assinante)


Marcos Tadeu

Beau Tem Medo - AMAZON PRIME VIDEO (assinante); para aluguel: GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Maestro - NETFLIX (assinante)
Barbie - HBO Max (assinante); para aluguel: AMAZON PRIME VIDEO, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Super Mario Bros.: O Filme - para aluguel: AMAZON PRIME VIDEO, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
A Baleia - PARAMOUNT (assinante)
Mussum: O Filmis - para aluguel: GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Digimon Aventure 02: O Começo - GLOBOPLAY (assinante)
Excluídos - NETFLIX (assinante)
Retratos Fantasmas - NETFLIX (assinante); para aluguel: GOOGLE PLAY FILMES, AMAZON PRIME VÍDEO, YOUTUBE E APPLE TV
Suzume - CRUNCHYROLL  - https://www.crunchyroll.com/pt-br


Maristela Bretas


- A Última Vez que Fomos Crianças - AINDA NÃO DISPONÍVEL NO STREAMING
- Elementos - DISNEY+
- Super Mario Bros.: O Filme - para aluguel: AMAZON PRIME VIDEO, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
- Aquaman 2 - O Reino Perdido - NOS CINEMAS
- Oppenheimer - para aluguel: AMAZON PRIME VIDEO, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
- Guardiões da Galáxia: Vol.3 - DISNEY+
- Missão Impossível 7: Acerto de Contas - Parte 1 - AMAZON PRIME VIDEO (assinante); para aluguel:, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
- Gato de Botas 2 - TELECINE e AMAZON PRIME VIDEO (assinante); para aluguel:, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
- Os Fabelmans - TELECINE e AMAZON PRIME VIDEO (assinante); para aluguel:, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
- John Wick 4: Baba Yaga - AMAZON PRIME VIDEO (assinante); para aluguel:, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV

18 dezembro 2023

Bradley Cooper se transforma para contar a vida e obra de Leonard Bernstein em “Maestro”

Ator divide o protagonismo com Carey Mulligan, com interpretações dignas de Oscar na biografia do famoso músico e compositor
(Fotos: Netflix)


Marcos Tadeu
Narrativa Cinematográfica


Dirigido por Bradley Cooper, conhecido por seu trabalho em "Nasce uma Estrela" (2018), "Maestro" apresenta-se como uma obra cativante e tecnicamente sólida. A produção ainda pode ser conferida na sala 1 do Centro Cultural Minas/Unimed e a partir do dia 20 de dezembro no catálogo da Netflix.  

Quarta incursão de Cooper na direção, ele também assume o papel do excêntrico músico e pianista Leonard Bernstein, uma figura icônica do gênero clássico. A narrativa, com mais de duas horas de duração, revela a jornada do compositor e maestro, apresentando-o desde o início da carreira e sua vida pessoal, explorando as vitórias e derrotas, inclusive seus 18 anos no comando da Orquestra Filarmônica de Nova York.


A biografia retrata inicialmente a paixão de Bernstein pela música e o caminho rumo à fama por meio de uma regência rígida e composição poderosa. As nuances visuais, utilizando tanto o preto e branco quanto cores variadas desvendam a evolução dos relacionamentos e das dinâmicas familiares do protagonista ao longo do tempo, inclusive seu envolvimento amoroso com outros homens.

Bradley Cooper oferece uma atuação convincente, revelando os dilemas do personagem-título. O ator usou inclusive uma prótese no nariz para se parecer mais com o maestro. O filme, mesmo dirigido por um homem, coloca em foco personagens femininas fortes, como a atriz e ativista Felícia Montealegre, interpretada por Carey Mulligan, que desempenha um papel crucial na vida pessoal e profissional de Bernstein. No elenco estão ainda Maya Hawke, Matt Bomer, Michael Urie e Sarah Silverman. 


Do ponto de vista técnico, a trilha sonora de Leonard Bernstein é uma presença marcante, ganhando vida nas mãos habilidosas de Cooper. O famoso maestro é responsável por conhecidas composições de musicais da Broadway, como "West Side Story" ("Amor, Sublime Amor"). Também a fotografia de Matthew Libatique é primorosa, usando cores e a ausência delas de maneira criativa para contar a história de forma envolvente.

A direção de arte de Kevin Thompson contribui para criar um ambiente sofisticado, repleto de referências ao universo da televisão e do cinema, proporcionando um contexto impactante para os personagens. A presença de nomes como Martin Scorsese e Steven Spielberg na equipe de produção promete elevar as chances do filme em premiações como o Oscar.


Alguns aspectos do filme, no entanto, podem deixar a desejar, como a relação com os filhos, que poderia ganhar mais protagonismo, e o relacionamento conturbado de quase 30 anos entre Felícia e Bernstein.

"Maestro" destaca-se como uma das melhores obras do ano. Vale a pena conferir no cinema para apreciar a riqueza sonora e visual proporcionada pela direção. Indicado para os amantes de música clássica, teatro e cinema, além de uma grande oportunidade de conhecer um pouco da história desse famoso compositor.


Ficha técnica
Direção: Bradley Cooper
Produção: Netflix
Distribuição: Netflix
Exibição: sala 1 do Centro Cultural Minas/Unimed e dia 20/12 na Netflix
Duração: 2h19
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gênero: biografia

20 novembro 2023

"Primeiros Amores", a novidade da Netflix que vai abalar seu coração

Série polonesa de seis episódios trata de amadurecimento, romance e paixão pelo cinema (Fotos: Netflix)


Filipe Matheus


"O sonho sempre vem pra quem sonhar". Esse trecho da música "Lua de Cristal", da Xuxa, tem tudo a ver com a nova série "Primeiros Amores" ("Absolutni Debiutanci"), já disponível no catálogo da Netflix. A primeira temporada está repleta de descobertas e nos inspira a sonhar, amar e ser feliz.

A história conta sobre dois amigos, ambos apaixonados por filmes, e que juntos trabalham em um longa para entrarem na faculdade de Cinema. Lena (Martyna Byczkowska), uma jovem com espectro autista, e Niko (Bartlomiej Deklewa) têm uma amizade muito forte e bela, e desde criança vivem aventuras, sonhando com o mundo mágico da sétima arte. 


O verbo amar é tão poético, e nessa história de amor, ele não pode faltar. Por isso, Igor (Jan Salasinski) entra na trama, para tocar o coração de Niko e a mente de Lena. Abalados com tanta beleza, força e masculinidade do jovem. Juntos, eles vão criar uma história fenomenal e fazer dela uma linda obra. 

Igor é um jogador de basquete que ama o esporte, mas passará por momentos difíceis, mas ao conhecer ambos, verá que viver algo novo e mergulhar de cabeça na atuação vale à pena. Uma série que te deixa intrigado, não só pelos personagens, mas também pela beleza da Polônia, cidade que é retratada nos episódios. 


Lena, quer muito ter uma cena de sexo no filme, mas o personagem de Niko não concorda, além da ética e por respeito a Igor. Porque será que ele não quer viver essa arte de maneira completa? O que tem de errado em uma simples cena de sexo? 

Para saber mais, você terá que assistir e vivenciar as emoções dos personagens que no decorrer da história, vão aprender mais sobre o que é a vida e como é difícil decifrá-la. E olha que a palavra VIDA, tem apenas quatro letras! 


A série fala também de família e de como os laços são importantes na construção das pessoas. Não tem como viver uma experiência sem recorrer a eles, as histórias, os encontros e até mesmo os traumas. De forma rápida e perspicaz, a trama tem seis episódios que vão deixar você querendo mais, ou melhor, a segunda temporada. 

Como eu disse no começo, "Primeiros Amores" fala muito sobre sonhar, mas nem sempre esses sonhos vão se realizar. Assista e me diga o que achou, meu caro leitor. 


Ficha técnica:
Direção:
Kamila Tarabura
Distribuição e exibição: Netflix
Duração: 6 episódios/média de 45 minutos de duração cada
Classificação: 16 anos
País: Polônia
Gêneros: romance, série, drama

04 setembro 2023

"One Piece: A Série" estreia com aprovação dos fãs de mangá e anime

Viaje pelos Sete Mares em companhia do bando "Os Chapéus de Palha", em busca de um tesouro perdido (Fotos: Netflix)


Marcos Tadeu
Blog Narrativa Cinematografica


Adaptar uma história de anime tão conhecida como "One Piece" era realmente um trabalho desafiador. Mas desde a estreia na Netflix, a série tem agradado bastante os fãs que aguardavam ansiosamente esta versão. 

Marca mundialmente famosa por sua legião de fãs, One Piece já ultrapassou 1.000 episódios tanto no anime quanto no mangá, sem previsão de fim e ambos com lançamentos semanais. 

Criado por Eiichiro Oda, o anime teve todos os capítulos publicados na revista Weekly Shonen Jump desde 1997 pela editora japonesa Shueisha. 


“One Piece” é considerado um clássico ao lado de "Naruto", "Dragon Ball" e "Bleach" e um dos animes e mangás mais populares do mundo.

Informações iniciais divulgadas sobre figurinos, efeitos visuais e trailers da produção da Netflix não teriam agradado os fãs mais assíduos do material original.

Porém, ao assistir à série, o resultado foi completamente diferente e muito positivo. Outra dúvida: alguém que nunca teve contato com o mangá e o anime originais, conseguiria entender a série. A resposta é somente uma: SIM.


Na história, Monkey D. Luffy (Iñaki Godoy) deseja encontrar o one piece, o maior tesouro deixado por D. Roger, o Rei dos Piratas, e ocupar o lugar dele. Para isso, o jovem convoca uma equipe habilidosa e com sonhos diversos, formando assim o bando "Os Chapéus de Palha", que vai enfrentar perigos e adversários na sua jornada pela busca ao ouro escondido.

No episódio piloto, completamente competente, a narrativa mostra bem como Luffy se tornou um homem de borracha e suas motivações em se tornar o novo Rei dos Piratas. Também apresentou outros personagens importantes, como Zoro e Nami.


O destaque sem dúvida vai para Monkey D Luffy, jovem sonhador de um coração enorme que está sempre com fome (kkkkk). Ele é o capitão do bando "Os Chapéus de Palha". O ator Iñaki Godoy consegue incorporar muito bem o carisma e a inocência que Luffy tem no anime, sem deixar nada a desejar. 

Mackenyu Arata encarna Roronoa Zoro com os trejeitos do personagem, um cara extremamente "esquentadinho" e egoísta com todos a sua volta. O papel foi muito bem interpretado pelo ator, que trouxe a nostalgia do anime clássico às telas de cinema, com uma história densa que, sem dúvida, conquistou os fãs, além de garantir boas cenas de ação. 


Emily Rudd, apesar do visual e da peruca, encarou bem Nami, a ladra habilidosa do bô (cajado feito de madeira), trazendo muita personalidade ao bando "Os Chapéus de Palha". 

Outro que interpretou com maestria e humor o personagem Usopp foi Jacob Romero. Ele representa um marco importante entre os episódios. 

Por último, mas não menos importante temos Taz Skylar que faz o cozinheiro Sanji, elegante e sedutor, com ótimas habilidades de luta com as pernas. O elenco está afiado e contente por fazer parte desse projeto. Dá para perceber a felicidade de cada um com seu personagem.


"One Piece: A Série" consegue ser bem equilibrada, dando protagonismo para cada personagem, assim como no anime. Destaco para os arcos de Zoro e de Usopp, figuras chaves para toda a trama. 

Ainda que pareça que os arcos foram condensados em um único episódio comparado com o material original, todos conseguem ter um bom tempo de tela e apresentarem suas histórias sem ficarem cansativos. Pelo contrário, a narrativa é convidativa e cada personagem, com o seu jeito, conquista o telespectador.


Equipe técnica

Devemos destacar aqui a qualidade de Matt Owens, showrunner que fez, com muita competência, as adaptações necessárias do anime para o live-action, que serviram muito bem para mídias diferentes do material original. Owens também é um grande fã do mangá, o que ajuda ainda mais no cuidado com a série. 

Amanda Ross McDonald é outra profissional que merece atenção pelo cuidado com o cabelo e maquiagem dos personagens. Já a figurinista Dianna Cillers foi responsável por fazer com que os trajes ficassem como os originais, sem parecerem um cosplay, apresentando muitos detalhes que os fãs do anime e mangá vão reconhecer. 


Jaco Snymann ficou com o dever de criar os designers dos personagens, aplicando um tom mais realista, mas respeitando o que o criador do mangá “One Piece”, Eiichiro Oda, pensou no original. 

O maior acerto da série em live-action é o fato de Oda ser consultado a todo o momento durante as gravações. O grande mestre deu até sua benção para que a série se tornasse real.


O sucesso da série é um ponto positivo para a plataforma de streaming que vinha de um histórico questionável de adaptações, agora americanizadas. O filme "Death Note" foi reconhecido por seu fracasso, roteiro pobre, atuações irrelevantes e uma história que pouco respeitou o original. 

"Cowboy Bebop" foi outro exemplo - teve um grande investimento em marketing, mas não agradou aos fãs, ganhando até um cancelamento na plataforma. 

Sem dúvida, vale à pena dar o play e maratonar todos os episódios de "One Piece: A Série", que entrega uma trama rica, com efeitos especiais e personagens cativantes. Venha se juntar a história de "Os Chapéus de Palha" e ir em busca do tesouro. A primeira temporada, com oito episódios está disponível para assinantes na Netflix.

              
     
Ficha técnica:
Criação: Steven Maeda
Exibição: Netflix
Duração: 1ª Temporada - 8 episódios
Classificação: livre
País: EUA
Gêneros: aventura, fantasia, ação

14 agosto 2023

"Agente Stone" aposta em Gal Gadot, mas entrega roteiro superficial e previsível

Elenco feminino é o destaque da produção que foca em espionagem (Fotos: Netflix)


Jean Piter Miranda


Já está disponível no catálogo da Netflix o filme de ação e espionagem “Agente Stone” ("Heart of Stone"), com direção do britânico Tom Harper (da série de TV "Peaky Blinders"). O longa tem Gal Gadot (de "Mulher Maravilha" - 2017) como Rachel Stone, agente secreta de uma agência internacional que tem o nome de “A Carta”. 

A organização possui uma arma chamada “Coração”, que é uma inteligência artificial capaz de acessar e controlar qualquer sistema no planeta. Esse recurso é utilizado para combater o crime. Mas, se cair em mãos erradas, pode se tornar uma ameaça para a segurança de todo o mundo. 


O filme começa com Rachel em uma missão nos Alpes italianos para prender um contrabandista internacional de armas. Ela está infiltrada em uma equipe do serviço secreto de inteligência do Reino Unido, o MI6. 

Durante a operação, a hacker Keya Dhawan (Alia Bhatt) invade o sistema de comunicação dos agentes. É aí que eles percebem que estão sendo vigiados e que correm perigo. Nesse momento começa a ação. 

A princípio, parece uma boa sacada. Uma agente tão boa, de uma superagência, que foi capaz de se infiltrar no MI6, um dos serviços de inteligência mais respeitados do mundo. 


Seria a ponta de um roteiro aprofundado, cheio de mistérios e reviravoltas. Desses em que é preciso ficar atento a todos os detalhes, para ir ligando os pontos e juntar tudo no final. Mas não. É tudo superficial e fica só nisso mesmo. Uma mistura de "Missão Impossível" com "007" com destaque para o elenco feminino.

Stone usa um comunicador para falar com a sede da “Carta”, onde os outros agentes vão passando informações e instruções. Só que é meio confuso. A tal inteligência artificial chamada “Coração” tem recursos que não convencem. 

Por exemplo, conseguem saber quantas pessoas estão em um determinado lugar, que armas usam, distância em que estão, etc. Como fazem isso? Satélites? Câmeras? Drones? Nada é explicado. Parece mais magia que tecnologia. 


As cenas de ação também deixam muito a desejar. Perseguições na neve e em estradas, explosões, saltos de paraquedas, colisões de automóveis... Tudo com cenas curtas, muito rápidas e com cortes bruscos. Tiroteios em que os bandidos só acertam tiros no chão, nas paredes e nos carros. É tudo muito embolado, tumultuado e não consegue empolgar. 

Outro ponto negativo são as cenas de lutas. Falta beleza plástica nos movimentos, velocidade e técnica. Ingredientes que poderiam dar mais realismo aos combates. 

A boa atriz chinesa Jing Lusi (de "Podres de Ricos" - 2018), que interpreta a agente Yang, do MI6, tem pouco tempo de tela. Ela deveria ter sido melhor aproveitada, principalmente nesses casos. 


Jamie Dornan ("50 Tons de Cinza" - 2015), como Parker, outro agente do MI6, desempenha um papel importante na trama, mas falta carisma. E carisma é um problema da maior parte do elenco. Tirando Gal Gadot, Alia Bhatt e a pequena participação de Jing Lusi, do restante não salva ninguém. 

Não que sejam atores ruins. O roteiro é superficial, previsível e cheio de clichês. Repete tudo que já foi visto, uma mistura de "007" com "Missão: Impossível". Não inova em nada e até desperdiça as breves aparições da brilhante Glenn Close. 


Filmes de ação e de espionagem com mulheres protagonistas têm sido uma aposta dos estúdios nas últimas décadas. Jennifer Lawrence estrelou "Operação Red Sparrow" (2018), Angelina Jolie fez "Salt" (2010) e Charlize Theron protagonizou "Atômica" (2017). 

Recentemente tivemos Jessica Chastain em "Ava" (2020) e Ana de Armas, em "Ghosted: Sem Resposta" (2023). Grandes produções que só trocaram o protagonista homem por uma mulher, repetindo as mesmas tramas e os mesmo clichês. Por isso, não conseguiram emplacar. 

Gal Gadot tem carisma de sobra e agradou muito ao público no papel de Mulher Maravilha. Mesmo em filmes da DC considerados ruins ou fracos. Ela também protagonizou "Alerta Vermelho" (2021), da Netflix, ao lado Ryan Reynolds e Dwayne Johnson, uma boa combinação de comédia e ação que se tornou o maior sucesso de audiência da plataforma, mesmo com avaliações ruins da crítica especializada. 


Seguindo esta linha, a mesma plataforma de streaming fez "Agente Oculto" (2022) com Ryan Gosling e Chris Evans. Ação, comédia, rostos bonitos e muitos clichês. Fórmulas prontas que dão bons resultados de público e de arrecadação. E ao que tudo indica, outras produções desse tipo virão em breve. 

Mesmo sendo mais do mais mesmo, "Agente Stone" é o tipo de entretenimento que agrada ao público e, ao que tudo indica, terá boa aceitação. O filme termina com abertura para a criação de uma sequência. Se assim for, em breve, veremos Gal Gadot novamente como uma superagente secreta.   


Ficha técnica:
Direção: Tom Harper
Produção: Netflix e Skydance Productions
Exibição: Netflix
Duração: 2h02
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gêneros: ação, espionagem