Mostrando postagens com marcador #filme. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador #filme. Mostrar todas as postagens

23 janeiro 2025

Indicações de Fernanda Torres e "Ainda Estou Aqui" ao Oscar 2025 levam redes sociais ao delírio



Maristela Bretas


Com três indicações ao Oscar 2025, o filme brasileiro "Ainda Estou Aqui", dirigido por Walter Salles, entra na maior disputa do cinema mundial concorrendo às estatuetas de Melhor Filme, Melhor Filme Estrangeiro e a grande consagração, Melhor Atriz, para Fernanda Torres. 

O anúncio dos indicados à 97ª edição do Oscar aconteceu na manhã dessa quinta-feira (23) e provocou uma explosão de euforia nas redes sociais pelo Brasil, que recebe a primeira indicação na categoria Melhor Filme.

"Ainda Estou Aqui"A (Foto: Alile Dara Onawale)

As redes sociais foram à loucura com o anúncio do filme brasileiro entre os concorrentes e a Fernanda Torres agradeceu em vídeo pelo apoio de todos aqueles que assistiram o longa e torceram por ela e pela produção. 

No início deste mês, Fernandinha, como passou a ser chamada carinhosamente por muitos brasileiros, conquistou o Globo de Ouro na mesma categoria com sua interpretação de Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Rubens Paiva, morto pela ditadura militar no Brasil.

Fernanda Torres, em cena de "Ainda Estou Aqui"
(Foto: Alile Dara Onawale)


A última vez que o país teve um representante entre os indicados foi em 1999, com Fernanda Montenegro e “Central do Brasil”, também dirigido por Walter Salles. Agora é esperar até o dia 2 de março quando acontece a cerimônia de entrega dos Oscar 2025 em Los Angeles, com apresentação de Conan O´Brien.

Os demais candidatos à premiação são os longas "Emilia Perez", com 13 indicações, seguido por "Wicked" e "O Brutalista", cada um com dez. "Conclave" e "Um Completo Desconhecido" receberam oito indicações cada. 

"Conclave" (Foto: Diamond Films)

Confira abaixo a lista completa:

Melhor filme
"Anora"
"O Brutalista"
"Um Completo Desconhecido"
"Conclave"
"Duna: Parte 2"
"Emilia Pérez"
"Ainda Estou Aqui"
"Nickel Boys"
"A Substância"
"Wicked"

Melhor Direção
Sean Baker - "Anora"
Brady Corbet - "O Brutalista"
James Mangold - "Um Completo Desconhecido"
Jacques Audiard - "Emilia Pérez"
Coralie Fargeat - "A Substância"

"A Substância (Foto: Universal Pictures)

Melhor Ator
Adrien Brody - "O Brutalista"
Timothée Chalamet - "Um Completo Desconhecido"
Colman Domingo - "Sing Sing"
Ralph Fiennes - "Conclave"
Sebastian Stan - "O Aprendiz"

Melhor Atriz
Cynthia Erivo - "Wicked"
Karla Sofía Gascón - "Emilia Pérez"
Mikey Madison - "Anora"
Demi Moore - "A Substância"
Fernanda Torres - "Ainda Estou Aqui"

"Wicked" (Foto: Universal Pictures)

Melhor Ator Coadjuvante
Yura Borisov - "Anora"
Kieran Culkin - "A Verdadeira Dor"
Edward Norton - "Um Completo Desconhecido"
Guy Pierce - "O Brutalista"
Jeremy Strong - "O Aprendiz"

Melhor Atriz Coadjuvante
Monica Barbaro - "Um Completo Desconhecido"
Ariana Grande - "Wicked"
Felicity Jones - "O Brutalista"
Isabella Rossellini - "Conclave"
Zoe Saldaña - "Emilia Pérez"

"A Semente do Fruto Sagrado" (Foto: Mares Filmes)

Melhor Filme Internacional
"Ainda Estou Aqui" - Brasil
"A Garota da Agulha" - Dinamarca
"Emilia Pérez" - França
"A Semente do Fruto Sagrado" - Alemanha
"Flow" - Letônia

Melhor Roteiro Adaptado
"Um Completo Desconhecido"
"Conclave"
"Emilia Pérez"
"Nickel Boys"
"Sing Sing"

Melhor Roteiro Original
"Anora"
"O Brutalista"
"A Verdadeira Dor"
"Setembro 5"
"A Substância"

"Gladiador 2" (Foto: Paramount Pictures)

Melhor Figurino
"Um Completo Desconhecido"
"Conclave"
"Gladiador 2"
"Nosferatu"
"Wicked"

Melhor Maquiagem e Cabelo
'Um homem diferente'
"Emilia Pérez"
"Nosferatu"
"A Substância"
"Wicked"

Melhor Trilha sonora
"O Brutalista"
"Conclave"
"Emilia Pérez"
"Wicked"
"O Robô Selvagem"

"Nosferatu" (Foto: Universal Pictures)

Melhor Canção Original
"El Mal" - "Emilia Pérez"
"The journey" - do filme "The Six Triple "Eight"
"Like a Bird" - "Sing Sing"
"Mi camino" - "Emilia Pérez"
"Never Too Late" - documentário "Elton John: Never Too Late"

Melhor Curta-metragem Com Atores
''A Lien"
"Anuja"
"I'm Not a Robot"
"The Last Ranger"
'"The Man Who Could Not Remain Silent"

Melhor Curta-metragem Animado
"Beautiful Men"
"In the Shadow of Cypress"
"Magic Candies"
"Wander to Wonder"
"Yuck!"

"O Robô Selvagem" (Foto: DreamWorks Animation)

Melhor Documentário
"Black Box Diaries"
"No Other Land"
"Porcelain War"
"Soundtrack to a Coup D'etat"
"Sugarcane"

Melhor Documentário de Curta-metragem
'Death by Numbers"
"I am ready, warden"
"Incident"
"Instruments of a Beating Heart"
"The Only Girl in the Orchestra"

Melhor Animação
"Flow"
"Divertida Mente 2"
"Memórias de um Caracol"
"Wallace & Gromit: Avengança"
"O Robô Selvagem"


"Duna - Parte 2" (Foto: Warner Bros. Pictures)

Melhor Direção de Arte
"O Brutalista"
"Conclave"
"Duna: Parte 2"
"Nosferatu"
"Wicked"

Melhor Montagem
"Anora"
"O Brutalista"
"Conclave"
"Emilia Pérez"
"Wicked"

Melhor Som
"Um Completo Desconhecido"
"Duna: Parte 2"
"Emilia Pérez"
"Wicked"
"O Robô Selvagem"

"Emília Perez" (Foto: Paris Filmes)

Melhores Efeitos visuais
"Alien: Romulus"
"Better Man: A História de Robbie Williams"
"Duna: Parte 2"
"Planeta dos Macacos: O Reinado"
"Wicked"

Melhor Fotografia
"O Brutalista"
"Duna: Parte 2"
"Emilia Pérez"
"Maria Callas"
"Nosferatu"


"O Brutalista" (Foto: Universal Pictures)

17 janeiro 2025

Com muita ação, “The Moon: Sobrevivente” coloca a bandeira da Coreia do Sul na Lua

O ator e cantor Do Kyung-soo (D.O.), do grupo Kpop E.X.O., é o astronauta que fica preso em solo lunar
(Fotos: Sato Company)


Jean Piter Miranda


O ano é 2029. A Coreia do Sul realiza uma missão espacial para mandar astronautas à Lua. Na reta final da operação, a tripulação enfrenta problemas. Hwang Sun-woo (Do Kyung-soo, do grupo Kpop EXO) fica sozinho em solo lunar. 

Esse é apenas um dos problemas que ele enfrenta. Isso, enquanto o governo de seu país faz todos os esforços para tentar trazê-lo de volta à Terra. Este é “The Moon: Sobrevivente” ("Deo Mun"), filme sul-coreano, dirigido por Kim Yong-hwa, que estreia nos cinemas brasileiros. 


A história tem dois personagens principais. Além do Hwang Sun-woo, quem tem muito tempo de tela é o ex-diretor do centro espacial sul-coreano, Kim Jae-gook (Sol Kyung-gu). Ele é chamado para integrar uma equipe remota de resgate.

Na Lua, Hwang mantém contato constante com a equipe do centro espacial. Tudo que ele passa é acompanhado no telão do comando de operação. Cenário o qual já vimos em muitos filmes norte-americanos: dezenas de pessoas sentadas em frente aos seus computadores, com headphones, uma tela gigante e diretores dando ordens. 


Por falar no que já foi visto, é inevitável a comparação com “Perdido em Marte” (2015), em que Matt Damon tenta voltar para casa. É bem verdade que “The Moon: Sobrevivente” reproduz um pouco do muito que já foi apresentado em filmes do gênero, sem nenhuma novidade. 

Falando em técnica, as imagens do espaço e da Lua são muito bem feitas. Uma produção de alto nível que não deixa nada a desejar. Os efeitos especiais são usados na medida certa e dão a impressão de que o astronauta realmente está fora da Terra.  As qualidades técnicas do longa garantiram a ele o troféu Blue Dragon Film Awards for Tecnical Award, premiação importante em seu país.


De roteiro, temos muitos coadjuvantes. É difícil memorizar nomes, funções e estabelecer as relações entre eles e a importância de cada um na história. Isso sem falar que filme toca em temas como a possível exploração Lua e a disputa tecnológica entre a Coreia do Sul e as outras nações. Mas nada disso se aprofunda. 

O desenrolar da história traz muitas reviravoltas. Hwang enfrenta vários problemas para tentar retornar à Terra. São muitos momentos de tensão. Ao mesmo tempo, a direção força bastante ao explorar as emoções e as ligações afetivas entre os personagens. 


Temos que considerar, no entanto, que tudo isso seja apenas um choque cultural. Obras com muitos coadjuvantes, sem que nenhum deles tenha um desenvolvimento significativo. O sentimentalismo exagerado, muitas reviravoltas e poucos cenários, entre outros pontos, talvez sejam características comuns do cinema sul-coreano, o que, por aqui, pode causar estranhamento. 

São duas horas e 10 minutos de filme e muita coisa para digerir. A impressão é que pegaram um roteiro de uma série de uns 10 capítulos e resumiram para caber em um longa-metragem. “The Moon: Sobrevivente” é um bom entretenimento e uma boa oportunidade para conhecer mais do cinema asiático. 


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Kim Yong-hwa
Distribuição: Sato Company
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h10
Classificação: 14 anos
País: Coreia do Sul
Gêneros: ficção, suspense

25 maio 2024

“O Aprendiz” e outros destaques de Cannes: estreias abordam urgências dos nossos tempos

Obras apresentadas no festival tratam de diversas crises
políticas atuais
 (Foto: Carolina Cassese)


Carolina Cassese


“Vamos tornar os filmes políticos de novo”. Essa foi a principal mensagem do diretor Ali Abbasi, que assina “O Aprendiz” (“The Apprentice”), na première do longa. Um dos destaques da Competição Oficial da 77ª edição de Cannes, o filme é uma tragicomédia que tematiza a ascensão de Donald Trump à fama e fortuna nas décadas de 1970 e 1980. 

O elenco é integrado por nomes como Sebastian Stan (muito elogiado pela sua interpretação do político estadunidense), Jeremy Strong (Roy Cohn, advogado de Trump) e Maria Bakalova (Ivana, ex-mulher do político).

Com roteiro assinado por Gabriel Sherman, “O Aprendiz” é centrado nos anos de formação do ex-presidente (e novamente candidato neste ano), com enfoque na difícil relação de Trump com o advogado Roy Cohn, dois homens consideravelmente ambiciosos. 

Filme "O Aprendiz" (Fotos: Divulgação)

Ao acompanharmos a história, podemos nos dar conta de que os valores de Trump são de fato compartilhados por muita gente e, ainda, se associam diretamente ao conceito de “masculinidade tóxica”. 

Homens que, sob o pretexto de serem “muito verdadeiros” (como se ter um mínimo de civilidade fosse sinônimo de “ser falso”), tratam mulheres como objetos e, ainda, precisam se mostrar como “matadores”. 

Esse termo ('killers', no original) aparece diversas vezes ao longo da história: o entorno de Trump (e principalmente o próprio protagonista) acredita firmemente que existe uma divisão entre “matadores” e “perdedores”. 

Segundo eles, o primeiro grupo é o único que merece respeito, mesmo que não se importem com o próximo (afinal de contas, os “matadores” também aniquilam uns aos outros). 


Logo nos damos conta de que, sim, homens milionários, de terno e gravata, podem ser extremamente violentos. Em diálogo com o filme, um cartaz colocado na Croisette estampava o recado: “A única minoria perigosa são os ricos” ("The only dangerous minority are the rich"). 

No discurso após a exibição do longa (bastante ovacionado por outros atores, como Cate Blanchett), Abbasi contou que foi desencorajado a realizar o filme, pois lhe disseram que ele deveria falar sobre política de uma maneira mais metafórica ou, ainda, menos personificada. 

Cate Blanchett aplaude a atriz Maria Bakalova,
do filme “O Aprendiz” (Foto Carol Cassese)

Mas Abbasi rebateu: "o que isso significaria? Mais um filme sobre as Guerras Mundiais? Não, agora é preciso falar sobre Trump - até porque contar a história dessa figura é também falar sobre o sistema capitalista e, como dissemos, sobre modelos ultrapassados (mas ainda muito presentes) de masculinidade. É também abordar a noção existente de “América”, essa terra tão idealizada (que, segundo os republicanos mais extremistas, precisa ser “great again” - again)".

Ainda sobre temas sociais, vale mencionar que Blanchett foi à première de “O Aprendiz” com um vestido que, em conjunto com o vermelho do tapete, formava as cores da bandeira da Palestina. 

Esse tema evidentemente dialoga com assuntos da política norte-americana, já que os Estados Unidos foram (e seguem sendo) um dos principais aliados de Israel. 

Não é difícil nos darmos conta, portanto, de que vivemos tempos urgentes - e o novo filme de Ali Abbasi nos ajuda a ter dimensão da gravidade da situação. 



Situação brasileira

Os processos políticos também são o fio condutor do filme “Lula”, assinado por Oliver Stone e Rob Wilson. O longa, que foi apresentado na Sessão Especial do festival, narra a ascensão, queda e retorno do líder brasileiro, com enfoque na jornada das eleições de 2022 para reconquistar a Presidência.

Parte da imprensa brasileira criticou o filme por ser muito “parcial” (a favor do atual presidente), mas, em primeiro lugar, é preciso considerar que Stone não tem a pretensão de se apresentar como um realizador “neutro”, pois seus posicionamentos políticos já são conhecidos. 

Documentário "Lula", de Oliver Stone e Rob
Wilson (Foto Ricardo Stuckert/PR)

Além disso, a história de Lula foi por muito tempo narrada por meios hegemônicos, a partir de um viés primordialmente favorável às ações de Sérgio Moro, figura que aparece muito no documentário. Vários dos ocorridos, vale lembrar, são extremamente recentes e muitos dos fatos não são inteiramente conhecidos. 

Diante do cenário, parece ingênua a defesa (ou até mesmo a crença) de que existe uma suposta “neutralidade” - afinal de contas, não é como se já soubéssemos qual é a maneira “correta” de contar essa história. 


Bastante didático, o documentário de Stone se esforça para explicar eventos complexos, como a Lava Jato e, posteriormente, a Vaza Jato. O público majoritariamente estrangeiro da sessão pareceu compreender como funcionam várias das disputas de poder no Brasil, o que é sem dúvidas um mérito de Stone. 

De qualquer maneira, existem ainda muitas possibilidades de narrar essas histórias - muito do que acontece no nosso país, como sabemos, “é coisa de filme”.

Karim Aïnouz e elenco de "Motel Destino"
 (Foto: Steffen Osburg)

Ainda falando de temas urgentes, vale mencionar o documentário “A Queda do Céu”, dirigido pelos brasileiros Gabriela Carneiro da Cunha e Eryk Rocha, que marcou presença na Quinzena dos Cineastas (na Competição Oficial, o Brasil foi representado pelo diretor Karim Aïnouz, com o longa "Motel Destino"). 

O filme foi inspirado na proposta do livro homônimo, assinado por Davi Kopenawa com o antropólogo Bruce Albert, que apresenta um registro da cosmologia Yanomami. 

De maneira bastante respeitosa, a obra apresentada no festival trata sobre a realidade do grupo indígena e, ainda, associa o tema com outras questões climáticas. Como sabemos, o ataque aos povos indígenas é também uma ofensiva contra o planeta.

(Foto: Pedro HG Araújo)

Diante de um cenário mundial tão turbulento (vale lembrar que conflitos como a Guerra da Ucrânia seguem ocorrendo), é esperado que novas obras abordem algumas das mazelas sociais e processos políticos contemporâneos. 

A pretensão da maior parte desses filmes não é de oferecer respostas simples, mas, principalmente, de apresentar outros olhares sobre temas tão importantes. Por vezes, o cinema nos ajuda a esquecer dos nossos problemas; em outros momentos, porém, lembrar pode ser um ato de resistência. 

10 março 2024

Cinema no Escurinho completa 10 anos com boas dicas



Maristela Bretas


Completamos neste dia 10 de março dez anos de muitas críticas a filmes e séries em cartaz nos cinemas e streamings. Alguns excelentes, outros bons e até mesmo aqueles não tão bons assim. Mas o que importa é a satisfação do público que nos acompanha. 

Hoje podemos comemorar mais de 2,1 milhões de visualizações. Para alguns pode parecer pouco, mas para todos os nossos seguidores e seguidoras, o blog foi uma referência de dicas de produções cinematográficas que valeram a pena ser conferidas. Também contamos com ótimos parceiros e parceiras, que reproduzem nosso material, acreditando e apostando em nosso trabalho.

Com uma equipe afinada de jornalistas, nossos textos são produzidos com prazer (até mesmo quando o filme deixa muito a desejar, rsrsrsrs). Vocês são demais @jeanpiter, @silmontheiro, @mirtesscallioni, @wallace_graciano, @Kowalsky2006, @eduardojr2, @figlari, @filipematheus223, @omarcosmidia e Carol Cassese.

Em breve traremos novidades. Esperamos que continuem conosco curtindo, compartilhando e comentando nossas postagens. A VOCÊS, O NOSSO OBRIGADO!


20 fevereiro 2024

1ª Semana do Cinema de 2024 acontece de 22 a 28 de fevereiro, com ingressos a R$ 12,00




Da Redação


Depois do sucesso da campanha Semana do Cinema em 2023, que em três edições levou mais de 10 milhões de pessoas para a frente das telonas, é dada a largada para mais uma semana recheada de filmes por apenas R$ 12,00. A primeira Semana do Cinema de 2024 acontece em todo o país a partir da próxima quinta-feira (22) e os preços especiais vão até o dia 28. 

Além dos ingressos com preço único promocional, os combos com pipoca e refrigerante também terão valores diferenciados. A campanha é idealizada pela Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas (Feneec), com apoio da Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex (Abraplex). 

Todas as unidades da Rede Cineart em Minas vão participar da promoção,  válida para as sessões nas salas tradicionais 2D. A programação será variada, com terror, musical, comédia, romance, drama, entre outros gêneros, com longas nacionais e internacionais e títulos que prometem agradar todos os tipos de público. 

Entre as produções estão os candidatos ao Oscar 2024: “Pobres Criaturas”, “O Menino e a Garça”, “Zona de Interesse”, “Wish: O Poder dos Desejos”, "A Cor Púrpura" e “Dias Perfeitos”. Durante a campanha, o público também poderá assistir aos filmes “Bob Marley: One Love”, “Madame Teia”, “Masha e o Urso: Diversão em Dobro”, “Todos Menos Você”, Aquaman 2”, “Nosso Lar 2: Os Mensageiros”, "Argylle: O Superespião", Baghead: A Bruxa dos Mortos”, “Ferrari”, “Zona de Risco”, “Garra de Ferro”, "O Jogo da Morte", “Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba – To The Hashira Training” e Minha Irmã e Eu”. .

“Em 2023 tivemos uma adesão muito importante e pretendemos repetir a dose ao longo deste ano. Essa é a quarta edição do evento, que tem como foco principal celebrar a presença do público e democratizar ainda mais o acesso à magia que só a experiência cinematográfica proporciona. É a grande diversão dos brasileiros de todas as idades”, salienta Lúcio Otoni, presidente da Feneec. 

Cinemas da Rede Cineart vão participar da promoção

Um levantamento feito pela Agência Nacional de Cinema (Ancine) apontou que houve um aumento de 17% no número de pessoas nas salas em 2023, em comparação com 2022. Por isso, a iniciativa, que segue uma tendência mundial de promover, em clima de festa, a experiência cinematográfica, se torna ainda mais relevante. 

“Vamos celebrar a magia do cinema, movimentar as salas de todo o país e garantir ainda mais oportunidades de entretenimento para todos os brasileiros”, comemora Marcos Barros, presidente da Abraplex. 

Para checar os horários dos filmes e os preços especiais que os exibidores prepararam para os combos, basta acessar os sites de vendas de ingresso ou diretamente o portal do seu cinema favorito. 

Serviço
“Semana do Cinema”

Exibição: Em todos os cinemas associados à Abraplex e outros participantes
Data: de 22 a 28 de fevereiro
Locais: Todas as sessões em sala tradicional 2D
Preço dos ingressos: R$ 12,00

08 março 2022

Vivo Play traz especial "Mulheres no Cinema"

Cate Blanchett em "Blue Jasmine"  (Foto:  Vivo Play/Divulgação)
Da Redação 

Em comemoração ao Mês das Mulheres,de hoje a 31 de março, a plataforma Vivo Play vai disponibilizar o especial "Mulheres no Cinema". São mais de 80 filmes que destacam diretoras, atrizes e histórias com mulheres como protagonistas.
Entre os destaques estão diretoras aclamadas como Jane Campion (indicada ao Oscar 2022), Sofia Coppola, Chloé Zhao, Kathryn Bigelow, Lynne Ramsay e Greta Gerwig; atrizes como Charlize Theron, Lupita Nyong’o, Cate Blanchett, Viola Davis, Brie Larson, Julianne Moore, entre outras.
Os títulos on demand custam a partir de R$ 6,90 e vão até R$ 14,90, para assistir no dispositivo que o cliente desejar - celular, tablet, notebook ou smart TV. Alguns títulos ­são gratuitos para assinantes do pacote Vivo Play Completo ou Disney+, Paramount+, Prime Video e Starzplay.l

21 julho 2020

"Greyhound - Na Mira do Inimigo": um ótimo filme de guerra digno de uma tela de cinema


Tom Hanks brilha como o comandante de um navio de guerra que enfrenta submarinos alemães (Fotos: AppleTv+/Divulgação)

Maristela Bretas


Com mais uma grande atuação de Tom Hanks, que também participa como roteirista, "Greyhound - Na Mira do Inimigo" é um dos lançamentos que chegam diretamente para o streaming e está em exibição na plataforma Apple TV+. Um ótimo filme de guerra, com combates do início ao fim, mas que, devido à pandemia do coronavírus, perdeu parte do impacto das batalhas com a exibição transferida para a tela de TV. Merecia estar no cinema, como aconteceu com outros do gênero, como "Pearl Harbor" (2001), "Midway - Batalha em Alto Mar" (2017), "Dunkirk" (2018) e o recente "1917" (2020).

A produção da Sony Pictures, em parceria com a FilmNation, Bron Studios e a Playtone Pictures (do próprio Tom Hanks) é tensa e prende o espectador com muita ação e boas batalhas no mar. São poucos os momentos de paz do capitão Ernest Krause, vivido por Hanks, e sua tripulação. 

Poderia ser somente mais um filme ambientado na 2ª Guerra Mundial - ele se passa em 1942, no Atlântico Norte. Mas a riqueza de detalhes e a atuação de todo o elenco, especialmente do protagonista, além de Stephen Graham (como o imediato Charlie Cole) e de Rob Morgan (o marinheiro Cleveland) fazem a diferença. Elizabeth Shue faz pequena participação, mas é sempre bem vinda. Também o filho caçula de Hanks, Chet Hanks, participa do elenco como Bushnell, o especialista em radar.


Um amigo colecionador de objetos da 2ª Guerra e estudioso do período gostou muito do filme e foi quem me indicou. Ele e outros colecionadores ficaram surpresos com a preocupação do diretor com os detalhes. As imagens internas e externas do navio foram feitas em um destróier classe Fletcher de verdade, que está em um museu nos EUA e foi todo reformado para o filme, inclusive os canhões. Eles também elogiaram o figurino, que seguiu fielmente os uniformes e armamentos da época.


Ele só alertou para o símbolo dos lobos nos submarinos alemães - os originais eram bem pequenos. Eles foram aumentados, possivelmente, para uma melhor visualização nas cenas travadas entre as embarcações no ambiente escuro do oceano.

Tom Hanks entrega um personagem sério, de poucos sorrisos,  mas sempre simpático, extremamente religioso e preocupado com a vida humana, até mesmo do inimigo, mesmo estando em combate. Em sua primeira missão comandando um comboio, o capitão Krause deverá, junto com outros três destróieres, escoltar 37 navios aliados com cargas de mantimentos e soldados pelo Atlântico Norte, sem apoio aéreo em um longo trecho.


Eles se tornam alvo fácil dos submarinos alemães, chamados Lobos Cinzas, que fazem uma verdadeira caçada. As cenas do cerco no mar agitado são semelhantes a uma matilha ao redor de sua presa. Por quase 48 horas, o comandante luta contra os inimigos, o sono, a fome e a dor de horas em pé sem abandonar o posto, sempre à espera de um novo ataque.


"Greyhound" tem alguns furos no roteiro, mas nada que comprometa o resultado final. Adaptado do romance "The Good Shepherd", de CS Forrester, o longa dirigido por Aaron Schneider soube aproveitar bem a computação gráfica nas cenas de batalhas, especialmente quando navios e submarinos ficam emparelhados. Vale a pena conferir.


Ficha técnica:
Direção: Aaron Schneider
Roteiro: Tom Hanks
Exibição: Apple TV+
Produção: Sony Pictures / FilmNation Entertainment / Playtone Pictures
Duração: 1h31
País: EUA
Classificação: 12 anos
Gêneros: Guerra / Ação / Drama

Tags: #GreyhoundNaMiraDoInimigo, #Greyhound, #TomHanks, #guerra, #ação, #cinema, #filme, #AppleTV+, #SonyPictures, @cinemanoescurinho, @cinemaescurinho

15 julho 2020

"The Old Guard" faz sucesso na Netflix e pode virar franquia


Charlize Theron comanda um grupo de mercenários que passa a ser perseguido por causa de suas habilidades especiais (Fotos: Aimee Spinks/Netflix)

Jean Piter Miranda


Quatro guerreiros imortais que se passam por pessoas normais. Eles vivem fazendo missões militares, como mercenários. Até aí, tudo bem. O problema aparece quando o segredo deles é descoberto e passam a ser perseguidos. Essa é a história de "The Old Guard", filme de ação com Charlize Theron, baseado na HQ de Greg Rucka, que também é roteirista da produção, em exibição na Netflix.

Desde o seu lançamento no dia 10 de julho, "The Old Guard" vem fazendo grande sucesso nacional e internacional, tendo recebido 80% de aprovação no Rotten Tomatoes. A direção de Gina Prince-Bythewood ("A Vida Secreta das Abelhas" - 2008) e a atuação de Charlize vêm recebendo elogios de fãs dos quadrinhos e de pessoas do meio artístico, como a diretora de cinema Patty Jenkins ("Mulher Maravilha" - 2017) e a atriz Mindy Kaling ("Oito Mulheres e Um Segredo" - 2018).


Tudo começa quando o grupo pega um novo serviço. Do tipo que é só mais um pra eles. O contratante é Copley (Chiwetel Ejiofor), um agente secreto. E aí o que parece ser uma missão normal acaba colocando o grupo na mira da indústria, digamos, farmacêutica, comandada por Merrick (Harry Melling). O empresário quer amostras de DNA dos “heróis” para poder descobrir o que eles têm de especial, fazer disso um produto e vender pra todo mundo.


É um filme de ação e, como a maioria, não dá pra fugir muito dos clichês. Algumas coisas ficam previsíveis. Traição, gente que se arrepende e muda de lado. E muita porrada e tiro, é claro. Nisso o longa é bem bom. Tem várias cenas ação, muito bem feita, sem economizar no sangue e na violência, coisa que agrada muito, por ser mais realista, e por não se ver em produções como as dos estúdios  Marvel e DC, por exemplo.


Charlize Theron manda muito bem na interpretação de Andy, a líder do grupo. Seja nos diálogos ou nas cenas de ação. O filme é dela, mesmo que muito da história gire em torno da personagem Nile Freeman (Kiki Layne). Charlize já se destacou em outros filmes de ação/futurista como "Mad Max: Estrada da Fúria" - 2016, "Aeon Flux" -2005 e o recente "Atômica" - 2017 (o segundo estreia em breve). A atriz que já ganhou um Oscar por "Monster" (2003) segue muito bonita, jovem e extremamente talentosa, aos 44 anos. Dá gosto de ver.


Voltando a "The Old Guard", o filme deixa muitas questões em aberto, como a origem dos personagens e o que poderia ser o ponto fraco deles. Certo é que vai ter continuação. Tem cena pós-crédito, bem fácil de entender. Ao que parece, se der sucesso, pode até virar franquia, mesmo que um ou outro ator deixe o elenco nas sequências.


Pra quem é mais exigente, mais detalhista, e mais chato mesmo, os clichês podem incomodar. Você vê uma e outra situação e tem certeza de já ter visto cenas iguais. É a receita que dá certo para a indústria do cinema, então não dá para arriscar muito. Para quem vai assistir como mero entretenimento, o filme é bem bom. Está consideravelmente acima da média. E tem Charlize, o que já conta muito.


Ficha técnica:
Direção:
Gina Prince-Bythewood
Produção: Skydance Productions / Denver and Delilah Productions
Exibição: Netflix
Duração: 1h59
Classificação: 16 anos
País: EUA
Gêneros: Ação/ Fantasia

Tags: #TheOldGuard, #NetflixBrasil, @CharlizeTheron,@KikiLayne, @GunaPrinceBythewood, @ChiwetelEjiofor, #cine, #filme, #ação, #fantasia, @cinemaescurinho, @cinemanoescurinho