Um time animal de corrida que vai mostrar que nas pistas existe mais do que uma disputa (Fotos: Mack Magic)
Maristela Bretas
"Grand Prix - A Toda Velocidade" ("Grand Prix Of Europe"), com estreia nos cinemas nesta quinta-feira, é uma animação que acelera em torno dos temas de família, velocidade, sonhos e amizades. Embora se assemelhe visualmente a produções como "Zootopia" (2016), talvez não atinja o mesmo nível de emoção de outras animações protagonizadas por animais.
Trata-se de uma produção notavelmente familiar, visto que vários membros da produtora Mack Magic, responsável pelo longa, pertencem à mesma família. O filme demonstra claramente a paixão por carros e velocidade, algo que ironicamente ressoa até no nome do diretor, Waldemar Fast.
O enredo revela também uma preocupação com aqueles que rodeiam os protagonistas e são essenciais para que as coisas aconteçam.
"Grand Prix - A Toda Velocidade" conta a história da jovem ratinha Edda (voz de Gemma Arterton) que sonha em se tornar piloto de corrida e idolatra o campeão Ed (Thomas Brodie-Sangster), também um rato, que é notoriamente egocêntrico.
Apesar de seu grande desejo, Edda sabe que não pode abandonar seu pai, Erwin (Lenny Henry), dono de um parque de diversões no subúrbio de Paris, construído por ele e sua falecida esposa e mãe de Edda.
Para complicar a situação, o parque enfrenta uma séria crise financeira e o pai de Edda é ameaçado por uma dupla que deseja se apossar do local, que abriga diversos "funcionários" de variadas espécies animais.
Para ajudar o pai e realizar seu sonho, Edda se inscreve no Grande Prêmio da Europa de corrida, fingindo ser Ed após um contratempo. É aí que seus problemas começam.
A animação é vibrante, muito colorida, repleta de ação, com mocinhos e vilões que podem surpreender. Há um papagaio locutor que narra as corridas, acompanhado de um camelo que está sempre mudo e emburrado.
Curiosamente, os protagonistas ratinhos não transmitem a simpatia esperada, ao contrário dos animais do parque de diversões, como Rosa, a atrapalhada vidente, e Enzo, o responsável pelo sorvete e o melhor amigo de Edda.
"Grand Prix - A Toda Velocidade" transmite boas mensagens, enfatizando, entre elas, a importância de não julgar as pessoas pelas aparências e o valor de cultivar e preservar uma amizade sincera.
Ficha técnica: Direção: Waldemar Fast Produção: Mack Magic e Warner Bros. Entertainment Distribuição: Paris Filmes Exibição: nos cinemas Duração: 1h38 Classificação: livre País: EUA Gêneros: animação, aventura, família
Os monstros criados pelo Doutor Maluco vivem em um assustador castelo, escondidos dos seres humanos (Fotos: Gringo Filmes e Senator Film Produktion)
Maristela Bretas
Chega aos cinemas nesta quinta-feira (23), a animação "Frankie e os Monstros" ("Stitch Head"), uma aventura gótica de terror divertida e cheia de easter eggs, do início ao fim. O filme mistura um pouco de tudo: um cientista maluco que lembra o Doutor Emmett Brown (interpretado por Christopher Lloyd em De Volta para o Futuro), monstros simpáticos e bem coloridos, além de um clima sombrio, mas nada assustador.
A produção, dirigida por Steve Hudson e com direção de animação de David Nasser — conhecido por sucessos como "Meu Malvado Favorito", "Hotel Transilvânia" e "Rio 2" — ainda faz alusões a "Pinóquio", à personagem Tristeza de "Divertida Mente", aos "Minions", e até ao clássico "E.T. – O Extraterrestre".
São referências que enriquecem a narrativa e tornam a história mais cativante. Cada cena que lembrava uma produção do passado é capaz de fazer o público vibrar e se emocionar. A produção é inspirada na série de livros infantis Stitch Head, de Guy Bass.
Tudo começa no Castelo Grotescal, onde o Professor Maluco (voz original de Rib Brydon) vive tentando criar o monstro perfeito em seu laboratório. Como um verdadeiro Doutor Frankenstein, ele dá vida a diferentes criaturas, mas logo se esquece de cada uma delas, passando para a próxima experiência.
Entre essas criações está Stitch Head/Frankie (dublado por Asa Butterfield), seu assistente e primeira criatura, um pequeno menino de aparência estranha remendada e cabeça careca. Stitch está sempre em busca da atenção e do carinho de seu criador, mas nunca recebe ou sequer é notado.
Enquanto isso, ele se dedica a proteger e esconder os demais monstros criados no laboratório, mantendo o castelo seguro. Todos temem que os humanos que habitam a vila de Grubbers Nubbin, localizada ao pé da montanha, descubram que eles existem e queiram destruí-los.
Até que a chegada à cidade de um Circo de Horrores decadente em busca de novas atrações muda toda a rotina de Stitch. Ao descobrir a existência do jovem, o dono do espetáculo oferece a ele a ilusão de que se fizesse parte do grupo conquistaria tudo o que sempre desejou: amor, fortuna e fama. Mas esta escolha trará sérias complicações para os monstros e os moradores da vila.
O elenco de personagens é carismático e diverso. Destaque para a Criatura (dublado por Joel Fry), o mais recente experimento do Doutor Maluco, que considera Stitch seu melhor amigo; Arabella (voz de Tia Bannon), uma jovem moradora da cidade que não tem medo de monstros; a ranzinza Nan (Alison Steadman), tutora de Arabella que acredita que todos no castelo são perigosos e cruéis.
Além da história encantadora que traz boas lembranças de filmes que marcaram a infância de diferentes gerações, "Frankie e os Monstros" também tem uma trilha sonora, composta por Nick Urata, que é um show à parte. Com grandes sucessos do passado, contribui para o clima nostálgico e emocional do filme.
Apesar de sua atmosfera gótica e alguns momentos sombrios, "Frankie e os Monstros" é conduzido com leveza e sensibilidade, de uma forma divertida, mas que toca o coração do público ao tratar de temas como abandono, preconceito, ganância, medo do desconhecido, lealdade, e acima de tudo, amizade. Uma animação que promete emocionar diferentes gerações.
Ficha técnica: Direção e roteiro: Steve Hudson Produção: Gringo Films GmbH, Fabrique d’Images, Senator Film Produktion, Traumhaus Studios, Mia Wallace Productions e Senator Film Köln Distribuição: Paris Filmes Exibição: nos cinemas Duração: 1h32 Classificação: Livre Países: Alemanha, Luxemburgo, Reino Unido, França e República Tcheca Gêneros: aventura, família, animação, comédia
Animação aborda união em meio às diferenças entre espécies ameaçadas por um apocalipse alienígena (Fotos: Diamond Films)
Maristela Bretas
Repleta de referências a clássicos do cinema como "ET - O Extraterrestre" (1982) e "Tubarão" (1975) e produções de terror, estreia nesta quinta-feira (25) nos cinemas "Zoopocalipse - Uma Aventura Animal" ("Night of the Zoopocalypse").
A coprodução canadense, francesa e belga tem a direção de dois veteranos da animação: Ricardo Curtis ("Os Incríveis" - 2004 e "Monstros S.A." - 2001) e Rodrigo Perez-Castro ("Festa no Céu" - 2014 e "O Touro Ferdinando" - 2018). O resultado é uma obra divertida e vibrante, feita para toda a família.
A trama explora temas como união, diversidade e pertencimento para contar a história de Gracie, uma lobinha entediada com sua vida "pouco animal", dublada em português por Viih Tube.
Ela e seus amigos do Zoológico Colepepper veem suas pacatas e até monótonas rotinas virarem de cabeça pra baixo quando um meteoro atinge o local e transforma os animais em zumbis semelhantes a geleias coloridas.
Com a maioria dos habitantes do zoo controlados por um coelhinho (que lembra bastante o Bola de Neve, de "Pets – A Vida Secreta dos Bichos" - 2016) agora possuído por um alienígena com planos de dominação mundial, cabe a Gracie tentar salvar a todos, especialmente sua alcateia.
Para isso, ela precisará contar com a ajuda de um grupo bem improvável: Dan, um leão-da-montanha rabugento e de poucos amigos; Xavier (dublado por Ed Gama), um lêmure cinéfilo que sabe tudo sobre filmes de terror; Frida, uma capivara destemida; Felix, um babuíno atrapalhado; Ash, um avestruz cheio de estilo; e Lu, uma filhote de hipopótamo pigmeu rosa muito fofa e tagarela.
Juntos, precisam deixar instintos e diferenças de lado para enfrentar a ameaça alienígena. Dá para imaginar um leão da montanha faminto tendo que proteger um filhotinho rechonchudo de hipopótamo (quase um toucinho)?
Entre planos mirabolantes — nem sempre bem-sucedidos — e tentativas de fuga, o grupo vai aprendendo a confiar uns nos outros e a se unir, sob a liderança da esperta Gracie, para evitar o apocalipse animal.
O mais engraçado de todos é Xavier, que usa seus conhecimentos adquiridos assistindo filmes de terror durante a madrugada na clínica veterinária para prever os movimentos dos inimigos.
É por meio dele que são inseridos cenas e trechos icônicos de músicas inesquecíveis de clássicos, tornando a animação ainda mais divertida e nostálgica.
O elenco de dubladores brasileiros reúne nome como Luiz Feier, Manolo Rey, Valentina Pawlowna, Jorge Vasconcellos, Carina Eiras, Mauro Horta, Mariangela Cantú, Eduardo Drummond, Jessica Dannemann, Marianna Alexandre, Maurício Berger, Rafinha Lima e Telma da Costa.
Apesar de ser uma comédia com ritmo de aventura, o longa traz algumas cenas de ataques e mutações que podem assustar crianças menores "Zoopocalipse - Uma Aventura Animal" mistura terror infantil, referências clássicas e muito humor de 10 anos. Por isso, vale a atenção dos pais quanto à classificação indicativa.
Mas a emoção e o humor bem dosados, reforçados pelas cores vibrantes e personagens carismáticos, fazem de "Zoopocalipse - Uma Aventura Animal" um filme de terror leve, capaz de divertir e emocionar públicos de todas as idades.
Ficha técnica:
Direção: Ricardo Curtis e Rodrigo Perez-Castro Roteiro: Steven Hoban e James Kee Produção: Mac Guff Productions, Copperheart Entertainment, UMedia Productions Distribuição: Diamond Films Exibição: nos cinemas Duração: 1h31 Classificação: 10 anos Países: Canadá, França e Bélgica Gêneros: animação, aventura, comédia, família
Ghibli Fest será dividido em duas partes: em setembro deste ano e no primeiro semestre de 2026 (Fotos: Sato Company)
Da Redação
Em uma celebração dupla, a Sato Company, reconhecida pela distribuição de filmes asiáticos no Brasil, comemora seus 40 anos de história trazendo aos cinemas brasileiros uma retrospectiva inédita dos longas do Estúdio Ghibli.
Há quatro décadas, a excelência na animação do estúdio japonês encanta gerações com histórias atemporais, personagens cativantes e uma profunda conexão com a cultura asiática.
O Ghibli Fest terá 22 títulos no total e será dividido em duas partes. A primeira com exibição em várias salas de BH, de 18 de setembro a 1º de outubro.
"A Viagem de Chihiro"
Serão 14 filmes que marcaram gerações, com histórias profundas, emocionantes e visualmente encantadoras, dentre eles, dois indicados e um vencedor do Oscar. A segunda parte terá oito títulos, com estreia prevista para o primeiro semestre de 2026.
Essa é uma chance única de vivenciar grandes clássicos da animação mundial na tela grande, com toda a beleza e profundidade que só o cinema pode proporcionar. A seleção promete encantar gerações de fãs e conquistar novos públicos com narrativas poéticas e temas universais.
"Meu Amigo Totoro"
Prepare-se para reviver (ou descobrir) a magia de um dos estúdios mais amados da história da animação mundial. Entre os títulos selecionados para a Parte 1 da Mostra, estão obras que definiram a identidade do estúdio e se tornaram referências mundiais na animação.
“A Viagem de Chihiro” (2001), vencedor do Oscar de Melhor Animação e sucesso internacional, conta a jornada da jovem Chihiro por um mundo mágico repleto de deuses, espíritos e desafios que refletem o crescimento pessoal. Dirigido pelo mestre Hayao Miyazaki, o filme foi selecionado recentemente como o 9º Melhor Filme do Século XXI pela New York Times.
"O Castelo Animado"
Já “Meu Amigo Totoro” (1988) apresenta as irmãs Satsuki e Mei e sua amizade com o espírito da floresta Totoro, em uma celebração da infância e da natureza que se tornou símbolo da produtora.
“O Castelo Animado” (2004) envolve o público em uma fantasia romântica onde uma jovem amaldiçoada encontra refúgio no castelo ambulante de um excêntrico mago, em uma obra que combina imaginação e crítica à guerra.
A programação também inclui “Ponyo: Uma Amizade que Veio do Mar” (2008), inspirado no conto da Pequena Sereia e que mistura magia, infância e ecologia. Além de “O Serviço de Entregas da Kiki” (1989), um delicado retrato do amadurecimento de uma jovem bruxa em busca de independência.
"Porco Rosso: O Último Herói Romântico"
O aventureiro “Porco Rosso: O Último Herói Romântico” (1992) leva o espectador à Itália entre guerras, onde um piloto amaldiçoado com aparência de porco vive aventuras aéreas carregadas de lirismo.
Outro título aclamado é “Vidas ao Vento” (2013), inspirado na vida do engenheiro Jirô Horikoshi, que reflete sobre sonhos, amor e sacrifícios em meio ao Japão em transformação.
As preocupações ambientais do estúdio aparecem desde cedo, como em “Nausicaä do Vale do Vento” (1984), obra visionária que influenciou a fundação do Ghibli e narra a luta de uma princesa pela harmonia entre humanidade e natureza.
"Nausicaä do Vale do Vento"
O romance juvenil também tem espaço em “Sussurros do Coração” (1995), que acompanha a estudante Shizuku em uma história de amadurecimento e autodescoberta.
Já “Pom Poko: A Grande Batalha dos Guaxinins” (1994) traz uma sátira ecológica, enquanto “Meus Vizinhos, os Yamadas” (1999) diverte com seu traço estilizado e retrato bem-humorado da vida familiar japonesa.
Com um olhar mais maduro e intimista, “Memórias de Ontem” (1991) alterna presente e passado para refletir sobre infância e escolhas adultas. Produzido originalmente para a TV, “Eu Posso Ouvir o Oceano” (1993) traz uma visão realista sobre juventude, amizade e primeiros amores.
"Sussurros do Coração"
E encerrando a seleção da primeira parte, “Da Colina Kokuriko” (2011) apresenta um romance ambientado no Japão dos anos 1960, onde um grupo de estudantes luta para preservar sua escola em meio às transformações sociais do pós-guerra.
O Ghibli Fest - Parte 1 oferece ao público brasileiro a chance rara de vivenciar esses clássicos na tela grande, com toda a beleza que só o cinema pode proporcionar. É uma verdadeira celebração da arte, da imaginação e da emoção — marcas registradas do Estúdio Ghibli ao longo de quatro décadas.
“Da Colina Kokuriko”
Confira a lista completa dos filmes da primeira parte:
- "A Viagem de Chihiro" - 2001 (DUB/LEG) - Vencedor do Oscar - classificação: livre
Para o Ghibli Fest - Parte 2, que estreia no primeiro semestre do próximo ano, serão oito títulos:
- Contos de Terramar (2006)
- O Castelo no Céu (1986)
- Princesa Mononoke (1997)
- O Reino dos Gatos (2002)
- O Mundo dos Pequeninos (2010)
- O Conto da Princesa Kaguya (2013)
- As Memórias de Marnie (2014)
- Túmulo dos Vagabundos (1998)
Ficha técnica
Ghibli Fest Programação: Parte 1 - 14 títulos - de 18 de setembro a 1º de outubro de 2025 Parte 2 - 8 títulos - estreia no primeiro semestre de 2026) Produção: Estúdio Ghibli Distribuição: Sato Company Exibição: salas Cineart Cidade, Cinemark BH Shopping, Centro Cultural Unimed-BH Minas e Cine Una Belas Artes Classificação: variável Gêneros: animação, fantasia, aventura
Chegamos a mais um Dia dos Pais. E se aqui, no mundo real tem pais de todos os tipos, ausentes, presentes, despachados, formais e vários outros... na dramaturgia não seria diferente, né?
Aqui vai uma listinha da equipe do Cinema no Escurinho, pra você se divertir, se emocionar, odiar, ou até questionar por que aquele pai daquela série ou daquele filme não apareceu por aqui. Deixe seu comentário também.
Eduardo Jr. - Julius ("Todo Mundo Odeia o Chris") - Joel ("The Last of Us") - Don Vito Corleone ("O Poderoso Chefão") - Mufasa ("Mufasa: O Rei Leão") - Chris Gardner ("À Procura da Felicidade")
Mirtes Helena Scalioni - David Sheff ("Querido Menino") - Osamu Shibata ("Assunto de Família") - Memo - ("O Milagre da Cela 7") - Chris Gardner ("À Procura da Felicidade") - Anthony ("Meu Pai")
Maristela Bretas - Parker ("Sempre a Seu Lado") - Darth Vader ("Star Wars") - Ben ("Capitão Fantástico") - Bryan Mills ("Busca Implacável") - Indiana Pai ("Indiana Jones e a Última Caçada")
Filipe Mateus - Guido ("A Vida é Bela") - Nate Oullman ("Extraordinário") - Eddie Palmer "(Palmer") - Joe Kingman ("Treinando o Papai") - Luiz Gonzaga ("Gonzaga de Pai pra Filho")
Silvana Monteiro
- Richard ("King Richard: Criando Campeãs") - Memo ("O Milagre da Cela 7") - Dr. Seyolo Zantoko ("Bem-vindo a Marly-Gomont") - Ollie Trinke ("Menina dos Olhos") - Harry Hamilton ("Tal Pai, Tal Filha") SUGESTÕES DE ANIMAÇÕES - Shrek - "Shrek Terceiro" (2007) - Stoico - "Como Treinar Seu Dragão" (2010) - Drácula - "Hotel Transilvânia" (2012) - Roz - "Robô Selvagem" (2024) - Gru - "Meu Malvado Favorito" (2010) - Beto - "Os Incríveis" (2004) - Grug - "Os Croods" (2013) - Homer Simpson - "Os Simpsons" (a partir de 1989) - Sr. Anderson - "Divertida Mente" (2015)
Animação tem uma dinâmica muito boa com a divisão em três histórias distintas que acabam interligadas (Fotos. 20th Century Studios)
Jean Piter Miranda
Está disponível no Disney+ “Predador: Assassino de Assassinos” (2025). O longa-metragem de animação dá continuidade à franquia dos Yautjas. São três histórias, ocorridas em épocas distintas, que acabam se cruzando.
Primeiro, uma guerreira viking busca vingança junto de seu grupo. Eles são observados por um predador. Da mesma forma, no Japão feudal, dois irmãos, um ninja e um samurai lutam entre si para resolver questões pessoais. O outro personagem é um piloto estadunidense em batalha na Segunda Guerra Mundial.
Nas três histórias, os personagens são confrontados por predadores. Os Yautjas, como sempre, estão em busca de enfrentar os guerreiros mais fortes do universo.
O filme é dirigido por Dan Trachtenberg, que também esteve à frente do ótimo “Predador: A Caçada” (2022). A animação tem um gráfico bem particular. É um tanto sombrio e bem envolvente, reforçado pela trilha sonora de Alan Silvestri, responsável pelas composições de sucessos como "Vingadores: Ultimato" (2019) e "Vingadores: Guerra Infinita" (2018).
A divisão do longa em três histórias dá uma dinâmica muito boa à animação. Os diálogos são suficientes e não se perdem em explicações desnecessárias e repetitivas. Os trechos silenciosos também dizem muito. Tudo na medida certa.
As cenas de ação são intensas, bem desenvolvidas e muito bem construídas. A parte da guerreira viking traz uma violência bruta, em cenários de neve e gelo. Uma composição muito acertada. Da mesma forma a representação do Japão feudal com seus guerreiros e suas espadas afiadas. É poesia em forma de pancadaria.
Destoando das duas primeiras histórias, a parte do piloto estadunidense é menos envolvente. Por se tratar de batalhas aéreas, perde o envolvimento das narrativas anteriores. Mesmo tudo sendo feito com a mesma qualidade, fica a sensação de que algo ficou faltando.
No fim, como se espera, as histórias se cruzam e deixam muitas portas abertas. Com certeza uma continuação já está em produção. Há ainda pontos que ligam o filme com a série “Predador: Badlands (2025)”, que será lançada em novembro no Disney+.
Também são apresentadas conexões com “Predador: A Caçada” (2022) e com os dois primeiros filmes da franquia: “O Predador” (1987), com Arnold Schwarzenegger, e “O Predador 2: A Caçada Continua” (1990), com Danny Glover.
E pra deixar os fãs ainda mais eufóricos, há também ligações com “Alien: Romulus” (2024). Ao que tudo indica, muito em breve, predadores e aliens devem se enfrentar novamente.
“Predador: Assassino de Assassinos” tem muitas qualidades e faz uma ligação entre todos os filmes já produzidos pela franquia. Mostra que há muita coisa a ser explorada sem ser repetitivo. É pra curtir e esperar os próximos capítulos.
Ficha técnica:
Direção: Dan Trachtenberg e Josh Wassung Roteiro: Micho Rutare Produção: 20th Century Studios Exibição: Disney+ Brasil Duração: 1h30 Classificação: 16 anos País: EUA Gêneros: ação, ficção, animação
No dia 22 de maio de 2002, chegava aos cinemas brasileiros uma das animações mais adoráveis e anárquicas da Disney: "Lilo & Stitch". Um sucesso que garantiu uma bilheteria de US$ 273 milhões e a indicação ao Oscar na categoria naquele ano.
Passados 23 anos, "Lilo & Stitch" ganhou um remake, que estreou nos cinemas em live-action (confira a crítica aqui) e está atraindo milhares de fãs, de todas as idades, especialmente famílias. Para quem não assistiu a animação original, ela pode ser conferida no canal por assinatura Disney+.
Trazendo uma aventura em solo havaiano, o filme nos apresenta a Experiência 626 — um alienígena violento, mas irresistivelmente fofo — e a pequena e rebelde Lilo, duas figuras deslocadas que vão precisar uma da outra para entender o verdadeiro significado da palavra "ohana".
Lilo é uma menina solitária, criativa e com um coração enorme. Ela recolhe lixo nas praias para proteger os animais marinhos, enquanto tenta lidar com a ausência dos pais e o convívio com a irmã mais velha, Nani, que luta para sustentar as duas e manter a guarda da caçula.
A rotina muda drasticamente quando Lilo adota Stitch, um “cachorro” estranho e destruidor que, na verdade, é uma criatura alienígena foragida. Juntos, a dupla constrói uma amizade improvável, cheia de caos, mas também de descobertas emocionais.
O charme de “Lilo & Stitch” está na sua simplicidade. Mesmo sendo de mundos completamente diferentes, Stitch precisa de Lilo tanto quanto ela precisa dele. Ela o ensina o que é amor, cuidado e pertencimento.
Se há algo que a menina aprende e ensina com toda essa jornada é que "ohana' significa família, e família nunca abandona ou esquece.
Apesar de sua origem destrutiva, Stitch vai sendo moldado pelo afeto — e sua convivência com Lilo, Nani e até com o cientista maluco Jumba (seu criador). Mostra que, às vezes, só é preciso alguém que enxergue além das aparências para despertar o melhor em nós.
Outro ponto que encanta é o cenário: o Havaí, com sua energia solar, vibrante e cultural, casa perfeitamente com o caos fofo de Stitch. Os diretores Chris Sanders e Dean DeBlois acertaram ao incorporar elementos como o surf, a espiritualidade havaiana, e a trilha sonora com toques de Elvis Presley.
É uma mistura que traz frescor e originalidade à animação. Confira aqui uma das músicas.
Visualmente, o longa é um presente. Com fundos pintados em aquarela e um estilo que remete à animação 2D clássica, “Lilo & Stitch” tem um toque artesanal, quase nostálgico, que contrasta com sua trama moderna e subversiva.
Vale lembrar que, no material de divulgação, tanto da animação quanto do live-action, Stitch invade pôsteres de outros filmes da Disney, assustando princesas, príncipes e personagens do estúdio — um sinal claro de que esse "monstrinho azul" não estava aqui para seguir as regras.
Já Lilo é uma das representações mais autênticas da infância no cinema: cheia de imaginação, imprevisível, birrenta, afetuosa. Ela não é a menina idealizada — e justamente por isso, é real e inesquecível.
Stitch, por sua vez, é a metáfora perfeita para o "monstro" que existe em cada um de nós, e que pode ser transformado pelo amor e pela convivência.
Se há uma pequena falha, talvez seja o espaço dado à história de Nani. A animação não aprofunda muito o contexto das dificuldades que ela enfrentou para criar Lilo sozinha, mas, mesmo assim, é impossível não admirar sua força, coragem e dedicação. O live-action repara isso e dá mais espaço a Nani.
“Lilo & Stitch” é uma animação que merece ser (re) vista com carinho. É um filme sobre pertencimento, laços improváveis que viram amor — e como, mesmo sendo diferentes, todos temos valor. Ohana nunca abandona. E esse filme também não.
Ficha técnica:
Direção e roteiro: Chris Sanders e Dean DeBois Produção e distribuição: Walt Disney Pictures Exibição: Canal Disney+ Duração: 1h25 Classificação: Livre País: EUA Gêneros: animação, aventura, família, comédia
Remake da animação de 2002 emprega CGI para criação do alienígena azul que fugiu para a Terra e foi adotado como cachorro (Fotos: Walt Disney Pictures)
Maristela Bretas
Para quem não sabe, "ohana" significa família. E família quer dizer nunca abandonar ou esquecer. A partir daí, prepare-se para muitos momentos emocionantes com o remake em live-action "Lilo & Stitch", que estreia nesta quinta-feira (22 de maio) nos cinemas, 23 anos após o lançamento da animação no Brasil, e que promete derreter os corações. Recomendo a versão dublada, que tem um toque mineirês na fala de um dos personagens.
Depois de vários erros em live-actions, como "O Rei Leão" (2019) e o mais recente "Branca de Neve" (2025), a Disney mostra que ainda sabe encantar muito bem seus fãs ao regravar esta animação de 2002. Para quem não assistiu o desenho, recomendo, pois ambas as produções são muito fofas.
O live-action não fica em nada a dever, especialmente na recriação de Stitch, o extraterrestre mal-humorado que conquista o coração da simpática e levada Lilo, uma menina havaiana que só deseja ter um melhor amigo.
Ele ganhou vida com o emprego de CGI e a dublagem de seu criador e ilustrador Chris Sanders (responsável pela animação e que também dirigiu "Robô Selvagem" - 2024).
O filme não perde o encanto, graças aos personagens que são bem carismáticos. A começar por Maya Kealoha, , que interpreta a menina Lilo Pelekai, e à amizade que se forma entre a menina e seu "estranho cachorro azul" que acaba sempre em muita confusão.
Tudo acontece quando o Experimento 626, um ser considerado muito agressivo e destruidor escapa do planeta Turo e vem cair em Kauai, no Havaí. Após criar muita confusão, ele é capturado e acaba adotado pela órfã Lilo, que o elege seu melhor amigo e lhe dá o nome de Stitch.
Para desespero de Nani (Sidney Agedong), sua irmã, que sempre está correndo o risco de perder o emprego por causa das aprontações de Lilo, além de brigar para manter a guarda da menina.
A parte cômica fica por conta dos atrapalhados Zack Galifianakis, como Jumba Jookiba, e Billy Magnussen, como o agente Pleakley. Eles são os alienígenas que vêm à Terra para tentar capturar o Experimento 626.
O elenco conta ainda com Courtney B. Vance (o agente Cobra Bubbles), Kaipo Dudoit (David), Hannah Waddingham (a Grande Conselheira da Federação das Galáxias), Tia Carrere (a assistente social Sra. Kekoa) e Jason Scott Lee (patrão de Nani). Estes dois últimos fizeram a dublagem na animação de 2002 dos personagens Nani e David.
Também Amy Hill, que agora faz a vizinha Tutu, participou da animação, dublando a Sra. Hasagawa. Saiba quem é quem na animação e no live-action na foto abaixo.
Da esquerda para a direita, de cima para baixo: Chris Sanders, Maya Kealoha, Sidney Agedong, Kaipo Dudoit, Courtney B. Vance, Zack Galifianakis Billy Magnussen, Tia Carrere e Amy Hill
Embalado por canções havaianas e um toque nostálgico de Elvis Presley, "Lilo & Stitch" ainda tem a seu favor as deslumbrantes paisagens da Costa Norte do Havaí, onde foi filmado.
A produção é colorida, emocionante e entrega situações muito divertidas de completo caos provocadas pelo alien azul que vão agradar crianças e adultos.
Mais do que isso, o filme passa, do início ao fim, reforçando a mensagem da importância da família. "Ohana" é a palavra mais pronunciada, em cenas que derretem o mais duro dos corações.
São abordados temas como perda, bullying na escola, diferenças sociais e o amor entre irmãs, por mais que elas briguem. Maya Kealoha e Sidney Agedong têm uma ótima sintonia e até parecem irmãs mesmo.
Até Stitch, que é o caos em pele de "cachorro", muda seu comportamento quando se torna parte da família. É emocionante vê-lo junto de Lilo.
O live-action não fica a dever em nada à animação de 2002, que arrecadou mais de US$ 270 milhões em todo o mundo com um orçamento de US$ 80 milhões, além de ter sido indicado ao Oscar como Melhor Filme de Animação.
Não deixe de conferir "Lilo & Stitch"; confesso que chorei muito.
Ficha técnica:
Direção: Dean Fleischer Camp Produção: Walt Disney Studios Motion Pictures e Rideback Distribuição: Disney Pictures Exibição: nos cinemas Duração: 1h48 Classificação: Livre País: EUA Gêneros: animação, aventura, família, comédia