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26 maio 2025

"Lilo & Stitch", a animação que encantou o público em 2002 e ganhou um live-action

O charme do filme está na simplicidade ao mostrar que mesmo sendo de mundos diferentes, um precisa
do outro (Foto: Walt Disney Pictures)
 
 

Marcos Tadeu
Parceiro do blog Jornalista de Cinema


No dia 22 de maio de 2002, chegava aos cinemas brasileiros uma das animações mais adoráveis e anárquicas da Disney: "Lilo & Stitch". Um sucesso que garantiu uma bilheteria de US$ 273 milhões e a indicação ao Oscar na categoria naquele ano.

Passados 23 anos, "Lilo & Stitch" ganhou um remake, que estreou nos cinemas em live-action (confira a crítica aqui) e está atraindo milhares de fãs, de todas as idades, especialmente famílias. Para quem não assistiu a animação original, ela pode ser conferida no canal por assinatura Disney+.


Trazendo uma aventura em solo havaiano, o filme nos apresenta a Experiência 626 — um alienígena violento, mas irresistivelmente fofo — e a pequena e rebelde Lilo, duas figuras deslocadas que vão precisar uma da outra para entender o verdadeiro significado da palavra "ohana".

Lilo é uma menina solitária, criativa e com um coração enorme. Ela recolhe lixo nas praias para proteger os animais marinhos, enquanto tenta lidar com a ausência dos pais e o convívio com a irmã mais velha, Nani, que luta para sustentar as duas e manter a guarda da caçula. 


A rotina muda drasticamente quando Lilo adota Stitch, um “cachorro” estranho e destruidor que, na verdade, é uma criatura alienígena foragida. Juntos, a dupla constrói uma amizade improvável, cheia de caos, mas também de descobertas emocionais.

O charme de “Lilo & Stitch” está na sua simplicidade. Mesmo sendo de mundos completamente diferentes, Stitch precisa de Lilo tanto quanto ela precisa dele. Ela o ensina o que é amor, cuidado e pertencimento. 

Se há algo que a menina aprende e ensina com toda essa jornada é que "ohana' significa família, e família nunca abandona ou esquece.


Apesar de sua origem destrutiva, Stitch vai sendo moldado pelo afeto — e sua convivência com Lilo, Nani e até com o cientista maluco Jumba (seu criador). Mostra que, às vezes, só é preciso alguém que enxergue além das aparências para despertar o melhor em nós.

Outro ponto que encanta é o cenário: o Havaí, com sua energia solar, vibrante e cultural, casa perfeitamente com o caos fofo de Stitch. Os diretores Chris Sanders e Dean DeBlois acertaram ao incorporar elementos como o surf, a espiritualidade havaiana, e a trilha sonora com toques de Elvis Presley. 

É uma mistura que traz frescor e originalidade à animação. Confira aqui uma das músicas.


Visualmente, o longa é um presente. Com fundos pintados em aquarela e um estilo que remete à animação 2D clássica, “Lilo & Stitch” tem um toque artesanal, quase nostálgico, que contrasta com sua trama moderna e subversiva.

Vale lembrar que, no material de divulgação, tanto da animação quanto do live-action, Stitch invade pôsteres de outros filmes da Disney, assustando princesas, príncipes e personagens do estúdio — um sinal claro de que esse "monstrinho azul" não estava aqui para seguir as regras.


Já Lilo é uma das representações mais autênticas da infância no cinema: cheia de imaginação, imprevisível, birrenta, afetuosa. Ela não é a menina idealizada — e justamente por isso, é real e inesquecível. 

Stitch, por sua vez, é a metáfora perfeita para o "monstro" que existe em cada um de nós, e que pode ser transformado pelo amor e pela convivência.


Se há uma pequena falha, talvez seja o espaço dado à história de Nani. A animação não aprofunda muito o contexto das dificuldades que ela enfrentou para criar Lilo sozinha, mas, mesmo assim, é impossível não admirar sua força, coragem e dedicação. O live-action repara isso e dá mais espaço a Nani.

“Lilo & Stitch” é uma animação que merece ser (re) vista com carinho. É um filme sobre pertencimento, laços improváveis que viram amor — e como, mesmo sendo diferentes, todos temos valor. Ohana nunca abandona. E esse filme também não.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Chris Sanders e Dean DeBois
Produção e distribuição: Walt Disney Pictures
Exibição: Canal Disney+
Duração: 1h25
Classificação: Livre
País: EUA
Gêneros: animação, aventura, família, comédia

22 maio 2025

Prepare o lencinho, live-action "Lilo & Stitch" é 'ohana' do início ao fim

Remake da animação de 2002 emprega CGI para criação do alienígena azul que fugiu para a Terra e foi
adotado como cachorro (Fotos: Walt Disney Pictures)
 
 

Maristela Bretas

 
Para quem não sabe, "ohana" significa família. E família quer dizer nunca abandonar ou esquecer. A partir daí, prepare-se para muitos momentos emocionantes com o remake em live-action "Lilo & Stitch", que estreia nesta quinta-feira (22 de maio) nos cinemas, 23 anos após o lançamento da animação no Brasil, e que promete derreter os corações. Recomendo a versão dublada, que tem um toque mineirês na fala de um dos personagens.

Depois de vários erros em live-actions, como "O Rei Leão" (2019) e o mais recente "Branca de Neve" (2025), a Disney mostra que ainda sabe encantar muito bem seus fãs ao regravar esta animação de 2002. Para quem não assistiu o desenho, recomendo, pois ambas as produções são muito fofas. 


O live-action não fica em nada a dever, especialmente na recriação de Stitch, o extraterrestre mal-humorado que conquista o coração da simpática e levada Lilo, uma menina havaiana que só deseja ter um melhor amigo. 

Ele ganhou vida com o emprego de CGI e a dublagem de seu criador e ilustrador Chris Sanders (responsável pela animação e que também dirigiu "Robô Selvagem" - 2024).

O filme não perde o encanto, graças aos personagens que são bem carismáticos. A começar por Maya Kealoha, , que interpreta a menina Lilo Pelekai, e à amizade que se forma entre a menina e seu "estranho cachorro azul" que acaba sempre em muita confusão.


Tudo acontece quando o Experimento 626, um ser considerado muito agressivo e destruidor  escapa do planeta Turo e vem cair em Kauai, no Havaí. Após criar muita confusão, ele é capturado e acaba adotado pela órfã Lilo, que o elege seu melhor amigo e lhe dá o nome de Stitch. 

Para desespero de Nani (Sidney Agedong), sua irmã, que sempre está correndo o risco de perder o emprego por causa das aprontações de Lilo, além de brigar para manter a guarda da menina.

A parte cômica fica por conta dos atrapalhados Zack Galifianakis, como Jumba Jookiba, e Billy Magnussen, como o agente Pleakley. Eles são os alienígenas que vêm à Terra para tentar capturar o Experimento 626. 


O elenco conta ainda com Courtney B. Vance (o agente Cobra Bubbles), Kaipo Dudoit (David), Hannah Waddingham (a Grande Conselheira da Federação das Galáxias), Tia Carrere (a assistente social Sra. Kekoa) e Jason Scott Lee (patrão de Nani). Estes dois últimos fizeram a dublagem na animação de 2002 dos personagens Nani e David. 

Também Amy Hill, que agora faz a vizinha Tutu, participou da animação, dublando a Sra. Hasagawa. Saiba quem é quem na animação e no live-action na foto abaixo.

Da esquerda para a direita, de cima para baixo: Chris Sanders,
Maya Kealoha, Sidney Agedong, Kaipo Dudoit, Courtney B. Vance, 
Zack Galifianakis Billy Magnussen, Tia Carrere e Amy Hill

Embalado por canções havaianas e um toque nostálgico de Elvis Presley, "Lilo & Stitch" ainda tem a seu favor as deslumbrantes paisagens da Costa Norte do Havaí, onde foi filmado. 

A produção é colorida, emocionante e entrega situações  muito divertidas de completo caos provocadas pelo alien azul que vão agradar crianças e adultos. 

Mais do que isso, o filme passa, do início ao fim, reforçando a mensagem da importância da família. "Ohana" é a palavra mais pronunciada, em cenas que derretem o mais duro dos corações. 


São abordados temas como perda, bullying na escola, diferenças sociais e o amor entre irmãs, por mais que elas briguem. Maya Kealoha e Sidney Agedong têm uma ótima sintonia e até parecem irmãs mesmo. 

Até Stitch, que é o caos em pele de "cachorro", muda seu comportamento quando se torna parte da família. É emocionante vê-lo junto de Lilo. 

O live-action não fica a dever em nada à animação de 2002, que arrecadou mais de US$ 270 milhões em todo o mundo com um orçamento de US$ 80 milhões, além de ter sido indicado ao Oscar como Melhor Filme de Animação. 

Não deixe de conferir "Lilo & Stitch"; confesso que chorei muito.


Ficha técnica:
Direção: Dean Fleischer Camp
Produção: Walt Disney Studios Motion Pictures e Rideback
Distribuição: Disney Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h48
Classificação: Livre
País: EUA
Gêneros: animação, aventura, família, comédia