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09 fevereiro 2024

"A Cor Púrpura" acerta no elenco, mas é inconstante

Musical é um remake adaptado da obra literária de Alice Walker, como na peça da Broadway de 2005 (Fotos: Warner Bros. Pictures)


Larissa Figueiredo


Baseado no livro homônimo de Alice Walker, "A Cor Púrpura" ("The Color Purple") conta a história de famílias afro-americanas na Geórgia durante o século XX. O musical, em cartaz nos cinemas, nos apresenta Celie, uma jovem negra de 14 anos que encontra conforto em meio ao sofrimento da pobreza e racismo na companhia de Nettie (Halle Bailey, de "A Pequena Sereia" - 2023), sua irmã mais nova e melhor amiga.  

Em certo dia, Celie (interpretada por Fantasia Barrino na fase adulta) é trocada por uma vaca e alguns ovos e entregue a Albert (Colman Domingo, de "Rustin" - 2023) um homem grosseiro da cidade. Enquanto isso, Nettie, exausta dos avanços sexuais do pai e do novo marido da irmã, foge prometendo manter contato por carta com Celie. É por meio dessas correspondências que a história se desenrola.


Com direção de Blitz Bazawule, o remake de "A Cor Púrpura" tem uma grandiosa equipe de produtores, que inclui Steven Spielberg, diretor da primeira versão de 1985, que não era musical e foi indicada a 11 Oscars sem, no entanto, ter recebido nenhum. O filme pode ser conferido na HBO Max.

Também na produção estão Quincy Jones (um dos produtores do primeiro filme), Oprah Winfrey, que participou do longa há quase 40 anos no papel de Sofia (agora interpretada por Danielle Brooks, que concorre ao Oscar como Melhor Atriz Coadjuvante) e Scott Sanders.


O elenco, totalmente negro (excelente escolha) conta ainda com Taraji P. Henson ("Estrelas Além do Tempo" - 2017), como a cantora Shug Avery; Corey Hawkins ("Infiltrado na Klan" - 2018); Aunjanue Ellis ("King Richard: Criando Campeãs" - 2021), Louis Gossett Jr. e até mesmo Whoopi Goldberg, que faz uma ponta como parteira e interpretou Celle no longa de 1985. Os cantores H.E.R. e Jon Batiste também participam do time.

Além de retratar abusos e sofrimento, o filme explora a redescoberta da vida e a poderosa união entre mulheres, tanto na ligação entre as irmãs quanto na importância que Shug e Sofia vão representar na vida de Celle.


Embora permaneça fiel à obra literária de Alice Walker, o musical adota a estrutura da peça adaptada para a Broadway em 2005, organizando a produção em blocos que combinam diálogos, canções, diversas coreografias. Conta também com as participações de Fantasia Barrino e Danielle Brooks repetindo seus papéis.

As performances musicais parecem interromper o ritmo do filme, que se apresenta inconstante e com falhas na edição e montagem. Apesar disso, o musical impacta pelo visual e pela força da interpretação de seus atores, que possuem grande potência vocal e é o destaque do longa. 

Os figurinos e a ambientação também são pontos positivos e fortalecem a obra. Inevitável a comparação entre as duas versões cinematográficas.


Ficha técnica:
Direção: Blitz Bazawule
Produção: Warner Bros. Pictures, Amblin Entertainment, SGS Productions, Harpo Films
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h20
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gêneros: musical, drama

28 janeiro 2023

Cate Blanchett coloca “TÁR” na lista de indicados ao Oscar

Filme de Todd Field é bem editado, mas exige calma para lidar com as tensões da protagonista
(Fotos: Focus Features)


Eduardo Jr.


A chegada de “TÁR” aos cinemas brasileiros promete encantar e também incomodar. Durante as duas horas e 40 minutos do novo filme do diretor norte-americano Todd Field, o espectador experimenta o encanto, por meio da atuação de Cate Blanchett.

E também o incômodo, por conta da construção de uma personagem tão difícil - que carrega doses de genialidade, mas não se explica pelo clichê dos gênios excêntricos; que se masculiniza e ainda assim consegue expressar feminilidade; que poderia ser militante de uma causa, mas apresenta uma complexidade ainda maior. 


Tudo começa com a apresentação (‘beeem’ longa) da personagem central, Lydia Tár. Mas prepare-se para ser hipnotizado por Blanchett. É este o momento que nos permite conhecer a inteligência - e a agressividade - de uma mulher lésbica, que gosta de ser chamada de maestro, e que está à frente de uma das maiores orquestras do mundo. 


Quando Lydia fala, tudo é silêncio. E, se o que escuta não a convence, ela age, com força, e sem pestanejar. Mas além do silêncio, a edição do filme, que costura a música a momentos determinados para anunciar novas camadas (e, consequentemente, mexer com os sentimentos do público), só engrandece a produção.   


Lydia controla. É ela quem figura como organizadora da casa onde mora com a mulher e a filha. No mundo da música clássica, dominado por homens, ela é quem rege. Mas a mulher forte, no ápice da carreira, tem esqueletos no armário. E pra quem está no topo, só resta a queda. 


O diretor nos coloca dentro do ambiente para assistir como uma pessoa é capaz de certas atitudes em relação àqueles ao seu redor. O que nos deixa tensos e apreensivos sobre o que virá a seguir. Cada ameaça à projeção de Lydia vai dando mais força para o desfecho do filme.  


Ainda assim, vemos na protagonista não só um lado ‘monstro’, mas também um ser humano que erra. Imersa no universo da música clássica, Lydia tem dificuldades em aceitar a modernidade. 

Acostumada às obras requintadas, criadas por homens brancos forjados pelo machismo de décadas e décadas, autoridades oriundas do Youtube e julgamentos que viralizam nas redes sociais se tornam o inferno para a regente. 


Julgamentos morais parecem ser uma especialidade de Todd Field. É ele a mente por trás de “Pecados íntimos” (PlayArte, 2007). Mas agora, em “TÁR”, o diretor vai além e propõe um filme ‘de personagem’. 

A construção do roteiro associada à criação da personagem de Blanchett é impecável! Principalmente pelo final apresentado. 


Filme de arte! Um adjetivo que pode ser prejudicial na luta pela principal categoria do Oscar. Embora ainda concorra com outras indicações (melhor direção, melhor atriz, melhor roteiro original, melhor edição e melhor fotografia), “TÁR” e Cate Blanchett merecem passar à história como um exemplo do que é cinema de qualidade.  


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Todd Field
Produção: Focus Features / Standard Films
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h38
Classificação: 12 anos
País: EUA
Gêneros: drama / musical

23 abril 2021

“A Voz Suprema do Blues” é movido pela força de Viola Davis e Chadwick Boseman

A ação se passa dentro de um abafado e quente estúdio onde a banda ensaia para a apresentação (Fotos David Lee/Netflix)


Wallace Graciano

Era meado de 2020. Em meio às manifestações do Black Lives Matter, o diretor George C. Wolfe queria lançar “A Voz Suprema do Blues” ("Ma Rainey's Black Bottom") para reforçar a importância do negro em toda a história norte-americano. Ele foi voto vencido. 

A película só foi ao ar na Netflix em dezembro do mesmo ano. Porém, bem a tempo de consagrar as atuações titânicas de Viola Davis (Ma Rainey) e Chadwick Boseman (Leeve), que, não à toa, foram indicados ao Oscar de melhor atriz e melhor ator, respectivamente.


As quase duas horas de duração do longa, que é baseado na obra teatral de August Wilson, se passam em um pequeno estúdio de Chicago, em 1927. Nele, a já consagrada “Mãe do Blues”, Ma Rainey, está prestes a soltar sua voz em mais um potencial sucesso. Para tal, conta com sua talentosa banda, onde o ambicioso (e talentoso) trompetista Leeve quer dar o salto para outro patamar.


Porém, o abafado e quente estúdio, que sofre com a falta de ventilação, acirra os ânimos de um conjunto que deseja se impor perante uma gerência branca que quer controlá-los a todo custo. E é nesse momento que a trama ganha seu ápice. A atmosfera sufocante e tensa eleva ainda mais a atuação de Davis e Boseman, que roubam a atenção por completo do espectador, deixando o cenário, o figurino e o roteiro em segundo plano.


Para destacar ainda mais esse clima, a direção acertou ao apostar em cores fortes para o cenário que envolve os personagens, fazendo com que a película ganhe um ambiente quente e claustrofóbico, onde a respiração fica ofegante pelo clima e diálogos que a circundam. Somado a isso, essa escolha deu brilho aos protagonistas, que se destacam no cenário vibrante.


Ainda que tenha um roteiro convincente, “A Voz Suprema do Blues” se supera ao trazer ao espectador um filme onde seus protagonistas elevam a dramaturgia ao ápice, fazendo com que as duas horas de duração tenham suas respectivas assinaturas a cada quadro. Davis e Boseman, que infelizmente nos deixou em agosto do ano passado, são gigantes e imponentes.


Ficha técnica:
Direção:
George C. Wolfe
Exibição: Netflix
Duração: 1h34
Classificação: 16 anos
País: EUA
Gêneros: Drama / Musical

29 agosto 2019

"Yesterday" - O mundo não teria a menor graça sem a música dos Beatles

Himesh Patel é o desconhecido que vai se transformar no maior astro do mundo usando as composições da banda britânica (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)

Carolina Cassese


"Yesterday" é uma declaração aos Beatles e mostra que, sem o talento de John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, o mundo não teria, definitivamente, a mesma graça. O longa, dirigido por Danny Boyle (“Quem Quer Ser um Milionário?”), chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira para mostrar que manter vivo o legado do icônico quarteto britânico é uma tarefa de todos que amam a música.


No roteiro, escrito por Richard Curtis, veterano em comédias românticas, Liverpool é apenas mais uma cidade chuvosa da Inglaterra. Sem "Hey Jude", "Let It Be" e "Here Comes The Sun". Sem a marcante fotografia da Abbey Road. Sem submarinos amarelos. Depois de um apagão, a existência dos Beatles é apagada. Apenas Jack Malik (Himesh Patel), um músico humilhado por (quase) todos ao seu redor, consegue se recordar do legado do quarteto.

"Yesterday" é centrado na história desse músico que, ao ser atropelado por um ônibus, acorda em uma cama de hospital e se surpreende ao perceber que seus amigos mais próximos não compreendem nenhuma das referências feitas ao maior quarteto britânico da história da música. Ele pesquisa no Google e, para sua surpresa, não encontra resultado algum - quando digita “Beatles”, aparecem apenas fotos do inseto.


Ao procurar em sua casa algum vestígio dos álbuns do quarteto, é igualmente mal sucedido na missão. Jack finalmente percebe que há uma falha no sistema enxerga uma oportunidade: mostrar ao mundo as geniais canções de John, Paul, George e Ringo - fingindo, no entanto, que essas são de sua autoria. Como é de esperar, o músico não demora muito a se tornar um sucesso.


Ed Sheeran, que interpreta a si mesmo na produção, é determinante na ascensão da carreira de Jack, pois o convida para abrir os shows de sua turnê. Após tamanha visibilidade, o protagonista é praticamente intimado pela agente Debra Hammer (Kate McKinnon) a ir para Los Angeles. 

Desde o início de sua carreira, a principal parceira de Jack é Ellie Appleton (Lily James), uma professora que, nas horas vagas, também trabalhava como agente musical. A partir do momento que Jack decide ir para Los Angeles a fim de focar em sua carreira, os dois acabam se afastando. A relação entre eles é central para a trama - o longa é, acima de tudo, uma comédia romântica.


O filme se preocupa também em apresentar uma crítica à própria indústria fonográfica. Sabe-se que o apelo comercial muitas vezes é privilegiado em detrimento da originalidade e das reais intenções de um artista. A preocupação recorrente da agente Debra em relação à aparência de Jack é um claro exemplo de como, muitas vezes, o conteúdo fica em segundo plano.

Principalmente a partir do terceiro ato, o longa apresenta algumas falhas de execução. Parece que a premissa fica em segundo plano: o romance dos personagens principais recebe um demasiado destaque e tem um desenrolar previsível. As atuações são boas, mesmo que alguns personagens sejam pouco explorados. "Yesterday", no entanto, não parece pretensioso e cumpre a função de divertir e também emocionar.


Ficha técnica:
Direção: Danny Boyle
Produção: Working Title Films
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 1h57
Gêneros: Comédia / Musical / Romance
País: Reino Unido
Classificação: 12 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #YesterdayFilme, #Yesterday, #Beatles, #HimishPatel, #LilyJames, #musical, #comedia, #UniversalPictures, @cinemanoescurinho, @cinemaescurinho, #EspacoZ

07 agosto 2019

"Simonal" exalta ascensão do cantor e trata superficialmente acusações de dedo-duro da ditadura

Fabricio Boliveira entrega ótima interpretação do cantor e compositor, dono de uma das vozes mais encantadores do país na década de 1970 (Fotos: Divulgação)

Maristela Bretas


O diretor Leonardo Domingues tinha tudo para, na obra ficcional "Simonal", esclarecer melhor o que levou o cantor a carregar por boa parte de sua vida, até depois de sua morte, a imagem de dedo-duro. Porém, mais da metade do filme explorou a ascensão de Wilson Simonal, cantor negro, vindo de uma favela no Leblon, no Rio de Janeiro, dono de uma das vozes mais bonitas e melodiosas do Brasil e de um suingue que conquistava nas primeiras notas. Se a intenção do diretor era tentar mostrar (mais uma vez) que ele pode ter sido usado como bode expiatório das forças da ditadura militar, ele deixou muito a desejar. 


Na produção, a questão racial foi jogada bem para o final, apenas para justificar a cena inicial, não aprofundando nos fatos que realmente teriam ocorrido e que marcaram a vida de Simonal, destruindo sua meteórica carreira. O diretor deixa a entender que tudo não passou de uma trama armada pela polícia da época. Mas a abordagem foi bem superficial, como se temesse mexer em vespeiro. Deixa mais dúvidas do que explicações sobre a culpa de Simonal ter sido ou não informante da ditadura contra artistas da época.


Quem não conhecia a história do cantor (muitos no cinema nem sabiam quem foi Simonal) só conheceu o dono da bela voz que começou do nada e atraiu multidões pelo país. Mas muitos saíram achando que ele realmente "entregou" geral e se deu mal por isso até sua morte em 2000, aos 62 anos.

Boa reconstituição de época, com várias imagens e figurinos bem trabalhados. Fabrício Boliveira estudou com afinco as características de Wilson Simonal e entrega uma ótima interpretação. Isis Valverde também está bem como Tereza, a esposa do cantor. Leandro Hassum muito caricato, não convence como Carlos Imperial, que conseguia ter uma imagem muito marcante, apesar de ter sido considerado desagradável por muitos à época. Caco Ciocler está mediano como Santana, policial do Dops "amigo" de Simonal. Miele foi bem interpretado por João Velho.


Os filhos de Simonal - Wilson e Max - são os responsáveis pela ótima trilha sonora que reúne várias composições que marcaram a carreira do pai, como "Meu Limão, Meu Limoeiro", "Sá Marina", "Mamãe Passou Açúcar em Mim", "Vesti Azul", "País Tropical" e tantas outras. Inclusive a polêmica "Tributo a Martin Luther King", que levou Simonal a ter seu primeiro contato com o delegado Santana, do Dops, sob a acusação de se envolver com questões "subversivas".

Carismático e de charme irresistível, Wilson Simonal nasceu para ser uma das maiores vozes de todos os tempos da música brasileira. No entanto, após anos de sucesso conquistado com muito trabalho, seus gastos descontrolados o levaram a, num rompante de ignorância, tomar decisões que marcaram para sempre sua carreira.

Outras produções

Simonal já foi tema de dois outros filmes. No primeiro, "É Simonal" (1970), uma comédia musical dirigida por Domingos Oliveira, o cantor foi o ator principal.  A produção conta a história de um breve romance do cantor com uma fã mineira que foi ao Rio de Janeiro par conhecê-lo. Esquecível!


O segundo, este sim, um ótimo documentário, com depoimentos de pessoas famosas que conviveram com Wilson Simonal no auge da carreira e depois que caiu no esquecimento; "Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei", de 2007, foi dirigido por Cláudio Manoel (do "Casseta e Planeta"), Micael Langer e Calvito Leal. Entre os entrevistados estão Luis Carlos Miele, Chico Anysio, Pelé, Ziraldo, os filhos de Simonal - Wilson Simoninha e Max de Castro, além de Jaguar (do Pasquim), Nelson Motta, o maestro Ricardo Cravo Albin, Boninho e Sérgio Cabral, entre outros.

Uma pena, "Simonal" apesar da duração de 1h45, é lento e se preocupa mais com detalhes da vida pessoal e do casamento dele com Tereza do que fazer um bom trabalho investigativo, juntando fatos comprovados sobre o que realmente aconteceu com o cantor e a acusação que sofreu. Uma biografia fraca de ascensão e queda de um ídolo, amado e odiado na mesma proporção. "Simonal" ficou muito a desejar como história. Vale pelas músicas, a produção e o ótimo trabalho de Fabrício Boliveira e Isis Valverde.


Ficha técnica:
Direção: Leonardo Domingues
Produção: Forte Filmes / Globo Filmes
Distribuição: Downtown Filmes 
Duração: 1h45
Gêneros: Drama, Biografia, Musical
País: Brasil
Classificação: 14 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #SimonalOFilme, #WilsonSimonal, #drama, #biografia, #musical, #ForteFilmes, #GloboFilmes, #FabricioBoliveira, #IsisValverde, #EspaçoZ, #Cineart_oficial, @cinemaescurinho

30 maio 2019

"Rocketman", a ópera rock épica de um ícone chamado Elton John

Longa é uma biografia musical do canto e compositor, desde a infância de pianista prodígio ao estrelato (Fotos: David Appleby/Paramount Pictures)

Maristela Bretas

Um Elton John exposto. Este é o foco de "Rocketman", filme em cartaz nos cinemas, mostrando um dos períodos mais produtivos da carreira musical deste ícone internacional. Sem medo de se expor, ele fala dos medos, carências e vícios, todos em grande escala. Cocaína, bebida, sexo e consumismo marcaram a vida do cantor e compositor britânico nos anos 1970 e são mostrados no filme dirigido por Dexter Fletcher como uma ópera rock com características que lembram "Tommy", feita pela banda The Who em 1969, que contou com participação de Elton John, mas não é citada no filme.


Em "Rocketman", o cantor é interpretado brilhantemente pelo também britânico Taron Egerton (de "Kingsman: Serviço Secreto" - 2015). Foi na continuação - "Kingsman 2: O Círculo Dourado" (2017) que o ator teve a oportunidade de contracenar com o cantor. Taron incorporou o personagem e também canta muito bem, dispensando dublagem. Ele é a alma do filme e ainda contou com um figurino impecável


Criado pelo figurinista Julian Day a partir dos modelos usados pelo astro ao longo de sua trajetória. "Eu amei o figurino de “Yellow Brick Road”. E obviamente me inspirei em “O Mágico de Oz”. Por isso, o terno azul com sapatos de pedras vermelhas feitos com cristais Swarovski. A camisa é feita de tecido prateado, assim como o Homem de Lata, e tem um chapéu de palha assim como o espantalho. O casaco de pele falsa representa o leão", revela Day em entrevista no vídeo abaixo.



Elton John é um dos produtores executivos do filme, juntamente com seu marido, David Furnish. A trilha sonora marcante foi entregue a Matthew Margeson que fez um ótimo trabalho. Emocionante relembrar hits como "Rocket Man", "Daniel", "Crocodile Rock", "Your Song", "Goodbye Yellow Brick Road", "Don't Go Breaking My Heart", "Pinball Wizard" e "Don't Let The Sun Go Down On Me". Cada uma dessas canções representa um momento importante na transformação do grande astro.


Mas apesar de todo o brilho e sucesso, o cantor carregou grandes fantasmas por um longo período de sua vida, especialmente quando fez mais sucesso, nos anos de 1970. A falta de amor do pai homofóbico, o descaso da mãe e a ligação com o empresário e ex-amante John Reid teriam sido os maiores problemas enfrentados por Elton, que o levaram às drogas, alcoolismo, sexo desenfreado e consumismo exagerado. A produção mostra tudo isso, desde a infância do tímido garoto do interior e pianista prodígio Reginald Dwight à transformação no superstar internacional.


Foi também neste período que Elton John e conheceu seu parceiro de composições e nasceu dai a amizade de uma vida inteira - Bernie Taupin, que recebeu a devida lembrança com uma ótima interpretação de Jamie Bell. O elenco conta ainda com Richard Madden, como John Reid, Bryce Dallas Howard ("Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros" - 2015 e "Jurassic World: Reino Ameaçado" - 2018), como Sheila Farebrother, mãe de Elton; Steven Mackintosh, no papel do pai, e Gemma Jones. como a avó materna Ivy,  única pessoa que o apoiou na família.

Depressão, carência de amor e decepções são apresentadas em meio a uma explosão de cores, rock´n roll e lindas baladas. Não espere uma biografia convencional. Elton John nunca foi assim e mostra isso com "Rocketman", um filme que vale disputar Oscar pelo conjunto da obra.


Ficha técnica:
Direção: Dexter Fletcher
Produção: Marv Films / Rocket Pictures / New Republic Pictures
Distribuição: Paramount Pictures
Duração: 2h01
Gêneros: Biografia / Drama
País: Reino Unido
Classificação: 16 anos
Nota: 4 (0 a 5)

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26 maio 2019

Sessão Cinepsiquiatria debate "Rocketman", dia 30, no Cineart Minas Shopping

Longa-metragem é uma cinebiografia do cantor e compositor Elton John, abordando desde a infância ao estrelato (Fotos: David Appleby/Paramount Pictures)

Maristela Bretas


Elton John, uma das maiores estrelas da música internacional, ganha as telas de cinema para mostrar um pouco de sua vida a partir de quinta-feira (30) com a estreia de "Rocketman". Na mesma data, às 21 horas, a produção cinematográfica será o tema de debate de mais uma sessão do projeto Cinepsiquiatria, promovido pelo Minas Shopping em parceria com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Associação Psiquiátrica da América Latina (APAL), Associação Mineira de Psiquiatria (AMP) e Rede Cineart.

Cineart Minas Shopping (Foto Cineart/Divulgação)
O objetivo do projeto é abrir espaço para a sociedade discutir questões cotidianas e relacionadas à saúde mental, a partir da exibição de filmes e palestras sobre o tema a ser tratado. A sessão é destinada exclusivamente a convidados, entre profissionais, imprensa e autoridades. Depois da exibição do filme, psiquiatras debaterão com o público as percepções sobre a trama escolhida.


Dirigido por Dexter Fletcher, "Rocketman" é uma fantasia musical que conta um pouco da história e da carreira de Elton John. Distribuído pela Paramount Pictures, o filme mostra a infância complicada, o descaso do pai homofóbico, a transformação do tímido garoto e pianista prodígio Reginald Dwight no excêntrico superstar internacional Elton John, a relação do cantor com o compositor e parceiro profissional de longa data Bernie Taupin, a ligação com o empresário e ex-amante John Reid, o homossexualismo e a dependência química.

Uma fantástica transformação do tímido garoto e pianista prodígio Reginald Dwight no superstar internacional Elton John, uma das figuras mais icônicas da cultura pop, mas que tinha como um de seus maiores problemas a falta de amor do pai. 


"O Cinepsiquiatria é um sucesso nas cidades que recebem o projeto. A ideia é orientar a sociedade. É preciso desmistificar os estigmas, além das doenças mentais e seus tratamentos. A ABP entende que a arte é uma importante ferramenta na construção do homem e da sociedade. Esse é um trabalho de responsabilidade social que aproxima o psiquiatra e a psiquiatria da população por meio de uma linguagem clara e sem intermediários. Além disso, é uma forma de aproximar a população a essas questões, promovendo o debate e a aceitação das diferenças entre as pessoas”, declara o psiquiatra e orientador do projeto Antônio Geraldo da Silva.



"De forma pioneira em Belo Horizonte, estamos realizando esse projeto de grande relevância para toda a sociedade. Alinhado à atuação de responsabilidade social, o Minas Shopping se une a esse grande projeto contra a psicofobia. Acreditamos que o projeto é muito bem recebido pela população", declara o gerente geral do Minas Shopping, Fábio Freitas.

Em "Rocketman",  Elton John é interpretado pelo ator britânico Taron Egerton. O elenco conta ainda com Jamie Bell (Bernie Taupin), Richard Madden (John Reid) e Bryce Dallas Howard, como Sheila Farebrother,  mãe de Elton.


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26 março 2019

Confuso, "Vox Lux - O Preço da Fama" é apenas a presença de Natalie Portman

Crédito:Neon
Filme aborda a ascensão de uma cantora que sofreu um trauma na adolescência e se transforma numa superstar (Fotos: Neon/Divulgação)


Maristela Bretas


Com a dupla Natalie Portman e Jude Law que garante sempre bom público para o cinema, a expectativa era de que "Vox Lux - O Preço da Fama" ("Vox Lux") fosse um filme instigante, surpreendente. Só que não. Nem a grande interpretação da bela e excelente atriz, que divide a produção com Law e a cantora Sia, foi suficiente para torná-lo interessante. Portman entrega um bom papel e ainda canta e dança - meio Madonna, meio Lady Gaga, como comparou uma colega de cinema. Mas não chega aos pés do estupendo "Cisne Negro", do diretor Darren Aronofsky, protagonizado por ela em 2011.

Crédito: Neon
A história, dirigida e roteirizada por Brady Corbet, é confusa, cheia de perguntas não respondidas, desperdiça talentos, como Jude Law num papel que deveria ter mais peso pelo que supõe o enredo. Raffey Cassidy ("Aliados" - 2107) interpreta a cantora Celeste quando jovem e depois volta como filha de Portman, que só entra da metade do filme pra frente. As cenas em que estão juntas não passam empatia, talvez o objetivo do diretor fosse esse mesmo - mostrar uma relação fria e distante entre mãe e filha, afetada pela fama, as drogas e o alcoolismo da primeira.

Crédito: Neon
O filme começa com um trauma vivido em 1999 por Celeste quando era adolescente e que vai alavancar sua carreira artística, mas também marcará a vida e os relacionamentos dela para sempre. Em parceria com Ellie, a irmã compositora (papel de Stacy Martin) e Jude Law como o produtor, a cantora tem uma ascensão meteórica, tornando-se uma superstar global. Nada novo, mas o que desagrada são as cenas soltas, que só não são mais tediosas graças à narração perfeita de Willem Dafoe. O diretor usa a estratégia de congelar a imagem para que o narrador explique ao espectador o que aconteceu com Celeste com o passar dos anos. num drama dividido em três atos, como no teatro.

Crédito: Neon
Se o início do filme é marcado pela violência, a decepção é clara com o final, que apontava para um desfecho forte (no mínimo clichê), mas que desce algum sentido a tudo. Deixa aquela sensação: Mas acabou? Onde foi que eu perdi o fio da meada?  Além do desempenho de Natalie Portman, destaque para a ótima trilha sonora de SIa e o figurino exótico da protagonista. "Vox Lux - O Preço da Fama", que abriu o Festival de Veneza de 2018, estreia nesta quinta-feira nos cinemas.



Ficha técnica:
Direção e roteiro: Brady Corbet
Produção: Killer Films / Bold Films
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h56
Gêneros: Drama / Musical
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

Tags: #VoxLux, #NataliePortman, #JudeLaw, #drama, #musical, @ParisFilmes, @cinemanoescurinho

07 março 2019

"Minha Fama de Mau": descompromissado e divertido como uma festa de arromba

Chay Suede é Erasmo Carlos na biografia autorizada do rei da Jovem Guarda (Fotos: Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


Que ninguém se engane: "Minha Fama de Mau" foi feito para agradar aos fãs de um ídolo - por consequência, de um movimento, a Jovem Guarda. É um filme chapa branca, produzido a partir da autobiografia escrita por Erasmo Carlos. Trata-se, portanto, de uma biografia autorizada. Arestas são aparadas, conflitos retratados com muita leveza e, acima de tudo, muita música. No final das contas, o longa é, antes de tudo, um musical. E, nesse sentido, merece elogios.

Adolescente pobre da Tijuca, Erasmo vive com a mãe no que ele chama de "casa de cômodos" - nada mais do que uma pensão, onde moram outras pessoas tão solitárias e carentes como ele e dona Diva, muito bem interpretada por Isabela Garcia, que enche de ternura essa mãe solteira e sofredora. É nesse bairro que ele conhece Tião - que mais tarde viria a ser Tim Maia - e, juntos, eles descobrem o recém-chegado rock'n'roll de Elvis Presley, Bill Halley e Chuck Berry. Ambos se metem em pequenos furtos, brigas de turmas e vivem correndo da polícia, numa clara alusão ao fato de que a música pode ter sido a salvação daqueles jovens.

O elenco é um caso à parte no filme. Estão esbanjando talento e brilhando, além de Chay Suede como Erasmo Carlos, Gabriel Leone como um Roberto Carlos nada caricato, Bruno de Luca como o apresentador Carlos Imperial, Vinicius Alexandre como Tim Maia e até uma inusitada Paula Toller como Candinha, a fofoqueira de um programa de rádio. Destaque especial para a excelente Malu Rodrigues, que consegue timbrar a voz de Wanderléa, chamando atenção em alguns números musicais, apesar da pequena participação na história.

Para compensar o politicamente correto do filme - é claro que o atrito entre Roberto e Erasmo Carlos não se resolveu daquela forma romântica e sublime - "Minha Fama de Mau" tem certas gracinhas que podem encantar o espectador, como o personagem principal às vezes falando direto para a câmera, um locutor que entra em off, pequenos trechos de filmes da época, desenhos animados e quadrinhos. Outro diferencial: uma mesma atriz, Bianca Comparato, entra em vários momentos da história, fazendo o papel das mulheres que foram importantes na vida do cantor.

Enfim, o longa dirigido por Lui Farias é leve e agrada. Não se fala em ditadura embora o filme se passe nos anos de 1960. Quem não sabia, aprende como surgiu a Jovem Guarda e o que ela significou como movimento comportamental e musical, as histórias são divertidas, as músicas são gostosas, românticas e descontraídas. Tudo bem do jeito Erasmo Carlos de ser. 
Duração: 1h56
Classificação:
Distribuição: Downtown Filmes


Tags: #MinhaFamaDeMau, #ErasmoCarlos, #ChaySuede, #GabrielLeone, #ViniciusAlexandre, #MaluRodrigues, #PaulaToller, #IsabelaGarcia, #drama, #biografia, #musical, @DowntownFilmes, @ParisFilmes, @cinemanoescurinho

07 janeiro 2019

"Bohemian Rhapsody" e "Green Book: O Guia" se consagram no Globo de Ouro


Maristela Bretas


"Bohemian Rhapsody" e "Green Book: O Guia" foram os grandes vencedores da 76ª edição do Globo de Ouro, no cinema e na TV, promovida pela Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood. O primeiro conquistou as estatuetas de Melhor Filme de Drama e Melhor Ator de Drama, entregue a Rami Malek que fez grande interpretação do cantor e compositor Freddie Mercury, da banda Queen. Já "Green Book: O Guia" ficou com três estatuetas - Melhor Filme Comédia ou Musical, Melhor Roteiro e Melhor Ator Coadjuvante, prêmio recebido por Mahershala Ali.


Com apresentação de Sandra Oh e Andy Samberg e exibição pela TNT, a premiação contou com piadas e referências a filmes, séries, atores e diretores que estavam na disputa. Para quebrar o gelo, no lugar da pizza para os convidados, neste ano eles receberam vacina contra a gripe Influenza. Além de apresentadora, Sandra Oh conquistou a estatueta de Melhor Atriz de Série de Drama por seu papel em "Killing Eve". Ela elogiou o momento de mudanças que o cinema está vivendo, principalmente por causa da maior presença de mulheres e negros na premiação.

Sandra Oh - "Killing Eve" (BBC America)
Bradley Cooper e Lady Gaga entregaram a primeira estatueta, para Melhor Ator de Série de Comédia ou Musical a Michael Douglas, que integra o elenco de "The Kominsky Method", uma produção da Netflix, também escolhida como Melhor Série de Comédia ou Musical. Michael B. Jordan e parte do elenco de "Pantera Negra" anunciaram o Melhor Longa de Animação, conquistado por "Homem-Aranha no Aranhaverso". Os responsáveis pela produção subiram ao palco e agradeceram a todos, inclusive a Stan Lee.

"Homem-Aranha no Aranhaverso" (Sony Pictures)
Integrantes do elenco de "The Big Bang Theory" entregou o prêmio de Melhor Ator de Série de Drama a Richard Madden, de "Segurança em Jogo" ("Bodyguard"). Eles também anunciaram "The Americans" como Melhor Série de Drama. Ben Whishaw foi escolhido Melhor Ator Coadjuvante em Série de Filme para TV por "A Very English Scandal", prêmio entregue por Gina Rodriguez e Taraji P. Henson. 

Ben Stiller deu os parabéns a Jamie Lee Curtis por "Halloween", que perguntou a ele o que ele fez em 2018. Ele disse que foi diretor de uma série - "Escape at  Dannemora". E foi esta série que garantiu a Patricia Arquette o prêmio de Melhor Atriz em Minissérie ou Filme para TV entregue a ela pelo diretor.

"Nasce Uma Estrela" (Warner Bros Picures)
Taylor Swift foi a surpresa da noite e anunciou junto com Idris Elba o prêmio de Melhor Trilha Sonora de Filme para "O Primeiro Homem", entregue ao produtor Justin Hurwitz. A confirmação da Melhor Canção Original veio em seguida com a estatueta merecidamente conquistada pela favorita da noite, "Shallow", do filme "Nasce uma Estrela". Mesmo alegando não estar passando muito bem, Lady Gaga subiu ao palco e recebeu a estatueta das mãos da cantora. Ela agradeceu pelo apoio, e encerrou criticando "como uma mulher na música, é muito difícil ser levada a sério na indústria".


Carol Burnett (Divulgação)
Steve Carell anunciou a criação do prêmio Carol Burnett, lançado nessa edição do Globo de Ouro e fez uma homenagem à grande atriz comediante e vencedora de vários prêmios, Carol Burnett, que influenciou diversas gerações. Em 60 anos de carreira, abocanhou cinco Globos de Ouro, seis Emmys e 12 People's Choise Awards. Ela contou um pouco de sua história, de como se apaixonou pelo cinema e foi a primeira a receber a estatueta que leva seu nome.

Christian Bale - "Vice" (Mars Films)
Allison Janney e Sam Rockwell contaram o que tinham em comum e anunciaram Regina King como Melhor Atriz Coadjuvante, no filme "Se a Rua Beale Falasse". "Objetos Cortantes" ("Sharp Objects"), série da HBO, garantiu a Patricia Clarkson o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante de TV. Para Melhor Ator em Comédia ou Musical, a escolha ficou para Christian Bale, por "Vice".


Catherine Zeta-Jones e Antonio Banderas anunciaram o mexicano "Roma", do diretor Alfonso Cuaron e produção da Netflix, como Melhor Filme de Língua Estrangeira.  E foi o ator Harrison Ford quem entregou a Cuaron a segunda estatueta conquistada por "Roma" na noite como Melhor Diretor.

"Roma" (Netflix)
"The Assassination of Gianni Versace (American Crime Story)" também faturou as premiações de Melhor Minissérie ou Filme para TV e de Melhor Ator em Minissérie ou Filme para TV para Darren Criss, que era um dos favoritos da noite. Outra série com duas estatuetas foi "The Kominsky Method", como Melhor Série de Comédia ou Musical e Melhor Ator de Série de Comédia ou Musical, entregue a Michael Douglas.

Chris Pine fez uma homenagem a Jeff Bridges, com a exibição de grandes sucessos do ator como “A Última Sessão de Cinema” (1971), "King Kong" (1976), “Silent Night, Lonely Night” (1969), “Starman - O Homem das Estrelas” (1984) e “Susie e os Baker Boys” (1969). Ele recebeu o prêmio Cecil B. DeMille.

Olivia Colman - "A Favorita" (20th Century Fox)
Os atores "This Is Us" foram os responsáveis por anunciarem a vencedora do prêmio de Melhor Atriz de Série de Comédia ou Musical, entregue a Rachel Brosnahan, de "The Marvelous Mrs. Maisel". Anne Hathaway e Jessica Chastain anunciaram Olivia Colman como Melhor Atriz em Comédia ou Musical, por "A Favorita". Ela agradeceu a todos e principalmente às parceiras de filme, Emma Stone e Rachel Weisz.

Glen Close - "A Esposa" (Embankment Films)
Sem alongar em discursos, Gary Oldman anunciou Glenn Close, de "A Esposa", como Melhor Atriz de Drama, aplaudida de pé. Ela chorou de emoção pelo prêmio e reforçou os direitos de todas as mulheres. Lembrou ainda que fará 45 anos como atriz este ano e foi aplaudida de pé. 

Já em ritmo acelerado, a solenidade de entrega do Globo de Ouro contou com Richard Gere e Julianne Moore, que anunciaram Rami Malek, como Melhor Ator de Drama. Ele agradeceu a todos e principalmente ao Queen por garantirem a autenticidade do filme e a Freddie Mercury por ter lhe dado a alegria de vencer. O encerramento foi feito por  Nicole Kidman que anunciou "Bohemian Rhapsody" como de Melhor Filme Drama, desbancando outros favoritos como "Nasce Uma Estrela" e "Pantera Negra".



Confira os vencedores do 76º Globo de Ouro:

CINEMA:

Melhor Filme de Drama: "Bohemian Rhapsody"

Melhor Filme Comédia ou Musical: "Green Book: O Guia"


<<<<<<< Melhor Diretor: Alfonso Cuaron, por "Roma"

Melhor Ator de Drama: Rami Malek - "Bohemian Rhapsody"

Melhor Atriz de Drama: Glenn Close, de "A Esposa"

Melhor Atriz em Comédia ou Musical: Olivia Colman, de "A Favorita"

Melhor Ator em Comédia ou Musical: Christian Bale, de "Vice"

Melhor Atriz Coadjuvante: Regina King, de "Se a Rua Beale Falasse"


Melhor Ator Coadjuvante: Mahershala Ali, de "Green Book: O Guia"->>>>>>>>>>>>

Melhor Filme de Animação: "Homem-Aranha no Aranhaverso"

Melhor Roteiro: Peter Farrelly, Nick Vallelonga e Brian Currie, de "Green Book: O Guia"

Melhor Canção Original:Shallow”, de "Nasce uma Estrela"

Melhor Trilha Sonora de Filme: Justin Hurwitz, para "O Primeiro Homem"

Melhor Filme de Língua Estrangeira: "Roma" (México)



TELEVISÃO

Melhor Série de Drama: "The Americans"


Melhor Série de Comédia ou Musical: "The Kominsky Method"

<<<<<<< Melhor Minissérie ou Filme para TV: "The Assassination of Gianni Versace (American Crime Story)"

Melhor Atriz de Série de Drama: Sandra Oh, de "Killing Eve"

Melhor Ator de Série de Drama: Richard Madden, de "Segurança em Jogo" ("Bodyguard")

Melhor Ator de Série de Comédia ou Musical: Michael Douglas, de "The Kominsky Method"

Melhor Atriz de Série de Comédia ou Musical: Rachel Brosnahan, de "The Marvelous Mrs. Maisel"


Patrícia Arquette - "Escape at Dannemora" (Showtime)
Melhor Atriz em Minissérie ou Filme para TV: Patricia Arquette, de "Escape at Dannemora" >>>>>>>>>>>>

Melhor Ator em Minissérie ou Filme para TV: Darren Criss, de "The Assassination of Gianni Versace"

Melhor Ator Coadjuvante em Série de Filme para TV: Ben Whishaw, de "A Very English Scandal"

Melhor Atriz Coadjuvante de TV: Patricia Clarkson, de "Sharp Objects"





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