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20 novembro 2025

"Wicked - Parte II" explica brechas do primeiro filme e se conecta com o clássico "O Mágico de Oz"

Ariana Grande e Cynthia Erivo continuam brilhando, tanto nas atuações quanto nas performances vocais (Fotos: Universal Pictures)
 
 

Maristela Bretas 

 
Para os fãs que esperam há um ano o final da história das bruxas Elphaba e Glinda, chegou o momento de conferir "Wicked - Parte II" ("Wicked: For Good"), já em cartaz nos cinemas. A expectativa, contudo, acaba sendo maior que o resultado entregue e pode decepcionar parte do público.  Ainda assim, o musical pode ir forte para uma indicação na disputa por uma estatueta do Oscar 2026.

O longa aposta em emoções intensas, decepções, separações, reencontros e revelações. Ariana Grande e Cynthia Erivo continuam brilhando, tanto nas atuações quanto nas performances vocais. 

São elas que sustentam o roteiro que tinha tudo para superar o do primeiro filme, especialmente por fazer a tão aguardada conexão com a história clássica do "Mágico de Oz". Mas isso não acontece.


Embora Ariana Grande ganhe closes que realçam a beleza e a luminosidade de Glinda, a princesa branca, é Cynthia Erivo quem domina a narrativa. Sua Bruxa Má do Oeste verde vai definir este capítulo final de uma história marcada por muita música, segredos, mentiras, decepções, traições, dor e uma forte amizade.

Ao descobrir que o "Maravilhoso" Mágico de Oz não era tão maravilhoso e nem tão mágico quanto fazia o povo acreditar, Elphaba se torna defensora dos animais e passa a ser caçada, precisando fugir de Oz. 

Já Glinda cai nas graças do Mágico (Jeff Goldblum) e de sua assistente, Madame Morrible (Michelle Yeoh), assume o posto de Bruxa Boa de Oz, e se muda para o palácio da Cidade das Esmeraldas.


Prestes a se casar com o príncipe Fiyero (Jonathan Bailey) e inconformada por estar separada de sua melhor amiga, Glinda tenta reaproximar Elphaba e o Mágico. Mas as coisas acabam dando errado com a chegada de uma garota do Kansas e seu cachorrinho, levados a Oz por um tornado. 

O filme falha, no entanto, ao explicar como a jovem se une a três personagens locais bem conhecidos da obra "O Mágico de Oz" - o Leão Covarde, o Homem de Lata e o Espantalho. 

Para quem não conhece a história original, será preciso pesquisar. Vale muito a pena ler o livro e assistir o filme, produzido em 1939 pela Warner Bros. Pictures. 


A história de como cada um deles surgiu é contada em "Wicked - Parte II", mas algumas são retratadas com uma violência que pode surpreender. Perseguida por todos de OZ, Elphaba precisará contar com a ajuda de Glinda e daqueles que acreditam que ela não é uma bruxa tão má quanto insistem em afirmar.

Visualmente, "Wicked - Parte II" permanece deslumbrante. O diretor Jon M. Chu mantém o alto padrão estético de "Wicked" (2024), que valeram sete indicações ao Oscar 2025 nas categorias direção de arte, som, efeitos visuais, maquiagem, cabelo e figurino. 


Outros coadjuvantes ganham mais tempo de tela nesta sequência: Ethan Slater, como Boq, Marissa Bode, como Nessarose, irmã de Elphaba. Além dos dubladores Colman Domingo, fazendo a voz do Leão Covarde, e Peter Dinklage, que retorna dublando o bode/professor Dr. Dillamond.

John Powell e Stephen Schwartz continuam como os compositores da trilha sonora. Apesar de entregarem algumas músicas muito bonitas e repetirem sucessos do primeiro longa, o conjunto não alcança o mesmo brilho e, por vezes, se torna repetitivo e cansativo. 

Salvo em momentos como o dueto de Ariana Grande e Cynthia Erivo na inédita canção "For Good", o mais emocionante do filme.


Com um orçamento estimado em mais de US$ 160 milhões, "Wicked - Parte II" encerra a história apostando na emoção e no carisma das protagonistas, oferecendo mais um surpreendente show visual. Mas fica devendo, novamente em roteiro. 

Agora é esperar o retorno das bilheterias para saber se este segundo longa será capaz de superar seu antecessor, que faturou mais de US$ 750 milhões em todo o mundo, quase o dobro do investido nas duas produções. O que pode definir também a produção de novas sequências.


Ficha técnica
Direção: Jon M. Chu
Produção: Universal Pictures, Marc Platt Productions
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h18
Classificação: 10 anos
País: EUA
Gêneros: musical, fantasia, comédia, romance, aventura

20 novembro 2024

Musical "Wicked" se transporta da Broadway para as telonas em mega produção

Cynthia Erivo e Ariana Grande interpretam as bruxas Má do Oeste e Boa do Sul com as qualidades e defeitos de adolescentes em formação (Fotos: Universal Pictures)


Eduardo Jr.


Sucesso nos palcos, o musical "Wicked" se transforma em filme, e estreia nos cinemas nesta quinta-feira, 21 de novembro. Trata-se de uma grande produção, dirigida por Jon M. Chu ("Podres de Ricos" - 2018). O longa chega ao Brasil com distribuição pela Universal Pictures. 

A grandiosidade da produção começa pelo orçamento. Foram investidos US$ 145 milhões. Além disso, os figurinos, as cores e as músicas enchem a tela. Assim como as pautas que permeiam a obra, que se situa em um momento anterior à história que conhecemos em "O Mágico de Oz", filme de 1939.  


A adaptação de 2024 se baseia no livro "Wicked", publicado por Gregory Maguire em 1995 e levado aos palcos da Broadway em 2003. Na telona, a cantora Cynthia Erivo (a Fada Azul de "Pinóquio" (2022) dá vida a Elphaba (a Bruxa Má do Oeste). 

Ela é uma garota de pele verde convidada a se matricular na Universidade de Shiz por conta de seus poderes. Lá ela conhece Glinda (a Bruxa Boa do Sul), interpretada pela também cantora Ariana Grande ("Não Olhe Para Cima" - 2021).  


O encontro de duas garotas tão diferentes vai desfiando na tela assuntos como amizade, manutenção de privilégios, preconceito de cor, princípios morais e ambição. 

É preciso destacar que Ariana Grande está ótima no papel de Glinda. O público terá a chance de se encantar ou sentir ranço (ou as duas coisas) pela personagem dela. 

Cynthia e Ariana criaram personagens que se apresentam com qualidades e defeitos, assim como adolescentes em formação que ainda buscam se posicionar na sociedade e se construírem para a vida adulta. 


Quando Elphaba é chamada à Cidade de Esmeralda para conhecer o Mágico, figura mais adorada do reino de Oz e representante do poder, as coisas começam a mudar. O contato das duas protagonistas com o célebre mágico coloca em cena revelações e questionamentos. 

Até chegar a este momento, as duas aprendizes de feiticeira dividem a tela com as boas atuações de Michelle Yeoh ("Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo" - 2022), como Madame Morrible; Jonathan Bailey (da série "Bridgerton" - 2020), no papel do príncipe Fiyero; e Jeff Goldblum ("Jurassic World: Domínio" - 2022), interpretando o Mágico de Oz. 


Jon M. Chu se mantém atento aos elementos do filme de 1939 como, por exemplo, a estrada de tijolos amarelos. E a história das duas bruxas, que não foi contada com maior clareza em "O Mágico de Oz", agora encontra espaço no longa de Chu. 

Tanto espaço que o diretor optou por dividir a trama em dois atos, assim como no musical da Broadway. O segundo será lançado em 26 de novembro do ano que vem. 


A trilha sonora de "Wicked" foi composta pelo indicado ao Grammy e ao Oscar, John Powell (responsável também por "Han Solo: Uma História Star Wars" - 2018 e a franquia "Como Treinar o Seu Dragão" - 2010 a 2019) e Stephen Schwartz. 

O público que for ao cinema e assistir à versão dublada, ficará mais próximo da montagem brasileira do musical. As atrizes Myra Ruiz e Fabi Bang, que protagonizaram 'Wicked" nos palcos, foram chamadas para fazerem a dublagem de Elphaba e Glinda. 

São 2h40 minutos de cenários bem elaborados, canções emocionantes e efeitos bem realizados. O risco é de até quem não gosta de musicais sair enfeitiçado pelo filme.    


Ficha técnica
Direção: Jon M. Chu
Produção: Universal Pictures, The Araca Group, Marc Platt Productions
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h40
Classificação: 10 anos
País: EUA
Gêneros: musical, fantasia