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08 janeiro 2024

“Rebel Moon - Parte 1” promete grande série, mas entrega um filme de sessão da tarde

Guerreira reúne um grupo de combatentes bem diversificado para combater um tirano que invade e passa a dominar seu planeta
(Fotos: Netflix)


Jean Piter Miranda


“Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo” atingiu o status de filme mais visto na Netflix em todo o mundo nos últimos dias. Mas engana-se quem pensa que se trata uma grande obra. Não é. Prova disso é que, até o momento, o novo longa do diretor Zack Snyder só tem 24% de aprovação da crítica e 61% da audiência no Rotten Tomatoes.

O filme tem como protagonista a camponesa Kora (Sofia Boutella, de "A Múmia" - 2017). Ela vive em um planeta pacífico de agricultores. Só que a paz desse lugar fica ameaçada quando tropas do exército do governo tirânico de Balisarius chegam em busca de suprimentos. Os militares ocupam a região, exigem que toda a plantação seja entregue a eles e começam a oprimir os moradores.


Para salvar seu povo, Kora, que na verdade não é uma simples camponesa, se revolta e elimina as tropas que ocupam o planeta. Por conta disso, a guerreira revelada tem que fugir. Mas ela vai além. Com o plano de eliminar o império Balisarius da galáxia, ela sai em busca de novos combatentes que possam se juntar à sua causa.

Nessa primeira parte, o filme apresenta o almirante Atticus Noble (Ed Skrein, de "Midway - Batalha em Alto-Mar" - 2019), o antagonista da vez. O vilão e sua tropa usam fardas militares com detalhes vermelhos em um clara alusão ao nazismo. Um clichê recorrente em filmes de heróis estadunidenses.

As tropas são malvadas gratuitamente. Mais um clichê do maniqueísmo, dividindo os grupos entre o bem e o mal, mocinhos e vilões. Uma forma muito rasa e simplista de se construir personagens. O almirante Atticus Noble, por sinal, parece uma cópia barata do magnífico Hans Lanna, de “Bastardos Inglórios” (2009).


Nas primeiras cenas de lutas, vemos mais um show de clichês. Snyder abusa do uso de câmera lenta. O que talvez tenha o objetivo de dar mais emoção, de criar um momento memorável, só deixa o filme mais chato e arrastado.

Os combates são difíceis de engolir. Soldados treinados que não acertam um único tiro nem se preocupam em se defender, atacando de qualquer jeito. Socos que não deixam marcas nem tiram sangue e tiros de laser que imitam "Star Wars". Depois de cenas de ação em filmes como “John Wick” (2014), “Ong Back” (2003), "Oldboy" (2003), “Anônimo” (2021), entre tantos outros, não dá pra aceitar lutas lentas. Ainda mais quando se trata de guerreiros, de combatentes de elite. Muito menos pancadas que não tirem sangue.


Seguindo a trama, Kora passa 80% do filme recrutando guerreiros para seu grupo. O primeiro que a acompanha é Gunnar (Michiel Huisman), da colônia de agricultores. Um cara sem experiência de batalha, sem nada de especial. Não dá para entender o porquê de ele estar no grupo. Depois, ela acha Kai (Charlie Hunnam, de "Rei Arthur - A Lenda da Espada" - 2019), um piloto mercenário. Tem o clichê da briga de bar e um milhão de frases feitas motivacionais ao longo do caminho.

O time então vai se formando com o General Titus (Djimon Hounsou, de "Shazam! - Fúria dos Deuses" - 2023), um gladiador que já serviu Balisarius e está arrependido de seu passado; Tarak (Staz Nair), um guerreiro nativo que busca redenção, sabe-se lá de que; Nemesis (Doona Bae), um ciborgue espadachim; Darrian Bloodaxe (Ray Fisher) e Milius (E. Duffy), guerrilheiros de um exército rebelde de resistência ao império.


Apesar das duas horas e quinze minutos de duração, o filme não desenvolve nenhum dos personagens. É tudo muito superficial. O passado de Kora é apresentado aos poucos, mas não convence nem cativa. Sobre os demais, não dá pra saber suas motivações ou objetivos. Todos embarcam em um missão praticamente suicida depois de um jogo de frases feitas motivacionais.

Um gladiador negro, uma guerreira oriental que usa katanas, um guerreiro com aparência indígena, um piloto loiro bonitão, um soldado e uma soldada, um camponês e uma líder ex-militar super treinada. Personagens os quais, no máximo, dá para guardar descrições físicas. Uma seleção diversa, o que é bem positivo. Mas não passa disso.


Sem tempo de tela para desenvolver características de personalidade, habilidades, poderes, motivações, todos os personagens se tornam completamente esquecíveis. Não dá pra ter simpatia ou identificação com nenhum deles. Nem com a protagonista.

Para não dizer que é tudo ruim, os efeitos especiais merecem elogios. A maquiagem e a caracterização de seres interplanetários é muito bem feita. Seres que, por sinal, são tantos que não dá para decorar nomes, raças, espécies, saber a importância de cada um para a trama ou o que representam para esse universo. É tanto personagem em tão pouco tempo de tela que dá a impressão de estar vendo uma montagem com recortes de vários filmes.


O robô Jimmy (voz de Anthony Hopkins) também é muito bem feito. É aliado momentâneo que não embarca na jornada e que deixa um ar de que, talvez, seja um personagem importante para a "Parte 2", prevista para estrear em abril deste ano.

O ator e cantor irlandês Fra Fee interpreta o grande vilão Balisarius, o ditador intergaláctico. Ele praticamente só aparece em cenas do passado, deixando expectativa para que tenha uma participação maior e mais ativa na continuação.

Zack Snyder tem um currículo cheio de grandes produções. Sucessos como “300” (2006), “Watchmen – O Filme” (2009) e “A Lenda dos Guardiões” (2010). Mas também tem obras que não emplacaram como “Army of the Death – Invasão de Las Vegas” (2021), “Batman VS Superman – A Origem da Justiça” (2016) e “Liga da Justiça” (2017), que inclusive ganhou uma versão estendida em 2021 - "Snyder Cut". Em comum, são sempre obras com orçamentos volumosos.


O fato é que, com ou sem Snyder, as produções da DC não decolaram. E os motivos são muitos. Mas não dá pra reclamar de recursos. Os elencos são bons, assim como os roteiristas, equipes técnicas e demais profissionais. Dinheiro nunca faltou. De forma geral, não agradou a crítica nem o público. Mas rendeu uma boa grana. No fim, o diretor sempre tem saído com prestígio.

É inegável que Snyder tem um fã clube enorme. Há quem goste muito de seu trabalho, mesmo com os altos e baixos. O próprio diretor tem uma super autoestima e acredita que está criando uma linguagem cinematográfica própria. Uma falta enorme de senso de realidade. “Rebel Moon - Parte 1” mostra isso. Um caminhão de clichês e escolhas erradas com um orçamento de US$ 90 milhões. Um grande elenco e um história que copia um monte de histórias já vistas.

No fim, o longa promete ser o novo “Star Wars”, a nova série cinematográfica que vai marcar época e geração. Mas que entrega uma obra chata, sem graça e muito cansativa, como um filme repetido de baixo orçamento de “Sessão da Tarde”.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Zack Snyder
Produção: Netflix
Exibição: Netflix
Duração: 2h13
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gêneros: aventura, ficção, ação
Nota: 2,5 (0 a 5)

22 dezembro 2019

"Star Wars" encerra 40 anos de saga aparando pontos e emocionando ao conectar passado e presente

Rey, Poe, Finn, Chewbacca e os robôs C3PO, BB8 e R2D2 retornam a jornada para encontrar e derrotar o Imperador Palpatine (Fotos: Walt Disney Studios/Divulgação)

Maristela Bretas


Como falar de uma saga que marcou parte da minha vida, inspirou gerações e se encerra deixando uma sensação de que o dever foi quase cumprido? "Star Wars - A Ascensão Skywalker" ("Star Wars - The Rise of Skywalker") é um bom filme, bem ágil, com muita ação e esclarece várias dúvidas surgidas ao longo da saga, além de ótimos efeitos visuais, como era esperado de uma produção dirigida por J.J. Abrams. No entanto, o nono e último episódio da terceira fase e também de toda a franquia, iniciada em 1977 com "Guerra nas Estrelas - Uma Nova Esperança", é o menos impactante desta trilogia, apesar de ter um ritmo frenético.


Os momentos de emoção surgem quando alguns personagens e locações de filmes anteriores retornam à saga, conectando passado e presente na luta entre o lado bom e o lado sombrio da Força. As eletrizantes batalhas espaciais não ficaram de fora, assim como o local escolhido como palco para a derradeira disputa entre Rey e Kylo Ren - a destruída, mas não esquecida Estrela da Morte, do Episódio IV.


Também foi muito boa a ideia de utilizar cenas inéditas da General Leia Organa feitas para o episódio VII - "O Despertar da Força" (2015), inserindo as falas e trabalhando a parte técnica. Funcionou bem para compor uma das mais importantes personagens desta nova fase e permitir que ela participasse da história que encerra a saga, como estava previsto. Mas a morte prematura da atriz Carrie Fisher em dezembro de 2016, antes da estreia do Episódio VIII, exigiu uma modificação completa nas partes em que ela deveria aparecer.


A trilha sonora original, especialmente a música-tema composta por John Williams, é sempre um prazer à parte e ainda causa arrepios quando tocada. Daisy Ridley (Rey) está ótima, segura e é a melhor do trio principal. É em cima do mistério da história de Rey que gira quase toda a trama. Adam Driver também foi melhorando a cada filme e compõe bem o vilão Kylo Ren, que jurava que poderia superar o insuperável Darth Vader, seu avô. E são eles os responsáveis por uma das batalhas mais empolgantes deste filme.


Outro vilão que faz uma volta triunfal é o Imperador Palpatine, com boa interpretação do ator Ian McDiarmid, outro veterano da franquia. John Boyega (Finn) e Oscar Isaac (Poe Dameron) entregam bons papéis, mas nada excepcional. Ficou a impressão de que o trio de heróis, apesar de mais unido, não estava mais com a mesma emoção e euforia nesse encerramento como em "O Despertar da Força" quando contracenaram pela primeira vez com seus ídolos do passado.


Muito bom rever Billy Dee Williams pilotando a Millennium Falcon como Lando Calrissian ao lado de Chewbacca, que ficou mais conhecido na saga interpretado por Peter Mayhew e hoje é vivido pelo jovem ator finlandês Joonas Suotamo. Destaque também para C3PO (o robô dourado eternizado pelo ator Anthony Daniels), cuja atuação foi essencial neste episódio. Também foram inseridos novos personagens, o que ajudou a não deixar a história repetitiva.


Neste último episódio da saga, com o retorno do Imperador Palpatine, todos voltam a temer seu poder e, com isso, a Resistência toma a frente da batalha que ditará os rumos da galáxia. Mesmo com todo o treinamento recebido de Leia e Luke para se tornar uma Jedi, Rey ainda quer respostas sobre seu passado e o porquê de ter sido abandonada pelos pais. Sua ligação com Kylo Ren está cada vez mais forte e a coloca em dúvida sobre qual lado da Força deve seguir.

A franquia

Criada e dirigida pelo grande George Lucas, a franquia Star Wars foi sucesso desde o primeiro episódio, que na verdade é o quarto - "Guerra nas Estrelas - Uma Nova Esperança". E se superou com o excelente "Episódio V: O Império Contra-Ataca" (1980), encerrando a primeira trilogia com o "Episódio VI: O Retorno de Jedi" (1983). Foi o suficiente para criar e arrastar uma legião de fãs, que acompanhou a saga de Luke Skywalker, Princesa Leia, Yoda, Chewbacca, Han Solo, mestres Jedi como Obi-Wan Kenobi, os robôs R2D2 e o tagarela C3PO, as forças do mal comandadas pelo assustador Imperador Palpatine e o mais insuperável vilão de todos os tempos, Darth Vader.


O sucesso foi tão grande que inspirou seu criador a retomar a saga 16 anos depois, invertendo a ordem da história para contar, a cada três anos, a origem de tudo numa segunda trilogia, começando com o "Episódio I: A Ameaça Fantasma" (1999), seguida pelo "Episódio II: Star Wars: O Ataque dos Clones" (2002) e o "Episódio III: A Vingança dos Sith" (2005).


Dez anos se passaram até que a saga retornasse com o Episódio VII - O Despertar da Força". Era a vez de Rey, Finn e Poe Dameron se tornarem os novos heróis e Darth Vader dar lugar a um sucessor no lado sombrio - seu neto Kylo Ren. Mas foram as marcantes figuras de Han Solo (Harrison Ford), Princesa Leia Organa (Carrie Fisher), Luke Skywalker (Mark Hamill), Chewbacca (Peter Mayhew) que levaram às lágrimas fãs como eu, cada vez que surgiam na tela.


Entre spin-offs, alguns muito bons, como "Rogue One" (2016) e outros bem fracos, como "Han Solo" (2018), nasceu a terceira trilogia que, como as demais, conquistou uma nova geração e também as passadas. Em 2017 foi a vez de Rey iniciar seu treinamento com o mestre Luke, ao mesmo tempo que Kylo Ren ganhava força e poder em "Os Últimos Jedi". Com "A Ascensão Skywalker" a saga se encerra, mas vai sempre permanecer na lembrança do milhões de fãs que "Há muito tempo, em galáxias muito, muito distantes..." seguiram com paixão o mundo de Star Wars.


Ficha técnica:
Direção: J.J.Abrams
Produção: LucasFilm / Walt Disney Studios
Distribuição: Disney Buena Vista
Duração: 2h22
Gêneros: Ficção / Aventura /Ação
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #StarWars, #StarWarsAAscensaoSkywalker, #DaisyRidley, #AdamDriver, #MarkHamill, #CarrieFisher, @OscarIsaac, #JohnBoyega, #JJAbrams, #DisneyBuenaVista, #cineart_cinemas, @cinemanoescurinho

31 maio 2018

"Han Solo" - Uma empolgante aventura do universo Star Wars

Filme conta como surgiu o personagem e sua amizade com o wookie Chewbacca (Fotos: LucasFilm/Divulgação)

Maristela Bretas


"Han Solo - Uma História Star Wars" ("Solo: A Star Wars Story") é uma grande homenagem a um dos principais heróis da franquia, que merecia ter sua história contada, como aconteceu com Luke Skywalker e a Princesa Leia. E o diretor Ron Howard (que tem grandes sucessos em seu currículo, como "No Coração do Mar"- 2015) entrega uma nova e boa aventura aos fãs. Muita ação, romance, mocinhos e vilões e grandes batalhas no espaço e em terra, recheadas de muita computação gráfica e efeitos visuais, que marcaram os filmes da saga há 41 anos, a serem completados em novembro.

Não chega a ser excelente como "Rogue One" (2016), a primeira história paralela, que uniu como uma peça de quebra-cabeça, os episódios "Star Wars - Uma Nova Esperança" (1977) e "O Império Contra-Ataca" (1980). Mas "Han Solo" tem um enredo digno do personagem, eternizado pelo ator Harrison Ford e estava merecendo um filme sobre ele após participar de quatro episódios marcantes e concluir sua trajetória em "Star Wars: O Despertar da Força" (2015). 

O filme é quase didático e também corre por fora para explicar como Han Solo conheceu seu primeiro grande amor (antes de Leia) e o copiloto Chewbacca, como conquistou a famosa nave Millennium Falcon, como surgiu seu nome e como fez vários inimigos e amigos em suas aventuras. As cenas que explicam estes pontos da vida de Han Solo são as mais interessantes e chegam a dar arrepios.

A boa trilha sonora, incluindo a música-tema que acompanha o personagem há mais de quatro décadas completa a produção. Apesar dos muitos recursos técnicos, as cópias que assisti em 3D estavam muito escuras, dificultando a visualização de detalhes em algumas cenas. O mesmo aconteceu com as fotos de divulgação.

A história de "Han Solo" se encaixa antes de "Star Wars - Uma Nova Esperança", o primeiro episódio da saga (na verdade o quarto), que apresentou os personagens Luke Skywalker /Mark Hamill, Princesa Leia /Carrie Fischer, Chewbacca/Peter Mayhew e o próprio Solo/Harrison Ford.

Harrison Ford como Han Solo
O famoso contrabandista sempre foi o fanfarrão do trio durante sua participação na saga, cheio de truques e dando show em pilotagem de sua nave. Para fazer o personagem mais jovem, aventureiro e rebelde, foi escolhido o ator Alden Ehrenreich (de "Ave César!" - 2016), pouco conhecido, mas que conseguiu desempenhar direitinho o papel, a ponto de ser elogiado por Ford após a estreia do filme nos EUA. Mas está a uma galáxia, muito, muito distante do original.


Intempestivo, romântico, aventureiro, leal com os amigos e trapaceiro com os inimigos, o Han Solo jovem está conseguindo conquistar os fãs. Mas ganhou um forte concorrente, que até então ficava em segundo plano nos episódios dos quais participou. Donald Glover rouba as cenas como o capitão Lando Calrissian (interpretado anteriormente por Billy Dee Williams). Ele é carismático, sedutor, trapaceiro, engraçado e tira o brilho de Ehrenreich quando estão juntos. E se a história é sobre Han Solo, não poderia faltar seu mais fiel amigo wookiee, Chewbacca, o "Chewie", desta vez interpretado pelo ator finlandês e ex-jogador de basquete, com 2,11m de altura, Joonas Suotamo (participou também de "Star Wars: O Despertar da Força" e "Os Últimos Jedi" - 2017).

O  elenco ainda conta com Emilia Clarke ("Como Eu Era Antes de Você" - 2016 e a série de TV "Game of Thrones"), como Qi'ra, a namorada de Solo que vai mudar o futuro dele. Paul Bettany, assim como Josh Brolin (que pulou do vilão Thanos, de "Vingadores: Guerra Infinita" - 2018, para o X-Men Cable, de "Deadpool 2" - 2018) sai do super-herói Visão, de "Capitão América: Guerra Civil" e "Vingadores: Guerra Infinita" e para virar o contrabandista de armas Dryden Vos. Destaque também para Woody Harrelson, como o também contrabandista Tobias Beckett (difícil foi saber quem andava na linha nesta época), parceiro de golpes de Han Solo.

Na história, Han Solo e a namorada Qi'ra querem fugir da escravidão de seu planeta e tentam usar uma substância valiosa para comprarem a liberdade. O plano não dá certo e os dois acabam separados. Anos depois, Solo ainda tenta conseguir uma nave para retornar a seu planeta e resgatar Qi'ra. Em sua jornada, vai conhecendo outros contrabandistas, o amigo Chewie e pessoas que vão transformá-lo no carismático mocinho.

Muito bom, mais uma história Star Wars que vale assistir e está agradando até mesmo alguns fãs mais exigentes. Agora é aguardar ansiosamente o episódio IX, último da terceira trilogia, previsto para 2019 com direção de J.J. Abrams.



Ficha técnica:
Direção: Ron Howard
Produção: Lucas Film / Walt Disney Companhy / Imagine Entertainment
Distribuição: Disney/Buena Vista
Duração: 2h15
Gêneros: Aventura / Fantasia / Ficção científica 
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #HanSoloUmaHistoriaStarWars, #HanSolo, #Solo, #StarWars, #AldenEhrenreich, #DonaldGlover, #WoodyHarrelson, #EmiliaClarke, #RonHoward, #LucasFilm, #aventura, #DisneyBuenaVista, #cinemas.cineart, #CinemanoEscurinho

21 dezembro 2017

“Star Wars VIII – Os Últimos Jedi” traz equilíbrio à Força com um roteiro que vai além do óbvio

Segundo filme da terceira trilogia traz grandes batalhas e explora o lado emocional dos personagens (Fotos: Lucasfilm/Divulgação)


Caro leitor, você deve estar estranhando o porquê desta crítica de “Star Wars VIII – Os Últimos Jedi” ter saído exatamente uma semana após o lançamento da película em todo mundo. Acontece que nós, do Escurinho no Cinema, temos certa admiração por toda a franquia idealizada por George Lucas, que agora tem a Disney por trás. Portanto, optamos por esperar o “hype” passar um pouco para não deixarmos que nossa opinião fosse impactada pelo lado “fanboy”. Neste meio tempo, o filme foi visto ao menos quatro vezes pelos autores em questão. Não sabemos se conseguimos ou não entregar uma opinião um tanto quanto menos “viciada”. Porém, temos a certeza que ela mudou, e muito, com o passar dos dias. Que a Força esteja com você.



Wallace Graciano e Maristela Bretas


Quando lançado em 2015, “Star Wars VII – O Despertar da Força” trouxe aos fãs da saga memórias afetivas que estavam outrora guardadas. À época, a Disney teve como grande mérito dosar a nostalgia que seria necessária para convidar os fãs para uma nova trilogia, com o impacto imediato para quem passava a acompanhar a trama. Agora, em “Star Wars VIII – Os Últimos Jedi”, a companhia acerta em cheio ao dar um caráter autêntico à franquia.


Ainda que carregado de referências aos precursores (inclusive spin offs), “Os Últimos Jedi” tem em seu roteiro quebras de paradigmas que impactam os fãs, mexendo em suas memórias afetivas. Ao contrário do lado etéreo e heroico dado nas últimas narrativas, nos quais os personagens se mostram menos estratégicos e mais altivos, desta vez as virtudes e fraquezas de cada um são bem desenvolvidas ao longo das duas horas e meia de duração. A trama reforça a abordagem da disputa política pelo domínio da galáxia como nos filmes anteriores, acrescentando o jogo de interesses que o negócio da guerra representa.

O Episódio VIII começa exatamente na interrupção de seu antecessor. Enquanto Rey (Daisy Ridley) busca quebrar a barreira montada por Luke Skywalker (Mark Hamill) e desenvolver sua relação com a Força, a general Leia Organa (a saudosa Carrie Fisher), Finn (John Boyega) e Poe Dameron (Oscar Isaac) tentam manter a fagulha de esperança da Resistência com o auxílio, principalmente, da vice-almirante Holdo (Laura Dern) e da carismática Rose (Kelly Marie Tran).

Sem muito poder combativo, a Resistência traça estratégias paralelas para conter a supremacia da Primeira Ordem, que também vive seus conflitos internos enquanto tenta dizimar a rebelião. Nesse ponto, um parêntese para o ótimo desenvolvimento do General Hux (Domhnall Gleeson) e, principalmente, de Kylo Ren (Adam Driver), uma vez que o lado antagonista fica em segundo plano para a briga de egos entre os personagens e para as chagas do passado que ainda atormentam o filho de Han Solo e Leia Organa.

De pecado, apenas a aparição aquém do esperado do líder supremo “Snoke” (Andy Serkis), deixando inúmeras perguntas e lacunas que precisam ser preenchidas para não comprometerem todo o desenvolvimento da Primeira Ordem como lado antagônico da série. Um personagem fraco, sem impacto para o poder que representava, ao contrário do imperador Palpatine, que dividiu de maneira excelente a vilania com o eterno Darth Vader.


A esse roteiro, soma-se a beleza plástica de toda a série, que leva ao público muito mais que efeitos visuais quase impecáveis, o que já seria esperado da Disney. A dualidade da sombra e da luz nos personagens (em especial Kylo Ren) e a estética dos movimentos nos cenários, principalmente no meio do deserto de sal, reforçam o quão bem trabalhado foi o lado técnico desta nova trama.


“Star Wars VIII – Os Últimos Jedi” tem como grande mérito ser um soco no estômago de quem esperava mais do mesmo da trama. A película tira o fã da série de sua zona de conforto e traz, talvez, o final mais sufocante de toda a franquia, com cerca de 40 minutos de encerramento em alta adrenalina e emoção. Especialmente no reencontro de Leia e Luke. Fica aquela sensação de despedida que ninguém poderia imaginar que seria definitiva. É uma viagem impactante à galáxia tão, tão distante, ao som sempre arrepiante música de abertura de John Williams.

A saga continua

O oitavo filme da franquia é "Star Wars de raiz" - remete ao passado, homenageia seus heróis e vilões, e deixa aberta a possibilidade do surgimento de uma nova geração, como aconteceu com Anakin e Luke Skywalker. O nono e último episódio desta trilogia, já foi anunciado para o final de 2019 pela Disney e J.J. Abrams, ainda sem título. Além do spin off "Solo: Uma História Star Wars" sobre a origem do personagem Han Solo, que será interpretado por Alden Ehrenreich (de "Ave, Cesar" - 2016), com lançamento previsto para 24 de maio de 2018.


GALERIA DE FOTOS

A quarta trilogia, anunciada em novembro pelos estúdios, ainda não tem data de lançamento. O diretor Rian Johnson, de "Os Últimos Jedi" será responsável pela produções, além de dirigir e escrever o primeiro filme. A saga será separada da principal, sem a família Skywalker, e contará com novos personagens, em outros cantos da galáxia.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Rian Johnson
Produção: Walt Disney Pictures / Lucasfilm Ltda / Ram Bergman Productions
Distribuição: Disney/Buena Vista
Duração: 2h32
Gêneros: Ficção científica / Ação
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4.8 (0 a 5)

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10 outubro 2017

Confiram o arrasador trailer de "Star Wars: Os Últimos Jedi"



Divulgado na noite de segunda-feira (9), o primeiro trailer completo do "Episódio VIII - Star Wars: Os Últimos Jedi", com fortes revelações. A estreia do filme no Brasil está marcada para o dia 14 de dezembro, nos formatos 3D e Imax.

A saga da família Skywalker continua quando os heróis de O Despertar da Força se unem a lendas da galáxia em uma aventura épica que desvenda antigos mistérios da Força e revelações surpreendentes do passado.

Tags: #starwarsosultimosjedi, #starwarsthelastjedi, #starwars, @LucasFilm, #aventura, #ficção, @WaltDisneyStudios, @CinemanoEscurinho