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09 fevereiro 2018

Nostálgico e encantador: "Lady Bird – A Hora de Voar" tem tudo pra surpreender no Oscar

Diretora Greta Gerwig aposta na simplicidade e faz o expectador adulto se lembrar dos tempos de escola (Fotos:Universal Pictures/Divulgação)

Jean Piter Miranda


Um filme que faz a gente ter saudades da adolescência. Esse é "“Lady Bird – A Hora de Voar". O filme conta a história da jovem Christine McPherson (Saiorse Ronan), uma estudante do último ano do ensino médio que mora em Sacramento, na Califórnia. Aos 17 anos, ela vive seus conflitos com a família, a escola, os amigos, namorados, e os planos para a vida adulta que batem à porta.

Christine é uma jovem rebelde, que se deu o nome de "Lady Bird". É como gosta de ser chamada. Ela não se dá bem com a mãe, Marion, (Laurie Metcalf) e não é por falta de amor. Elas se amam, só não se entendem. Algo comum em muitas famílias. E, como em muitos lares, a menina é a preferida do pai, Larry (Tracy Letts), com quem as coisas são bem diferentes. Com o irmão Miguel (Jordan Rodrigues), a mocinha também não bate muito.


O principal ponto de discordância na família é o futuro de Christine. A história se passa em 2002, uma época de crise nos Estados Unidos. A mãe faz dupla jornada num hospital para tentar compensar o fato de o marido estar desempregado. Isso tudo dificulta em muito o sonho da mocinha ir para a faculdade. Sem contar que ela não é das melhores alunas, o que também deixa longe a possibilidade de conseguir uma bolsa de estudos.

Pra deixar tudo ainda mais complicado, "Lady Bird" não gosta da cidade onde vive. Ela quer se mudar para uma metrópole. Tem também os conflitos com as novas amizades, o baile de formatura, os amores... Tudo muito americano, mas ao mesmo tempo muito cativante. Um filme muito bem feito, bem construído, despretensioso e ao mesmo tempo genial. A jovem diretora Greta Gerwig tinha tudo para apostar em alguns clichês para não correr riscos, mas optou pela simplicidade e pela originalidade. E o resultado foi ótimo!


Ver "Lady Bird" faz o expectador adulto se lembrar dos tempos de escola. A imaturidade, as descobertas, o primeiro cigarro, o primeiro porre, a primeira transa, as brigas com os amigos, as decepções, os professores preferidos, a preguiça de estudar, as festinhas e tantas outras coisas. É uma barra pra quem tá crescendo. É um rito de passagem pra vida adulta. E quando já estamos grandes, meio que olhamos pra tudo isso com um ar de nostalgia. É o um filme que a gente vê com um meio sorriso no rosto, do início ao fim.

Oscar e outras premiações

Saiorse Ronan e Laurie Metcalf fazem atuações brilhantes. Ambas foram indicadas para os prêmios de Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante, respectivamente. Saiorse já havia sido indicada em 2016, pelo papel no ótimo filme "Brooklin". Ela parece estar cada dia melhor e faz agora, em "Lady Bird", o melhor trabalho de sua carreira. Concorre com ninguém menos que a gigante Meryl Streep ("The Post – A Guerra Secreta"). Mas, Saiorse tem tudo pra vencer e se levar, o prêmio estará em boas mãos.

"Lady Bird" também concorre nas categorias Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Roteiro Original. São cinco indicações no total, nas principais e mais importantes categorias do Oscar. O longa recebeu 76 prêmios, entre eles o Globo de Ouro de Melhor Filme Comédia ou Musical e Melhor Atriz Coadjuvante Comédia ou Musical. Outra curiosidade: o ator franco-americano Timothée Chalamet está presente em outro candidato ao Oscar, o belo "Me Chame Pelo Seu Nome".



Ficha técnica:
Direção: Greta Gerwig
Produção: IAC Films
Distribuição: Universal Pictures Brasil
Duração: 1h34
Gêneros: Drama / Comédia
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 5,0 (0 a 5)

Tags: #LadyBirdAHoradeVoar, #LadyBird, @GretaGerwig, @SaoirseRonan, @LaurieMetcalf, #drama, #comedia, @UniversalPicturesBrasil, @cinemas.cineart, @cinemanoescurinho

28 janeiro 2018

"Me Chame Pelo Seu Nome" é essencialmente belo


O Norte da Itália foi o cenário escolhido para o romance arrebatador entre Timothée Chalamet e Armie Hammer (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


Se fosse possível reduzir "Me Chame Pelo Seu Nome" em uma única palavra, bem que essa palavra poderia ser naturalidade. Muito já se falou que não se trata aqui de "mais um filme de trama gay" e essa é a mais pura verdade. E talvez o que o diferencie de outros longas, nos quais personagens vivem romances homoafetivos, seja exatamente a forma absolutamente espontânea e natural como as coisas acontecem. Um menino de 17 anos vive uma paixão por um jovem, de seus 24, 25 anos, mas poderia vivê-la por uma mulher de sua idade ou mais velha. Não há questionamentos. Não é isso que está em pauta.

Outra palavra que também poderia definir o filme dirigido por Luca Guadagnino é beleza. Como a história se passa no Norte da Itália, as paisagens insistentemente exploradas são deslumbrantes. Muito verde, muitos lagos. Tudo, aliás, é esteticamente perfeito. A casa de verão onde passam temporada o adolescente Elio (Timothée Chalamet) e seus pais - vividos por Michael Stuhlbarg e Amira Casar -, as meninas com as quais ele passeia, as comidas, as visitas constantes que o casal recebe, os temas das conversas sempre voltados para a arte e a literatura, tudo remete à perfeição, ao encaixe, ao equilíbrio.

Enquanto curte passeios e uma certa preguiça num daqueles verões da década de 1980, Elio se sente fortemente atraído por Oliver, mais um acadêmico que vem passar uma temporada com a família para ajudar o pai na sua pesquisa sobre a cultura greco-romana. Interpretado por Armie Hammer, Oliver chama a atenção exatamente pela beleza. Seu rosto apolíneo e seu porte elegante chegam para complementar e aguçar a beleza do filme. Armie está tão deslumbrantemente belo no longa que alguns chegaram a falar que sua interpretação esbarrou na canastrice. Um exagero.

Sutil e delicado, "Me Chame Pelo Seu Nome" torna-se levemente arrastado do meio para o final, como se não estivessem sabendo como terminá-lo. Mas nada que comprometesse o filme, que permanece sendo uma apologia à beleza e ao amor - seja ele em qualquer forma. O ator franco-americano Timothée Chalamet está presente também em um dos fortes candidatos ao Oscar de Melhor Filme - "Lady Bird - A Hora de Voar".
Classificação: 14 anos // Duração: 2h13


Tags: #MeChamePeloSeuNome, #CallMeByYourName, @LucaGuadagnino, @TimotheeChalamet, @MichaelStuhlbarg, @ArmieHammer, @AmiraCasar, #romance #drama, @cinemas.cineart, @SonyPictures, @cinemanoescurinho

26 janeiro 2018

"Maze Runner - A Cura Mortal" é o encerramento da trilogia que os fãs aguardavam

 
Dylan O´Brien e sua turma de fugitivos Clareanos se unem para acabar de vez com a organização criminosa C.R.U.E.L. (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)

Maristela Bretas


"Maze Runner - A Cura Mortal" ("Maze Runner: The Death Cure") completa bem a trilogia com muita ação, os atores jovens entregando interpretações bem melhores em seus papéis, especialmente Dylan O´Brien, e um cenário futurista catastrófico muito bem elaborado. Como era esperado, a saga retorna às origens para concluir e explicar o ciclo que começou no labirinto em ""Maze Runner - Correr ou Morrer" (2014).

E não adianta achar que assistindo o terceiro vai entender totalmente a história. Para quem não conhece a saga será uma boa opção de entretenimento nos gêneros ação e ficção científica. Mas o risco é grande de sair "boiando" no cinema e perguntando depois como tudo começou até chegar naquele ponto. Vi isso acontecer na pré-estreia em BH. O ideal é ter acompanhado desde o primeiro, seja no cinema ou pela coleção literária escrita por James Dashner, para poder entender a trilogia, o papel de cada personagem, suas ligações e o destino reservado para cada um deles na trama.

As cenas de ação e os efeitos visuais dominam o filme e compensam o ingresso. São tão bons quanto os anteriores da saga. Desde as primeiras cenas tudo acontece em ritmo bem acelerado, com resgates, perseguições e batalhas surpreendentes, a começar pela inquietante cena de abertura. Claro que há muitos diálogos clichês, que são tão previsíveis que poderiam ser eliminados de tão conhecidos. Mas nada que comprometa o bom andamento do filme.

Além de Dylan O´Brien (no papel de Thomas), também se destacam Kaya Scodelario, que interpreta Teresa, ex-integrante que traiu o grupo de fugitivos, Thomas Brodie-Sangster (Newt), Will Poulter (Gally), Rosa Salazar (Brenda) e Giancarlo Esposito (Jorge). Aidan Gillen, como o vilão Janson, continua mais convincente que Patrícia Clarkson, no papel da cientista Ava Paige, comandante da poderosa agência C.R.U.E.L.

O terceiro filme retoma a história de onde parou o segundo episódio da franquia, "Maze Runner - Prova de Fogo" (2015). Os atores originais são mantidos, com alguns retornos surpreendentes e necessários para a conclusão. 
Thomas vai tentar resgatar seu amigo Minho (Ki Hong Lee), levado pela C.R.U.E.L. para servir de cobaia na busca da cura para uma praga que está dizimando a humanidade. Em sua missão, ele vai reencontrar velhos amigos e inimigos e terá de contar com a ajuda de todos para impedir que a organização criminosa elimine todos que vivem fora dos muros de sua fortaleza, a lendária e mortal Ultima Cidade.

Com 2h22 de duração, "Maze Runner - A Cura Mortal" é longo demais e mesmo assim ainda deixa alguns buracos sem explicação. Acredito que os fãs dos livros (e da própria versão cinematográfica) vão gostar bastante da forma como o filme foi conduzido pelo diretor Wes Ball, que soube explorar e valorizar bem o perfil dos personagens de cada um dos jovens. Vale a pena conferir no cinema.



Ficha técnica:
Direção: Wes Ball
Produção: 20th Century Fox
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 2h22
Gêneros: Ficção científica / Ação /Aventura
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 3,8 (0 a 5)

Tags: #MazeRunnerACuraMortal, #MazeRunner, @WesBall, @DylanOBrien, @KayaScodelario, #ação, #ficção, #aventura, #CRUEL, #labirinto, @FoxFilmdoBrasil, @espaçoz, @cinemas.cineart, @cinemanoescurinho

24 janeiro 2018

"O Destino de uma Nação", uma biografia que consagra a atuação de Gary Oldman

Winston Churchill é o grande primeiro-ministro britânico que deixou sua marca na história mundial (Fotos: Universal Pictures)

Maristela Bretas


Um Winston Churchill que mescla indecisão e prepotência, que recebeu uma grande interpretação de Gary Oldman. É o que apresenta "O Destino de uma Nação" ("Darkest Hour") um dos concorrentes ao Oscar deste ano. É o ator que dá vida e força ao filme, arrastado em alguns momentos, uma vez que foca nas negociações do então primeiro- ministro britânico indesejável Winston Churchill para um possível acordo de paz com a Alemanha nazista.

Gary Oldman está irreconhecível com a excelente maquiagem feita para o personagem (que pode levar uma estatueta) e assumiu tão bem o papel que chegou a ter problemas de saúde por causa dos inúmeros charutos que precisou fumar, como fazia Churchill. Ele é o centro de tudo, seu personagem é forte, prepotente, às vezes irônico e apaixonado pela mulher e filhos, quase um ser humano normal. Não sei se o original era assim, mas convenceu.

Muito diferente do apresentado por Brian Cox, que também viveu o estadista em "Churchill", filme britânico-americano dirigido por Jonathan Teplitzky, lançado em 2017, que eu recomendo assistir. Assim como "Dunkirk", de Christopher Nolan, do mesmo ano, que vai explicar o outro lado do conflito. Uma das melhores produções de guerra dos últimos anos e que também disputa o Oscar de Melhor Filme.

Como produção, "O Destino de uma Nação" brilha no roteiro, atuações e direção, com ótima reconstituição de época e locações, aprofundando mais nas negociações do conflito e nas estratégias do que na própria guerra. A preocupação em quem colocar no lugar do primeiro-ministro incompetente destituído e a escolha daquele que deveria descascar a batata quente do acordo é o tema principal.

Além de Oldman, Kristin Scott Thomas está muito bem no papel de Clementine, esposa do primeiro-ministro, apaixonada, companheira, mãe dos filhos e... só. Já Miranda Richardson, a mesma personagem em "Churchill" fez um papel mais intenso, não abaixava a cabeça para o poder do marido e o enfrentava quando era preciso, tanto nas questões do casamento quanto nas de estado. O restante do elenco de "O Destino de uma Nação" entrega ótimas interpretações e garantem um dos melhores filmes biográficos do ano.

A trama gira em torno de Winston Churchill (Gary Oldman) colocado no cargo de primeiro-ministro de uma Grã-Bretanha ameaçada de ser invadida pela Alemanha nazista. Com as tropas encurraladas em Dunquerque (França) e os aliados França e Bélgica dominados, ele deve definir se aceita ou não o acordo de paz com Hitler. Mas o grande estrategista é contra a rendição e provoca a ira dos inimigos políticos pela forma como pretende conduzir suas tropas e conquistar o apoio do povo britânico e dos demais aliados.



Ficha técnica:
Direção: Joe Wright
Produção: Focus Features / Perfect World Pictures / Working Title
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 2h05
Gêneros: Drama / Biografia / Histórico
País: Reino Unido
Classificação: 12 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #ODestinodeumanacao, #DarkestHour, #WinstonChurchill, @GaryOldman, @KristinScottThomas, @LilyJames, #Dunkirk, #SegundaGuerraMundial, #DiaD, @JoeWright, @espaçoz, @cinemas.cineart, @cinemanoescurinho

20 janeiro 2018

"Viva - A Vida é uma Festa" faz bem pra alma e pro coração

Miguel e Héctor, amigos de mundos diferentes que dividem o mesmo sonho (Fotos: Walt Disney Studios/Divulgação)

Maristela Bretas


A Pixar volta a brilhar em mais uma de suas animações, talvez a melhor dos últimos tempos que o estúdio produziu. "Viva - A Vida é uma Festa" diverte, encanta, emociona e, como sempre, tem uma linda mensagem para toda a família. As crianças vão adorar o colorido e os personagens simpáticos e trapalhões, mas são os adultos que saem surpresos e chorando com uma história que faz sacudir emoções.

"Viva" é pura lembrança, uma animação com cara de casa de vó, com direito a família grande, barulhenta, todo mundo dando palpite na criação dos filhos dos outros. E tendo como pano de fundo um dos feriados mais importantes do México - "El Dia de los Muertos" ("O Dia dos Mortos"), que acontece também em 2 de novembro, como no Brasil. Só que a data lá tem um significado diferente, ela é de celebração àqueles que partiram para o Mundo dos Mortos - amigos, parentes e até mesmo figuras ilustres. Tudo com muita cor, música, e dança.

Uma verdadeira festa, como cita o título brasileiro - único lugar que a Disney mudou o nome original, que é "Coco" - que não é explicado em momento algum na nossa versão dublada. Fica aqui, então, a explicação para quem não sabe: Coco é o apelido da bisavó do jovem Miguel e ela é a ligação do bisneto com todo o contexto da história. No Brasil, a "bisa" quase centenária recebeu o nome de Mamá Inês (????), ou seja, liga nada com coisa alguma e o expectador sai do cinema sem entender porque a mudança.

Mas voltando à história, o lencinho é essencial, não porque o filme seja triste. Ele provoca boas reações, sentimentos guardados na memória de brincadeiras da infância, saudade do colo da vó, o abraço apertado só pai ou da mãe sabem dar, histórias e experiências contadas pelos mais velhos mesmo quando já não têm mais a consciência do presente. "Viva" faz chorar com certeza, mas também é bem divertido, conta uma grande aventura familiar e deixa o coração da gente mais leve quando sai do cinema.

E estes sentimentos os diretores Lee Unkrich e Adrian Molina sabem provocar e demonstraram muito bem em sucessos como de "Toy Story 3", "Monstros S.A." e "Procurando Nemo". Em "Vida", duas gerações são unem todo o enredo - Miguel, um menino de 12 anos, que ama a família, especialmente Mamá Inês (Coco). Seu sonho é tocar como seu maior ídolo, o grande Ernesto de la Cruz (voz de Benjamin Bratt e dublagem nacional de Nando Pradho).


Mas sua família, principalmente a avó, guarda uma grande mágoa e a música é proibida em todos os sentidos na casa. Miguel, no entanto, não desiste e o encontro com Héctor (dublado por Gael Garcia Bernal e no Brasil por Leandro Luna) no Dia dos Mortos vai mudar sua vida. Héctor é um dos mais divertidos personagens da animação, sem falar no cão de Miguel e na versão "do outro mundo" da família dele. Personagens famosos da cultura mexicana também foram lembrados na animação, como a pintora Frida Kahlo.

Na versão original, a maioria da vozes foi emprestada por atores mexicanos, mas a dublagem brasileira ficou ótima (como sempre) e é feita também nas músicas, traduzidas por Mariana Elizabeth. Destaque para "Lembre de Mim" ("Remember Me"), cantada no filme em três situações, sendo a terceira a mais emocionante a terceira, com Miguel (voz original de Anthony Gonzalez e no Brasil do jovem Arthur Salerno) e a Mamá Inês (voz de Ana Ofelia Murguía e dublagem brasileira da atriz Maria do Carmo Soares).

A animação é linda e merece cada prêmio que ganhou até agora e as indicações para os próximos, ficando como a mais provável de levar o Oscar 2018 em sua categoria. Uma produção imperdível e emocionante. A classificação é livre, mas a idade ideal para as crianças curtirem e os pais também é acima de 5 anos.



Ficha técnica:
Direção: Lee Unkrich e Adrian Molina
Produção: Pixar Animation Studios
Distribuição: Disney/Buena Vista
Duração: 1h45
Gêneros: Animação / Família / Fantasia / Aventura
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 5 (0 a 5)

Tags: #VivaAVidaeumaFesta, #Coco, @DisneyPixar, #DiadosMortos, #animação, #familia, #fantasia, #aventura, @cinemas.cineart, @cinemanoescurinho

16 janeiro 2018

Jackie Chan deixa o lado cômico para viver um pai em busca de justiça em "O Estrangeiro"

Intrigas, suspense e muita ação nesta produção chino-britânica ambientada em Londres e na Irlanda do Norte (Fotos: Universum Film GmbH/Divulgação)

Maristela Bretas


Um Jackie Chan de poucas palavras e muita ação, sem o lado cômico que marcou boa parte de sua carreira em Hollywood, inclusive nas dublagens de animações. Nem por isso perdeu o pique e ainda protagoniza as cenas de luta, não tão brutais e cheias de malabarismos como de alguns de seus antigos filmes. Até pela idade do ator, 63 anos. 

Em "O Estrangeiro" ("The Foreigner"), que também ajudou a produzir, Chan não dispensa uma boa quebradeira por onde passa, usando o que tiver na frente contra o inimigo - mesas, cadeiras, abajures e pedaços de pau. Desta vez, talvez para cansar menos, contou até com a "ajuda" de uma metralhadora e nitroglicerina para dar um clima diferente, mais explosivo.


Ele divide a atenção do público com o sempre charmoso ex-James Bond, Pierce Brosnan ("Horas de Desespero" - 2015), este sim, falando muito mais que a estrela principal e sem perder a pose de espião britânico. "O Estrangeiro", não foge dos clichês, reforça velhas diferenças entre o Exército Republicano Irlandês (IRA) e o governo britânico e tem poucas mas boas locações, principalmente em Londres e Belfast. No elenco se destacam também Orla Brady Charlie Murphy e Katie Leung.

Dirigido por Martin Campbell (o mesmo de "Cassino Royale"), o longa-metragem fica no meio termo - é um filme de ação, mas se perde no suspense, uma vez que muitas cenas são bem previsíveis. Jackie Chan faz um personagem sem expressão facial, até mesmo quando conversa com a filha no carro. E este lado sombrio (e justificável pela própria história) é mantido durante todo o filme, variando momentos de ódio, violência e dor. Nem parece o ator simpático de comédias como "A Hora do Rush", Mostrou que também é capaz de interpretar papéis sérios e entregar um trabalho bom.

"O Estrangeiro" é baseado no livro "The Chinaman", de Stephen Leather, com roteiro escrito por David Marconi, o mesmo de "Duro de Matar 4.0". Conta a história de Quan (Chan), dono de um restaurante chinês em Londres que cria sozinho a única filha. Um atentado a bomba tira a vida da jovem e o pai vai atrás das autoridades para cobrar que prendam os responsáveis. 

Como as investigações dependem de negociações políticas por ser um atentado terrorista, Quan resolve fazer sua própria caçada, indo atrás inclusive do vice-primeiro-ministro irlandês Liam Hennessy (Brosnan) para obter informações. E mostra a seus inimigos que ele é mais que um simples comerciante.

Como sessão da tarde passa e mostra que Jackie Chan ainda tem muito fôlego, mesmo lutando menos. Ele e Brosnan fazem uma boa dupla em lados opostos, o que ajuda a manter o ritmo do filme. Vale conferir para quem gosta de ação.



Ficha técnica:
Direção: Martin Campbell
Produção:  STX Films / H. Brothers /Wanda Pictures
Distribuição: Diamond Films
Duração: 1h54
Gêneros: Ação / Suspense
Países: Reino Unido / China
Classificação: 14 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #OEstrangeiro, #TheForeigner, @JackieChan, @PierceBrosnan, @MartinCampbell, #acao, #suspense, @DiamondFilms, @cinemas.cineart, @cinemanoescurinho

14 janeiro 2018

Um simpático touro chamado Ferdinando que conquista corações

Ferdinando ama flores, a sombra de uma árvore e sua melhor amiga Nina (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)


Maristela Bretas


Crianças e adultos vão curtir demais "O Touro Ferdinando", a nova animação do diretor brasileiro Carlos Saldanha, responsável pelos grandes sucessos "A Era do Gelo" e "Rio". Com muita inspiração e simpatia, ele nos apresenta um enorme animal, que daria medo em qualquer um de sua espécie e seria a glória para qualquer toureiro vencê-lo numa arena. Mas ao contrário disso, Ferdinando é doce, cuidadoso, gentil e detesta briga.

Desde pequeno Ferdinando gostava de flores e da calma do campo e sonhava deixar a fazenda onde era preparado para as touradas. Ao contrário dos outros animais de sua espécie e de seu pai, um campeão respeitado. E foi o temperamento calmo e tranquilo que levou Ferdinando (dublado em português por Duda Ribeiro e na voz original pelo ex-lutador de WWE, John Cena) a fugir para um local onde tivesse paz e amigos, além de uma árvore onde pudesse ficar embaixo admirando a paisagem. 

Os anos se passaram e o pequeno bezerro se transformou num touro gigantesco que não tinha noção de seu tamanho. Ele era feliz ao lado de Nina, sua dona (dublada pela apresentadora do SBT, Maísa Silva), do pai dela e do rabugento cão Dos. Mas um incidente que o deixou descontrolado fez com que ele fosse capturado e levado de seu lar. Determinado a voltar para sua família, Ferdinando se une a uma equipe desajustada e muito divertida na maior de suas aventuras pela Espanha. 

Mais que uma simples animação, "O Touro Ferdinando" ensina que é possível ser diferente e que não se deve julgar ninguém pela aparência. A animação apresenta personagens belos, vistosos e cheios de si, como o cavalo Hans (na voz de Otaviano Costa), que não se preocupa com ninguém, apenas com sua aparência. E outros não tão belos, mas que são fiéis e incapazes de deixar um amigo para trás, fosse ele uma velha cabra desmiolada, como Lupe (dublada pela ótima Thalita Carauta) ou um touro que tem medo de tudo. 

Ferdinando é a força do grupo, porque acredita em cada um e quer que todos sejam livres e felizes como ele, longe das arenas e dos abatedouros. E será uma inspiração para todos que passarem por sua vida. O filme é uma linda lição para todas as idades, muito bem adaptado do livro infantil "A História de Ferdinando", escrito por Munro Leaf e ilustrado por Robert Lawson. A mesma história, que garantiu aos Estudios Disney um Oscar como Melhor Curta em 1938. A nova versão não ficou atrás e foi indicada em várias premiações na categoria, inclusive ao Oscar de Melhor Filme de Animação de 2018. 

"O Touro Ferdinando" diverte, emociona e faz as crianças chorarem e também torcerem por ele, como assisti na sessão. Elas se tornam suas aliadas e de seus amigos, com direito a aplauso e gritinhos de felicidade. Duas cenas são muito divertidas e já valem o filme: a da loja de louças e cristais (chega a dar aflição) e a disputa de dança entre os animais da fazenda. Vale a pena levar a meninada a partir de cinco anos.



Ficha técnica:
Direção: Carlos Saldanha
Produção: Blue Sky Studios / 20th Century Fox
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 1h49min
Gêneros: Animação / Comédia / Aventura
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #OTouroFerdinando, #Ferdinand, @carlossaldanha, @MaandradeSBT, @thalitacarauta, #diversão, #comedia, #animação, @blueskystudios,  @FoXFIlmdoBrasil, @espacoz, @cinemas.cineart, @cinemanoescurinho

11 janeiro 2018

"Lou" tem um roteiro aquém da personagem que ele retrata

Katharina Lorenz interpreta Lou Andreas-Salomé no período de 21 a 50 anos de sua vida (Fotos: Wild Bunch Germany /Divulgação)

Wallace Graciano


Filmes biográficos quase sempre conseguiram grande apelo junto ao público por levar uma faceta outrora não conhecida de um personagem. E esse era o mínimo que se esperava de “Lou”, película que retrata a vida da indomável Lou Andreas-Salomé, uma mulher à frente de seu tempo, que quebrou paradigmas ao buscar educação formal e galgar espaço entre os grandes intelectuais de seu tempo, como Paul Rée, Friedrich Nietzsche e Sigmund Freud. Porém, o que se vê durante boa parte das 1h53min de duração é a tentativa de embasar a obra em uma visão conservadora e convencional, que se distanciam da mente brilhante que encantou a todos nos séculos XIX e XX.

Releituras à parte, “Lou” traz a história de uma mulher russa, nascida em São Petersburgo, irmã de seis homens, e que cresceu em uma família tradicional da época. Já no final de sua vida, e vivendo no sombrio período em que a Alemanha Nazista se caminhava para a “Solução Final”, ela opta por contar suas memórias a um homem mais novo, que buscava seus ensinamentos para fugir de suas chagas. A partir desse momento, ela detalha toda sua construção intelectual, desde quando era uma adolescente ávida por aprendizado, que conseguiu, na marra, aprender filosofia, teologia e literatura alemã, até sua passagem para a universidade de Zurique, a única a aceitar mulheres no período.

A partir desse momento, cria-se uma narrativa em que foca no seu distanciamento sexual, mesmo convivendo com homens apaixonados por ela, como Rée e Nietzsche. Apesar de no espaço de tempo ela conseguir quebrar diversos tabus, como o de uma mulher não poder ser dona de seu próprio pensamento, entende-se de forma demasiada pelas paixões e amizades da personagem, mostrando suas mudanças de ideologia e conceitos, quase sempre com o apelo sentimental como pano de fundo.

Num espectro que a personagem merecia uma abordagem mais ampla e menos arraigada ao conservadorismo, “Lou” é um filme mal construído, que tinha tudo para ser uma belíssima película. A personagem é fascinante. Sua obra e biografia, mais ainda. A estética do filme, maravilhosa – incluindo belíssimas transições quando a personagem busca suas memórias em cartões postais e fotos. Porém, isso tudo se esvai pelo roteiro mal elaborado. Um pecado.



Ficha técnica:
Direção, produção e roteiro: Cordula Kablitz- Post
Produção: Avanti Media Fiction / KGP Kranzelbinder / Gabriele Production / Tempest Film
Distribuição: Cineart Filmes
Duração: 1h53
Gêneros: Drama / Biografia / Histórico
País: Alemanha
Classificação: 16 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

Tags: #Lou, #LouAndreas-Salomé, #FriedrichNietzsche #SigmundFreud, #PailRee, #drama #historia, @cinemas.cineart, @cinemanoescurinho

06 janeiro 2018

"Jumanji: Bem-Vindo à Selva", uma nova aventura no estilo dos bons videogames

Jack Black, Nick Jonas, Karen Gillan, Dwayne Johnson e Kevin Hart são transportados para o misterioso game e assumem novas e divertidas identidades (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Dwayne Johnson (que agora não gosta de ser chamado de "The Rock") acertou mesmo a mão nos filmes de comédia com grandes lances de ação e aventura. A nova aposta do grandalhão mais bem pago de Hollywood é o remake "Jumanji: Bem-Vindo à Selva", uma versão no estilo videogame, que tem muito pouco a ver com o ótimo filme original de 1995 com Robin Williams e Kristen Dunst, mas que vale como diversão. Não vá com a expectativa de uma continuação, ele está mais para um upgrade de game e o roteiro explorou bem isso.

No primeiro filme, a ação se passa no presente e está toda ligada a um jogo de tabuleiro que faz as coisas acontecer a cada jogada. Neste, o tabuleiro dá lugar ao videogame, mesmo que de um modelo ultrapassado, e tudo é jogado no passado, mas usando e abusando dos recursos da moderna tecnologia. Os personagens são clichês de High School - nerd, garota tímida, patricinha e jogador de futebol americano. Eles vão dar lugar aos famosos heróis e estrelas do cinema, numa transformação bem divertida. Quase uma comédia pastelão.

Os quatro jovens não só são transportados para o jogo, como fazem a ação acontecer, cada um no corpo de um avatar escolhido a partir de características que eles gostariam de ter, além de seus poderes. Esta escolha, inclusive é um dos pontos divertidos da história. A partir daí está formada a confusão. O longa tem muita ação, vários efeitos visuais e segue as regras de todo game, com vidas, missões, armas, vilões e muito perigo.

Além de Johnson, outro que garante bons e divertidos momentos como sempre é Jack Black, interpretando Dr. Shelly Oberon, um professor baixinho, barrigudo, de meia idade, especialista em cartografia. Kevin Hart, apesar de continuar estridente e cansativo, dá conta do recado como Moose Finbar, o zoólogo auxiliar do Dr.Smolder Bravestone, papel de Dwayne Johnson.


Ruby Roundhouse, que luta demais e é chamada de "a matadora de homens", é interpretada por Karen Gillan, uma cópia mais modesta de Lara Croft. Como num videogame, Nigel, papel de Rhys Darby, é o guia que recebe o grupo e dá as orientações sobre a missão que terão que cumprir. E para completar o time de aventureiros, Nick Jonas, do trio musical Jonas Brothers (2005-2013). Ele interpreta Alex/Jefferson "Seaplane" McDonough, o piloto, também sugado para o jogo.

"Jumanji: Bem-Vindo à Selva" erra na caracterização do vilão Van Pelt. Não pelo ator, Bobby Cannavale mas pela forma fraca como o personagem foi criado. Ele não convence, principalmente pelos tipos que hoje dominam os jogos. Mas não compromete muito o roteiro. Se não fosse parte da missão, seria descartável.

Na história, durante um castigo imposto pelo diretor da escola, quatro estudantes resolvem jogar o game "Jumanji - Bem Vindo à Selva" e acabam sugados para dentro dele. Fridge (papel de Ser´Darius Blain) é o jogador de futebol americano que mais parece um armário aberto e que se transforma no tagarela e baixinho Kevin Hart. Seu melhor amigo, o tímido e franzino Spencer (Alex Wolff) vai ceder o corpo ao musculoso Dwayne Johnson. 


Martha (Morgan Turner) a jovem nerd sem graça ganha agilidade e bela forma física no avatar de Karen Gillan. Mas a melhor e mais divertida transformação é a de Bethany, a bela adolescente patricinha interpretada por Madison Iseman, que surge como Jack Black, sem perder a pose e os trejeitos.

Os quatro personagens terão de cumprir a missão de devolver uma pedra poderosa que comanda toda a floresta a seu local de origem e só assim conquistarem o direito de sair do jogo. Mas vão encontrar pelo caminho animais perigosos como cobras, hipopótamos, rinocerontes e jaguares e precisarão se unir e utilizarem os poderes de seus avatares o que acontece sempre de uma maneira bem engraçada. Recomendo "Jumanji - Bem Vindo à Selva", uma boa e descontraída opção, principalmente nas férias.



Ficha técnica:
Direção: Jake Kasdan
Produção: Sony Pictures / Columbia Pictures
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 1h59
Gêneros: Fantasia / Ação / Aventura
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

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31 dezembro 2017

Comédia "Fala Sério, Mãe!" é a química certa entre mãe e filha

Larissa Manoela e Ingrid Guimarães vivem situações bem engraçadas e cotidianas (Fotos: Globo Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


Uma boa pedida é assistir a comédia "Fala Sério, Mãe!", que reúne em seu elenco principal as atrizes Ingrid Guimarães e Larissa Manoela num entrosamento perfeito, quase como se fossem mãe e filha na vida real. Adaptação do best-seller homônimo da escritora Thalita Rebouças (que faz uma ponta), o filme dirigido por Pedro Vasconcelos reproduz momentos que vão trazer lembranças a muitas mães, filhas e filhos, inclusive aquelas mais "constrangedoras".

Uma história com princípio, meio e um fim que cada um vai escrever do seu jeito, sem esquecer que cada momento valeu a pena. Ingrid Guimarães está excelente como Ângela Cristina, mulher de sucesso, bem casada e que realiza o grande sonho de ser mãe. Ela está muito divertida, com ótimas tiradas e criando situações de fazer qualquer filho esconder debaixo do móvel da sala de vergonha. Um dos bons momentos é a cena com o ator Paulo Gustavo, em rápida aparição do ator interpretando ele mesmo num comercial.

A atriz de "De Pernas pro Ar 1 e 2" (2010 e 2012), "Um Namorado Para Minha Mulher" (2016) e "Loucas Pra Casar" (2015) está cada vez melhor como comediante. Na primeira parte do filme, seu personagem é uma mulher que muda sua vida em função dos filhos e quer todos eles debaixo de suas asas eternamente. Uma mãe quase neurótica de tão super protetora, que compra briga, discute na escola, pega pesado com a educação e faz os filhos pagarem mico na frente dos amigos. Só quem é mãe sabe bem o que é isso.

Já na segunda parte de "Fala Sério, Mãe!" a comédia ganha nova cara e Ingrid passa a contracenar com Larissa Manoela, no papel de Maria de Lourdes, a Malu, a filha mais velha adolescente, motivo de noites mal dormidas e das situações mais engraçadas e também sofridas. O público sente de imediato a química entre as duas atrizes. Entre brigas e abraços, choros e risos, as duas mostram uma relação de mãe e filha que convence, ensina e faz pensar em como pode ser forte e duradoura esta ligação.

A jovem Larissa Manoela vem mostrando um bom crescimento profissional. A atriz interpretou a insuportável e marcante Maria Joaquina na novela infantil "Carrossel", do SBT, que foi lançada para o cinema como "Carrossel - O Filme" (2015) e no ano seguinte a sequência "Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina" (2016). Naquela época formou uma legião de fãs a cada aparição e vem demonstrando potencial de interpretação desde então, transformando-se numa das estrelas teen do momento. Esta é a segunda produção da jovem como protagonista em 2017 - a primeira foi "Meus 15 Anos", lançada em julho e agora a consagração com "Fala Sério, Mãe!", expressão que a personagem Malu usa com frequência em diversas situações com Ângela.

E as duas vão vivendo e criando as mais diversas situações ao longo do roteiro, que não foge da obra literária original e teve o acompanhamento direto da autora. Ficaram muito engraçadas as cenas de Ângela passando de mãezona conservadora a melhor amiga de Malu, os ciúmes e as preocupações com o primeiro namorado da filha (e tudo o que vem junto), as saídas e excursões com os amigos e amigas. Enfim, os medos, separações e expectativas de toda mãe ao ver os filhos crescerem e ganharem o mundo. Malu também está num momento de transição, com suas insatisfações e lutando para conquistar seu espaço enquanto amadurece, enquanto inverte os papéis e se torna a protetora e conselheira da mãe.

O elenco conta ainda com Marcelo Laham, bem engraçado como Armando, marido de Ângela e pai de Malu, Cristina Pereira (como dona Fátima) e João Guilherme Ávila, o Nando, amigo de Malu. Até o cantor Fábio Júnior dá uma "palhinha" interpretando um de seus grandes sucessos - "20 e Poucos Anos" (1999) - que tem tudo a ver com a história e digno de uma mãe tiete. Recomendo "Fala Sério, Mãe!" para ser curtido por mãe e filha juntas, numa sessão à tarde, com direito a boas lembranças, pipoca e boas risadas durante todo o filme. Uma boa produção nacional da Camisa Listrada, empresa que começou em Belo Horizonte e é responsável também por sucessos como "O Menino no Espelho" (2014), "O Candidato Honesto" (2014) e "Um Suburbano Sortudo" (2016).



Ficha técnica:
Direção: Pedro Vasconcelos
Produção: Camisa Listrada / Focus Entretenimento / Fox International Productions / Telecine Productions / Globo Filmes
Distribuição: Downtown Filmes / Paris Filmes
Duração: 1h19
Gêneros: Comédia Nacional / Família
País: Brasil
Classificação: 10 anos
Nota: 3,8 (0 a 5)

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