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18 outubro 2021

Em "007 - Sem Tempo Para Morrer", Daniel Craig se despede de James Bond com um merecido final

Franquia do mais famoso agente secreto britânico completa 25 filmes com fôlego para arrastar milhares de pessoas de volta ao cinema (Fotos: Universal Pictures)


Maristela Bretas


Não poderia ser menos do que foi entregue. Daniel Craig deixa o personagem James Bond, após cinco filmes, com estilo, muita ação e um gran finale merecido em "007 - Sem Tempo Para Morrer" ("No Time To Die"). O longa, 25º da franquia, desta vez dirigido por Cary Joji Fukunaga que também participou do roteiro com Neal Purvis, Robert Wade e Phoebe Waller-Brodge, é adrenalina pura. E vem com muitas mudanças, especialmente com as mulheres ocupando mais espaço na trama, deixando de ser meramente "Bond Girls". 


Na trama temos a volta de Léa Seydoux vivendo Madeleine Swann, namorada de Bond, que tem um papel essencial na história e nas decisões dele. A primeira vez que seu personagem apareceu foi em "007 Contra Spectre" (2015) e o romance começou naquela época e leva Bond a se aposentar.

Já a vaga deixada no MI6 com a aposentadoria do famoso agente agora é ocupada por uma mulher forte e determinada - Nomi - papel de Lashana Lynch, que entrega uma boa agente, mas ainda precisa encarar muito chumbo e porrada (como aconteceu com Craig) para personificar o maior agente britânico de todos os tempos, criado pelo escritor Iam Fleming em 1953. Mas como fã, ainda sou da torcida organizada de Sean Connery como o melhor de todos.


Ana de Armas faz uma aparição infelizmente curta, mas arrasadora e letal como Paloma, parceira de Bond numa missão. Não menos importante temos também Naomie Harris, a nova Moneypenny, que sai de trás da mesa de secretária do diretor do MI6 para mostrar que pode ir a campo para ajudar um velho amigo. 


A volta com despedida do icônico espião já era suficiente para arrastar o público de volta ao cinema, com muita pipoca e refrigerante. Mas a campanha de marketing para divulgação do longa não deixou por menos e jogou pesado, com direito à realeza britânica e outros famosos na pré-estreia, o que ajudou a colocar o filme no topo das bilheterias de estreia em vários países, inclusive no Brasil.


No filme temos James Bond aposentado, vivendo uma fase romântica com sua namorada Madeleine Swann, longe da rotina perigosa do MI6. Até ser importunado por seu passado e sofrer uma desilusão amorosa. 

Isolado em sua casa na Jamaica, é procurado pelo velho amigo Feliz Leiter (Jeffrey Wright), agente da CIA, para encontrar e capturar o insano Lyutsifer Safin (Rami Malek), que planeja contaminar toda a humanidade com um produto tóxico que ataca o DNA das pessoas. 


O agente com licença para matar agora é alguém esquecido e vai precisar contar com a ajuda de amigos da antiga agência - Moneypenny (Naomie Harris) e "Q" (Ben Whishaw) para enfrentar o novo vilão. Para piorar, descobre que seu antigo chefe "M", diretor do MI6 (Ralph Fiennes) está envolvido na trama. Mas é um antigo inimigo quem vai fazer Bond voltar à ativa após cinco anos, desde "007 Contra Spectre" - Ernst Stavro Blofeld (papel de Christoph Waltz) que continua influente mesmo atrás das grades.


Por falar em vilão, os produtores deram dois tiros nos pés. O primeiro foi a escolha de Rami Malek para o papel. Mesmo com toda a competência do ator, o personagem ficou caricato, cheio de caras e bocas, lembrando o papel de Freddie Mercury, de "Bohemian Rhapsody" (2018). Sem força e expressão, Safin aparece pouco é previsível em todas as ações e totalmente esquecível. Até Blofeld tem mais presença.

O outro segundo erro foi a escolha da música-tema "No Time To Die", composta e interpretada por Billie Eilish. Totalmente 'deprê', sem impacto ou grandes arranjos, especialmente na finalização. Quebra o ritmo dos filmes de 007. Felizmente a trilha foi salva pelo grande Hans Zimmer, que incluiu até mesmo o sucesso "We Have All The Time in The World", com Louis Armstrong, do filme "007 - A Serviço de Sua Majestade" (1969). 


Mas estes dois "foras" não tiram o brilho do quinto e último filme de Daniel Craig a frente do famoso espião. "007 - Sem Tempo para Morrer" é ótimo do início ao fim, do tipo que não deixa o expectador sossegado na cadeira. Craig apanha e bate muito, mas muda a postura do "garanhão" para um agente aposentado, mas sem nunca perder a classe.


O público também tem a oportunidade de rever símbolos de antigos filmes da franquia que são a marca de James Bond. Nada como um "Martini seco batido, não mexido", ou a pistola semiautomática Walther PP e, claro, o charmoso Aston Martin, com suas metralhadoras e explosivos embutidos nos faróis. O diretor Cary Fukunaga ainda brinda os fãs incluindo em uma das cenas a famosa abertura dos filmes de 007, com o agente entrando num túnel, se virando e apontando a arma.

Para quem ainda não assistiu e é fã de "Bond, James Bond", "007 - Sem Tempo para Morrer" é imperdível. Soube dosar ótimas sequências de ação, emoção, suspense, belas locações e boas recordações. 


Ficha técnica:
Direção: Cary Joji Fukunaga
Produção: Metro Goldwyn Mayer (MGM) / Eon Pictures
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h43
Classificação: 14 anos
Países: Reino Unido / EUA
Gêneros: ação / espionagem/ suspense
Nota: 4 (0 a 5)

01 setembro 2021

A um mês da estreia, "007 – Sem Tempo Para Morrer" ganha novo trailer com muita ação

Daniel Craig volta a viver o papel do famoso agente secreto no 25º filme da franquia (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)


Maristela Bretas


Com estreia nos cinemas marcada para 30 de setembro, "007 – Sem Tempo Para Morrer" ("No Time To Die"), 25º filme da franquia (que completa 59 anos), ganha no trailer divulgado pela Universal Pictures. Novamente interpretando o famoso agente secreto James Bond está Daniel Craig, que divide o elenco com Lashana Lynch, Ana de Armas, Rami Malek, Léa Seydoux, Naomi Harris, Ralph Fiennes e Jeffrey Wright. 


A produção é dirigida por Cary Joy Fukunaga, que também participa do roteiro com Robert Wade, Neal Purvis e Phoebe Waller-Bridge. A trilha sonora é composta pelo excelente Hans Zimmer, responsável por sucessos como “Mulher Maravilha 1984” (2020), “Blade Runner 2049” e “Dunkirk” (ambos de 2017). A criação e interpretação da música-tema "No Time To Die" foram entregues a Billie Ellish, ganhadora de seis Grammys. Confira clicando aqui


Em "007 – Sem Tempo Para Morrer", Bond deixou o serviço ativo e está desfrutando de uma vida tranquila na Jamaica. Sua paz não dura muito quando seu velho amigo Felix Leiter (Jeffrey Wright), da CIA, aparece pedindo ajuda. A missão de resgatar um cientista sequestrado acaba sendo muito mais traiçoeira do que o esperado, levando Bond ao misterioso Safin (Rami Malek), um vilão armado com nova e perigosa tecnologia.


Ficha técnica:
Direção: Cary Joy Fukunaga
Duração: 2h43
País: EUA
Gêneros: ação / suspense / espionagem

31 outubro 2020

Connery, Sean Connery! Morre o melhor e mais charmoso agente secreto do cinema

O ator em "007 Contra Goldfinger", ao lado do sempre elegante Aston Martin DB5, marca registrada do personagem (Divulgação)


Maristela Bretas


Ele marcou uma época e será lembrado, principalmente, como o primeiro James Bond do cinema. O espetacular Sean Connery morreu na madrugada deste sábado, aos 90 anos, em sua casa nas Bahamas. A família informou apenas que ele não estava bem nos últimos tempos e faleceu enquanto dormia.

James Bond faz parte da minha educação cinematográfica e foi Sean Connery o maior, o melhor e o mais charmoso de todos os intérpretes quem me apresentou, com muito estilo, ao mundo da espionagem. Não foram poucas as sessões da tarde, deitada no sofá da casa de minha mãe e depois da minha casa, vendo e revendo os sucessos deste grande ator. Que provou não ser somente um espião com licença para matar, que dirigia o elegante Aston Martin DB5 e usava a pistola semiautomática Walther PPK.


No cinema não foi diferente, especialmente em filmes como "Caçada ao Outubro Vermelho" (1990), "O Nome da Rosa" (1986) e "A Rocha" (1996). Isso sem falar na parceria com Harrison Ford (outro ator que adoro) no ótimo "Indiana Jones e a Última Cruzada" (1989), quando ele interpretou o professor Henry Jones, pai do herói. Só mesmo Steven Spielberg para formar esta dupla inesquecível. 

O maior e melhor agente 007 do cinema começou sua trajetória vivendo o personagem em 1962, fazendo "007 contra o Satânico Dr. No". Connery interpretou o agente secreto em outras seis produções, todas bem marcantes: "Moscou contra 007" (1963), "007 Contra Goldfinger" (1964), "007 Contra a Chantagem Atômica" (1965), "Com 007 Só Se Vive Duas Vezes" (1967), "007 - Os Diamantes São Eternos" (1971) e "007 - Nunca Mais Outra Vez" (1983).

Apesar de ter se tornado o mais conhecido James Bond das gerações de 60 a 90, Sean Connery também brindou o público com outros grandes papéis, que lhe garantiram mais de 30 premiações em diversos festivais e o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por seu personagem Jim Malone, um dos detetives de "Os Intocáveis" (1987), filme que dividiu o elenco com Kevin Costner, Andy Garcia e Robert De Niro.


Outras produções de sucesso marcaram a carreira do escocês Sean Connery, condecorado Sir pela Rainha Elizabeth em 2000. Merecem destaque "Marnie, Confissões de uma Ladra" (1964), "A Colina dos Homens Perdidos" (1965), "Assassinato no Expresso Oriente" (1974), "O Homem Que Queria Ser Rei" (1975), "O Vento e o Leão" (1975), "Highlander: O Guerreiro Imortal" (1986), "Robin Hood - O Príncipe dos Ladrões" (1991) - também com Kevin Costner - , "Armadilha" (1999) - produzido por ele, "A Liga Extraordinária” (2003) e tantos outros.

Alguns de seus grandes sucessos podem ser conferidos no #Telecine, #Netflix, #AmazonPrime, #ClaroVídeo e #YouTubeFilmes. Sean Connery foi um ícone e deixa um legado importante para o cinema mundial. A franquia 007 perde seu maior símbolo, que abriu as portas para tantos outros atores que interpretaram o personagem criado por Ian Fleming. E que após 58 anos ainda se apresentam com classe e força a cada filme como “Bond, James Bond”.



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