Produção tem a cara exata de filmes franceses, com aquele jeito incomum de contar uma história (Fotos: Studio Canal/Divulgação)
Mirtes Helena Scalioni
Embora não tenha nada a ver com o título original, "Barbecue" (que se justifica pelos muitos churrascos presentes na trama), o nome "Sobre Amigos, Amor e Vinho" instiga e inspira de forma inegável e inequívoca. Afinal, a princípio, parece irresistível uma história que fale de três coisas tão queridas pela maioria dos seres viventes neste mundo desumano e violento.
Produção francesa dirigida por Eric Lavaine, "Sobre Amigos, Amor e Vinho" tem a cara exata de filmes franceses, com aquele jeito incomum de contar uma história. Estão lá as iguarias que fazem salivar, as longas conversas sempre em volta de mesas fartas e, claro, as taças e os brindes. Ah, os brindes: sempre com vinhos - brancos ou tintos - sobre os quais todos comentam e pelos quais suspiram. De dar água na boca.
Antoine Chevalier (Lambert Wilson) acaba de fazer 50 anos, cuida do corpo, corre, come adequada e moderadamente. Mas isso não impede que tenha um infarto e é a partir daí que ele resolve mudar de vida. Decide virar a mesa e passa a viver desregradamente, comendo e bebendo o que tem vontade.
Para inaugurar a nova vida, junta sua turma de velhos amigos (aqueles que sempre estão presentes nos churrascos) e vão todos passar uns dias num recanto paradisíaco nas montanhas. As paisagens, claro, são estonteantes, num certo desacordo com a lavação de roupa suja em que se transforma o encontro.
Se há algum pecado no filme, esse pecado são os pequenos clichês, sempre presentes em qualquer história de turma: o chato, o inconveniente, a maluca, o irresponsável, o sofrido... Mas nada disso tira o brilho do longa que, por tratar de pessoas maduras, entre os 50 e 60 anos, traz, nos diálogos, alguma reflexão sobre a vida e o passar do tempo. E, convenhamos: nada pode ser melhor do que mudar de vida entre os amigos, o amor e os vinhos.
Com duração de 1h38, a produção francesa em versão legendada está em exibição na sala 4 do Ponteio Lar Shopping Cineart, sessões de 17h35 e 21h35. Classificação: 14 anos
Filme reúne Glória Pires e elenco conhecido que deve virar mais um especial de fim de ano (Fotos: Páprica Fotografia/Divulgação)
Maristela Bretas
Depois de Cléo Pires, agora é a vez de Antonia Morais,
segunda filha da atriz, se lançar no cinema. Se a primeira é a cara do pai, Fábio Jr. (do primeiro casamento de Glória Pires), Antonia, da união com o compositor
Orlando Morais, é a cópia da mãe. Mas ambas ainda terão que enfrentar muitas
horas de aprendizado para chegar ao talento de Glória.
E Antonia dá seu pontapé inicial justamente ao lado da mãe,
no que deveria ser uma comédia. Só que não. "Linda de Morrer" provoca
poucos risos e nem mesmo o talento de Glória Pires (e ela tem de sobra)
consegue salvar. Um desperdício. A história é boba, sem graça e, por sorte, curta.
Passa longe de outra produção cômica da atriz bem melhor - "Se Eu Fosse
Você" (2006), em que ela contracena com Tony Ramos.
A impressão que passa é de que o filme foi feito para
alavancar a carreira da jovem filha da atriz. Por sinal, elas tiraram o ano de
2015 para aparecerem com os pais - Cléo fez as pazes com Fábio Jr. em
"Qualquer Gato Vira Lata 2" e agora Antonia interpreta a filha que
precisa fazer as pazes com a mãe depois de morta.
A diretora do filme é Cris D´Amato, a mesma de "S.O.S.- Mulheres ao Mar", uma comédia muito melhor, e "Confissões de
Adolescente" outra ótima produção. Uma pena ter apostado em um enredo tão
fraco. Nem mesmo o fato de ela ter trabalhado em outras duas produções com
Glória Pires - "Se Eu Fosse Você 1 e 2" ajudou a salvar o filme. Os
efeitos especiais também não são dos mais sofisticados.
"Linda de Morrer" conta a história de Paula Lins,
uma médica prepotente (Gloria Pires) que deixa a relação com a filha Alice
(Antonia Morais) em segundo plano. Dona de uma clínica famosa tem um sócio
ambicioso, Dr. Francis (Angelo Paes Leme). Ela desenvolve uma pílula que acaba
com a celulite - o Milagra -, que leva as mulheres à loucura, literalmente.
Porém, Paula toma o remédio e morre de um inesperado efeito colateral.
Agora, seu espírito preso à Terra precisa denunciar o
próprio remédio e salvar as futuras vítimas de seu sócio sem escrúpulo. Para
isso ela conta apenas com duas pessoas: o desajeitado psicólogo Daniel (Emilio
Dantas), que acaba de herdar o dom de mediunidade da avó Mãe Lina (Susana
Vieira), e a filha Alice, com quem tinha uma relação de brigas constantes.
No elenco estão também outros nomes conhecidos como Vivianne
Pasmanter, Stella Miranda e Pablo Sanábio. Mas quem carrega o filme do início
ao fim é mesmo Glória Pires. Emilio Dantas tem boa interpretação e já provou
isso em "Cazuza" Além de Susana Vieira, nos poucos momentos em que
aparece.
O que se pode esperar é que a comédia deverá virar especial até o final deste ano nas telas da TV. Com marketing forte de divulgação, o filme está sendo exibido em 23 salas de 19 shoppings de BH, Contagem em Betim.
Ficha técnica:
Direção: Cris D'Amato
Produção: Migdal Filmes, Fox International e Globo Filmes
Distribuição: 20th Century Fox
Duração: 1h15
Gênero: Comédia
País: Brasil
Classificação: 12 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)
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