18 novembro 2016

Magia e aventura na volta do mundo bruxo de J.K. Rowling

"Animais Fantásticos e Onde Habitam" é o primeiro filme de cinco livros da escritora que deverão ser adaptadas para o cinema (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas

J.K. Rowling estreia como roteirista e mostra a força de sua criatividade e a capacidade de amadurecer seu trabalho, juntamente com o público que a acompanha desde o primeiro livro da saga, "Harry Potter e a Pedra Filosofal" (1997). Com muita feitiçaria, aventura, efeitos visuais fantásticos e uma interpretação bem convincente do ganhador do Oscar, Eddie Redmayne, a escritora apresenta o ótimo "Animais Fantásticos e Onde Habitam" ("Fantastic Beasts and Where to Find Them").

O filme é o primeiro de cinco baseados em livros da escritora infanto-juvenil que deverão ser adaptadas para o cinema nos próximos anos. E já mostra que foi um bom início para a nova saga atraindo, antes mesmo de sua estreia, os milhões de fãs de Harry Potter que aguardavam ansiosamente o retorno às telas das histórias do mundo bruxo. 

Esta volta veio em dose tripla este ano, com o lançamento nos cinemas de "Animais Fantásticos e Onde Habitam", da obra literária "A Maleta de Criaturas" (que explora algumas curiosidades do filme) e da peça de teatro "Harry Potter e a Criança Amaldiçoada", dividida em duas partes e baseada na história de J.K Rowling.

"Animais Fantásticos e Onde Habitam" é como um avô da franquia Harry Potter. Ambientada em 1926, pós-Primeira Guerra Mundial, a história se passa nos EUA, cheio de preconceitos e fazendo uma caça às bruxas e aos chamados esquisitos. Nenhum dos personagens originais é aproveitado, já que ainda nem eram conhecidos. Para fazer a ligação das duas histórias, a autora usou o livro "Animais Fantásticos e Onde Habitam", escrito pelo personagem Newt Scamander e que Potter estudava em Hogwarts.

Tudo começa quando o bruxo magizoologista Newt Scamander (Redmayne), um sujeito que não segue muito as regras, sai de Londres e desembarca em Nova York com uma maleta recheada de criaturas mágicas que ele reuniu após uma exploração mundial para estudar e documentar espécies ameaçadas.

Um simples esbarrão no Não-Maj (o nome americano para “Trouxa”) chamado Jacob (ótima interpretação de Dan Fogler) e a troca das maletas muda toda a sua viagem. Alguns dos animais fantásticos de Newt conseguem escapar. 

Para recapturá-los, o bruxo britânico terá de enfrentar o Conselho dos Bruxos americanos e contar com a ajuda de Jacob e das irmãs bruxas Porpentina (Katherine Waterston) e Queenie (Alison Sudol) Goldstein. O quarteto ainda terá pela frente, para piorar, uma criatura da escuridão que ameaça expor os bruxos e destruir a raça Não-Maj.

O elenco conta ainda com Colin Farrell, Ezra Miller, Jon Voight, Carmen Ejogo, a jovem estreante Faith Wood-Blagrove (como Modesty), Ron Perlman e Johnny Depp, em uma rápida mas importante aparição, cujo personagem será mais bem explicado nas próximas produções.


Trilha sonora

A composição da trilha sonora é outro ponto favorável e ficou a cargo do não menos excelente músico, produtor e maestro, além de vencedor dos prêmios Grammy e Emmy, James Newton Howard (“Malévola”, a franquia “Jogos Vorazes” e “Batman – O Cavaleiro das Trevas”). O álbum foi lançado nesta sexta-feira nos formatos digital e físico.

Mas o que importa mesmo são os excelentes efeitos visuais da produção, que exploram bem os cenários e as batalhas com as varinhas mágicas e as sequências em que os animais fantásticos aparecem. Valem cada centavo gasto, principalmente nas versões em 3D e Imax. Não esquecendo da abordagem correta e sem exageros que J.K. Rowling faz de situações que envolvem preconceito, racismo e histeria religiosa.


Ficha técnica:
Direção: David Yates
Produção: Heyday Films
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 2h13
Gêneros:  Fantasia / Aventura
Países: EUA /  Reino Unido
Classificação: 12 anos
Nota: 4,5 (0 a 5)

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13 novembro 2016

"Doutor Estranho" supera heróis da Marvel em sarcasmo e efeitos visuais

Produção aposta na magia e no sobrenatural para apresentar importante  personagem dos quadrinhos da Marvel (Fotos: Disney/Buena Vista/Distribuição)

Maristela Bretas


Um super-herói da magia, pouco conhecido por quem não acompanha o universo dos quadrinhos. Mas se nas HQs ele tem um público fiel, com certeza vai atrair uma centena de novos seguidores com essa produção que está lotando as salas de cinemas de BH. Este é "Doutor Estranho" ("Doctor Strange"), o mestre da magia e do sarcasmo criado pela Marvel.

O filme reúne realidade, misticismo, magia, muita ação e os melhores efeitos visuais de todas as produções do estúdio até agora envolvendo os heróis e anti-heróis. No papel principal e incorporando na medida certa o personagem do Doutor Estranho está Benedict Cumberbatch. Ele é o arrogante, cínico e prepotente médico cirurgião Dr. Stephen Strange, que se considera quase um deus, que vai aprender da maneira mais dolorida a valorizar as outras pessoas.

O elenco conta ainda com Rachel McAdams, interpretando a médica Christine Palmer, que infelizmente não recebeu o destaque que a atriz merecia. Ela foi quase uma coadjuvante sem expressão no cenário comandado por Cumberbatch.

Já Chiwetel Ejiofor, como Mestre Mordo, é apresentado ao público como um aliado importante dos guardiões da magia e defensores da Terra, mas que deverá ser o grande destaque numa possível continuação de "Doutor Estranho". 


Enquanto isso, o vilão da vez ficou para Mads Mikkelsen (no papel de Kaecilius), que fez um bom trabalho e convence. Ele é um mago com poderes do mal que um dia foi seguidor da líder dos magos bons, a Mestre Anciã (vivida por Tilda Swinton, também muito bem no papel).

Mas o que mais atrai o público em "Doutor Estranho" são mesmo os efeitos visuais, os melhores que já vi em todas as produções recentes de heróis. Principalmente as batalhas entre os mestres da magia, quando as cidades viram um verdadeiro caleidoscópio. Os cenários se sobrepõem e giram de maneira muito rápida, o que não é muito indicado para quem sofre de tontura e enjoo. Desaconselhável sentar nas primeiras fileiras da sala de exibição. Se for em 3D, pior ainda, melhor sentar no fundo da sala.

"Doutor Estranho" é a história do renomado neurocirurgião Dr. Stephen Strange, que despreza todos a seu redor, inclusive a ex-namorada e colega de profissão, Dra. Christine Palmer. Até que um grave acidente de carro muda sua vida para sempre, impedindo que ele possa continuar utilizando as mãos. Quando a medicina tradicional fracassa, ele é forçado a procurar cura, e esperança, em um lugar improvável - o misterioso Kamar-Taj, no Nepal.

Strange rapidamente descobre que esse não é apenas um centro de cura, mas também um local de treinamento e formação de mestres da magia, comandados pela Anciã, que se preparam para uma grande batalha contra forças ocultas do mal determinadas a destruir o planeta. Após adquirir poderes mágicos, Strange se une a Mordo e aos demais magos para enfrentar o poderoso Kaecilius, seguidor de Dormammu, que domina o lado escuro da magia.


Elenco e efeitos fazem de "Doutor Estranho" uma grande produção para quem curte HQs. Um alerta: fique no cinema após os créditos finais, pois há duas chamadas para os próximos filmes com o poderoso mago: a primeira no meio dos créditos de um encontro do Doutor Estranho com Thor, que estarão juntos no terceiro filme do bonitão do martelo - "Ragnarok"; a segunda indicando que Mordo poderá se tornar o vilão num segundo filme com o mestre da magia.



Ficha Técnica
Diretor: Scott Derrickson
Produção: Marvel Studios / Walt Disney Pictures
Distribuição: Disney/Buena Vista
Gêneros: Ação/ Fantasia / Aventura
Duração: 1h55
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4,5 (0 a 5)

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