13 abril 2017

"Bones" vai deixar saudades

A equipe do Instituto Jeffersonian se despede na 12ª temporada após 246 capítulos (Fotos: Fox Studios/Divulgação) 


Maristela Bretas


Adoro seriados de TV, principalmente os de super-herói e policiais, mas não sou de escrever sobre eles. Deixo isso para meus amigos blogueiros que acompanham com mais frequência o que vai nas emissoras a cabo e Netflix. Mas "Bones" foi uma série dos Estúdios Fox que me agradou desde o primeiro capítulo em 2005 e formou uma legião de fãs, como eu, até seu encerramento na 12ª temporada. 

Mostrou um bom trabalho dos roteiristas na conclusão da história do casal principal - a renomada antropologista forense Dra. Temperance Brennan, também chamada de Bones, interpretada por Emily Deschanel, e o agente do FBI Seeley Booth, vivido pelo ator David Boreanaz. Ao longo dos 246 episódios eles passaram de antagonistas a parceiros inseparáveis de trabalho, bons amigos, amantes, marido e mulher e pais de duas lindas crianças. Uma química perfeita.

Tudo isso sem que perdessem suas características iniciais ou deixassem a série ficar desinteressante. Bones uma mulher direta, sem crenças, que não expressava seus sentimentos, mas ao mesmo tempo fiel e amiga, e uma profissional reconhecida no mundo inteiro. Booth um cara que gosta de todo mundo, boa praça, ex-atirador de elite, amante do basebol e da cerveja e católico fervoroso. Ou seja, totalmente opostos. E os dois dividiam o tempo solucionando crimes complicados com a ajuda dos demais colegas e de alta tecnologia.

"Bones" sofreu também com alguns períodos de crise, baixa audiência e greve de roteiristas, além de gestações no elenco que provocaram hiatos maiores que outras séries, inclusive da própria Fox. Deschanel e Boreanaz assumiram temporadas atrás a produção e coprodução do seriado, juntamente com Ian Toynton e outros e tocaram a história deste simpático e apaixonante casal por 11 anos.

Se já não bastasse o carisma de Bones e Booth, ao longo do tempo o restante do elenco ganhou destaque e se tornou tão essencial quanto os protagonistas, como uma família, deixando a série cada vez melhor de se ver semanalmente. Michaela Conlin (a fotógrafa e especialista em tecnologia Angela Montenegro), T. J Thyne, (o entomologista, botânico e mineralogista Jack Hodgins, também marido de Angela), Tamara Taylor (como a Dra. Cam Saroyan, diretora do Instituto Jeffersonian, onde tudo acontece).

Tem também a turma que entrou, saiu, morreu, fez participações, esporádicas, mas que deixou sua marca. É o caso de Francis Daley, o adorável Dr. Lance Sweets, psicólogo do FBI e parceiro de Booth. Além dele, passaram por "Bones", figuras conhecidas de Hollywood, como a cantora Cindy Lauper, no papel de uma vidente, e o ator Ryan O´Neal, que viveu  Max Keenan, pai de Brennan. Destaque também para John Boyd, que fez o novo parceiro de Booth no FBI, James Audrey, e Patricia Belcher, a promotora de Justiça, Caroline.

Além do elenco fixo, a cada episódio a equipe contava com estagiários de antropologia e autópsia que iam se revezando. E eles também ganharam suas histórias. Afinal, "Bones" acabou se tornando uma grande família, dentro e fora do set de filmagens. Temas como sustentabilidade, direitos humanos e civis, guerras, deficiência física, adoção, família, lealdade, união foram abordados nas histórias e adotados pelos atores em suas vidas.

Na vida real, Emily Deschanel engravidou duas vezes, situação reproduzida na relação de Bones e Booth. O mesmo ocorreu com Michaela Collin e Carla Gallo (a estagiária Daisy), que também engravidaram no seriado. Isso provocou alguns adiamentos maiores na volta ou no decorrer de temporadas. Mas ajudou a aguçar o interesse dos fãs que torciam pelos personagens e seus intérpretes.

Mas uma hora essa aventura romântica familiar iria acabar. E roteiristas, produtores e o diretor e criador da série Hart Hanson conseguiram concluir o trabalho de uma forma muito bacana, com tudo o que tem direito. O final não deixou a peteca cair e precisou ser dividido em duas partes para envolver ainda mais o espectador - casamento, explosões, velhos amigos e inimigos, homenagens e, principalmente, boas memórias. "Bones" não terminou, deixou apenas uma sensação de "a gente se vê em breve". 

Bones, Booth, Angela, Hodgins, Cam, Audrey e toda a equipe do Jeffersonian fizeram muita gente perder boas noites de sono (como eu), mas que valeram demais a pena.



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07 abril 2017

"Despedida em Grande Estilo" é comédia com elenco a peso de ouro

Os vencedores do Oscar Morgan Freeman, Michael Caine e Alan Arkin vão acertar as contas com o banco à sua maneira (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Reunir grandes nomes do cinema numa comédia só poderia resultar numa boa e divertida produção. Daquelas que provam que para ser ator de verdade não basta apenas ter um rostinho bonito, é preciso talento. "Despedida em Grande Estilo" ("Going in Style") é isso, conta em seu elenco principal com os vencedores do Oscar Morgan Freeman (“Menina de Ouro”), Michael Caine (“Regras da Vida”) e Alan Arkin (“Pequena Miss Sunshine”). Só eles já valem o ingresso do cinema.

A turma de veteranos do elenco é composta ainda por Ann-Margret (“Tommy”), que está tão esticada que mal consegue abrir a boca e interpreta Anne, a caixa de um mercado interessada em Al, e Christopher Lloyd (franquia "De Volta para o Futuro"), como Milton, um dos amigos do trio. 

Os atores bem mais jovens são Matt Dillon  (“Crash – No Limite”), policial do FBI. Joey King (“Lições em Família”), a neta de Joe; John Ortiz ("O Lado bom da Vida"), como o Jesus, o homem que vai ajudar a planejar o assalto, além de Peter Serafinowicz ("Guardiões da Galáxia"), como Murphy, o genro doidão de Joe.

Elenco do primeiro filme, de 1979 (Foto: Divulgação)
O novo "Despedida em Grande Estilo" é uma refilmagem do sucesso de 1979, que teve no elenco principal George Burns (Joe), Art Carney (Al) e Lee Strasberg (Willie). Na história, Joe, Al e Willie passam o tempo juntos, dividindo histórias do passado e dramas do presente, que incluem filhos, netos, doenças, relacionamentos e contas atrasadas. 


Até que Joe Harding (Caine) recebe um aviso do banco que a casa onde vive com a filha e a neta será tomada por falta de pagamento. Para piorar, ele e seus amigos  vão perder o dinheiro do fundo de pensão que os mantém, pois a empresa em que trabalhavam vai ser vendida. 


Joe, Willie (Freeman) e Al (Atkins) resolvem acertar as contas, roubando o banco que está tomando tudo deles. As cenas dos preparativos para a ousada empreitada, que inclui uma passada na loja de "ervas medicinais" de Murphy, estão entre as melhores do filme.

Apesar de ser uma comédia, "Despedida em Grande Estilo" é uma produção para fazer pensar também no tratamento que os idosos recebem da sociedade. E o elenco octogenário mostra isso de uma forma bem divertida. Vale a pena assistir.


Ficha técnica:
Direção: Zach Braff
Produção: New Line Cinema /Village Roadshow Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 1h36
Gêneros: Comédia /Drama
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

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