20 janeiro 2015

De fofinhos a espiões, "Os Pinguins de Madagascar" são a melhor animação da franquia

Capitão, Kowalski, Rico e Recruta estão mais engraçados e unidos nessa nova aventura da franquia Madagascar (Fotos: Fox Film/Divilgação)


Maristela Bretas


Os melhores e mais divertidos personagens da franquia Madagascar mereciam um filme. Ganharam e não deixaram por menos. Capitão, Kowalski, Rico e Recruta, contam sua história e mostram que, além de fofos, podem formar uma poderosa força de combate em "Os Pinguins de Madagascar" ("The Penguins of Madagascar"). A animação é a melhor de toda a franquia.


O filme é diversão garantida para a meninada e vai agradar também aos papais e mamães que estão à procura de uma boa opção para esse final de férias. A animação da Dreamworks, responsável pelos três filmes da saga, tem muita ação, situações bem engraçadas e uma mensagem muito bacana de amizade, lealdade e união.


A história começa com nossos amiguinhos ainda pequenos e já diferentes dos outros de sua espécie. E eles provam que podem ser muito bons como espiões. 


O quarteto de penas (que não sabe voar, como qualquer pinguim) vai contar com a ajuda de uma "tropa de elite" fora dos padrões para enfrentar o perigoso vilão, Dr. Otavius Brine, que quer destruir o mundo - por que todo malvado quer destruir o mundo?


Imperdível, com garantia de piadas boas e inteligentes. Um exemplo é a cena do salgadinho, entre o Capitão e Agente Secreto, o chefe da Agência de Espiões Vento do Norte. Impagável!




Ficha técnica:
Direção: Simon J. Smith e Eric Darnell
Produção: Dreamworks Animation
Distribuição: Fox Film
Duração: 1h33
Gênero: Animação/Comédia
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 5 (0 a 5)

Tags: Os Pinguins de Madagascar; Dreamworks Animation; Fox Film; espiões; ação; animação; comédia; Cinema no Escurinho

17 janeiro 2015

Reese Whiterspoon na trilha do Oscar com "Livre"

"Livre" é baseado na história real de Cheryl Strayed, que se vê perdida após a morte da mãe (Fotos: Fox Film/Divulgação)

Jean Piter


É difícil olhar para a bela Reese Whiterspoon e não se lembrar de sua atuação engraçada em “Legalmente Loira” (2001). Ou de não vir a mente o seu rosto ingênuo e angelical de “Segundas Intenções” (1999). Mas agora, em seu mais recente trabalho, “Livre” (2014), que estreia nesta quinta-feira nos cinemas de BH, pode se dizer que ela está quase feia.

O filme é baseado na história real de Cheryl Strayed, uma mulher que se vê perdida após a morte de sua mãe. Ela entra em um período de autodestruição, consumindo heroína e fazendo sexo com vários parceiros, indiscriminadamente. 

A situação a leva a enfrentar também um divórcio. A partir daí, decide mudar de vida, recomeçar. O caminho para essa mudança é o contato com a natureza, em uma aventura de 4.200 quilômetros, pela trilha conhecida como "Pacific Crest Trail" (ou PCT), que vai da fronteira dos EUA com o México até o Canadá, pela costa do Oceano Pacífico.


Reese interpreta Cheryl com genialidade, se entregando totalmente a personagem. O filme ajuda muito. A edição segue uma linha cronológica do percurso de Cheryl pela trilha, intercalando vários momentos passados. Reese brilha nas duas fases com expressões faciais que parecem ter sido minimamente calculadas. 

A trilha sonora faz parecer que as canções, alguns clássicos da música norte-americana, foram feitas exclusivamente para o longa. Tudo isso, somado a belas paisagens e citações poéticas, faz com que as quase duas horas de filme passem num piscar de olhos.

A atuação de Reese vem sendo muito elogiada mundo a fora. Provavelmente ela será lembrada no Oscar e em outras premiações.




A direção é de Jean-Marc Vallée, do premiado “Clube de Compras Dallas” (2013). Reese também assina como produtora. O filme foi apresentado no 39º Festival Internacional de Cinema de Toronto, em setembro de 2014. No Brasil, o longa foi um dos destaques da Mostra SP 2014, em outubro.

Adaptação

O filme “Livre” é baseado no livro "Livre - A Jornada de Uma Mulher Em Busca do Recomeço", lançado em 2012. A obra foi sucesso de crítica e de vendas nos Estados Unidos, e foi traduzida para mais de 30 idiomas.

Prêmios

Reese venceu o Oscar de melhor atriz interpretando June Carter, em “Johnny & June” (2006), filme também inspirado em uma história real. O papel também rendeu a ela os prêmios Globo de Ouro, Critics' Choice Award, BAFTA, e SAG Award.

Tags: Livre; Reese Whiterspoon, drama; Jean-Marc Vallée; Fox Film; Cinema no Escurinho

Origem do Aquaman é destaque na nova animação da Liga da Justiça




Jean Piter


A DC Comics lança no dia 27 de janeiro a animação “Liga da Justiça: Trono de Atlântida”. O filme, que chegará às lojas em DVD e Blu-ray, mostra a origem do Aquaman. O herói, também conhecido como Arthur Curry, é filho de um humano com a rainha da cidade escondida no oceano. Em crise de identidade, ele terá que ir a terra natal de sua mãe para enfrentar poderosos inimigos e assumir seu lugar como sucessor do trono.


No filme, Arthur Curry tenta entender a origem de suas habilidades sobre-humanas. Ao mesmo tempo, ele busca superar a morte do pai, sem falar que ele não chegou a conhecer sua mãe. Enquanto isso, em Atlântida, seu meio irmão, Orm Marius, planeja colocar o mundo submarino em guerra contra os humanos da superfície e, consequentemente, dominar tudo.

Embora seja um filme curto (1h12), o roteiro não deixa pontas soltas em relação ao surgimento do Aquaman. Os acontecimentos são bem rápidos e há cenas de ação do início ao fim. Os combates são sangrentos, o que mostra que não é uma animação feita para crianças. Os gráficos são de ótima qualidade e lembram séries animadas recentes como “Wolverine” (anime) e "Vingadores".




Liga da Justiça

Embora a trama gire em torno do Aquaman, os outros heróis têm papeis importantes na história. A começar por Cyborg, o supercomputador da equipe. Batman, como sempre, faz o papel de líder estrategista, sempre um passo a frente dos outros. Flash, Lanterna Verde e Shazan são meros coadjuvantes.



Paralelo a tudo isso, sobra um tempinho para o início do romance entre Clark Kent, o Superman, e Diana Prince, a Mulher Maravilha. Como boa parte da história se passa em Metropolis, a repórter Lois Lane também marca presença no filme. Mas as personagens femininas de destaque são a rainha Atlanna e sua serva Mera, peças fundamentais da história.

Promoção 

O lançamento de uma animação que destaca o Aquaman não é algo sem propósito. Trata-se na verdade de uma estratégia da DC para que o herói se torne mais conhecido, já que ele deverá aparecer no filme “Batman V Superman: Dawn of the Justice” (2016). 


O ator Jason Momoa, conhecido pela refilmagem de “Conan – O Bárbaro” (2011) e pela série “Game of Thrones”, já está escalado para o papel. O contrato de Jason Momoa prevê ainda outras três produções como Aquaman: “Liga da Justiça Parte Um”, em 2017, um filme solo do rei de Atlântida em 2018 e “Liga da Justiça Parte 2” em 2019.

Ficha técnica:
Direção: Ethan Spaulding
Produção: Warner Premiere / Warner Bros. Animation / DC Entertainment
Distribuição: Warner Home Video
Duração: 1h12
Gênero: Animação, Guerra, Ação
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 4,0 (0 a 5)

Tags: Aquaman; Liga da Justiça; DC Comics; Warner Bros Animation; animação; super heroi; ação; Cinema no Escurinho

15 janeiro 2015

"Invencível" é a grande aposta de Angelina Jolie novamente como diretora

Filme é baseado em fatos reais sobre a vida do atleta olímpico Louis Zamperini (Fotos; Universal Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Além de bela e boa atriz, Angelina Jolie provou que também tem competência nos papeis de diretora e produtora. "Invencível" ("Unbroken") é um filme sensível (mesmo abordando um tema como a guerra), baseado em fatos sobre a vida do atleta olímpico Louis "Louie" Zamperini. O filme entra em cartaz nesta quinta-feira.

No drama, a cineasta explora os sentimentos em constantes closes e expressões faciais do elenco e consegue transmitir ao público a dureza e o sofrimento dos personagens durante a guerra. Bem aproveitada a estratégia, que lembra em alguns momentos um grande sucesso - "O Império do Sol" (1987), de Steven Spielberg, que lançou ao estrelato o então menino Christian Bale.

Jack O'Connell (de "300 - A Ascensão do Império"), escolhido para viver Louis Zamperini, segura a peteca e conduz muito bem o seu personagem. Outros dois que dão um suporte bom ao elenco são o irlandês Domhnall Gleeson ("Questão de Tempo") e o norte-americano Garrett Hedlund ("Tron - O Legado").


"Invencível" conta a história real de Louis Zamperini, um menino que estava sempre envolvido em confusões e brigas e que, incentivado pelo irmão, se torna um corredor e campeão olímpico de atletismo. Convocado para a guerra tem seu avião abatido e se torna prisioneiro de guerra por dois anos no Japão.

Apesar de ser uma história real que explora bem a superação de um homem, o roteiro peca em alguns pontos, como as longas cenas longas no mar, o uso excessivo de clichês chatos e a escolha do músico rock star japonês Miyavi para o papel do comandante do campo de concentração apelidado pelos prisioneiros de "Ave", que foi o carrasco de Louis. Ele não tem nada a ver e não convence. O cinema norte-americano tem excelentes atores que fariam um trabalho mais convincente.

Mas isso não impede que a produção seja boa e prenda o público até o final. Angelina acertou nas cenas de batalhas aéreas, disputa olímpica, nos campos de prisioneiros e, principalmente na fotografia. 

Como a própria Angelina Jolie contou em entrevista, trata-se de um filme de fé, amizade, esperança, persistência e determinação, características que marcaram a vida de Louis desde a sua infância. E que garantiram que ele conseguisse sobreviver a todo tipo de tortura e perseguição, principalmente nos campos de concentração japoneses durante a Segunda Guerra Mundial, nas mãos do terrível Ave.




Curiosidades

Para a produção do filme, Jolie contou com a assessoria do próprio Zamperini, que morava próximo a sua casa em Hollywood. Das inúmeras conversas e histórias incríveis, surgiu a proposta de fazer o filme sobre o herói das pistas e de guerra.

Parte das gravações foi feita na Austrália. Louis Zamperini faleceu no dia 2 de julho de 2014, aos 97 anos, mas ainda pode ver uma versão inacabada do filme, apresentada no hospital por Angelina.

O filme é baseado em "Unbroken: A World War II Story of Survival, Resilience, and Redemption", da escritora Laura Hillenbrand, eleito o Melhor Livro de Não ficção em 2010 pela revista Time, além de ter conquistado o prêmio de livro não ficção do ano do Los Angeles Times.

O verdadeiro Louis Zamperini, cuja história foi
contada no filme
Ficha técnica:
Direção: Angelina Jolie
Produção: Legendary Pictures
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 2h17
Gênero: Guerra/ Biografia / Drama
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 3,8 (0 a 5)

Tags: Invencível; Angelina Jolie; Louis Zamperini; Segunda Guerra Mundial; japoneses; Jack O'Connell; Legendary Pictures; Universal Pictures; drama; biografia; guerra; Cinema no Escurinho

12 janeiro 2015

"Boyhood" é o grande vencedor do Globo de Ouro 2015



Maristela Bretas


Terminou no início da madrugada desta segunda-feira, no Beverly Hilton Hotel, em Los Angeles, nos EUA, a cerimônia da 72ª Edição do Globo de Ouro 2015, que premia as produções. atores e diretores que se destacaram no cinema e na TV. A apresentação foi das atrizes Tina Fey e Amy Poehler.

"Boyhood", do diretor Richard Linklater, foi o grande vencedor da noite de cerimônia da 72ª Edição do Globo de Ouro 2015, que premia as produções. atores e diretores que se destacaram no cinema e na TV. Além do prêmio de Melhor Filme na categoria Drama, conquistou também as estatuetas de Melhor diretor e Melhor Atriz Coadjuvante (Patricia Arquette).

Patricia Arquette ("Boyhood")
O filme conta a história de um casal de pais divorciados (Ethan Hawke e Patricia Arquette) que tenta criar seus dois filhos. A narrativa percorre a vida do menino Mason (Ellar Coltrane) durante 12 anos, da infância à juventude, tempo de duração das filmagens.

"Birdman", forte candidato ao título de Melhor Filme - Drama, ficou apenas com as estatuetas de Melhor ator - Comédia ou musical (Michael Keaton) e Melhor Roteiro (Alejandro González Iñárritu).

George Clooney - Prêmio Cecil B. DeMille
George Clooney, um dos mais indicados ao Globo de Ouro, recebeu o prêmio Cecil B. DeMille, que é dado aos atores e diretores por sua contribuição ao cinema. 

O ator foi reconhecido por seu  talento, coragem e contribuição em ações humanitárias.




                                             CINEMA

Melhor filme – Drama
"Boyhood"

Melhor filme – Comédia ou musical

"O Grande Hotel Budapeste"
Julianne Moore ("Still Alice")

Melhor diretor
Richard Linklater ("Boyhood")


Melhor atriz – Drama
Julianne Moore ("Still Alice")

Melhor ator – Drama
Eddie Redmayne ("A teoria de tudo")

Melhor atriz – Comédia ou musical
Amy Adams ("Big Eyes")


Melhor ator – Comédia ou musical
Michael Keaton ("Birdman")


Michael Keaton ("Birdman")
Melhor atriz coadjuvante 
Patricia Arquette ("Boyhood")


Melhor ator coadjuvanteJ.K. Simmons (Whiplash")


Melhor minissérie ou filme para TV"Fargo"


Melhor atriz em série de comédia
Gina Rodriguez, de "Jane the virgin"

Melhor atriz coadjuvante em série, minissérie ou filme para TV
Joanne Froggatt ("Downton Abbey")

Melhor ator em minissérie ou filme para a TV
Bob Thornton ("Fargo")


Como treinar seu dragão 2
Melhor roteiro
Alejandro González Iñárritu ("Birdman")

Melhor animação
"Como treinar seu dragão 2"

Melhor filme estrangeiro
"Leviatã" (Rússia)


Melhor trilha original para filme
Johann Johannsson – "A Teoria de Tudo"

Melhor canção original para TV
"Glory" – Do filme "Selma" (John Legend, Common)


                                                                              
                                                   TV

 
Melhor série de TV – Drama
"The Affair"

Melhor atriz em série de TV – Drama
Ruth Wilson ("The Affair")


Melhor ator em série de TV – Drama
Kevin Spacey ("House of cards")


Melhor série de TV – Musical ou comédia
"Transparent"



Jeffrey Tambor ("Transparent")
Melhor ator em série TV – Comédia ou musical
Jeffrey Tambor ("Transparent")


Melhor atriz em minissérie ou filme para a TV
Maggie Gyllenhaal ("The Honorable Woman")

Melhor ator coadjuvante em série, minissérie ou filme para a TV
Matt Bomer ("The Normal Heart")


Tags: Globo de Ouro 2015; Los Angeles; Boyhood; The Affair; Birdman; George Clooney; Cinema no Escurinho

11 janeiro 2015

O ruidoso som do afeto


"A Família Bélier" conta a história de um grupo de quatro pessoas das quais três são surdas (Fotos: Paris Filmes/Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


A classificação não poderia ser mais correta: comédia dramática.  "A Família Bélier" ("La Famille Bélier") destes filmes raros que costumam agradar, de cara, a maioria. Por mais que alguns críticos digam que o argumento não é original, a história da adolescente que descobre seu talento para o canto e fica em dúvida entre seguir carreira ou permanecer em casa tem sua originalidade exatamente no fato de a menina Paula ser especialmente imprescindível ao seu grupo familiar.


Explica-se: Paula, vivida pela estreante Louane Emera, vive na zona rural da França com o pai (François Damiens), a mãe (Karin Viard) e o irmão (Luca Gelberg), todos surdos. Ela é, portanto, a intérprete da turma, tanto nas relações com amigos e vizinhos quanto nas atividades comerciais que dão sustento à casa. Sua possível partida significa muito mais do que um afastamento natural de um dos elementos daquele grupo amoroso. Pode significar a inviabilidade da família. 

O grande trunfo de "A Família Bélier" é exatamente a delicadeza com que o tema da deficiência auditiva é tratada. Como se tratam de pessoas que vivem numa fazenda, o que poderiam ser estereótipos de caipiras dão lugar a uma gente ruidosa - apesar da surdez - e, talvez para compensar a falta de sons, uma gente extremamente "barulhenta" quando se trata de abraços, beijos, afagos e carinhos. Daí o inevitável clima de comédia.




Embora não sejam surdos, François Damiens, Karin Viard e Luca Gelberg dão show de interpretação, quase esbarrando no exagero, mas sem comprometer a história. As canções que permeiam toda a trama, a partir do momento em que Paula descobre seu talento, completam o clima singelo do filme. A sessão lotada das 19 horas de sexta-feira, dia 9/01/15, no Cine Belas Artes, foi aplaudida no final. Fato raro.  Classificação: 12 anos

Tags: A Família Bélier; comédia dramática; França; Paris Filmes; Cinema no Escurinho

10 janeiro 2015

Comédia "Loucas Pra Casar" explora tema batido mas surpreende com final

Ingrid Guimarães, Tatá Werneck e Suzana Pires disputam o mesmo noivo, Márcio Garcia (Fotos: Páprica Fotografias/Divulgação)

Maristela Bretas


Esperava uma comédia mais engraçada. Afinal, o filme reúne num mesmo elenco Ingrid Guimarães e Tatá Werneck, duas atrizes que já provaram ser capazes de provocar boas risadas. Mas "Loucas Pra Casar" diverte menos que outras produções nacionais do gênero que estrearam em 2014. Vale como uma distração de fim de tarde. O filme já está em cartaz nos cinemas.

O roteiro lembra o de "Homens são de Marte... E é prá lá que eu vou", mas as boas atuações de Ingrid e Tatá, além de Suzana Pires, garantem boas risadas e salvam a história, que aborda um assunto prá lá de manjado - solteirona bem sucedida correndo atrás de casamento. O final, que na verdade explica o começo, surpreende e agrada.

Fica a impressão que a escolha de Márcio Garcia para o papel de mocinho é só porque ele é bonito, mas não convence como ator de comédia. Vale pelo visual, principalmente vestido de piloto de avião.



O filme conta a história de Malu (Ingrid), uma mulher que sonha em casar na igreja, mas sempre acaba como madrinha de casamento. Bem  sucedida e atraente, ela trabalha em uma construtora imobiliária ao lado de Samuel (Marcio Garcia), seu patrão e namorado há 3 anos.

Malu, no entanto não vê a hora de colocar uma aliança no dedo esquerdo para sentir que sua vida está completa. Ela acredita que encontrou o homem de sua vida, mas descobre que outras duas mulheres, Lúcia (Suzana Pires), dançarina de boate, e a beata Maria (Tatá Werneck), achavam o mesmo sobre ele. As três terão que decidir se disputam a exclusividade ou unem-se contra o namorado.

A executiva, com a ajuda da amiga Dolores (Fabiana Karla), contrata o detetive Geraldo José (Charles Paraventi) para investigar a vida de Samuel. Enquanto Lúcia, conta com o auxílio do amigo e coreógrafo Rubi (Edmilson Filho), e Maria recorre às preces.


Curiosidade

As filmagens de Loucas pra casar ocorreram entre julho e agosto de 2014, no Rio de Janeiro e em Búzios. Para a cena em que as três pensam em se matar pulando de uma ponte, foram gastos dois dias de filmagens na Ponte do Saber, na Baia da Guanabara, usando uma subestrutura.

Ficha técnica:
Direção: Roberto Santucci
Produção: Glaz, Paramount Pictures, Globo Filmes, Telecine e Downtown Filmes
Distribuição: Downtown Filmes e Paris Filmes
Duração: 1h48
Gênero: Comédia romântica
País: Brasil
Classificação: 14 anos
Nota: 3,0 (0 a 5)

Tags: Loucas pra Casar; Ingrid Guimarães; Tatá Werneck; Suzana Pires; Marcio Garcia; Paris Filmes; Glaz; Downtown Filmes; Telecine; Paramount Pictures; comédia; Cinema no Escurinho

09 janeiro 2015

"Uma Noite no Museu 3" é a despedida da franquia e de dois grandes comediantes

Com"Uma Noite no Museu 3" Ben Stiller se despede da franquia iniciada em 2006 (Fotos: Fox Film/Divulgação)

Maristela Bretas


Quem curtiu os outros dois filmes da franquia "Uma Noite no Museu" (2006 e 2009), não pode perder "O segredo da Tumba", que encerra a trilogia protagonizada novamente por Ben Stiller. Uma chance também de ver a última comédia estrelada por Robin Williams, que morreu no ano passado.

Como nos anteriores, o filme vai agradar aos fãs e a quem quer uma boa distração durante as férias. A aventura começa novamente no Museu de História Natural de Nova York e vai parar em Londres. Destaque para o passeio de ônibus do grupo.




Em "Uma Noite no Museu 3: O segredo da Tumba" "(Night at the Museum 3: Secret of the Tomb"), Ben Stiller se despede bem do papel do segurança Larry Daley, agora pai de um adolescente rebelde, que quer conhecer o mundo e deixar de estudar. Se os problemas são grandes em casa, vão piorar no trabalho de Larry, quando ele descobre que seus famosos amigos que ganham vida à noite graças a uma tábua egípcia, podem voltar a serem apenas objetos de cera.

A tábua dourada começa a sofrer um tipo de ferrugem, que tira a vida daqueles que dela dependiam. E o segurança precisará contar com toda ajuda possível, inclusive de um famoso faraó (Ben Kingsley) exposto no museu londrino, para recuperar a peça e salvar toda a turma.

Ben Stiller garante boas risadas quando interpreta Larry e o novo homem das cavernas Laaa. Também Robin Williams faz jornada dupla, como o presidente Theodore Roosevelt e o monstro Voix de Garuda. Do grupo original - não podiam ficar de fora - estão Owen Wilson (cowboy Jedidiah) e Steve Coogan (o romano Octavius). A novidade está na participação hilária da comediante Rebel Wilson, como a segurança Tilly.

Se já não bastassem tantos nomes conhecidos, a produção trouxe de volta do primeiro filme o trio picareta de seguranças Dick Van Dyke (Cecil, à direita), Bill Cobbs (Reginald, à esquerda) e Mickey Rooney (Gus, no centro), também falecido em 2014. E fecha com nada menos que o "Nota 10" Hugh Jackman, interpretando ele mesmo.

Vale a pena assistir. Uma boa oportunidade para se despedir da trilogia e de dois grandes astros da comédia. Fica a sensação de que Ben Stiller passou o bastão e que Rebel Wilson seria um bom nome para assumi-lo, se a franquia for retomada um dia.


Ficha técnica:
Direção: Shawn Levy
Produção: 20th Century Fox
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 1h37
Gênero: Comédia/Aventura
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba; Ben Stiller; Robin Williams, Mickey Rooney; Owen Wilson; aventura; comédia; Cinema no Escurinho

07 janeiro 2015

Sony confirma estreia de "A Entrevista" para dia 29 de janeiro no Brasil


Dave Skylark e Aaron Rapoport conduzem o programa de TV sobre celebridades "Skylark Tonight (Fotos Sony Pictures/Divulgação)

  Maristela Bretas


Depois de toda uma polêmica cercada de ameaças, ataques de hackers, o adiamento da estreia e até uma declaração do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, finalmente a Sony confirma para dia 29 de janeiro o lançamento no Brasil do filme "A Entrevista" ("The Interview").

Atuando como produtor, roteirista, diretor e ator principal está Seth Rogen ("Os Vizinhos"), a comédia conta a história de Dave Skylark (James Franco) e seu produtor Aaron Rapoport (Rogen), que conduzem o programa de TV sobre celebridades "Skylark Tonight".




Eles são surpreendidos com a notícia de que o primeiro-ministro norte-coreano Kim Jong-Un é fã do show e conseguem marcar uma entrevista exclusiva. Durante os preparativos da viagem à Pyongyang, Dave e Aaron são procurados por agentes da CIA, que os convence a aproveitar a oportunidade de se aproximarem do líder norte-coreano para assassiná-lo.





Tags: A Entrevista; Seth Rogen; James Franco; Sony Pictures; comédia; Cinema no Escurinho

05 janeiro 2015

Ação, drama, falcatruas e até um filme catástrofe entre os lançamentos a partir deste mês

"Terremoto: A Falha de San Andreas", "Grandes Olhos", Sniper Americano" e "Mad Max: Estrada da Fúria" - filmes para todos os gostos ( Montagem sobre fotos de Divulgação)

Maristela Bretas


Janeiro abre o ano com a estreia grandes produções. Além dos filmes citados na postagem do dia 10 de dezembro de 2014, será lançado, dia 29, "Grandes Olhos" ("Big Eyes"), do diretor Tim Burton. Distribuída pela Paris Filmes, a produção concorre aos Globos de Ouro nas categorias de Melhor Ator/ Comédia ou Musical (Christoph Waltz), Melhor Atriz/ Comédia ou Musical (Amy Adams) e Canção Original (Lana Del Rey – “Big Eyes”).

"Grandes Olhos" conta a história verdadeira de uma das maiores fraudes na história da Arte. No final dos anos 50 e início dos 60, o pintor Walter Keane (Christoph Waltz) alcança um estrondoso sucesso, revolucionando o comércio da arte popular com suas pinturas enigmáticas de crianças abandonadas com grandes e assustadores olhos.

No entanto, os trabalhos que consagraram Walter eram criados pela mulher dele, Margaret (Amy Adams), uma desconhecida para o mundo. "Grandes Olhos" é centrado no despertar da artista, o sucesso de suas pinturas e a relação tumultuada com o marido, que alcançou fama internacional a suas custas, e contra quem ela terá de lutar nos tribunais para provar que as obras que ele expunha eram dela.





"Sniper Americano"

A Warner Bros. Pictures também vem com três bons lançamentos nos cinemas brasileiros a partir de 19 de fevereiro. "Sniper Americano", do aclamado diretor Clint Eastwood, é um que está sendo muito esperado por quem gosta de histórias ocorridas durante a guerra no Iraque.

Bradley Cooper, também produtor executivo do filme, é Chris Kyle, membro das Forças de Operações Especiais da Marinha dos Estados Unidos e exímio atirador. Ele é enviado ao Iraque com uma única missão: proteger companheiros. Sua precisão salva inúmeras vidas no campo de batalha e as histórias de suas corajosas façanhas se espalham até que ele receba o apelido de "Lenda”.

Mas a reputação de Kyle também atrai a atenção dos inimigos, que colocam sua cabeça a prêmio. Ele também enfrenta um drama familiar e precisa ser um pai e marido presente, mesmo vivendo por quatro anos do outro lado do mundo e correndo risco de vida constante. E retornar para sua esposa, Taya Renae Kyle (Sienna Miller), e seus filhos não irá fazer com que esqueça tudo o que viveu durante a guerra.

O roteiro foi escrito por Jason Hall, baseado no livro de Chris Kyle, com Scott McEwan. A autobiografia ficou 18 semanas na lista de best-sellers do New York Times, sendo 13 em primeiro lugar.




"Mad Max: Estrada da Fúria"

No mês de maio, outras duas grandes produções. Dia 14, sob a direção de George Miller, estreia "Mad Max: Estrada da Fúria". O protagonista é Tom Hardy, que vive Max Rockatansky, ou simplesmente Mad Max, dividindo o elenco com Charlize Theron, Nicholas Hoult, Zoe Kravitz, Riley Keough, Hugh Keays-Byrne e Rosie Huntington-Whiteley.


O novo filme revisita a própria trilogia pós-apocalíptica com o anti-herói conhecido como Mad Max, um guerreiro das estradas que precisa resgatar um grupo de garotas envolvidas em uma guerra mortal, iniciada pela Imperatriz Furiosa (Theron).




"Terremoto: A Falha de San Andreas"

E fechando o mês, no dia 28, o gênero catástrofe está de volta, bem ao estilo "2012". Dwayne "The Rock" Johnson novamente é o mocinho que tenta salvar todo mundo em "Terremoto: A Falha de San Andreas", filme dirigido por Brad Peyton.

Depois que a famosa “Falha de San Andreas” , na Califórnia, finalmente cede, provocando um terremoto de magnitude 9, um piloto de helicóptero de busca e resgate (Johnson) e sua ex-esposa fazem juntos o caminho de Los Angeles para São Francisco para tentar salvar sua única filha. E é durante a jornada que eles percebem que o pior da destruição mal começou.

O filme é estrelado também por Carla Gugino, Alexandra Daddario, Ioan Gruffudd, Archie Panjabi, Art Parkinson e Paul Giamatti. Filmado em locações em Gold Coast e Brisbane, que ficam em Queensland, na Austrália, e em Los Angeles e San Francisco, "Terremoto: A Falha de San Andreas" está previsto para ser lançado nos cinemas nos formatos 3D e 2D.



Tags: Sniper Americano; Terremoto: A Falha de San Andreas; Mad Max: Estrada da Fúria; Grandes Olhos; Clint Eastwood; ação; drama; tiros; aventura; Paris Filmes; Warner Bros Pictures; Cinema no Escurinho


02 janeiro 2015

Do tempo em que viajar com a família era diversão pura, sem tecnologia

Férias na praia para garotada significa muita farra e novas amizades (Fotos Imovision/Divulgação)

Maristela Bretas


Assistir ao filme "As Férias do Pequeno Nicolau" ("Les Vacances du Petit Nicolas") me fez lembrar a infância, viajando com meus pais, irmãs, tios e primos. Não tinha farofa nem frango, mas sanduiche e suco. Os destinos, como bons mineiros, eram Cabo Frio e Guarapari.


O filme francês, uma continuação de "O Pequeno Nicolau" (2010), remete a uma época em que o interessante era brincar na areia e no mar e aprontar muito. A tecnologia mais avançada era o rádio e a TV, que ficavam desinteressantes diante de tantas coisas a fazer com os amigos.




O fim das aulas e a expectativa das férias - litoral ou montanha. Essa era a rotina de todo ano do jovem Nicolau (Mathéo Boisselier), que sempre esperava a decisão dos pais (Valérie Lemercier e Kad Merad) sobre o destino. Para sua sorte, a praia foi a escolha que ele tanto desejava. 


E as férias prometiam ser de grandes aventuras e brincadeiras. E também da descoberta do primeiro amor. Mas nem tudo estava perfeito. Pelo menos para o pai de Nicolau, que teria de levar a sogra (Dominique Lavanant) junto.

Mas isso não vai tirar a graça da farra de conhecer novos e divertidos amigos, fazer (e desmanchar) castelos de areia, jogar bola, nadar, olhar as mulheres de biquíni, se envolver em confusões e até conhecer uma garota muito especial. Tudo isso sem precisar de um tablet ou celular. Diversão pura, que poucas crianças de hoje conhecem ou sabem aproveitar.



Então, desligue o celular e vá conferir "As Férias do Pequeno Nicolau", uma boa opção para a família nestas férias, com pipoca e refrigerante. 

E no final, cai bem um sorvete e um bate-papo dos pais contando para a meninada como suas travessuras na infância.

Ficha técnica
Diretor: Laurent Tirard
Distribuição: Imovision
Duração: 1h37
Gênero: Comédia/Família
Classificação: Livre
País: França
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: As Férias do Pequeno Nicolau; Imovision; Laurent Tirard; comédia; família; Cinema no Escurinho

“Operação Big Hero”, a mistura acertada de heróis dos quadrinhos Marvel e estúdios Disney

Hiro Hamada transforma Baymax num robô de combate ao crime (Fotos: Disney Studios/Divulgação)

Maristela Bretas


Imperdível! "Operação Big Hero" ("Big Hero 6") encerrou 2014 e abriu 2015 como uma das melhores animações do último ano. E a confirmação da parceria acertada dos Estúdios Disney com uma trama baseada em quadrinhos de sua filial, a Marvel Comics. Nasce um novo grupo de heróis, que vai se juntar aos Vingadores no combate ao crime. Mesmo que em San Fransokyo, uma cidade que mistura o nome e as características de San Francisco e Tóquio.




Aventura, ação, muitas bugigangas tecnológicas e um garoto de 13 anos prá lá de inteligente comandando um grupo de jovens nerds. Esta é a história de Hiro Hamada (voz original do dublador estreante Ryan Potter), um japonesinho prá lá de fera na robótica que deixa as lutas de robôs para ajudar seu brilhante irmão Tadashi (voz de Daniel Henney).



E um grupo de nerds vai se juntar a eles nesta aventura. A dublagem em português também foi feita por estreantes no ramo: Marcos Mion faz a voz de Fred/Fredzilla, um adolescente muito doido que insiste em se transformar num dragão que cospe fogo; Kéfera Buchmann é a agitada Go Go Tamargo; o único conhecido por participações em produções Disney, Robson Nunes, que dubla o perfeccionista Wasabi No-Ginger; e Fiorella Mattheis, que dá a voz à superquímica Honey Lemon.



Mas a grande estrela de "Big Hero 6" é Baymax (voz de Scott Adsit), um robô branquinho como um boneco de neve, muito fofo, carinhoso e desengonçado, criado por Tadashi para identificar doenças e tratá-las. Ele garante as cenas mais engraçadas da animação cada vez que tenta fazer alguma coisa. Com uma enorme barriga e pernas curtinhas, ele se atrapalha todo, ao tentar correr ou jogar bola. Hilário.



Uma mudança drástica na vida destes amigos tecnológicos vai tirá-los do laboratório da universidade e levá-los para as ruas no combate ao crime. É pura diversão para todas as idades e uma das boas opções para este feriado prolongado e para as férias. Um alerta: fique até o final dos letreiros para assistir à cena extra com um personagem da Marvel.




Ficha técnica
Direção: Don Hall e Chris Williams
Produção: Walt Disney Animation Studios e Marvel Studios
Distribuição: Disney/Buena Vista
Duração: 1h42
Gênero: Aventura/ Comédia
Classificação: Livre
País: EUA
Nota: 4,8 (0 a 5)

Tags: Operação; Big Hero 6; Disney; Marvel; Don Hall; comédia; aventura; Cinema no Escurinho