17 janeiro 2016

"Creed: Nascido para Lutar" exalta Rocky Balboa e abre as portas do cinema para novos ídolos do boxe

Filme dá sequência à história de um dos mais famosos boxeadores do cinema (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Jean Piter Miranda


Adonis Johnson (Michael B. Jordan), ainda criança, toma conhecimento de que é filho de Apollo Creed, uma lenda do boxe. Só que Apollo morreu antes de Adonis nascer. O menino então cresce treinando para ser um pugilista. Vira adulto. Tem tudo para ter uma "carreira normal" e bem sucedida em um escritório. Mas, algo parece o chamar para os ringues. Ele então larga tudo e vai atrás do velho Rocky Balboa (Sylvester Stallone) para ser treinado por ele e então se tornar um profissional.

"Creed: Nascido Para Lutar" é um derivado da saga "Rocky". Talvez isso incomode os fãs de Balboa, já que o último longa da franquia, "Rocky Balboa" (2006), que foi bem recebido pelo público e pela crítica, parecia ter fechado a história. Então, depois disso, fazer mais um filme seria um grande risco. Mas foi uma boa sacada.

Michael B. Jordan manda muito bem. Seu personagem é problemático e carismático ao mesmo tempo. Um anti-herói. É mais que alguém que busca autoafirmação e superação. Ele quer brilhar no boxe, mas sem usar o nome do pai. Quer méritos próprios, provar algo pra si mesmo. Essa carga dramática o torna bem humano. Assim, mesmo cometendo uma série de erros, o espectador fica do seu lado até o fim.

Stallone faz mais uma vez o papel de Rocky. Fora dos ringues. Mais velho, com a saúde debilitada, solitário, e com a dor de ter perdido, ao longo da vida, as pessoas que mais amava. Uma interpretação grandiosa que já rendeu a ele o Globo de Ouro 2016 de Melhor Ator Coadjuvante e a indicação ao Oscar 2016 de Melhor Ator Coadjuvante. Um reconhecimento bem merecido.

"Creed" tem várias referências aos outros filmes da saga Rocky, mas sem usar o recurso de cenas antigas, flashbacks. Ao mesmo tempo, o longa vai se distanciando de Balboa, criando uma nova narrativa, com novos personagens. Os mais atentos vão notar que o mundo do boxe sempre exalta seus ídolos, seus heróis do passado, sem que isso seja um empecilho para a renovação, para a chegada de novos grandes atletas.

É mais sobre Adonis que sobre Rocky. E ao mesmo tempo é uma homenagem mais que merecida ao maior boxeador do cinema.

Ação

O filme tem mais momentos de dramas que de ação. São poucas lutas. Quando não está treinando, Adonis está se metendo em encrencas. Ou está enfrentando seus fantasmas. Mas pra quem gosta de boxe, "Creed" tem seus pontos altos. As academias são reais. Os treinos também. E os atores que compõem o elenco também são profissionais do mundo do boxe, como os lutadores Tony Bellew, Andre Ward e Gabriel Rosado. Isso, somado aos recursos atuais de filmagem, deixam os combates dentro do ringue bem realistas.

Sequência

"Creed" é de certa forma previsível, como todo filme de ação. Até porque, não são muitas as opções. Luta ou não luta. No ringue, perde, vence ou dá um empate. Um atleta tentando se superar quando tem muitos problema nas vida é um roteiro que já foi usado. O que tem além disso é que faz a diferença.

O filme tem seus méritos. É muito bem feito e dosa bem emoção e adrenalina. Se fizer sucesso, pode ter uma sequência, com ou sem Rocky. Michael B. Jordan é jovem e cumpriu bem seu papel. As possibilidades de novas boas histórias com Creed são muitas. Tem bons personagens secundários pra isso. Os que estão dentro e os que estão fora do ringue. Os que estão próximos e os que estão distantes de Adonis. É esperar para ver.



Globo de Ouro

Na entrega da estatueta de Melhor Ator Coadjuvante no Globo de Ouro 2016 pelo retorno ao papel de Rocky Balboa em "Creed: Nascido para Lutar", Sylvester Stallone lembrou que esteve na premiação pela última vez em 1977, quando foi indicado como melhor ator com o mesmo personagem em "Rocky: Um Lutador", lançado em 1976, que também lhe rendeu uma indicação ao Oscar. 

Aproveitando a premiação, a Warner Bros. Pictures divulgou um mini-site com o legado de Rocky e com toda a linha do tempo da franquia, incluindo fotos, vídeos, GIFs e frases que marcaram os filmes. Acesse http://creedtimeline-br.tumblr.com/

Ficha técnica
Diretor e roteirista: Ryan Coogler
Duração: 2h14
Produção: Metro-Goldwyn-Mayer Pictures (MGM)
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Gênero: Drama
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #CreedNascidoParaLutar, #RockyBalboa, #Sylvester Stallone, # MichaelBJordan, #drama, # MetroGoldwynMayerPictures, #WarnerBrosPictures, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

16 janeiro 2016

Steve Jobs, um visionário dominador 100 anos a frente de seu tempo

Steve Jobs, o homem com visão de futuro que revolucionou a tecnologia (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas e Adriana Perez


Mais uma versão cinematográfica sobre o gênio cofundador da Apple? Talvez, mas com um foco pessoal adaptada da biografia escrita por Walter Isaacson. Se em 2013 a abordagem do filme "Jobs" tentou ser minuciosa demais e acabou se excedendo e ficando arrastada em alguns momentos, em "Steve Jobs" temos dois premiados atores - Michael Fassbender e Kate Winslet - mostrando de maneira marcante o lado pessoal do visionário e dominador fundador da Apple e aliviando um o lado "sacana". 

As criações são usadas como divisores de três fases da vida de Jobs, entrecortadas por flashbacks - o lançamento do Macintosh, em 1984; o NeXT Computer, em 1988, já fora da Apple; e o retorno triunfal à empresa com o iMac, em maio de 1998.  

Se o verdadeiro Steve Jobs não era pessoalmente interessante, a escolha de Michael Fassbender agrada profundamente ao público feminino. O astro de "Macbeth" é sempre um "tesão" de homem e ajudou muito a melhorar a imagem do personagem original. Fora o aspecto físico, Fassbender está ótimo no papel, e muito parecido com Jobs em sua idade mais madura, perto do lançamento do iMac. Antes até que nem tanto, Ashton Kutcher ficou mais parecido na fase jovem quando fez o papel principal na produção de 2013.

A história foca mais os bastidores e a relação de Steve Jobs com seu antigo sócio Steve Wozniak (interpretado por Seth Rogen, muito bem fazendo um papel sério), com John Sculley, CEO da empresa (feito por Jeff Daniels), a prepotência e a estupidez com que tratava seus funcionários e a ex-namorada de faculdade e mãe de sua filha Chrisann Brennan (Katherine Waterston). 

Mas as duas mulheres que realmente marcaram sua vida e conseguiram despertar algum sentimento além da frieza e arrogância natural teriam sido a filha Lisa (que teve três intérpretes), reconhecida somente após muita briga na justiça, e Joanna Hoffman, então chefe de marketing do Macintosh (papel de Kate Winslet, digno de Oscar). Ela talvez mereça mais a estatueta de Melhor Atriz Coadjuvante do que Fassbender de Melhor Ator, como foram indicados.

Não estou desmerecendo sua interpretação, pelo contrário. Ele soube conduzir bem as muitas faces do gênio da Apple, principalmente o lado brilhante do visionário que revolucionou a era digital e se considerava o maestro da orquestra, que ele regia com mãos de ferro. Para ele, os membros da equipe eram apenas os músicos, incluindo os verdadeiros criadores de suas máquinas - Steve Wosniak e Andy Hertzfeld (papel de Michael Stuhlbarg).

Ponto também para o roteiro de Aaron Sorkin, que já faturou o Globo de Ouro de 2016 por Melhor Roteiro, e para a direção de Danny Boyle, que não foi indicado ao Oscar. 

"Steve Jobs" não é um filme que trata de tecnologia e das grandes invenções do personagem, mas um drama bem conduzido sobre o lado pessoal e genial de um homem 100 anos além de seu tempo. Ele queria transformar o computador em algo acessível a todos e principalmente às escolas. 

Ao mesmo tempo, não aceitava que seu sistema fosse aberto a aplicativos e dispositivos, o que desagradou a sócios e diretores da Apple. O filme explica muitas de suas atitudes e também reforça as críticas que ele recebeu até sua morte. Merece ser visto.



"Steve Jobs" está em cartaz, na versão legendada, em cinco salas de cinema de BH - 1 (sessão 21h20) e 3 do Cineart Paragem (18h50), 1 do Net Cineart Premier Ponteio (13h20 e 18h30), 1 do BH Shopping (13 horas, 15h50, 18h45 e 21h30) e 6 do Pátio Savassi (14h45, 17h30, 20h15 e 23h20).

Ficha técnica
Diretor: Danny Boyle
Roteirista: Aaron Sorkin
Duração: 2h02
Produção: Universal Pictures // Legendary Pictures / Cloud Eight Films
Distribuição: Universal Pictures
Gênero: drama / biografia
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #SteveJobs, #MichaelFassbender, #KateWinslet, SethRogen, #JeffDaniels, #DannyBoyle, #AaronSorkin, #UniversalPictures, #drama, #biografia, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

14 janeiro 2016

"O Regresso" sai na frente com 12 indicações ao Oscar 2016


As oito produções indicadas ao prêmio de Melhor Filme do Oscar 2016 (Fotos: Divulgação)


A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou nesta quinta-feira (14) os indicados ao Oscar 2016. Uma das surpresas foi a indicação do brasileiro "O menino e o mundo", do diretor paulista Alê Abreu, na categoria de animação. Ele disputa com "Divertida Mente". 

Os nomes dos concorrentes das 24 categorias foram lidos pelos diretores Guillermo Del Toro e Ang Lee, pelo ator John Krasinski e pela presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs. A cerimônia de entrega das estatuetas do 88º Oscar acontece no dia 28 de fevereiro, com apresentação do ator e comediante Chris Rock.

"O Regresso" lidera com 12 indicações, incluindo ator para Leonardo DiCaprio, em sua sexta indicação ao Oscar, e melhor diretor Alejandro G. Iñárritu, que venceu no ano passado por "Birdman". "O Regresso" também foi o grande vencedor do Globo de Ouro, levando três estatuetas - Melhor Filme, Melhor Ator e  Melhor Roteiro.

"Mad Max: Estrada da Fúria" aparece em segundo, concorrendo em 10 categorias, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor. "Perdido em Marte" conquistou 7 indicações, mas o diretor Ridley Scott ficou de fora.

Veja a lista de indicados ao Oscar 2016:


Melhor filme
"A Grande Aposta"
"Ponte dos Espiões"
"Brooklyn"
"Mad Max - Estrada da Fúria"
"Perdido em Marte"
"O Regresso"
"O Quarto de Jack"
"Spotlight - Segredos Revelados"

Melhor ator
Bryan Cranston ("Trumbo")
Matt Damon ("Perdido em Marte")
Leonardo DiCaprio ("O Regresso")
Michael Fassbender ("Steve Jobs")
Eddie Redmayne ("A Garota Dinamarquesa")
  

Melhor atriz
Cate Blanchett ("Carol")
Brie Larson ("O Quarto de Jack")
Jennifer Lawrence (“Joy - O Nome do Sucesso”)
Charlotte Rampling (“45 anos”)
Saoirse Ronan ("Brooklyn")

Melhor diretor
Alejandro G. Iñárritu ("O Regresso")
Tom McCarthy ("Spotlight - Segredos Revelados"")
George Miller ("Mad Max: A Estrada da Fúria")
Adam McKay ("A Grande Aposta")
Lenny Abrahamson ("O Quarto de Jack")


"O Filho de Saul" (Foto: Divulgação)

Melhor filme estrangeiro 
"Embrace of the Serpent" (Colômbia)
"Cinco Graças" (França)
"O Filho de Saul" (Hungria)
"Theeb" (Jordânia)
"A War" (Dinamarca)

Melhor trilha sonora
"Ponte dos Espiões"
"Carol"
"Os 8 Odiados"
"Sicario - Terra de Ninguém"
"Star Wars - O Despertar da Força"




Melhor ator coadjuvante
Christian Bale
Tom Hardy
Mark Ruffalo
Mark Rylance
Sylvester Stallone

Melhor roteiro adaptado
"A Grande Aposta"
"Brooklyn"
"Carol"
"Perdido em Marte"
"O Quarto de Jack"

  
"Divertida Mente" (Foto: Disney-Pixar/Divulgação)

Melhor roteiro original
"Ponte dos Espiões"
"Ex Machina"
"Divertida Mente"
"Spotlight - Segredos Revelados"
"Straight Outta Compton"

Melhor design de produção
"Ponte dos Espiões"
"A Garota Dinamarquesa"
"Mad Max - Estrada da Fúria"
"Perdido em Marte"
"O Regresso"


"O Menino e o Mundo" (Foto: Divulgação)
Melhor animação
"Anomalisa"
"O Menino e o Mundo" (brasileiro)
"Divertida Mente"
"Shaun, O Carneiro"
"Quando estou com Marnie"


"Carol" (Foto: Divulgação)
Melhor fotografia
"Carol"
"Os Oito Odiados"
"Mad Max - Estradas da Fúria"
"O Regresso"
"Sicário - Terra da Ninguém"

Melhor figurino
"Carol"
"Cinderela"
"A Garota Dinamarquesa"
"Mad Max - Estrada da Fúria"
"O Regresso"                                            

                                              
"Star Wars - O Despertar da Força" (Foto: Walt Disney Studio)

Melhores efeitos visuais
"Ex Machina"
"Mad Max - Estrada da Fúria"
"Perdido em Marte"
"O Regresso"
"Star Wars - O Despertar da Força"

Melhor montagem
"A Grande Aposta"
"Mad Max - Estrada da Fúria"
"O Regresso"
"Spotlight - Segredos Revelados"
"Star Wars - O Despertar da Força"





Melhor atriz coadjuvante
Jennifer Jason Leigh
Rooney Mara
Rachel McAdams
Alicia Vikander
Kate Winslet


Melhor edição de som
"Mad Max - Estrada da Fúria"
"Perdido em Marte"
"O Regresso"
"Sicario - Terra de Ninguém"
"Star Wars - O Despertar da Força"
     
"Sicário - Terra de Ninguém" (Foto: Divulgação)

Melhor mixagem de som
"Ponte dos Espiões"
"Mad Max - Estrada da Fúria"
"Perdido em Marte"
"O Regresso"
"Star Wars - O Despertar da Força"

Melhor curta de animação
"Bear Story"
"Prologue"
"Sanjay's Super Team"
"We can't live without Cosmos"
"World of tomorrow"

Melhor curta de live action
"Ave Maria"
"Day One"
"Everything will be okay (Alles Wird Gut)"
"Shok"
"Stutterer"
 
      
"O Regresso" (Foto: Fox Film/Divulgação)


Melhor cabelo e maquiagem
"Mad Max - Estrada da Fúria"
"The 100-year-old man who climbed out the window and disappeared"
"O Regresso"

Melhor documentário
"Amy"
"Cartel Land"
"The look of silence"
"What happened, Miss Simone?"
"Winter on fire: Ukraine's Fight for Freedom"

Melhor documentário de curta-metragem
"Body team 12"
"Chau, beyond the lines"
"Claude Lanzmann: Spectres of the Shoah"
"A Girl in the River: The Price of forgiveness"
"Last day of freedom"





Melhor canção original
"Earned it", The Weekend ("Cinquenta Tons de Cinza")
"Manta Ray", J. Ralph & Antony ("Racing extinction")
"Simple song", Sumi Jo e Viktoria Mullova ("Youth")
"Writing's on the wall", Sam Smith ("007 Contra Spectre")
"Til it happens to you", Lady Gaga ("The Hunting Ground")

13 janeiro 2016

Snoopy, Charlie Brown e sua turma estão de volta e mais fofos

Animação contou com roteiro feito pelo neto do criador de Snoopy (Fotos: Fox Films do Brasil/Divulgação)

Maristela Bretas


Ele é simpático, tímido, vive fazendo trapalhadas, mas está sempre cercado de amigos. Ao seu lado, o fiel escudeiro, o beagle mais "top" do pedaço. Estou falando de Charlie Brown e Snoopy, que chegam ao cinema com sua turma nesta quinta-feira em "Snoopy e Charlie Brown - Peanuts, O Filme" ("The Peanuts Movie").

Ao contrário dos desenhos feitos para a TV, o diretor Steve Martino, um fã da dupla desde criança,  apostou numa nova história, baseada nas milhares de tirinhas dos personagens criados por Charles M. Schulz em 1950.

E acertou ao manter as qualidades e defeitos de Charlie Brown, sempre "pisando na bola" quando fazia alguma coisa. Snoopy, apesar de ser o primeiro nome do título, divide o estrelado com seu dono. E a dupla dá um show de animação, numa história ideal para todas as idades.

"Snoopy e Charlie Brown - Peanuts, O Filme" tem também outros conhecidos personagens dos quadrinhos - Schroeder, Sally, Linus, Patty Pimentinha, Chiqueirinho. A novidade está na nova aluna da sala, a garota do cabelo vermelho, que vai fazer o coração do azarado Charlie Brown pular do peito. E em 3D.

Enquanto isso, Snoopy se torna um o piloto e embarca em sua maior missão - uma batalha no céu para salvar a bela cadelinha Fifi de seu arqui-inimigo, o Barão Vermelho.

Para manter o trabalho original de Charlie Schulz, nada melhor que um roteiro escrito pelo filho dele, Craig e o neto Bryan e a produção de um estúdio premiado como o Blue Sky, responsável por grandes animações como "Rio 1 e 2" e a saga "A Era do Gelo".Um bom programa para uma sessão da tarde em família neste período de férias.



Ficha técnica:
Direção: Steve Martino
Produção: Blue Sky Studios
Distribuição: Fox Films do Brasil
Duração: 1h28
Gêneros: Aventura / Animação / Família
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: #SnoopyeCharlieBrownPeanutsOFilme, #Snoopy, #CharlieBrown, #CharlieSchulz, #Peanuts, #SteveMartino, #BlueSkyStudios, #FoxFilmsdoBrasil, #animação, #aventura, #família, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

11 janeiro 2016

"O Regresso", "Perdido em Marte" e "Steve Jobs" brilham no Globo de Ouro 2016

"O Regresso" conquistou os prêmios de Melhor Filme, Melhor Ator e Melhor Diretor
 (Fotos: Divulgação)

Maristela Bretas


Com apresentação principal do ator Ricky Gervais, muitas celebridades do cinema e da TV e um evento mais agitado por conversas que em anos anteriores, foram anunciados na noite de domingo e madrugada desta segunda-feira os ganhadores do Globo de Ouro 2016 (Golden Globe Awards). O vitorioso da noite foi o "O Regresso", que conquistou três estatuetas - Melhor Filme, Melhor Ator - Leonardo DiCaprio - e Melhor Diretor - Alejandro González Iñarritu.

O primeiro anúncio foi feito pela dupla Channing Tatum e Jonah Hill, que apresentou o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante. E a escolhida foi Kate Winslet, por seu papel no filme "Steve Jobs". 

Dwayne Johnson e Jennifer Lopez entregaram o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante de Minissérie ou Telefilme, a Maura Tierney, por "The Affair". Rachel Bloom, da série "Crazy Ex-Girlfriend" venceu como Melhor Atriz em Série de Comédia de TV. Já a estatueta de Melhor Série de TV na categoria de Comédia/ Musical foi para "Mozart in the Jungle".

Viola Davis, da série "To Get Away With Murder", começou anunciando os filmes que estavam na disputa do prêmio de Melhor Filme do cinema. O primeiro foi "Carol". Matt Damon, que também disputava o prêmio de Melhor Ator, anunciou "Perdido em Marte". Melissa McCarthy e Jason Statham anunciaram o filme "A Espiã Que Sabia de Menos". 


Jennifer Lawrence e Amy Schummer apresentaram os filmes "Descompensada" e "Joy: O Nome do Sucesso". Com algumas gracinhas, Ryan Gosling e Brad Pitt (também produtor do filme) fizeram o anúncio de "A Grande Aposta". Mel Gibson, que atuou nos três primeiros filmes da franquia "Mad Max", ficou com a responsabilidade de anunciar "Mad Max - Estrada da Fúria". Chris Evans (o belo Capitão América) contou um pouco sobre a história de "Spotlight - Segredos Revelados", outro dos candidatos. Os últimos filmes anunciados foram "O Quarto de Jack" e "O Regresso". 

O Globo de Ouro de Melhor Minissérie ou Telefilme ficou para "Wolf Hall". Jamie Alexander e Amber Heard anunciaram o prêmio de Melhor Ator de Minissérie ou Telefilme, levado por Oscar Isaac, por "Show Me a Hero". Ele também pode ser visto em "Star Wars - O Despertar da Força", no papel do mocinho Poe Dameron.

Lady Gaga, também entre as indicadas, entregou a Christian Slater o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante em série de TV, Minissérie ou Telefilme, por "Mr. Robot". Ela está passando no Brasil e entra em sua segunda temporada no canal a cabo Space. E conquistou seu segundo prêmio da noite, como Melhor Série de Drama. 

Quentin Tarantino recebeu o prêmio por Ennio Morricone de Melhor Trilha Sonora Original, feita para o filme "Os Oito Odiados", que ele dirigiu. Esta foi o terceiro Globo de Ouro do compositor de 87 anos, autor de mais de 500 obras musicais para filmes e programas de TV.

Uma pena, mas Wagner Moura, que interpretou Pablo Escobar na série de TV "Narcos", exibida pela Netflix, não levou o prêmio e Melhor Ator em Série de Drama em TV, que ficou para Jon Hamm, por "Mad Men".

Amy Adams foi a responsável por entregar o Globo de Ouro para Matt Damon, como Melhor Ator de Comédia ou Musical. Ele interpretou um astronauta esquecido no planeta vermelho em "Perdido em Marte". No discurso ele mandou os filhos dormirem cedo, agradeceu à esposa, ao diretor Ridley Scott e a todos que trabalharam na produção.

Não poderia ser diferente. O Melhor Filme de Animação do Ano ficou para "Divertida Mente", uma escolha mais que esperada e merecida. A estatueta foi entregue aos diretores da Pixar/Disney.

Sylvester Stallone foi uma das premiações mais comemoradas da noite ao conquistar seu primeiro Globo de Ouro como Melhor Ator Coadjuvante pelo filme "Creed". Ele interpreta o treinador de um jovem boxeador, relembrando os bons tempos de "Rocky, um Lutador". Stallone agradeceu a família e os produtores e, principalmente, ao amigo imaginário Rocky Balboa, que ele chamou de o melhor amigo que jamais teve.

Will Ferrell e Mark Walberg com óculos coloridos de 2016 reclamaram do ruído da plateia (assim como outros apresentadores) e do pessoal da TV e anunciaram o ganhador de Melhor Roteiro. O prêmio ficou para "Steve Jobs”, do roteirista Aaron Sorkin. 


Gael García Bernal ganhou o reforço dos super-heróis das séries "Supergirl" e "The "Flash" ao ser anunciado como o vencedor de Melhor Ator por Comédia ou Musical pelo filme "Mozart  In The Jungle".

Helen Mirren demonstrou com muita alegria sua satisfação em anunciar a produção húngara "Filho de Saul" como a vencedora do prêmio de Melhor Filme Estrangeiro, previsto para estrear em março deste ano nos cinemas brasileiros.


Lady Gaga, de longo preto, ficou muito emocionada ao conquistar seu primeiro Globo de Ouro como Melhor Atriz de Minissérie ou Telefilme por "American Horror Story: Hotel". Ela agradeceu a todos e disse que queria ser atriz antes de ser cantora, mas que a carreira musical deu muito certo.

Katy Perry anunciou a Melhor Canção Original, que saiu  para "Writing's On The Wall" (Sam Smith), do filme "007 Contra Spectre". Nada merecido. A música é muito fraca e é inevitável não comparar com "Skyfall", de Adele, esta sim, merecedora do Globo de Ouro e Oscar.

O grande ganhador de Oscar, Tom Hanks (muito gripado) também chamou a atenção da plateia pelo barulho excessivo. E anunciou a homenagem, mais que merecida ao também premiado Denzel Washington por seu trabalho, personalidade e grandeza pelo conjunto de obras que interpretou. Hanks comparou o colega a antigos astros do cinema, como Humphrey Bogart que deixaram sua marca em Hollywood. Em seguida foram exibidos vários filmes de Denzel, que recebeu o prêmio especial Cecil B. DeMille. Ele foi aplaudido de pé e fez seu discurso acompanhado da mulher e de três dos quatro filhos ao palco. 

Morgan Freeman, anunciado pelo apresentador por Ricky Gervais como um dos mais respeitados atores do evento, entregou a  Alejandro González Iñarritu o prêmio de Melhor Diretor por "O Regresso", que tem Leonardo DiCaprio no papel principal. O filme deverá estrear no Brasil somente em 24 de fevereiro.

Na categoria Melhor Atriz de Série em Drama, a vencedora foi Taraji P. Henson, por "Empire", sobre uma ex-presidiária que passou 17 anos na cadeia vendendo crack.

Michael Keaton anunciou o nome de Jennifer Lawrence  como a ganhadora do prêmio de Melhor Atriz de Comédia ou Musical por "Joy: O Nome do Sucesso". Esta é a terceira estatueta da atriz, que já foi vencedora por "O Lado Bom da Vida" e "Trapaça".

Jim Carey, barbado, falou de seus dois Golden Globes e do sonho de ganhar o terceiro, fez piada sobre a premiação e anunciou o vencedor de uma categoria que ele conhece bem - Melhor Comédia. E o prêmio ficou para "Perdido em Marte". O diretor Ridley Scott agradeceu ao prêmio (o segundo da noite) que ele achava que receberia somente depois de morto, elogiou os outros candidatos e ao sucesso de outros filmes, como "Star Wars - O Despertar da Força". 


Eddie Redmayne, na disputa como melhor ator de Drama, entregou o Globo de Ouro para Brie Larson como Melhor Atriz de Drama por sua interpretação em "O Quarto de Jack". A jovem atriz agradeceu a todos e principalmente à família e é uma das mais fortes candidatas ao Oscar deste ano.

Já Julianne Moore ficou com a responsabilidade de entregar a estatueta de Melhor Ator de Drama a Leonardo DiCaprio por sua excelente atuação em "O Regresso". Ganhador de três Globos de Ouro (e nenhum Oscar), ele foi aplaudido de pé e, emocionado, falou da dificuldade de filmagem e agradeceu e lembrou a importância dos povos indígenas e da necessidade de preservar suas terras.




Mal tinha acabado de ser aclamado como um dos fortes candidatos ao Oscar, "O Regresso" voltou a brilhar, com a conquista da maior premiação, como Melhor Filme. E o diretor Alejandro González Iñarritu subiu novamente ao palco e recebeu a estatueta das mãos do premiado ator Harrison Ford. "O Regresso" disputava com "Spotlight - Segredos Revelados", "Carol", "O Quarto de Jack" e "Mad Max - Estrada da Fúria".


Confira a lista abaixo dos premiados

CINEMA

MELHOR FILME  - "O Regresso"

MELHOR FILME - COMÉDIA/MUSICAL - "Perdido em Marte"

MELHOR DIRETOR - Alejandro González Iñarritu ("O Regresso")

MELHOR ATOR - DRAMA - Leonardo DiCaprio ("O Regresso")

MELHOR ATRIZ - DRAMA - Brie Larson ("O Quarto de Jack")

MELHOR ATOR - COMÉDIA/MUSICAL - Matt Damon ("Perdido em Marte")

MELHOR ATRIZ - COMÉDIA/MUSICAL - Jennifer Lawrence ("Joy: O Nome do Sucesso")

MELHOR ATOR COADJUVANTE - Sylvester Stallone ("Creed")

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE -  Kate Winslet ("Steve Jobs")

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO - "Divertida Mente"

MELHOR FILME ESTRANGEIRO - "Filho de Saul" (Hungria)

MELHOR ROTEIRO - Aaron Sorkin, por "Steve Jobs"

MELHOR TRILHA SONORA - "Os Oito Odiados"

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL - Writing's On The Wall ("007 Contra Spectre")


TELEVISÃO

MELHOR SÉRIE DE TV - DRAMA - "Mr. Robot"

MELHOR SÉRIE DE TV - COMÉDIA/MUSICAL - "Mozart in the Jungle"

MELHOR MINISSÉRIE/TELEFILME - "Wolf Hall"

MELHOR ATOR - DRAMA - Jon Hamm ("Mad Men")

MELHOR ATRIZ - DRAMA - Taraji P. Henson ("Empire")

MELHOR ATOR - COMÉDIA/MUSICAL - Gael García Bernal ("Mozart In The Jungle")

MELHOR ATRIZ - COMÉDIA/MUSICAL - Rachel Bloom ("Crazy Ex-Girlfriend")

MELHOR ATOR - MINISSÉRIE/TELEFILME - Oscar Isaac ("Show Me a Hero")

MELHOR ATRIZ - MINISSÉRIE/TELEFILME - Lady Gaga ("American Horror Story: Hotel")

MELHOR ATOR COADJUVANTE - SÉRIE DE TV/MINISSÉRIE/TELEFILME - Christian Slater ("Mr. Robot")

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE - SÉRIE DE TV/MINISSÉRIE/TELEFILME - Maura Tierney (The Affair)


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07 janeiro 2016

"Spotlight - Segredos Revelados" tira a sujeira varrida para debaixo do tapete

Jornalistas do Boston Globe investigaram crimes de pedofilia cometidos por padres católicos (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

 Maristela Bretas


Muitos segredos, manipulação, jogos de interesses políticos e religiosos. E o resultado com um excelente filme mostrando toda a sujeira da pedofilia de padres da Igreja Católica que foi empurrada para debaixo do tapete por anos. Baseado em fatos reais, "Spotlight - Segredos Revelados" é um drama que sacudiu a Santa Sé graças à perseverança e a um grande trabalho investigativo da equipe de jornalistas da Spotlight, uma divisão de reportagens especiais do jornal Boston Globe. Este mesmo grupo escreveu o livro sobre o trabalho investigativo, que originou o filme.

O elenco também foi acertado, tendo à frente Michael Keaton ("Birdman"), Mark Ruffalo ("Foxcatcher - Uma História que Chocou o Mundo"), Rachel McAdams ("Questão de Tempo"), Stanley Tucci ("O Diabo veste Prada") e Liev Schreiber ("O Mordomo da Casa Branca").

Com uma ótima direção de Tom McCarthy, o filme reconstituiu de maneira inteligente e bem conduzida, que prende do início ao fim, essa história que acabou se transformando num dos grandes escândalos divulgados pela imprensa norte-americana sobre os crimes de pedofilia cometidos por membros da Igreja Católica em Boston e que foram acobertados.

Na redação da Spotlight começam a chegar denúncias de abusos sexuais de padres contra crianças de comunidades carentes da cidade. O editor Walter Robinson (Keaton) e seus três repórteres Michael Rezendes (Ruffalo), Sacha Pfeiffer (Rachel) e Matty Carroll (Bryan d'Arcy James), apoiados pelo novo diretor decidem ir até o fim para descobrir toda a verdade.

A equipe reúne milhares de depoimentos e documentos capazes de provar diversos casos de abuso de crianças por padres católicos que durante anos foram ocultados pelo alto escalão da Igreja Católica. Para encobrir os fatos, os padres pedófilos eram transferidos de região, sem sofrer qualquer tipo de punição.

Passado em 2001, "Spotlight" mostra ao público como era feito uma investigação jornalística com profissionalismo e "sangue nos olhos", para que a verdade chegasse ao leitor mesmo contra a vontade dos grupos poderosos. O caso rendeu à equipe do jornal um prêmio Pulitzer, o maior concedido a trabalhos jornalísticos.

"Spotlight" abordou de forma correta, tensa e envolvente uma história polêmica, reunindo um grande elenco. Destaque para Michael Keaton e Mark Ruffalo, que fizeram os melhores diálogos e participação marcante. Merece disputar a estatueta dourada. 



O filme entrou em cartaz nesta quinta-feira e está sendo exibido em cinco salas de cinema, na versão legendada: 3 (sessão de 21 horas), 4 (18 horas) e 5 (21 horas) do Shopping Del Rey; 4 do Net Cineart Ponteio (sessões de 16h40, 19 horas e 21h20); e 2 do Diamond Mall (sessões de 12h30, 15h40, 18h30 e 21h35).

Ficha técnica:
Direção: Tom McCarthy
Produção: Participant Media // Anonymous Content
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 2h08
Gênero: Drama 
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 5 (0 a 5)

Tags: #SpotlightSegredosRevelados, #MichaelKeaton, #MarkRuffalo, #RachelMcAdams, #BryandArcyJames, #StanleyTucci, #LievSchreiber, #TomMcCarthy, #drama, #BostonGlobe, #Spotlight, #IgrejaCatólica, #pedofilia, #SonyPictures, #padres, #Boston, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

"Spotlight", "A Grande Aposta" e "Perdido em Marte" entre os indicados do Sindicato dos Roteiristas



Maristela Bretas


Foram anunciados na noite desta quarta-feira em Hollywood as produções que vão disputar o o prêmio do Sindicato dos Roteiristas Americanos dos melhores de 2016. "Star Wars - O Despertar da Força", apesar de ter atingido a marca de quarta maior bilheteria da história, não foi sequer mencionado. 

Confira a lista:

ROTEIRO ORIGINAL

"Ponte dos Espiões" - Escrito por Matt Charman, Ethan  e Joel Cohen - DreamWorks Pictures
"Sicário - Terra de Ninguém" - Escrito por Taylor Sheridan - Lionsgate
"Spotlight - Segredos Revelados" - Escrito por Josh Singer, Tom McCarthy - Open Road Films
"Straight Outta Compton" - Escrito por Jonathan Herman, Andrea Berloff - Universal Pictures
"Descompensada" - Escrito por Amy Schumer - Universal Pictures


ROTEIRO ADAPTADO

"A Grande Aposta" - Escrito por Charles Randolph e Adam McKay - Paramount Pictures
"Carol" - Escrito por Phyllis Nagy - The Weinstein Company
"Perdido em Marte" - Escrito por Drew Goddard -  Twentieth Century Fox
"Steve Jobs" - Escrito por Aaron Sorkin - Universal Pictures
"Trumbo" - Escrito por John McNamara - Bleecker Street Media


ROTEIRO DE DOCUMENTÁRIO

"Being Canadian" - Escrito por Robert Cohen - Candy Factory Films
"Going Clear: Scientology and the Prison of Belief" - Escrito por Alex Gibney - HBO Documentary Films
"Kurt Cobain: Montage of Heck" - Escrito por Brett Morgen - HBO Documentary Films
"Prophet’s Prey" - Escrito por Amy J. Berg - Showtime Documentary Films

Tags: #Roteiristas. #premiação, #Spotlight=segredosrevelados, #PerdidoemMarte; #SteveJobs; #Carol; #PontedosEspiões. #CinemanoEscurinho

03 janeiro 2016

Imperdível, "Macbeth: Ambição e Guerra" faz jus ao texto de Shakespeare

Filme se destaca também pela excelente fotografia, cenários e cenas de batalhas quase reais (Fotos: Fátima Gigliotti/Diamond Films Brasil)

Maristela Bretas


Não foi a primeira vez nem será a última que esta obra, assim como outras de William Shakespeare, foi adaptada para o cinema. Nem sempre a empreitada acabou em sucesso. Mas "Macbeth: Ambição e Guerra" ("Macbeth") é uma das melhores adaptações feitas nos últimos tempos. O diretor Justin Kurzel acertou em tudo - fotografia, figurinos, cenários e, principalmente na escolha do par central - Michael Fassbender e Marion Cotillard.

Ela está ótima como a gananciosa e depressiva Lady Macbeth, que usa a sexualidade para controlar o marido. Mas ao mesmo tempo, não se conforma por não poder lhe dar herdeiros. Mas a grande estrela é Fassbender como Macbeth. Ele está excelente, reunindo toda a loucura, sadismo e ambição que um homem pode ter num só personagem, assim como William Shakespeare fez em sua obra. Fassbender é a estrela do filme.

Até mesmo o texto seguiu fielmente a narrativa shakespeariana. E às vezes fica um pouco monótono. As cenas de batalhas não poderiam ser mais reais e sangrentas, uma violência nua e crua, que escancaram a paranoia e a ganância de um homem. Macbeth passa de admirado guerreiro e líder a temido e odiado rei.

Na história, Macbeth é um leal general do exército escocês dominado por quatro mulheres - três bruxas que profetizam que ele deverá se tornar o novo rei da Escócia e a mulher, Lady Macbeth, que consegue convencê-lo a matar o rei Duncan (David Thewlis) para que a profecia se concretize.

Loucura, cobiça, crueldade e ambição marcam a narração de "Macbeth" e envolvem o público do início ao fim. Uma grande produção que vale a pena ser conferida, em versão legendada, nas salas 2 do Belas Artes (sessões as 14 e 19 horas), 2 do Cinemark Diamond Mall (sessão as 16h40) e 4 do Net Cineart Ponteio (sessões as 16h20 e 21 horas).


Ficha técnica:
Direção: Justin Kurzel
Produção: See-Saw Films
Distribuição: Diamond Films Brasil
Duração: 1h53
Gênero: Drama 
Países: Reino Unido / França / EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #MacbethAmbiçãoeGuerra, #Macbeth, #WilliamShakespeare, #MichaelFassbender, #MarionCotillard, #JustinKurzel, #drama, #DiamondFilmsBrasil, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

01 janeiro 2016

Leandro Hassum encerra trilogia apostando em novo sucesso de bilheteria

Leandro Hassum "chuta o balde" e leva o Brasil à falência em último filme da série (Fotos: Downtown Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


Desta vez não tem nada de separação, o casal Leandro Hassum e Camila Morgado está bem e o título não se justifica, a não ser para encerrar a trilogia "Até que a Sorte nos Separe", que finalmente esgotou o que se poderia explorar. Mas uma coisa é certa. O diretor Roberto Santucci apostou no carisma do ex-gordinho Hassum (que perdeu mais de 50 quilos este ano) para atrair novamente o público aos cinemas, como aconteceu nos dois filmes anteriores.

E a comédia "Até que a Sorte nos Separe - Falência Final" não foge muito do primeiro e do segundo filmes, exceto por usar o momento atual como material para boas piadas do elenco. Ninguém fica de fora do caldeirão - a presidenta" Dilma (papel de Mila Ribeiro), Nestor Cerveró (Bemvindo Siqueira), a investigação do Lava Jato e o famoso bilionário Rique que já foi o homem mais rico do país, Rico Barelli, com sua mulher ex-modelo Malu do Carmo) que gostava de usar uma coleira com o nome dele no pescoço, papéis interpretados pelos atores Leonardo Franco e Emanuelle Araújo.

Mas Hassum, como Tino, ainda é a estrela e o chamariz de público com certeza. Até sua perda de peso é motivo para piadas, com direito a participação em programa do Luciano Hulk. Ao contrário de muitas pessoas que fizeram cirurgia para perder peso e acabaram perdendo a graça, Hassum não deixou a peteca cair e segue o mesmo estilo esculachado. Pelo menos neste filme. E faz um ótimo trio com Camila Morgado (a esposa Jane) e Kiko Mascarenhas - o Amauri, ex-contador de Tino que sempre acaba se dando mal com as coisas erradas que ele faz.

No terceiro e último filme de "Até que a Sorte nos Separe", Tino reaparece pobre, após ter perdido toda a herança da família em Las Vegas. Para ganhar dinheiro vira vendedor de biscoito e lava para-brisa no sinal de trânsito, até ser atropelado por um carro esporte dirigido pelo filho do homem mais rico do Brasil. Após sete meses em coma, ele acorda e descobre que sua filha Tetê (Julia Dalávia) está namorando o jovem rapaz, Tom (Bruno Gissoni). 

A união das famílias garante a Tino um ótimo cargo na corretora de Barelli. Sem o menor "Tino" para o negócio, ele quebrar a empresa, provocar a desvalorização de ações brasileiras na Bolsa e levar a economia do país ao colapso. E se a situação já não é nada boa, ele ainda terá de administrar o casamento da filha sem que as famílias saibam que todos estão falidos.

Não é o melhor dos filmes da franquia, provoca poucas risadas e o final feliz com mensagem chega a ser chato. Mas "Até que a Sorte nos Separe 3" pode acabar virando outro sucesso de bilheteria, como os outros dois filmes, principalmente por causa da gozação aberta à presidente e a pouco sutil ao empresário Eike Batista e sua ex, Luma de Oliveira.

Vale como diversão numa sessão da tarde, se não estiver exigindo muito de uma comédia com piadas bobas e escrachadas e um elenco global, claro. "Até que a Sorte nos Separe 3" está disputando salas e a atenção do público com "Star Wars - O Despertar da Força". O filme está em exibição em 30 salas de 18 shoppings de BH, Betim e Contagem.  




Ficha técnica:
Direção: Roberto Santucci
Produção: Globo Filmes / Paris Filmes
Distribuição: Downtown Filmes
Duração: 1h46
Gênero: Comédia
País: Brasil
Classificação: 12 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

Tags: #AtéqueaSortenosSepare3-AFalenciaFinal, #LeandroHassum, #CamilaMorgado, #KikoMascarenhas, #RobertoSantucci, #EmanuelleAraujo, comédianacional, #ParisFilmes, #GloboFilmes, #DowntownFilmes, #CinemanoEscurinho, #TudoBH