13 fevereiro 2016

"A Garota Dinamarquesa" é discreto e surpreendente, mas sem levantar polêmicas

Eddie Redmayne e Alicia Vikander estão impecáveis em suas atuações como o casal principal do drama (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)


Mirtes Helena Scalioni


Melhor ator. Atriz coadjuvante. Figurino. Direção de arte. Primeiro é preciso dizer que são adequadas e mais do que merecidas as indicações ao Oscar 2016 do filme "A Garota Dinamarquesa" ("The Danish Girl"), em cartaz no Belas Artes (17h e 21h30), Boulevard (18h40 e 21h), Pátio (12h45, 15h45, 18h45 e 21h30) e Ponteio (16h, 18h30 e 21h). As atuações convincentes e brilhantes, a ambientação impecável dos anos 1920 e uma história sui generis contada sem nenhuma intenção de causar polêmica colocam o longa de Tom Hooper no rol dos que vão ficar na memória.

O filme é baseado na história real do artista plástico dinamarquês Einar Wegener (Eddie Redmayne) que, contra tudo e todos, decide se submeter a uma cirurgia de mudança de sexo para virar Lili Elbe. Muitos o consideram o primeiro transgênero de que se tem notícia. Casado com a também pintora Gerda Wegener (Alicia Vikander), Einar se descobre mulher aos poucos, enquanto posa para sua mulher, enquanto brinca de se vestir com roupas femininas. Devagar, o feminino vai tomando conta da sua identidade.

O que é preciso destacar, nessa produção conjunta de Reino Unido, EUA, Bélgica, Dinamarca e Alemanha, é o brilho de Eddie Redmayne e Alicia Vikander. Ele, por conseguir fazer uma transformação sutil e lenta, calcada em olhares, gestos, andares - e que já tinha feito com maestria ao viver o cientista Stephen Hawking em "A Teoria de Tudo".  Ela, por construir uma Gerda amorosa, apaixonada e, ao mesmo tempo, compreensiva e corajosa sem nenhum sinal de exagero.

"A Garota Dinamarquesa" é, acima de tudo, uma história de amor - no sentido mais profundo que essa palavra possa ter. Houve quem achasse o longa tímido demais, cuidadoso demais. Nada disso. É exatamente o cuidado que faz dele um trabalho especial e sem clichês. É tão bela e verdadeira a relação do casal enfrentando dores, preconceitos e a precariedade da ciência da época que, ao sair do cinema, cabe perguntar: Lili ou Gerda? Quem merece o título de garota dinamarquesa? Classificação: 14 anos




Tags: #Agarotadinamarquesa, #EddieRedmayne, #AliciaVikander, #EinarWegener, #LiliElbe, #transgênero, #TomHolper, #drama, #biografia, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

12 fevereiro 2016

Com drama de jovem imigrante, "Brooklyn" concorre ao Oscar em três categorias

Jean Piter Miranda


Na década de 1950, a jovem Ellis Lacey (Saoirse Ronan) deixa sua terra natal, a Irlanda, para buscar uma vida melhor nos Estados Unidos. Mais precisamente no Brooklyn, distrito de Nova York, que dá nome ao filme. A realização do sonho tem o peso da saudade de casa, do sentimento de não pertencer àquele lugar, e de querer voltar pra casa. 

Mas, aos poucos as coisas vão mudando quando ela conhece e se apaixona pelo jovem Tony Fiorello (Emory Cohen), um bombeiro italiano. Logo, a moça fica dividida entre os dois países. 

A história é centrada em Ellis. Da vida simples no interior da Irlanda ao amadurecimento na América. Com poucas expectativas de dar uma vida melhor para a família, ela embarca em um navio rumo à Nova York, em sua primeira viagem para o exterior. Sozinha e cheia de inseguranças. Saiorse tem uma atuação encantadora do início ao fim, tanto nos momentos de drama quanto nas cenas românticas. Não por menos, pelo papel, foi indicada ao Globo de Ouro 2016 de Melhor Atriz de Drama e ao Oscar 2016 de Melhor Atriz.

As muitas mudanças na vida da moça irlandesa ditam o ritmo do filme. Viver longe da família, a qual era muito apegada, e dos amigos. Ter um novo emprego com mais responsabilidades. Lidar com a saudade e com a vontade de voltar. E ao mesmo tempo querer ficar e crescer na vida. 

Com o passar do tempo, conhecer gente nova, lugares novos, adotar hábitos diferentes, encontrar o primeiro amor... E no meio disso tudo, ter que decidir os rumos que irá seguir. Sem contar que em seu país, um novo amor - Jim Farrell (Domhnall Gleeson), pode balançar seu coração. São muitos ingredientes, todos usados na dose certa. 

Outro ponto alto do longa é a cenografia. A maior parte das cenas se passa em ambientes fechados, ou mostrando apenas uma pequena parte das cidades. As roupas, os carros, os costumes da época, tudo é muito acertado. Uma ambientação perfeita, com belas imagens, que dão mais brilho à história. Um filme que encanta pela simplicidade e briga, merecidamente, pelo Oscar de Melhor Filme. 

Adaptação

O filme é baseado no romance "Brooklyn", do escritor e jornalista irlandês Colm Tóibín. Ele é natural da cidade de Enniscorthy, onde passa parte da história. O diretor John Crowley também é da Irlanda. A bela protagonista Saiorse Ronan é americana filha de irlandeses. 

O longa tem como plano de fundo a chegada de muitos europeus em Nova York. A maioria irlandeses e italianos que ajudaram a construir a cidade. Mostra a dupla face do sonho americano: a terra das oportunidades e dos sonhos frustrados. É quase um pedido de desculpas aos imigrantes. E é quase uma homenagem. 




"Brooklin estreou nos cinemas nesta quinta-feira e pode ser conferido em sessões legendadas de cinco salas - 3 do Belas Artes (sessões 14h10 e 21 horas), 2 do Shopping Boulevard (17h10, 19h25 e 21h35), 2 do Diamond Mall (16 horas e 22 horas), 2 do Pátio Savassi (15h30, 18 horas e 20h45) e 3 do Net Cineart Ponteio (16h10, 18h40, 23h20).

Ficha técnica
Diretor: John Crowley 
Roteirista: Nick Hornby
Duração: 1h52
Produção: Wildgaze Films / Parallel Film Productions / Irish Film Board / Item 7
Distribuição: Fox Films do Brasil
Gêneros: Drama / Romance
País: Canadá, Inglaterra e Irlanda
Classificação: 12 anos
Nota: 4,5 (0 a 5)

Tags: #Brooklin, # SaoirseRonan, # EmoryCohen, # JohnCrowley, #drama, #romance, #Irlanda, #Oscar, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

10 fevereiro 2016

"O Bom Dinossauro" é uma lição de amizade e família que encanta e emociona

Aventura, humor e uma amizade pouco convencional entre um dinossauro e um menino (Fotos: Disney-Pixar/Divulgação)

Maristela Bretas


Os estúdios Disney-Pixar continuam encantando e emocionando todas as idades. Foi assim no ano passado com Divertida Mente e em outras produções como "Procurando Nemo", "Toy Story" e "Monstros S.A.". Não poderia ser diferente com "o Bom Dinossauro" ("The Good Dinossaur"), que apesar de ter tido uma divulgação menor que a produção anterior, provoca reações em crianças e adultos muito semelhantes. 

Novamente, o enredo extrai de uma situação pouco provável uma linda lição de grandes valores, como amizade e família. E ela sai de uma amizade bem "diferente" entre um menino pré-histórico e um jovem dinossauro de 70 metros.

Tudo isso acontece há uns 65 milhões de anos, mas com uma história muito atual que faz as crianças delirarem no cinema com as aventuras da dupla. Como tudo isso aconteceu? Simples, bastou aquele asteroide que deveria ter acertado a Terra na época passar longe do planeta. Os dinossauros não foram extintos e a relação com a raça humana seria bem diferente, com "cada um no seu quadrado".


A ideia é genial, principalmente porque estes grandes animais são colocados exercendo as funções que deveriam ser dos humanos e estes, por sua vez, são vistos como predadores. Os dinossauros plantam, colhem, estocam alimento, tocam o gado, formam família e ensinam aos filhos a importância da união e de vencer os medos da vida.

Já o menino das cavernas - Spot - é visto como uma ameaça, que ao longo da história vai se tornar o mais fiel dos amigos que Arlo, o dinossauro caçula da família, terá ao longo de sua jornada. O que antes era uma luta pela sobrevivência se transforma numa bela amizade.

Arlo é tremendamente medroso e mais fraco e vive sendo amolado pelo irmão mais velho. O pai, de todas as formas, o incentiva a enfrentar seus medos e conquistar seu espaço. Até que uma tragédia o jovem gigante verde de sua família e o coloca frente a frente com seu então inimigo - Spot. Mas o menino quer apenas um amigo e vai tentar ajudar Arlo a encontrar o caminho de volta para casa. Essa jornada irá unir os dois e será cheia de aventuras, com novos amigos de todos os tamanhos, como T-Rex - e perigosos vilões e predadores.

Lindo, emocionante, "O Bom Dinossauro" é uma ótima opção para ser feita em família. O filme surpreende por sua originalidade e inovação. Os pequenos vão adorar, mas os adultos vão se emocionar com a história. Em tempos de tanta violência e maus exemplos, faz bem mostrar bons valores. A animação, lançada em janeiro, já rendeu mais de três milhões de ingressos vendidos no Brasil e pode ser conferida em 18 salas de 17 shoppings de BH, Betim e Contagem, somente na versão dublada.


Ficha técnica:
Direção: Peter Sohn e Bob Peterson
Produção: Disney / Pixar
Distribuição: Disney / Buena Vista
Duração: 1h35
Gêneros: Animação / Aventura / Comédia
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #OBomDinossauro, #Disney, #Pixar, #Animação, #dinossauro, #prehistoria, #aventura, #bons valores, #família, #amizade, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

08 fevereiro 2016

"O Regresso" é a vingança sofrida de Leonardo DiCaprio que pode garantir um Oscar

Um filme onde a natureza selvagem e a fotografia com luz natural são as maiores estrelas (Fotos: Fox Films do Brasil/Divulgação)

Maristela Bretas


Essa pode ser a grande chance de Leonardo DiCaprio finalmente conquistar a tão desejada estatueta de Melhor Ator do Oscar. "O Regresso" ("The Revenant") já garantiu ao ator outros prêmios este ano e agora ele é um dos mais cotados para o mais cobiçado de todos. E DiCaprio merece levar, assim como o filme e seu diretor Alejandro Gonzãlez Iñárritu, também um dos roteiristas e produtor, e que tem em sua estante o prêmio de 2015 por "Birdman".

Um excelente trabalho, em todos os aspectos, que vale como dica para quem quer ver uma produção caprichada, que recebeu merecidas 12 indicações ao Oscar 2016. A fotografia de Emmanuel Lubezki (que trabalhou com Iñárritu em "Birdman") é espetacular. A produção explora a luz natural, reforçando o cinza que dá maior contraste e valoriza a frieza do inverno, assim e as cenas mais violentas, como o ataque do urso. Há uma preocupação em filmar próximo ao chão (uma vez que DiCaprio passa boa parte do filme se arrastando pela neve), fechando closes nos olhos do ator, que substituem as palavras com expressões de dor, ódio e vingança. 

Foto: Instagram Emmanuel Lubezki
Tudo muito bem colocado, na medida certa, que fazem os 156 minutos de duração passar sem dar sono. Difícil é conseguir, em algumas cenas, apreciar as belas paisagens - montanhas cobertas de neve, rios congelados, a natureza nua, que começava a ser explorada pelos homens naquela época.

DiCaprio está em seu melhor papel, mesmo tendo poucas falas. E é aí que sua competente interpretação faz a diferença. Entre lágrimas, sofrimento, dor e um desejo irracional de vingança, expressos no olhar, ele dá vida ao personagem Hugh Glass, um experiente guia de expedição e caçador de peles. As cenas chegam a chocar pela frieza e violência. A maquiagem usada por ele para as feridas feitas pelo urso são bem realistas e levavam mais de cinco horas de preparação.

Outro que merece o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante é Tom Hardy, que segurou a história em pé de igualdade com DiCaprio. O ator é o vilão que se encaixa perfeitamente ao ambiente hostil da trama, apresentando o caçador John Fitzgerald como um homem frio e ganancioso, mas que também só quer sobreviver e deixar aquele mundo selvagem. Ele acaba sendo o principal objetivo de vingança de Glass.

"O Regresso" é baseado no romance homônimo de Michael Punke, que se inspirou na história real de Hugh Glass. Difícil até de acreditar que uma pessoa possa ter resistido a tanto sofrimento e ainda viver para contar a história, que se passa no velho oeste no ano de 1822. A intenção do autor talvez tenha sido mostrar a superação de um homem diante de todos os perigos e atrocidades da região. Mas no filme, o enredo explora principalmente o desejo de vingança de um homem, que lhe dá força para suportar a jornada de volta e fazer justiça.

O filme foi também um exemplo de superação para toda a equipe. Como o próprio diretor contou em entrevistas passadas, vencer o ambiente onde foi filmado (regiões remotas do Canadá e Argentina) - frio congelante, neve, perigos, floresta, dormir em carcaças de animais talvez tenha sido o maior desafio da produção. O Oscar de Melhor Filme seria o reconhecimento, como aconteceu em outras premiações só por isso.

Além dos dois indicados, "O Regresso" ainda conta com um ótimo elenco de profissionais, alguns em ascensão, como Domhnall Gleeson ("Star Wars: O Despertar da Força" e "Brooklin"), Will Poulter ("Maze Runner: Correr ou Morrer"), Paul Anderson ("NoCoração do Mar"), Brendan Fletcher ("Gracepoint"), entre outros.

Na história, Hugh Glass acompanha um grupo de caçadores de peles a uma perigosa região nos Estados Unidos quando o acampamento do grupo é atacado por índios da tribo Arikara. Os poucos sobreviventes conseguem fugir em um barco e, por recomendação de Glass, logo retornam à terra firme para seguir viagem a pé de volta ao Forte Kiowa.

Glass, no entanto, é atacado por um urso, fica gravemente ferido, sem conseguir caminhar. Depois de um tempo de jornada é deixado para trás na companhia do filho nativo Hawk (Forrest Goodluck), do jovem Jim Bridger (Poulter) e do parceiro John. Este o abandona na floresta, semimorto e ainda rouba seus pertences. O que ele não contava era que Glass sobreviveria ao mundo selvagem para fazer justiça.


"O Regresso" é um filme imperdível para quem gosta de excelentes produções. Um dos melhores ou talvez até o melhor de Leonardo DiCaprio e Tom Hardy (que também se saiu muito bem em "Mad Max - A Estrada da Fúria"). Sem contar a destacável direção de Alejandro González Iñárritu. Ele pode ser conferido em 17 salas de 14 shoppings de BH, Betim e Contagem, além da sala 2 do Belas Artes, nas versões dublada e legendada.

Ficha técnica:
Direção, roteiro e produção: Alejandro González Iñárritu
Produção: Anonymous Content / New Regency Pictures
Distribuição: Fox Films do Brasil
Duração: 2h36
Gêneros: Aventura / Drama
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 5 (0 a 5)


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06 fevereiro 2016

“A Escolha” é filme para fãs dos romances de Nicholas Sparks

Maristela Bretas


Nicholas Sparks já emplacou dez livros de sua autoria no cinema e o 11º - “A Escolha” (“The Choise”) - estreou na última quinta-feira, no mesmo gênero “água com açúcar”. A proposta do autor, também roteirista e produtor do filme, assim como em seus livros, é fazer o público jovem feminino (seus seguidores) chorar.

Seguindo sempre a linha do romance que vira tragédia, que vira drama, “A Escolha” tem nos papéis principais dois atores já conhecidos do público – Teresa Palmer (“Caçadores de Emoção – Além do Limite”) e Benjamin Walker (“No Coração do Mar”) e um elenco de suporte que conta com o tarimbado Tom Wilkinson (“Risco Imediato”), no papel de pai de Travis (Walker).

O filme explora bem as paisagens, tem bela fotografia e o casal quase convence. Ela mais que ele, talvez pela cara de estudante de Teresa Palmer. Walker aparenta ser mais velho que ela e ainda exagera na interpretação e no sotaque britânico. 

Mas fora isso, os dois conduzem a história sem problemas à fraca história, que é contada de trás para frente. Ou seja, vai explicar como começou o romance da jovem médica Gabby Holland (Palmer) com o veterinário Travis Parker (Walker).

Em meio a noites estreladas de lua cheia, fins de tarde de tirar o fôlego e passeios de barco, os dois personagens são vizinhos e entra uma briga e outra descobrem que foram feitos para passarem o resto da vida juntos. E nem mesmo uma tragédia (bem ao estilo de Sparks) é capaz de separar o casal apaixonado.

Enfim, “A Escolha” é romance meloso, faz as fãs do autor suspirarem, mas com certeza não agradará ao público masculino. Uma dica é a namorada ir ao cinema com uma amiga e o namorado procurar filmes como “Creed – Nascido para Lutar”, “Caçadores de Emoção – Além do Limite” ou “O Regresso”.




Ficha técnica:
Diretor: Ross Katz
Duração: 1h51
Produção: Nicholas Sparks Production
Distribuição: Paris Filmes
Gêneros: Romance / Drama
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 2,0 (0 a 5)

Tags: #Aescolha, #TeresaPalmer, #BenjaminWalker, #romance, #drama, #aguacomaçucar, #NicholasSparks, #ParisFilmes, CinemanoEscurinho, #TudoBH

01 fevereiro 2016

"Caçadores de Emoção - Além do Limite" é remake com muita ação e adrenalina

Forte do novo filme são as arriscadas cenas feitas por atletas da elite dos esportes radicais (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Não é novidade que "Caçadores de Emoção - Além do Limite" ("Point Break") é um remake do sucesso de 1991 "Caçadores de Emoção", que reuniu nos papéis principais os atores Reanu Reeves e Patrick Swayze. A refilmagem, no entanto, fez algumas alterações e ganhou, graças às novas tecnologias e aos atletas de elite dos esportes radicais que tiveram participação prá lá de especial, proporcionando manobras de tirar o fôlego.


Mas Edgar Ramírez e Luke Bracey podem ser até bonitos (e são mesmo!), mas perdem em interpretação para os atores da primeira versão. Se no novo filme sobram adrenalina e cenas reais impossíveis de serem imaginadas, ao mesmo tempo falta emoção nos diálogos. Todos são apenas trampolins para a próxima "emoção radical". Até mesmo no rápido romance entre Utah (Bracey) e Samsara (papel vivido por Tereza Palmer, a mesma de "A Escolha").

Para quem quer ver um filme de ação (muita ação), curte motociclismo, surf, wingsuit, escalada, snowboard, imperdível. Trata-se de uma produção para deixar o público inquieto na cadeira com tamanho risco, seja no mar, no ar, na terra (principalmente na neve). Mas só.

A história é praticamente a mesma, porém os papéis foram trocados (pelo menos a cor dos cabelos). O agente Utah, do FBI, na produção de 1991 foi interpretado por Keanu Reeves. Agora ele recebe a versão loura de Luke Bracey (de "November Man - Um Espião Nunca Morre"), que tem cara de surfista. Já Bodhi, o bandido louro da primeira vez era Patrick Swayze (que tinha cara de surfista) e agora recebe o estilo latino de cabelos pretos e cara de agente federal de Edgar Ramírez (de “Joy: O Nome do Sucesso”).

Na história original, os ladrões usavam máscaras de presidentes dos EUA para roubarem bancos. Nesta refilmagem, eles também usam máscaras, mas no lugar de ficarem com o dinheiro, eles mais parecem Robin Hood - roubam dos ricos e dão para os pobres. E ainda destroem seus negócios como retaliação pelos danos que estão causando à natureza. Para desbaratar esta quadrilha é escalado o agente em experiência do FBI, Johnny Utah (Bracey), que precisa se infiltrar num time de atletas aventureiros, liderados pelo carismático Bodhi (Ramírez). Eles são os principais suspeitos da onda de crimes pelo mundo.

Participações mais que especiais

A lista de renomados atletas radicais realizando as cenas de ação no filme inclui os surfistas Laird Hamilton, Sebastian Zietz, Makua Rothman, Billy Kemper, Brian Keaulana, Ahanu Tson-dru, Ian Walsh, Laurie Towner, Dylan Longbottom, Albee Layer, Bruce Irons, Tikanui Smith e Tuhiti Humani, os snowboarders Xavier De Le Rue, Louis Vito, Christian Haller, Lucas DeBari e Ralph Backstrom; os skatistas Bob Burnquist e Eric Koston; os motociclistas Riley Harper e Oakley Lehman; os pilotos dublês de wingsuit Jon Devore, Julian Boulle, Noah Bahnson, Jhonathan Florez e Mike Swanson, com o consultor Jeb Corliss; e o alpinista de escalada livre Chris Sharma, entre outros.

Também marcaram presença no filme os DJs Steve Aoki e Seth Troxler, a dupla de DJs Art Departament, além do comentarista esportivo e apresentador de TV Sal Masekela.




Enfim, falta história, sobra emoção do início ao fim. Oferecido na versão 3D (que é muito útil nas cenas radicais), ele perde pouco para a versão convencional. Aconselho conferir o primeiro filme, até como curiosidade. "Caçadores de Emoção - Além do Limite" pode ser conferido em 16 salas de shoppings de BH, Betim e Contagem.

Ficha técnica:
Direção: Ericson Core
Produção: Taylor-Baldecchi-Wimmer /DMG Entertainment /Studio Babelsberg
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 1h53
Gêneros: Ação / Aventura
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

Tags: #Caçadoresdemoçaoalemdolimite, #EdgarRamirez), #LukeBracey, #EricsonCore, #aventura, #surf, #wingsuit, #snowboard, #escaladalivreemrochas, #motociclismo, #esportesradicais, #WarnerBrosPictures, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

28 janeiro 2016

"Carol" fisga o espectador por sua sutileza e elegância

Cate Blanchett e Ronney Mara vivem um romance proibido na Nova York dos anos 50 (Fotos: Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


Elegante. Talvez seja esse o termo mais apropriado para definir "Carol", filme de Todd Haynes sobre a paixão entre duas mulheres, passado nos Anos 50 numa Nova York cheia de preconceitos. É com muita elegância e sutileza que o diretor conta a história de Carol Aird (Cate Blanchett) e Therese Belivet (Rooney Mara), ambas lindas numa ambientação e figurinos de época perfeitos. São tão bonitas e adequadas as roupas das duas que o espectador se vê fisgado.

Therese é uma jovem balconista de uma loja de brinquedos e gosta de fotografar nas horas vagas. Carol é uma mulher madura e clássica, em processo de separação do marido Harge (Kyle Chandler), que quer a guarda da filha sob a acusação de que sua mulher tem um comportamento inadequado. 

A paixão entre as duas é imediata quando Carol vai comprar um brinquedo para a filha e é atendida por Therese. Dias depois, as duas saem em viagem de carro pelos Estados Unidos.

Baseado no livro "The Price of Salt", de Patricia Highsmith, também escrito na década de 50, a trama flui sem pressa. E em tempos de sexo cada vez mais explícito, consegue revelar o jogo da sedução por meio de olhares, toques e silêncios. E talvez resida aí o encantamento do filme, que teve muitas indicações ao Globo de Ouro de 2016 e foi muito aplaudido em Cannes. "Carol" é uma lição de delicadeza.

Com 1h58 minutos de duração, o romance "Carol" ainda está em cartaz e pode ser conferido em duas salas de cinema - a 3 do Belas Artes (sessão de 19 horas) e 2 do Net Cineart Ponteio (sessão das 16 horas). Classificação: 14 anos


Tags: #Carol, #CateBlanchett, #RooneyMara, #KyleChandler, #ToddHaynes, #romance, #drama, #sedução, #delicadeza, #StudioCanal, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

24 janeiro 2016

"A 5ª Onda" é mais uma adaptação da literatura juvenil que ganha a telona

Filme segue a linha de franquias como "Maze Runner", "Divergente" e "Jogos Vorazes" (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Chloë Grace Moretz é a estrela da nova produção juvenil apocalíptica que estreou nos cinemas de BH, "A 5ª Onda" ("The 5th Wave"). Assim como Jennifer Lawrence, que já fez vários papéis sérios, mas caiu nas graças do público jovem com a personagem Katniss Everdeen, da franquia "Jogos Vorazes", Chloë tem seu nome entre as jovens revelações dos últimos tempos. Em produções como "Acima das Nuvens", "O Protetor", "Se Eu Ficar" (todos de 2014), e "Carrie - a Estranha" (2013) ela mostrou que tem potencial de grande atriz.

E agora interpreta a heroína sobrevivente de um ataque alienígena que quer ocupar o planeta Terra e dizimar a raça humana. Seu coração está dividido, assim como em "Jogos Vorazes", entre dois rapazes - o colega de escola - Ben Parish (Nick Robinson, de "Jurassic World") e o fazendeiro misterioso e "supergato" Evan Walker (Alex Roe).

Mesmo seguindo sem muitas alterações a história do livro, escrito por Rick Yancey, à medida que o filme vai passando pode-se perceber que o enredo é fraco e muito parecido, quase uma cópia, de outra trilogia juvenil - "Maze Runner", com cenas que lembram demais o segundo filme - "Prova de Fogo". Dependendo da bilheteria de "A 5ª Onda", o segundo livro talvez nem venha a emplacar no cinema.

Na história, para quem não leu o livro homônimo, a Terra é invadida por seres extraterrestres que vão provocando ondas de destruição - a primeira corta a energia; a segunda provoca terremotos e tsunamis; a terceira despeja a praga dos pássaros que mata milhares de pessoas; na quarta ETs se apossam dos corpos dos humanos e, na quinta... Só vendo o filme.

Os poucos sobreviventes, a maioria jovens, iniciam uma fuga para lugares remotos e ao mesmo tempo formam uma força rebelde para tentar impedir o fim da raça humana. E na liderança está a jovem Cassie Sullivan (papel de Chloë), que precisa salvar o irmão Sam (Zackary Arthur), levado pelo Exército junto com outras crianças para uma base militar comandada com mãos de ferro pelo coronel Vosch (Liev Schreiber, de "Spotlight - Segredos Revelados").

Os fãs deste tipo de literatura podem curtir "A 5ª Onda" - tem aventura, ação, "amasso" no banco do carro, heróis e bandidos, que desta vez são do espaço e receberam o nome de "os outros". Chloë está linda e muito bem no papel, e segura a produção. Mas seus pares amorosos, principalmente Alex Roe, ainda precisam de um fôlego na interpretação. Ele é mais bonito que talentos. "A 5ª Onda" pode ser conferido em 18 salas de cinemas de shoppings de Belo Horizonte, Betim e Contagem.



Ficha técnica:
Direção: J. Blakeson
Produção: Columbia Pictures / GK Films / Living Films
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 1h57
Gêneros: Aventura / Ficção científica
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

Tags: #A5Onda, #ChloeGracieMoretz, #NickRobinson, #AlexRoe, #osoutros, #extraterrestres, #aventura, #ação; ficçãocientifica, ColumbiaPictures, #SonyPictures, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

23 janeiro 2016

"Boi Neon" questiona papéis masculinos e femininos num cenário hostil do Nordeste

Juliano Cazarré, é um ajudante de vaqueiro que intercala cenas de força e macheza com sutilezas (Fotos: Imovision/Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


Uma mulher que dirige caminhão e se enfia debaixo dele para consertá-lo como qualquer mecânico; um vaqueiro que costura e sonha ser estilista, e outro que faz questão da chapinha para alisar os longos e negros cabelos. Não é fácil fazer uma sinopse de "Boi Neon", já que o filme carece de uma trama. Não há conflitos, armações, heroísmos, desencontros nem suspenses. O que o espectador vê é simplesmente um recorte na vida dessa caravana que percorre o Nordeste promovendo vaquejadas.

Para quem não sabe, a vaquejada é uma espécie de esporte muito comum no sertão. Dois cavaleiros montados acuam um boi numa arena e um deles lhe torce o rabo até que o animal caia entregue no chão. O personagem principal, Iremar, nem chega a ser um vaqueiro. Na verdade, ele não passa de um ajudante, cuja tarefa principal é preparar o rabo do boi antes de soltá-lo para o embate. Interpretado com muita entrega por Juliano Cazarré, o personagem intercala cenas de força e macheza com sutilezas. Quando não está cuidando dos bichos, está desenhando e costurando roupas femininas.

A grande riqueza de "Boi Neon" é o impacto da questão de gênero. Nada está no lugar onde deveria estar e isso causa um certo desassossego. E como não há exatamente uma história sendo contada, o trabalho perfeito dos atores preenche essa lacuna prendendo o espectador do início ao fim. Além de Cazarré, estão muito bem também Maeve Jinkings (no papel de Galega, que dirige o caminhão), Samya De Lavor (que tem participação pequena mas marcante como a revendedora de cosméticos Geise), o sumido Vinicius de Oliveira, que fez o garoto de "Central do Brasil" (como o vaqueiro Júnior que cuida das madeixas), e até a menina Alyne Santana (que faz Cacá, pré-adolescente filha da Galega). 

Enfim, trata-se de um longa, no mínimo, instigante, e o diretor e roteirista Gabriel Mascaro parece ter atingido seu objetivo nesse sentido. Um senão: a cena em que Iremar manipula os genitais de um cavalo para colher seu sêmen parece desnecessária. Serve apenas para gerar polêmica, assim como a longa transa entre o protagonista e uma mulher grávida. 




Com duração de 1h41 e classificação de 16 anos, o drama "Boi Neon", uma produção que envolveu três países - Brasil, Holanda e Uruguai - pode ser assistido no Cine 104 (sessões das 17 horas e 20h40) e sala 3 do Belas Artes (sessão de 14 horas).

Tags: #BoiNeon, #JulianoCazarrée, #MaeveJinkings, #SamyaDeLavor, #Gabriel Mascaro, #ViniciusdeOliveira, #AlyneSantana, #drama, #Imovision, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

21 janeiro 2016

História fraca de "Joy - O Nome do Sucesso" garante indicação a Jennifer Lawrence

Em "Joy", uma pequena empresária visionária quer crescer na vida com suas invenções (Fotos: FoxFilms do Brasil/Divulgação)

Maristela Bretas


Sei que muitos vão me xingar por esta crítica, mas realmente não acho que Jennifer Lawrence merecia o Globo de Ouro 2016 como Melhor Atriz. A indicação tudo bem, mas a concorrência com outras colegas de profissão em filmes bem melhores deveria colocá-la no final da fila por seu papel em "Joy - O Nome do Sucesso", que estreia nesta quinta-feira nos cinemas.

Baseada em fatos reais, como muitas das produções que estão no cinema, o filme conta a história da empreendedora Joy Mangano, que sempre foi muito inteligente desde criança e vivia inventando as coisas. Com uma infância difícil, uma mãe viciada em telenovelas, uma meia irmã por parte de pai (Robert De Niro) que não morre de amores por ela, Joy leva uma vidinha medíocre de mulher divorciada, criando dois filhos e sustentando a família toda, inclusive o ex-marido músico.

Até que um dia, uma de suas criações desperta o interesse do executivo de um canal de TV de venda de produtos (Bradley Cooper) e ela descobre que é preciso mais do que ser uma grande inventora para brigar com os grandes. Sua batalha para alcançar o sucesso fez com que se tornasse uma das maiores empreendedoras dos EUA.

Robert De Niro está desperdiçado - seu papel em "Um Senhor Estagiário" é infinitamente melhor. Assim como Bradley Cooper, que chegou a ser indicado como Melhor Ator por "Sniper Americano" e fez um papel até interessante de um chef de cozinha em "Pegando Fogo", faz uma aparição fraca em "Joy". O belo ator dos olhos azuis parece ter sido colocado lá só para atrair público (que pode ficar desapontado). 

O elenco conta ainda com outros nomes de peso, como Diane Ladd (a avó de Joy e sua maior incentivadora), Virgínia Madsen (muito bem no papel da mãe de Joy), Isabella Rossellini (como Trudy, a nova namorada do pai) e Edgar Ramírez (o ex-marido Tony).

A história é interessante, mas nada excepcional. Pelo contrário, até fraca, serviria para ser usada em curso motivacional, daqueles que incentivam o funcionário a querer crescer na empresa ou uma pessoa comum a iniciar um negócio próprio. Com uma mensagem do tipo "Seu sucesso só depende de você". O diretor David. O Russell, que trabalhou com Lawrence, De Niro e Cooper no excelente "Trapaça" (2013), errou a mão e fez de "Joy" um filme para agradar americano.

Os fãs da Jennifer Lawrence podem gostar de ver mais esta atuação da candidata ao prêmio de Melhor Atriz no Oscar 2016. Mas por mais que ela tente parecer mais velha, uma exigência do papel, é muito difícil ignorar que tem apenas 25 anos.



Ficha técnica:
Direção: David O. Russell
Produção: 20th Century Fox // Annapurna Pictures
Distribuição: Fox Films do Brasil
Duração: 2h04
Gêneros: Biografia // Drama  
País: EUA
Classificação: 10 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

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18 janeiro 2016

Críticos escolhem "Spotlight" como Melhor Filme, mas dão 9 estatuetas para "Mad Max - Estrada da Fúria"



Maristela Bretas


Com apresentação do ator J.T. Miller (da série "Silicon Valley"), que surgiu com várias fantasias durante o evento, foram anunciados no início da madrugada desta segunda-feira os vencedores do Critics Choise Awards 2016. A premiação é organizada por associações de críticos de cinema e TV dos Estados Unidos, que escolheram "Spotlight - Segredos Revelados" como Melhor Filme. Mas o grande vencedor da noite foi "Mad Max - Estrada da Fúria", que conquistou nove estatuetas. O anúncio foi feito pela atriz Sharon Stone.

Mad Max - Estrada da Fúria"
Amy Shumer foi a homenageada da noite com o prêmio MVP Awards de destaque do ano, entregue poe Judd Apatow. Ela falou muuuito - sobre seu tamanho plus, plus size, agradeceu a todos e principalmente ao pessoal da maquiagem. E encerrou pedindo o fim das armas e da violência. Logo depois ela conquistou a estatueta de Melhor Atriz de Comédia, pelo filme "Descompensada". Desta vez foi mais rápida. Ainda bem!

Na entrega do prêmio de Melhor Diretor, conquistado por George Miller ("Mad Max: Estrada da Fúria"), a estatueta foi recebida pelas mulheres do filme (exceto Charlize Theron, que não compareceu ao evento). Elas agradeceram a importância dada a elas na produção.

J.J. Abrams fez uma breve apresentação e agradeceu a todos os excelentes trabalhados de efeitos especiais e realizados pela Industrial Light Magic. Em seguida entregou o prêmio de Gênio do Ano. O android BB-8, de "Star Wars - O Despertar da Força", reivindicou sua parte nos agradecimento.

Jacob Tremblay - "O Quarto de Jack"
Este foi o segundo "momento fofo" da premiação, ficando o primeiro para o garoto Jacob Tremblay ("O Quarto de Jack"), que recebeu a estatueta de Melhor Ator Jovem e confessou ser fã de Star Wars. Nos bastidores ele tirou foto com BB-8.

Leonardo DiCaprio, em gravação, agradeceu o prêmio de Melhor Ator, que ele considera um reconhecimento do seu trabalho e de toda a equipe de "o Regresso". Ele está na Europa divulgando o filme.

William Shatner, o eterno capitão Kirk, da série "Jornada nas Estrelas", anunciou "Outlander" como vencedora de Melhor Série Merecedora de Maratona, escolhida pelo voto popular. Numa vacilada, ele deixou cair a estatueta.

Veja abaixo a lista dos vencedores:

CATEGORIA CINEMA

MELHOR FILME
Spotlight: Segredos Revelados
Leonardo DiCaprio - "O Regresso"

MELHOR ATOR
Leonardo DiCaprio - O Regresso

MELHOR ATRIZ
Brie Larson – O Quarto de Jack

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Sylvester Stallone – Creed: Nascido Para Lutar

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Alicia Vikander – A Garota Dinamarquesa

MELHOR ATOR/ATRIZ JOVEM
Jacob Tremblay – O Quarto de Jack

MELHOR ELENCO
Spotlight - Segredos Revelados

MELHOR DIRETOR
George Miller – Mad Max: Estrada da Fúria

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Spotlight - Segredos Revelados - Josh Singer e Thomas McCarthy

A Grande Aposta
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
A Grande Aposta - Charles Randolph e Adam McKay  

MELHOR FOTOGRAFIA
O Regresso

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Mad Max - Estrada da Fúria

Mad Max: Estrada da Fúria
MELHOR MONTAGEM
Mad Max - Estrada da Fúria

MELHOR FIGURINO
Mad Max: Estrada da Fúria

MELHOR CABELO E MAQUIAGEM
Mad Max: Estrada da Fúria

MELHOR EFEITOS VISUAIS
Mad Max: Estrada da Fúria

Charlize Theron - "Mad Max - Estrada da Fúria"
MELHOR FILME DE AÇÃO
Mad Max: Estrada da Fúria

MELHOR ATOR EM FILME DE AÇÃO
Tom Hardy – Mad Max: Estrada da Fúria

MELHOR ATRIZ EM FILME DE AÇÃO
Charlize Theron – Mad Max: Estrada da Fúria

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
Divertida Mente

MELHOR COMÉDIA
A Grande Aposta

Christian Bale - "A Grande Aposta"
MELHOR ATOR EM COMÉDIA
Christian Bale – A Grande Aposta

MELHOR ATRIZ EM COMÉDIA
Amy Schumer – Descompensada

MELHOR FILME DE FICÇÃO CIENTÍFICA/TERROR
Ex Machina - Instinto Artificial

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Amy

MELHOR CANÇÃO
"See You Again" - Velozes e Furiosos 7

MELHOR FILME ESTRANGEIRO
O Filho de Saul

Os 8 Odiados
MELHOR TRILHA SONORA
Os 8 Odiados, composta por Ennio Morricone


CATEGORIA TELEVISÃO

MELHOR SÉRIE DE COMÉDIA
Master of None

MELHOR ATOR EM SÉRIE DE COMÉDIA
Jeffrey Tambor – Transparent

MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DE COMÉDIA
Rachel Bloom – Crazy Ex-Girlfriend

MELHOR ATOR COADJUVANTE EM SÉRIE DE COMÉDIA
Andre Braugher – Brooklyn Nine-Nine

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM SÉRIE DE COMÉDIA
Mayim Bialik – The Big Bang Theory

MELHOR ATOR/ATRIZ CONVIDADO EM SÉRIE DE COMÉDIA
Timothy Olyphant – The Grinder

MELHOR SÉRIE DE DRAMA
Mr. Robot

Rami Malek - "Mr. Robot"
MELHOR ATOR EM SÉRIE DRAMÁTICA
Rami Malek – Mr. Robot

MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DRAMÁTICA
Carrie Coon – The Leftovers

MELHOR ATOR COADJUVANTE EM SÉRIE DRAMÁTICA
Christian Slater – Mr. Robot

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM SÉRIE DRAMÁTICA
Constance Zimmer – UnREAL

MELHOR ATOR/ATRIZ CONVIDADO EM SÉRIE DRAMÁTICA
Margo Martindale – The Good Wife

MELHOR MINISSÉRIE OU TELEFILME
Fargo

MELHOR ATOR EM MINISSÉRIE OU TELEFILME
Idris Elba – Luther

Kirsten Dunst – "Fargo"
MELHOR ATRIZ EM MINISSÉRIE OU TELEFILME
Kirsten Dunst – Fargo

MELHOR ATOR COADJUVANTE EM MINISSÉRIE OU TELEFILME
Jesse Plemons – Fargo

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM MINISSÉRIE OU TELEFILME
Jean Smart – Fargo

MELHOR REALITY SHOW
The Voice

MELHOR TALK SHOW
Last Week Tonight with John Oliver

MELHOR SÉRIE ANIMADA
BoJack Horseman