28 janeiro 2016

"Carol" fisga o espectador por sua sutileza e elegância

Cate Blanchett e Ronney Mara vivem um romance proibido na Nova York dos anos 50 (Fotos: Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


Elegante. Talvez seja esse o termo mais apropriado para definir "Carol", filme de Todd Haynes sobre a paixão entre duas mulheres, passado nos Anos 50 numa Nova York cheia de preconceitos. É com muita elegância e sutileza que o diretor conta a história de Carol Aird (Cate Blanchett) e Therese Belivet (Rooney Mara), ambas lindas numa ambientação e figurinos de época perfeitos. São tão bonitas e adequadas as roupas das duas que o espectador se vê fisgado.

Therese é uma jovem balconista de uma loja de brinquedos e gosta de fotografar nas horas vagas. Carol é uma mulher madura e clássica, em processo de separação do marido Harge (Kyle Chandler), que quer a guarda da filha sob a acusação de que sua mulher tem um comportamento inadequado. 

A paixão entre as duas é imediata quando Carol vai comprar um brinquedo para a filha e é atendida por Therese. Dias depois, as duas saem em viagem de carro pelos Estados Unidos.

Baseado no livro "The Price of Salt", de Patricia Highsmith, também escrito na década de 50, a trama flui sem pressa. E em tempos de sexo cada vez mais explícito, consegue revelar o jogo da sedução por meio de olhares, toques e silêncios. E talvez resida aí o encantamento do filme, que teve muitas indicações ao Globo de Ouro de 2016 e foi muito aplaudido em Cannes. "Carol" é uma lição de delicadeza.

Com 1h58 minutos de duração, o romance "Carol" ainda está em cartaz e pode ser conferido em duas salas de cinema - a 3 do Belas Artes (sessão de 19 horas) e 2 do Net Cineart Ponteio (sessão das 16 horas). Classificação: 14 anos


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