24 outubro 2014

Marvel divulga primeiro trailer legendado de "Vingadores: Era de Ultron"



Com estreia marcada para 30 de abril de 2015, foi divulgado pelos Estúdios Marvel o teaser trailer de "Vingadores: Era de Ultron", sequência épica do maior filme de super-heróis de todos os tempos.

Quando Tony Stark tenta reiniciar um programa de manutenção de paz, as coisas não dão certo e os super-heróis mais poderosos da Terra, incluindo Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Hulk, Viúva Negra e Gavião Arqueiro, terão que passar no teste definitivo para salvar o planeta. Com o aparecimento do vilão Ultron, a equipe dos Vingadores tem a missão de neutralizar seus terríveis planos.





"Vingadores: Era de Ultron", da Marvel tem em seu elenco Robert Downey Jr., que retorna como Homem de Ferro, ao lado de Chris Evans, como Capitão América, Chris Hemsworth, como Thor e Mark Ruffalo, como Hulk. Do time fazem ainda Scarlett Johansson, como Viúva Negra, e Jeremy Renner, como Gavião Arqueiro, e o apoio de Samuel L. Jackson, como Nick Fury, e Cobie Smulders, como agente Maria Hill. 



A equipe precisa se reunir para derrotar James Spader como Ultron, um vilão tecnológico terrível que busca a extinção da raça humana. 

No caminho, eles terão que enfrentar dois misteriosos e poderosos novatos, Wanda Maximoff, interpretada por Elizabeth Olsen, e Pietro Maximoff, interpretado por Aaron Taylor-Johnson, e encontrar um velho amigo em uma nova forma quando Paul Bettany se torna o Visão.



Escrito e dirigido por Joss Whedon e produzido por Kevin Feige, "Vingadores: Era de Ultron" é baseado na popular série de revistas em quadrinhos da Marvel “The Avengers”, publicada pela primeira vez em 1963. 

Tags: Vingadores: Era de Ultron; Marvel;  Robert Downey Jr.; Homem de Ferro; Chris Evans; Capitão América; Chris Hemsworth; Thor; Mark Ruffalo; Hulk; Scarlett Johansson; Viúva Negra; Jeremy Renner; Gavião Arqueiro; Samuel L. Jackson; Aventura;  Cinema no Escurinho


21 outubro 2014

Nos tempos da ingenuidade

Mario Moreno "Cantinflas" foi o maior ator mexicano de comédia entre os anos de 1940 e 1950 (Fotos: Paris Filmes/Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni

Quem não conheceu Cantinflas, personagem mexicano malandro e inteligente criado por Mario Moreno, que sempre conseguia se sair bem das situações mais improváveis, talvez não goste muito do filme que trata da biografia do ator, morto em 1993. O longa, dirigido por Sebastián del Amo, e que entra em cartaz nesta quinta-feira nos cinema de Belo Horizonte, é apenas razoável, quase superficial.




No entanto, os fãs do popularesco desengonçado, sempre com as calças caindo, terão uma boa oportunidade de matar as saudades de um dos maiores mitos do cinema entre os anos 1940 e 1950.

Talvez por soar ingênuo demais nestes nossos tempos de malícia e luxúria, "Cantinflas" não deve agradar os espectadores mais jovens. O humor é quase infantil. 

Tendo o ator espanhol Óscar Jaenada em ótima atuação como protagonista, o filme pode, quando muito, levar às novas gerações algumas histórias sobre a maneira como se fazia cinema naquela época.


O filme começa quando Mario Moreno, já conhecido e reconhecido como Cantinflas, está rodando "A Volta ao Mundo em 80 dias", pelo qual ganhou o Globo de Ouro em 1956. 

A partir daí, flashbacks contam o início da sua carreira em palcos de teatros mambembes e circos, seu casamento com a atriz russa Valentina Ivanova Zuvareff (Ilse Salas) até se tornar o artista mais famoso do México, rico e paparicado em Hollywood.


Óscar Jaenada (direita) e o comediante Mario Moreno "Cantinflas"
Como Cantinflas, Mario Moreno protagonizou mais de 50 filmes e fez fortuna. Fora das telas, não tinha nada de ingênuo. 

Sabia fazer parcerias, como a que fez, por exemplo, com o produtor da Broadway Michael Todd (interpretado por Michael Imperioli), o primeiro marido de Liz Taylor, com o qual realizou "A Volta do Mundo em 80 dias". Exatamente por se tratar de uma época de ouro, a cinebiografia "Cantinflas" merecia mais. 

Veja um dos trailers de "A Volta ao Mundo em 80 dias, de 1956, filme protagonizado por Cantinflas e David Niven.




Uma curiosidade: quase todos os filmes de Mario Moreno foram dirigidos por Antonio del Amo, pai de Sebastián del Amo, que faz agora a cinebiografia. "Cantinflas - a magia da comédia" será o representante mexicano no Oscar 2015 na categoria Melhor Filme Estrangeiro. 

Outra curiosidade: a última cena do filme, quando os letreiros já estão subindo na tela, é impagável. Não saia correndo da sala. Vale esperar.

Tags: Cantinflas - A Magia da Comédia; Mario Moreno; Hollywood; Biografia; Drama; Comédia; Paris Filmes; Cinema no Escurinho

20 outubro 2014

A "Festa no Céu" é mais colorida e animada; a criançada vai adorar

No céu, tudo é mais colorido, os mortos são alegres e tem churros o tempo todo (Fotos: Fox Film do Brasil/Divulgação)


Maristela Bretas

Que tal comemorar a morte com muita festa, cor e alegria? Pois é assim que ela acontece no México. E o Dia de Finados (2 de novembro) é uma data para relembrar aqueles que já se foram, com muita música, flores e boas lembranças. O filme "Festa no Céu" ("The Book of Life"), produção de Guillermo Del Toro, vai mostrar como esta data pode ser bem animada.




Nada para causar sustos ou medo nas crianças. Pelo contrário, o filme é muito colorido, com personagens encantadores e, às vezes, extravagantes, como La Muerte, governante da Terra dos Lembrados. E é para este lugar, que nós chamamos de céu, onde tudo é festa e diversão, que vão as pessoas que fizeram o bem.




A história de "Festa no Ceú" começa nos dias de hoje, com um grupo de alunos rebeldes punidos com uma visita ao museu. Uma guia diferente vai lhes contar uma nova versão sobre vida e morte, segundo as tradições mexicanas. No conto, dois amigos - o destemido Joaquim e o romântico músico Manolo disputam o amor da jovem Maria.



Uma aposta feita entre La Muerte (também chamada de Catrina) e Xibalba, que governa o reino dos Esquecidos, pode mudar toda a história. Se Maria escolher Manolo, Xibalba não poderá mais interferir no mundo dos vivos. Mas se Joaquim for o escolhido, o malvado passará a controlar os dois reinos e a escuridão tomará conta de tudo, acabando com a festa no céu.

Sem saber de nada, os jovens amigos crescem e cada um segue seu rumo, até que Maria volta a sua cidade - San Angel - e desperta o amor dos jovens amigos, colocando em risco a amizade entre eles.




A animação é linda e divertida, com belas mensagens de amor, amizade, respeito aos mortos e, principalmente à família. O diretor Jorge R. Gutierrez usou bem as cores, luzes e a alegria característica do povo mexicano para tratar de uma das festas mais tradicionais de seu país e com certeza vai agradar ao público infantil e também aos adultos.



Atores famosos emprestaram suas vozes para o filme, entre eles Zoe Saldana (Maria), Channing Tatum (Joaquim), Hector Elizondo (Carlos Sanchez) e até o tenor Plácido Domingo, interprete do esqueleto Jorge, que gostava de cantar ópera. Na versão em português, as dublagens foram feitas pelos atores Thiago Lacerda (Joaquim) e Marisa Orth (La Muerte).

Ficha técnica:
Direção: Jorge R. Gutierrez
Produção: 20th Century Fox Animation/Reel FX Creative Studios
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 1h35
Gênero: Animação/Aventura
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 4,0 (0 a 5)

Tags: Festa no Céu, Guillermo Del Toro; Animação; Aventura; Fox Filmes; México; Dia dos Mortos; Cinema no Escurinho

19 outubro 2014

Robert Duvall e Robert Downey Jr. dão show de interpretação em "O Juiz"

Duelo no tribunal entre dois grandes Roberts - Duvall e Downey Jr. (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas

Não poderia ser diferente o resultado de uma produção que reúne Robert Duvall e Robert Downey Jr. no elenco principal. "O Juiz" ("The Judge") é um filmaço A força da produção está nos diálogos entre os dois atores, que conseguem transformar uma história comum sobre a relação desgastada entre pai e filho numa produção que prende do início ao fim.

Algumas cenas poderão fazer muita gente no cinema associar com dramas pessoais, com diálogos que chegam a dar um nó no estômago. Brigas, afastamento, mortes, novos velhos relacionamentos e, principalmente, a difícil reaproximação de pai e filho compõem a trama.

Hank Palmer (Robert Downey Jr.), há anos afastado de sua pequena cidade natal, é um advogado de sucesso e sem escrúpulos, que defende somente réus ricos. A morte da mãe força sua volta à cidade, que ele odeia. 

Apesar de anos fora, uma coisa não mudou: a raiva contra o pai (Robert Duvall), Joseph Palmer, juiz da cidade, com quem terá de conviver até o enterro. O rancor e a mágoa se tornam cada vez mais fortes, mas Hank precisará passar por cima de tudo ao ter de defender o pai de uma acusação de homicídio por atropelamento. 

Advogado e réu terão de aprender a conviver e confiar um no outro se não quiserem perder a causa. E são nestes momentos em que estão juntos que saem os melhores diálogos.




Duvall, ganhador de Oscar não é à toa, protagoniza as cenas mais tocantes do filme, dividindo o tempo entre o juiz e pai implacável e o homem que não sabe como viver com a perda e a situação de estar agora no banco dos réus. No elenco estão ainda Vicente D'Onofrio, Vera Farmiga, Billy Bob Thorton, Leighton Meester, Jeremy Strong e Dax Shepard. Vale a pena assistir.

Ficha técnica:
Direção: David Dobkin
Produção: Village Roadshow Pictures/Big Kid Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 2h21
Gênero: Drama
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 5 (0 a 5)

Tags: O Juiz; Robert Duvall, Robert Downey Jr.; Warner Bros Pictures; Drama; Cinema no Escurinho

18 outubro 2014

Cinema que salva


Mirtes Helena Scalioni


O filme é de ficção, mas podia também ser um documentário, até porque é dirigido por Fernando Grostein Andrade, que tem em seu currículo registros como "Coração Vagabundo" e "Quebrando o tabu". Mas não é só por isso. Baseado em fatos reais, "Na Quebrada" acompanha a trajetória de um grupo de jovens da periferia de São Paulo que, através do cinema, tenta escrever, para suas vidas, uma história diferente da dos seus pais.

Violento na medida certa e muito comovente, esse primeiro longa de Grostein intercala e costura retalhos da vida de cinco jovens de comunidades carentes: um desastrado que adora consertar TVs, um rapaz que testemunhou e foi ferido numa chacina, outro que tem o pai na prisão desde que nasceu, uma moça que nunca soube quem é sua mãe e outra que faz parte de uma família cujos pais e irmãos são deficientes visuais.





A escolha do elenco é um dos trunfos de "Na Quebrada", que tem poucos rostos globais, nenhum deles em papéis principais, como Gero Camilo e Emanuelle Araújo. Os demais - Felipe Simas, Jorge Dias, Eucir de Souza, Jean Luis Amorin, Cláudio Jaborandy, Daiana Andrade e Domênica Dias - são estreantes ou pouco conhecidos. Isso dá veracidade e autenticidade ao filme, o que talvez o diferencie de outros longas da série "movie favela", tão em voga no Brasil.

Até que ponto o passado pode determinar o futuro? É possível sonhar, mesmo tendo nascido pobre? Tenho que repetir a história dos meus pais? São essas três questões que norteiam e permeiam o filme. 

A vida dos cinco jovens que, apesar do cotidiano violento, tentam mudar de rumo buscando apoio e conhecimento na ONG paulista Instituto Crescer, é rica o bastante para gerar um filme emocionante e reflexivo.  E, de certa forma, mostra como a sétima arte pode ser um fator de resistência.

Não tem muita importância, mas não custa registrar: a Ong Instituto Crescer é dirigida por Luciano Huck que, por sua vez, é irmão de Fernando Grostein Andrade.

13 outubro 2014

"Interestelar", com Matthew McConaughey e Anne Hathaway, ganha quarto trailer legendado




A Warner Bros. Pictures divulga novo trailer legendado de "Interestelar", filme escrito e dirigido por Christopher Nolan.  O vídeo mostra o personagem de Matthew McConaughey no início de sua jornada tentando salvar o futuro da humanidade.





Com o nosso tempo na Terra chegando ao fim, um time de exploradores é responsável pela missão mais importante da história da humanidade: viajar além desta galáxia para descobrir se a raça humana tem futuro além das estrelas. Neste novo trailer divulgado pela Warner, o personagem de Matthew McConaughey inicia a jornada para tentar salvar o futuro da humanidade. Veja outros trailers do filme abaixo.






Dirigido por Christopher Nolan (trilogia "Batman: O Cavaleiro das Trevas", "A Origem"), "Interestelar" tem ainda em seu elenco  Anne Hathaway ("Os Miseráveis"),  Jessica Chastain ("A Hora Mais Escura"), Bill Irwin ("O Casamento de Rachel"), Ellen Burstyn ("Alice Não Mora Mais Aqui"), Michael Caine ("Regras da Vida"), Wes Bentley, Casey Affleck, David Gyasi, Mackenzie Foy e Topher Grace.





A trilha sonora é composta pelo também vencedor do Oscar, Hans Zimmer (trilogia "Batman: O Cavaleiro das Trevas"). O filme está previsto para estrear em 6 de novembro de 2014 no Brasil e será distribuído nos formatos 35mm, digital, IMAX e em versões legendadas e dubladas.

Aproveite também para participar do jogo online, crie e personalize seu próprio sistema solar. Basta clicar no link.

Tags: Interestelar; Christopher Nolan; Matthew McConaughey; Anne Hathaway; Warner Bros. Pictures, Ficção; Cinema no Escurinho

Bons filmes e animações para agradar aos pequenos e seus pais, com classificação livre



Maristela Bretas

Aproveitando a semana da criança, uma boa pedida é pegar um cinema com a meninada, regado a pipoca e refrigerante ou um suco. E a telona está cheia de boas produções em cartaz, com destaque para um desenho inspirado num clássico e uma aventura num mundo dos jogos de tabuleiro. Para não ficar muito caro para os pais, fica a dica: as duas produções podem ser vistas na versão normal, não precisa ser em 3D.


O Inventor de Jogos



Produção de tripla nacionalidade - Argentina, Canadá e Itália - "O Inventor de Jogos" ("The Games Maker") conta a história de um menino, Ivan Drago (David Mazouz) que tem paixão por jogos de tabuleiro. Uma competição misteriosa faz com que ele comece a desenvolver games fantásticos, que vão garantindo pontos para uma grande premiação.






O que Ivan não esperava era que seu hobby fosse colocar em perigo sua família e levá-lo ao mundo de um sinistro inventor de jogos - Morodian (Joseph Fiennes), que quer destruir a cidade de Zyl, criada por seu avô.

Apesar de levar a um mundo de jogos e aventura, este filme é mais indicado para crianças maiores, devido aos diálogos - muitas vezes extensos demais para um filme infantil - e a própria duração do filme, de quase 2 horas. Mas a mensagem, como todos os filmes distribuídos pela Disney, reforça a união da família e a lealdade dos amigos.


A Lenda de Oz



Alguns consideram uma continuação de "O Mágico de Oz" ("Legends of Oz: Dorothy's Return"), com a jovem Dorothy voltando ao reino encantado para ajudar seus amigos Leão, Homem de Lata e Espantalho a salvar a cidade do terrível Bufão.




Além sequestrar os líderes de Oz e deixar um rastro de escuridão por todo lugar, o vilão ainda conta com a ajuda de um bando de macacos voadores bem trapalhões. Em sua jornada para ajudar os amigos, a menina e seu cãozinho Totó vão fazer novas amizades para combater o malvado. Os atores Manu Gavassi e Rodrigo Lombardi fazem as vozes da dublagem para o português de Dorothy e Bufão.

E para quem ainda não viu, outras duas ótimas animações também podem ser conferidas com a criançada:


Os Boxtrolls




"A Bela e a Fera"





Tags: O Inventor de Jogos; A Lenda de Oz; Os Boxtrolls; A Bela e a Fera; animação; aventura; Cinema no Escurinho

"Annabelle", a boneca de "Invocação do Mal", ganha seu próprio filme de terror

Annabelle é uma boneca que já assusta pela cara (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas

Se você gostou de "Invocação do Mal", vai se lembrar e querer conferir a história de "Annabelle", a boneca macabra do filme, que fez tanto sucesso que ganhou sua própria produção. Na verdade, ela é uma versão de vestido de "Chuck, o Brinquedo Assassino", só que sem movimentos e a voz ameaçadora. 



Neste ponto, o horrendo bonequinho de macacão e camisa listrada, ganha disparado de sua nova concorrente no terror. Chuck correndo com a faca na mão é muito mais assustador em alguns momentos do que a boneca (e causa mais impacto em suas aparições).

Sem desmerecer Annabelle, que vai deixar muita gente sem sono ou ouvindo ruídos durante a noite, eu gostaria de saber por que escolheram uma boneca tão macabra para representar a verdadeira personagem. 

Esta, por sinal, vive trancada num museu dos horrores nos EUA pertencente a uma caçadora de fantasmas. A original (foto acima junto com a nova) é uma bonequinha de pano simpática, que qualquer menina iria querer ter em casa e jamais poderia imaginar que ela se tornaria um monstro, como aconteceu em 1970.


A Annabelle atual tem feições que metem medo até em adulto. Que mãe em juízo perfeito colocaria aquela coisa medonha num quarto de bebê ou de uma filha pequena como decoração. Quem inventou o personagem atual queria causar pânico, mas é muito sem noção.

A produção, que vai de carona no sucesso de seu antecessor, conta a história do casal Mia (Annabelle Wallis, que por uma infeliz coincidência tem o mesmo nome da boneca) e John (Ward Horton), que espera o primeiro filho. 

O ataque de membros de uma seita a casa deles e dos vizinhos e a chegada de uma boneca possuída por espíritos do mal para decorar o quarto do bebê, provocam uma série de fatos assustadores. E a vida de todos aqueles que têm contato com o brinquedo macabro, passa a correr risco.

Os principais atores vieram de séries de TV americana, a começar por Annabelle Wallis ("Pan Am") e Ward Horton (de "White Collor" e "CSI Miami"). Além de Alfre Woodward ("Grey's Anatomy"), Kerry O'Malley ("Boardwalk Empire") e Tony Amendola ("NCIS Los Angeles" e "Once Upon a Time").


"Annabelle" garante alguns bons sustos e pode agradar ao público que curte o gênero terror. Mas ainda acho  "Invocação do Mal", "Livrai-nos do Mal" e "Mama" melhores nas cenas de suspense. Mesmo assim, vale ser conferido.

Ficha técnica:
Direção: John R. Leonetti
Produção: New Line Cinema
Distribuição: Warner Bros. Pictures 
Duração: 1h38
Gênero: Terror
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: "Annabelle"; Warner Bros Pictures; terror; suspense; Cinema no Escurinho

08 outubro 2014

"Trash - A Esperança Vem do Lixo", um drama envolvente contra a corrupção e o poder

Raphael, Gardo e Rato, amigos  na miséria, nas aventuras e na busca pela verdade (Fotos; Universal/Divulgação)


Maristela Bretas

O diretor Stephen Daldry acertou novamente na escolha do tema, dos atores e na condução da história. Responsável por sucessos como "Billy Elliott" e "O Leitor", ele chega arrasando com o filme "Trash - A Esperança Vem do Lixo" ("Trash"), que estreia nesta quinta-feira nos cinemas brasileiros.



Além dos premiados atores brasileiros Wagner Moura e Selton Mello (ótimo como sempre, desta vez no papel do policial do mal), Nelson Xavier e Stepan Nercessian, o grande destaque fica para três adolescentes estreantes no cinema. 

Rickson Tevez (Raphael), Eduardo Luis (Gardo) e Gabriel Weinstein (Rato), todos de 15 anos, foram selecionados pelo diretor entre dezenas de jovens de comunidades cariocas (Rocinha, Cidade de Deus e Inhaúma, respectivamente ) e conduzem a história, nascida no lixão, de forma emocionante, que prende o espectador do início ao fim.

Rickson Tevez, Eduardo Luis e Gabriel Weinstein
Rodado totalmente no Rio de Janeiro, o filme conta a história dos três jovens - Raphael, Gardo e Rato -, que, após encontrarem uma carteira no lixão onde trabalham, passam a ser perseguidos por policiais corruptos e ameaçados de morte.

E eles se envolvem numa louca aventura pelas ruas da cidade, numa fuga constante da polícia e em busca da verdade sobre o que eles encontraram na carteira. 

Nem o medo ou a tortura são capazes de deter estes garotos, que aprenderam a sobreviver na miséria diária, mas não abandonam a amizade e comunidade onde vivem. Como eles mesmos dizem, "fazem isso porque é certo".

O elenco conta ainda com os atores internacionais Martin Sheen e Rooney Mara, como os voluntários estrangeiros que fazem trabalho humanitário e religioso com a comunidade carente do lixão. Um filmaço, imperdível.

O diretor Stephen Daldry e os atores Rooney Mara e Martin Sheen
Ficha técnica:
Direção: Stephen Daldry
Produção: O2 Filmes/PeaPie Films/Working Title Films
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 1h34
Gênero: Drama
País: Brasil/Reino Unido
Classificação: 14 anos
Nota: 5 (0 a 5)


Tags: Trash - A Esperança Vem do Lixo; Selton Mello; Wagner Moura; Martin Sheen; Rooney Mara; Stephen Daldry; Drama, Universal Pictures; Cinema no Escurinho

06 outubro 2014

Animação leva Dorothy de volta ao Reino de Oz em musical

Dorothy volta a Oz para ajudar seus amigos contra o vilão Bufão (Fotos: Paris Filmes/Divulgação)


Maristela Bretas

A famosa história do Mágico de Oz ganhou uma continuação e pode ser conferida a partir desta quinta-feira (09) com a estreia nos cinemas da animação musical "A Lenda de Oz" ("Legends of Oz: Dorothy's Return"). Desta vez, Dorothy terá de enfrentar outro inimigo, logo agora que acabou de voltar para sua casa em Kansas, depois da longa e animada aventura em Oz (sucesso no cinema de 1939, que teve Judy Garland como atriz principal).




Quando achava que tudo poderia ser acertado depois da passagem do grande tornado, a jovem e seus tios correm o risco de perder a fazenda. Para piorar, ela é chamada novamente por seus amigos - o Leão, o Espantalho e o Homem de Lata - para retornar ao reino encantado e enfrentar um vilão ainda mais perigoso - o Bufão e seus macacos voadores.

Dorothy, com seu fiel cãozinho Toto, voltam para Oz e descobre que o Bufão está sequestrando seus líderes e deixando um rastro de escuridão por todo lugar. 

E ela novamente é a única esperança dos moradores para acabar com o reinado do vilão colorido.

Na dublagem em português, o Bufão recebe a voz do ator Rodrigo Lombardi (que fez um ótimo trabalho), enquanto a atriz Manu Gavassi dá vida e voz à menina Dorothy.

Apesar de Dorothy ser a heroína, quem garante a diversão é o vilão com sua fantasia de bufão que ele não pode tirar, além dos atrapalhados macacos voadores. A criançada menor vai gostar.


Ficha técnica:
Direção: Dan St. Pierre, William Finn
Produção: Prana Studios
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h28
Gênero: Animação/Musical
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: A Lenda de Oz; Dorothy; Animação; Musical; Paris Filmes; Cinema no Escurinho

04 outubro 2014

Estrelado por Ben Affleck, "Garota Exemplar", é o melhor suspense do ano até agora

Ben Affleck é o marido a procura da mulher desaparecida em "Garota Exemplar" (Fotos: Fox Film/Divulgação)

Maristela Bretas

Tenso na medida certa e, acima de tudo, fiel ao livro, "Garota Exemplar" ("Gone Girl") é um filme imperdível. Em cartaz nos cinemas, o suspense dirigido por David Fincher (de "A Rede Social" e "O Curioso Caso de Benjamin Button") prende o espectador do início ao fim, apesar da duração de quase 2h30. À espera do desfecho surpreendente, o tempo corre sem que você perceba, numa mistura envolvente de fatos.


Ben Affleck tem se mostrado cada vez melhor em seus papéis, mas neste ele se superou como o marido acusado de "desaparecer" com a mulher. Ele conseguiu dar a expressão certa, na hora certa, seja no sorriso sem graça na hora da foto séria ou a cara de quem não sabe o que está acontecendo no meio da investigação.

Rosamund Pike, que parece ser a "mocinha da vez de Hollywood", foi a escolhida para interpretar a esposa dedicada, sexy e perfeita. Ela segura o papel bem (talvez o melhor de sua carreira), mesclando momentos de paixão, medo e fúria. Mas Kate Winslet ainda seria uma melhor escolha.


"Garota Exemplar" conta a história do casal Nick e Amy Dunne, ambos escritores. Eles se conhecem, se apaixonam e se casam. Após perderem tudo, deixam Nova York e vão morar no Missouri. No dia do aniversário de cinco anos de casamento, Nick volta para casa e descobre que Amy havia desaparecido. Por ter sido uma escritora famosa de contos infantis, os moradores da cidade formam uma corrente de ajuda para tentar encontrá-la.

Mas as circunstâncias do desaparecimento acabam colocando Nick como o principal suspeito de ter matado a esposa e escondido o corpo. A trama é um grande jogo de mentiras e armações, que leva o espectador a tentar descobrir quem é o verdadeiro vilão.

Alternando momentos presentes com flashbacks, "Garota Exemplar" abusa de belas cenas, principalmente a do primeiro beijo sob uma chuva de açúcar. Destaque no elenco para Carrie Coon (da série "Leftlovers"), Tyler Perry ("A Sombra do Inimigo"), Neil Patrick Harris (da série "How I Met Your Mother"), Kim Dickens (da série "Lost") e Missi Pyle ("Percy Jackson e o Mar de Monstros").




A adaptação do livro homônimo de Gillian Flyin (também roteirista do filme) ficou perfeita, inteligente e dificilmente vai desagradar até quem conhece a obra literária. Um filme que merece disputar o Oscar.

Ficha técnica:
Direção: David Fincher
Produção: New Regency Pictures
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 2h29
Gênero: Suspense
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 5 (0 a 5)


Tags: Garota Exemplar; Ben Affleck; David Fincher, Rosamund Pike; suspense; Fox Film do Brasil; Cinema no Escurinho

01 outubro 2014

Fox divulga o último trailer de “Êxodo – Deuses e Reis”

 Christian Bale interpreta Moisés, que vai salvar seu povo do faraó (Foto: Fox Film do Brasil/Divulgação)

Do aclamado diretor Ridley Scott (Gladiador, Prometheus) chega aos cinemas a aventura épica ""Êxodo: Deuses e Reis"", uma história sobre a coragem de um homem para derrubar o líder de um império.




Usando efeitos 3D de imersão, Scott traz a batalha entre Moisés (Christian Bale), no momento em que ele ascende contra o faraó Ramsés (Joel Edgerton), levando 600 mil escravos a uma jornada monumental para escapar do Egito e das pragas que o aterrorizam.

No elenco estão ainda Sigourney Weaver, Ben Kingsley, John Turturro, Aaron Paul e Ben Mendelsohn. O filme está previsto para estrear nos cinemas brasileiros em 25 de dezembro.

Trailers da produção do filme

Figurinos



Locações



Tags: Êxodo-Deuses e Reis; épico; Fox Film do Brasil; Ridley Scott; Christian Bale; Joel Edgerton; Cinema no Escurinho

Apesar de óbvio, "Paraíso" tem lá suas delícias

Alfredo e Carmen formam um casal com um"algo mais" de simpatia (Fotos: Imovision/Diculgação)

Mirtes Helena Scalioni

Não se pode dizer que "Paraíso", produção mexicana em cartaz no Belas Artes (15h, 17h10 e 21h30), seja um filme ruim. Não é. Mas também não é bom. E poderia ser, por se tratar de um tema que afeta muita gente mundo afora: a obesidade, trazendo à tona o preconceito que as gordurinhas a mais carregam afetando, muitas vezes de forma impiedosa, quem está fora dos padrões.




Alfredo (Andrés Almeida) e Carmen (Daniela Rincón) formam um casal de gordinhos felizes. A simpatia do espectador em relação aos dois é imediata. Afinal, quem não gosta de ver um homem e uma mulher acima do peso vivendo felizes? É inevitável sorrir ao vê-los devorar delícias proibidas sem nenhuma culpa.


Impossível não se deliciar vendo-os dançar sem censura ou transar apaixonadamente sem a conotação de pastelão que a cena poderia ter. Os gordos também amam e isso pode ser belo e sensual - é o que parece ressaltar a diretora Mariana Chenillo no início do filme.

Carmen e Alfredo, que se chamam carinhosa e naturalmente de "gordo" e "gorda", vivem nos arredores da cidade do México. Ele é funcionário de um banco e ela trabalha com os pais numa espécie de escritório doméstico de contabilidade. 

E eles seriam felizes para sempre se ele não fosse transferido para a capital para subir na vida. Para lá vão os dois, inocentes, sem saber que a cultura tem pesos diferentes dependendo do lugar onde se vive.

É a partir de uma súbita necessidade de emagrecer para se adequar aos moldes da cidade grande que o relacionamento entre os dois pombinhos começa a azedar. É a partir daí que o filme vai ficando, aos poucos, óbvio demais. E a ideia, a princípio boa, se perde nos caminhos de uma comédia romântica como outra qualquer.

Tags: Paraíso; comédia; romance; Imovision; México; Mariana Chenillo; Andrés Almeida; Daniela Rincón; Cinema no Escurinho

"Os Boxtrolls", uma imperdível diversão para crianças e adultos

Os Boxtrolls são esquisitos, desengonçados mas encantam a todos (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas

Os estúdios Laika e Universal Pictures acertaram em cheio com a produção "Os Boxtrolls". A animação, dos mesmos autores de "Coraline e o Mundo Secreto" e "ParaNorman", agrada em tudo, do início ao fim, misturando stop-motion com desenho e computação gráfica. Mas acima de tudo, uma história que encanta, principalmente pelos desengonçados mas simpáticos monstrinhos - os Boxtrolls. Uma criação fantástica que merece ser vista a partir do dia 2 de outubro nos cinemas, também em versão 3D.




Vivendo nos esgotos da cidade de Pontequeijo, eles são vistos pela comunidade como perigosos, comedores de criancinhas. E o desaparecimento de um bebê só aumenta o medo destas estranhas criaturas que se vestem e escondem em caixas. 

Mas quando você visita seu mundo, se apaixona e fica do lado deles contra o malvado Arquibaldo Surrupião (na voz original de Ben Kingsley).

O que ninguém sabe é que estes seres criam a criança como um deles, com muito carinho, amor e música e dão a ele o nome de Ovo (voz de Isaac Hempstead Wright, de "Game of Thrones"). A vida debaixo da cidade é muito mais alegre e feliz. Eles vivem do lixo eletrônico dos humanos e montam todo tipo de geringonça.

Até que um dia, os amigos de Ovo começam a ser caçados pelo vilão e seu bando e o garoto precisa contar com a ajuda de Winnie (Elle Fanning, de "Malévola"), uma jovem da superfície, para salvá-los. 

Muita aventura, com uma bela história de amor, amizade e família, não importa qual seja ela. E a mensagem de que qualquer um pode mudar seu mundo para que ele se encaixe no que desejar.

O roteiro de "Os Boxtrolls" foi adaptado da série literária infantil "Here Be Monsters", do escritor de Alan Snow. E no final do filme, uma aula de como é feita uma produção em stop-motion. Nesta técnica, os animadores manipulam quadro a quadro todos os elementos em cena. Só para se ter uma ideia do trabalho, um filme contém 24 quadros por segundo.



Ficha técnica:
Direção: Graham Annable e Anthony Stacci
Produção: Laika Entertainment
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 1h37
Gênero: Animação/Aventura
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 5 (0 a 5)

Tags: Os Boxtrolls; Laika; Universal Pictures; Elle Fainning; Isaac Hempstead Wright; Ben Kingsley; animação; fantasia; Cinema no Escurinho


30 setembro 2014

Versão francesa do clássico "A Bela e A Fera" exibe belos cenários e figurinos

Léa Seydoux e Vincent Cassel formam o par principal de "A Bela e a Fera" (Fotos: California Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas

A clássica história do príncipe arrogante que foi enfeitiçado virou fera e precisa do amor verdadeiro de uma jovem a quem mantém presa para voltar ao normal ganhou uma versão francesa e mais adulta. A nova adaptação de "A Bela e a Fera" ("La Belle et La Bête"), tem como maiores destaques os cenários que lembram verdadeiras pinturas, o figurino e a bela fotografia.

Trailer oficial dublado por Paolla Oliveira




Sem fugir muito do enredo mostrado na animação Disney de 1991, a escolha de Vincent Cassel (de "Rio Eu Te Amo") como o príncipe/fera, não combina muito. Ele tem mais cara de vilão do que de mocinho. As cenas românticas são sem calor e emoção.

Ao contrário de Léa Seydoux, que interpreta Bela (de "Azul é a Cor Mais Quente"), que se garante no papel e tem mais presença que seu par romântico. A dublagem da personagem em português foi feita pela atriz Paolla Oliveira, que seguiu o exigido pelo texto original.

"A Bela e a Fera" é uma diversão sem muitas pretensões, apresenta ótimos figurinos e efeitos especiais - o ataque dos gigantes de pedra é o auge do filme e a diferença para o desenho. Sem esquecer os pequenos e simpáticos habitantes de olhos grandes que habitam o escuro castelo. Vale como uma sessão da tarde.

Ficha técnica:
Direção: Christophe Gans
Distribuição: California Filmes
Duração: 1h54
Gênero: Fantasia/Romance
País: França/Alemanha
Classificação: 12 anos
Nota: 3,0 (0 a 5)

Tags: A Bela e A Fera; Vincent Cassel; Léa Seydoux; Paolla Oliveira; Christoph Gans; California Filmes; Cinema no Escurinho