01 agosto 2016

Matt Damon revive Jason Bourne sem perder o jeito de bom moço com cara de mal

Matt Damon volta a ser o superagente Jason Bourne e traz grande elenco no quarto filme da franquia interpretado por ele (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Pela quinta vez o famoso agente foragido da CIA, Jason Bourne retorna às telas de cinema, agora de volta às mãos de Matt Damon e direção de Paul Greengrass, o mesmo de "A Supremacia Bourne" (2004) e "O Ultimato Bourne" (2007). Apesar do afastamento por nove anos do papel, Damon parece não ter perdido o pique e mostra o personagem ainda mais sisudo e de pouca fala, vivendo no isolamento. 

Se no primeiro filme - "A Identidade Bourne" (2002) ele se apresentou como um agente desmemoriado tentando desmascarar a direção da CIA, neste filme ele deixa claro que sua busca é pessoal - o ex-superagente quer apenas descobrir seu passado. Principalmente após uma ex-agente contar que tudo o que aconteceu com ele, incluindo o recrutamento como matador, está relacionado à morte de seu pai.

Matt Damon está á vontade com o personagem que conhece bem e que lhe garantiu boas bilheterias. "Jason Bourne" conta ainda com um elenco de peso - Alicia Vikander, como a agente da CIA Heather Lee, especializada em crimes cibernéticos; o grande Tommy Lee Jones, que interpreta o diretor da Agência Robert Dewey (inimigo de Bourne) e Vicent Cassel, como o mercenário Asset.

Apesar do diretor Paul Greengrass já ter dito que o futuro da franquia está em Alicia Vikander, falta vibração na atriz, até mesmo nas cenas de ação. Como se estivesse fazendo um romance e não um filme de espionagem. Talento ela tem de sobra, mas ficou a dever em "Jason Bourne".

Na quinta história da franquia (a quarta foi o fraco "O Legado Bourne", com Jeremy Rennes, em 2012), o agente precisa deixar seu exílio na Grécia como lutador de rua para ajudar a amiga e ex-agente Nicky Parsons (Julia Stiles) a divulgar os planos da CIA, que quer controlar todas as comunicações por meio da rede social Deep Dream, criada pelo empresário Aaron Kalloor (Riz Ahmed). Parsons também tem novas informações sobre a morte do pai de Jason e seu envolvimento com as ações da agência.

Ao ser descoberto, Jason volta a ser caçado, desta vez pelo diretor Dewey, que quer impedir que ele descubra o novo projeto. Dentro na CIA, no entanto, a novata Heather Lee acredita que tentar recrutar Bourne para a agência seja a melhor solução. Essa perseguição vai passar por vários países, como Grécia, Islândia, Inglaterra e terminar Las Vegas, nos Estados Unidos. E para fazer o "serviço sujo" em nome da segurança nacional, é convocado um antigo inimigo mortal de Bourne - o matador Asset, que vai persegui-lo por cada canto do planeta.

"Jason Bourne" mantém o estilo de seus antecessores, um pouco mais fraco talvez, mas com muita ação. E não vai decepcionar os fãs da franquia, principalmente nas cenas de perseguição na Grécia e em Las Vegas. E por onde o agente e Asset passam fica um rastro de destruição, com carros em pedaços por todos os lados.

Boa condução, como era esperado de Paul Greengrass, "Jason Bourne" é uma das opções recomendadas em cartaz nos cinema de BH. O filme pode ser conferido em 16 salas de 15 shoppings de BH, Betim e Contagem, nas versões dublada e legendada.



Ficha técnica:
Direção, roteiro e produção: Paul Greengrass
Produção: Universal Pictures 
Distribuição: Universal Pictures 
Duração: 2h03
Gêneros: Ação / Espionagem / Suspense
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 4,5 (0 a 5)

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