20 março 2017

"Lion - Uma Jornada para Casa" é um filme para não esquecer

Emocionante filme dirigido por Garth Davis tem em seu elenco principal Dev Patel. Rooney Mara e Nicole Kidman (Fotos: Diamond Filmes/Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


Houve quem dissesse que o filme foi feito com o claro objetivo de levar o espectador às lágrimas. Se foi mesmo essa a intenção, pode-se dizer que Garth Davis, diretor de "Lion - Uma Jornada para Casa" acertou em cheio. É praticamente impossível não chorar diante da bem contada história de Saroo, o menino indiano que, aos cinco anos, se perde do irmão mais velho numa estação de trem e, por uma série de erros, acaba indo sozinho para Calcutá, a 1.600 quilômetros de casa. Com um detalhe: sem conhecer o dialeto que se fala nessa grande cidade.

Claro que a interpretação de Sunny Pawar, que faz o pequeno Saroo, ajuda. Com os olhinhos sempre tristes e carinha de abandonado carente, o menino cativa desde o início da história. Uma história, aliás, muito bem contada. Tanto que um dos seis Oscar a que o filme concorreu foi o de Melhor Roteiro Adaptado, baseado na autobiografia de Luke Davies - "A Long Way Home". Em 1986, um garoto de cinco anos ficou realmente perdido da família na Índia, foi entregue a um orfanato em Calcutá e em seguida adotado por um casal de australianos. Aos 25 anos, maduro e bem-sucedido, o jovem retorna a sua terra para tentar encontrar sua mãe biológica.  

Um dos pontos altos de "Lion..." é a presença de Nicole Kidman como Sue, a mãe adotiva de Saroo. Como excelente atriz que é, ela imprime credibilidade ao discurso em favor da adoção e deixa no ar um sentimento de amor puro. O marido dela, John, vivido por David Wenham também tem atuação correta, embora mais discreta. Completa o time o ator Dev Patel, que faz Saroo adulto e consegue passar ao público a imagem de um jovem atormentado e perdido em busca de suas raízes.

"Lion - uma jornada para casa" concorreu também a Melhor Filme, Ator Coadjuvante (Dev Patel), Atriz Coadjuvante (Nicole Kidman), Fotografia e Trilha Sonora. Direção e elenco estão de parabéns, a comoção nada tem de rasa. As mensagens trazidas por "Lion.." são profundas e acompanham o espectador quando ele sai do cinema. Afinal, o tema crianças abandonadas sempre será um assunto muito sério. O filme está em cartaz no Net Cineart Ponteio, às 18h40. Classificação: 12 anos



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13 março 2017

Nova versão de King Kong explora bem os efeitos visuais e é diversão garantida

O gigantesco gorila é o rei e protetor da misteriosa ilha e não vai aceitar que ela seja invadida por desconhecidos (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)


Maristela Bretas


Se você achava que já tinha visto todas as versões do gorila gigante que se apaixona pela bela mocinha, então precisa assistir "Kong: A Ilha da Caveira" ("Kong: Skull Island"). Com efeitos visuais grandiosos e uma ótima trilha sonora, do tipo aplicado em blockbusters como "Transformers", "Jurassic World" e o próprio "King Kong", de 2005, a nova produção chega como uma ótima distração e um elenco de estrelas formado por Tom Hiddleston (o Loki , "Thor"), Samuel L. Jackson ("O Lar das Crianças Peculiares"), Brie Larson ("O Quarto de Jack"), John C. Reilly ("Guardiões da Galáxia") e John Goodman ("Rua Cloverfield, 10"). 


Como era de se esperar, o destaque fica para Kong, o rei da Ilha da Caveira. Apesar de ser dos mesmos produtores, o novo trabalho é infinitamente melhor que "Godzilla". Assustador com seus mais de dez metros de altura e olhar feroz, o enorme gorila é um inimigo mortal para quem tenta invadir sua ilha, mas é tratado quase que como uma divindade pelos habitantes, que veem nele um protetor contra os verdadeiros inimigos.


Invencível, forte e poderoso, somente uma bela jovem poderia conseguir deixar o enorme primata de quatro. Uma relação do tipo "a bela e a fera", como já foi mostrada nas outras seis versões de King Kong ao longo dos anos. Do medo e desconfiança, nasce a paixão pela fotógrafa Mason Weaver (papel de Brie Larson), ao mesmo tempo em que ela se torna uma aliada do gigante e só pensa em protegê-lo. Chega a ser bonita a relação dos dois, mas não é tão fofa quanto a de Naomi Watts e King Kong na versão de 2005, que teve direito até a pôr do sol na floresta e em cima do Empire States Building.


Se no filme anterior a disputa aconteceu no centro de Nova York, em "Kong" tudo acontece na Ilha da Caveira, habitat da fera e de outros gigantescos monstros que há habitam. Por falar em outros monstros. "Kong" deixa postas de uma possível continuação, com direito a uma possível invasão das cidades por criaturas pré-históricas, como em "Planeta dos Macacos".


Outro ponto que chama a atenção é a relação de ódio e disputa de poder entre o gorila e o coronel Preston Packard (papel muito bem interpretado por Samuel L. Jackson). O militar, que não consegue viver fora do campo de batalha, fica satisfeito quando é convocado para levar um grupo de pesquisadores a uma misteriosa ilha no Pacífico, perto do Vietnã, onde antes estava combatendo. Lá ele irá enfrentar Kong, seu pior inimigo. E as batalhas em terra e no ar, já valem o filme.


Tom Hiddleston está bem no papel do não tão mocinho James Conrad, mas agrada mais quando interpreta o sarcástico Loki. John C. Reilly também papel importante na história (não vou contar para não dar spoiler), assim como Corey Hawkins, que interpreta o biólogo Houston Brooks.



Tudo se passa nos anos 70, pouco depois da Guerra do Vietnã. Um grupo de cientistas de um projeto da Empresa Monarch viaja à misteriosa Ilha da caveira para investigar a existência de monstros gigantes na superfície e nas profundezas. Liderados pelo cientista Bill Randa (John Goodman) e escoltados pelo batalhão do Cel. Packard, o grupo conta ainda com o rastreador mercenário James Conrad, a fotógrafa Mason Weaver e vários pesquisadores integrantes da empresa. O que eles não esperavam era encontrar um gigantesco gorila que não quer saber de estranhos em sua ilha. Mas ele será o menor dos problemas dos aventureiros.


"Kong: A Ilha da Caveira" é muito bem feito, com o elenco desempenhando bem seus papéis e efeitos visuais que já valem o ingresso. Uma opção de diversão na sessão da tarde e uma das apostas do gênero para começar o ano com muita ação.

Fica a dica: Não saia do cinema antes dos créditos finais.


Ficha técnica:
Direção: Jordan Vogt-Roberts
Produção: Warner Bros. Pictures  / Legendary Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 1h59
Gêneros: Aventura / Ação / Fantasia
Países: EUA / Vietnã
Classificação: 12 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

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