03 janeiro 2016

Imperdível, "Macbeth: Ambição e Guerra" faz jus ao texto de Shakespeare

Filme se destaca também pela excelente fotografia, cenários e cenas de batalhas quase reais (Fotos: Fátima Gigliotti/Diamond Films Brasil)

Maristela Bretas


Não foi a primeira vez nem será a última que esta obra, assim como outras de William Shakespeare, foi adaptada para o cinema. Nem sempre a empreitada acabou em sucesso. Mas "Macbeth: Ambição e Guerra" ("Macbeth") é uma das melhores adaptações feitas nos últimos tempos. O diretor Justin Kurzel acertou em tudo - fotografia, figurinos, cenários e, principalmente na escolha do par central - Michael Fassbender e Marion Cotillard.

Ela está ótima como a gananciosa e depressiva Lady Macbeth, que usa a sexualidade para controlar o marido. Mas ao mesmo tempo, não se conforma por não poder lhe dar herdeiros. Mas a grande estrela é Fassbender como Macbeth. Ele está excelente, reunindo toda a loucura, sadismo e ambição que um homem pode ter num só personagem, assim como William Shakespeare fez em sua obra. Fassbender é a estrela do filme.

Até mesmo o texto seguiu fielmente a narrativa shakespeariana. E às vezes fica um pouco monótono. As cenas de batalhas não poderiam ser mais reais e sangrentas, uma violência nua e crua, que escancaram a paranoia e a ganância de um homem. Macbeth passa de admirado guerreiro e líder a temido e odiado rei.

Na história, Macbeth é um leal general do exército escocês dominado por quatro mulheres - três bruxas que profetizam que ele deverá se tornar o novo rei da Escócia e a mulher, Lady Macbeth, que consegue convencê-lo a matar o rei Duncan (David Thewlis) para que a profecia se concretize.

Loucura, cobiça, crueldade e ambição marcam a narração de "Macbeth" e envolvem o público do início ao fim. Uma grande produção que vale a pena ser conferida, em versão legendada, nas salas 2 do Belas Artes (sessões as 14 e 19 horas), 2 do Cinemark Diamond Mall (sessão as 16h40) e 4 do Net Cineart Ponteio (sessões as 16h20 e 21 horas).


Ficha técnica:
Direção: Justin Kurzel
Produção: See-Saw Films
Distribuição: Diamond Films Brasil
Duração: 1h53
Gênero: Drama 
Países: Reino Unido / França / EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 4 (0 a 5)

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01 janeiro 2016

Leandro Hassum encerra trilogia apostando em novo sucesso de bilheteria

Leandro Hassum "chuta o balde" e leva o Brasil à falência em último filme da série (Fotos: Downtown Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


Desta vez não tem nada de separação, o casal Leandro Hassum e Camila Morgado está bem e o título não se justifica, a não ser para encerrar a trilogia "Até que a Sorte nos Separe", que finalmente esgotou o que se poderia explorar. Mas uma coisa é certa. O diretor Roberto Santucci apostou no carisma do ex-gordinho Hassum (que perdeu mais de 50 quilos este ano) para atrair novamente o público aos cinemas, como aconteceu nos dois filmes anteriores.

E a comédia "Até que a Sorte nos Separe - Falência Final" não foge muito do primeiro e do segundo filmes, exceto por usar o momento atual como material para boas piadas do elenco. Ninguém fica de fora do caldeirão - a presidenta" Dilma (papel de Mila Ribeiro), Nestor Cerveró (Bemvindo Siqueira), a investigação do Lava Jato e o famoso bilionário Rique que já foi o homem mais rico do país, Rico Barelli, com sua mulher ex-modelo Malu do Carmo) que gostava de usar uma coleira com o nome dele no pescoço, papéis interpretados pelos atores Leonardo Franco e Emanuelle Araújo.

Mas Hassum, como Tino, ainda é a estrela e o chamariz de público com certeza. Até sua perda de peso é motivo para piadas, com direito a participação em programa do Luciano Hulk. Ao contrário de muitas pessoas que fizeram cirurgia para perder peso e acabaram perdendo a graça, Hassum não deixou a peteca cair e segue o mesmo estilo esculachado. Pelo menos neste filme. E faz um ótimo trio com Camila Morgado (a esposa Jane) e Kiko Mascarenhas - o Amauri, ex-contador de Tino que sempre acaba se dando mal com as coisas erradas que ele faz.

No terceiro e último filme de "Até que a Sorte nos Separe", Tino reaparece pobre, após ter perdido toda a herança da família em Las Vegas. Para ganhar dinheiro vira vendedor de biscoito e lava para-brisa no sinal de trânsito, até ser atropelado por um carro esporte dirigido pelo filho do homem mais rico do Brasil. Após sete meses em coma, ele acorda e descobre que sua filha Tetê (Julia Dalávia) está namorando o jovem rapaz, Tom (Bruno Gissoni). 

A união das famílias garante a Tino um ótimo cargo na corretora de Barelli. Sem o menor "Tino" para o negócio, ele quebrar a empresa, provocar a desvalorização de ações brasileiras na Bolsa e levar a economia do país ao colapso. E se a situação já não é nada boa, ele ainda terá de administrar o casamento da filha sem que as famílias saibam que todos estão falidos.

Não é o melhor dos filmes da franquia, provoca poucas risadas e o final feliz com mensagem chega a ser chato. Mas "Até que a Sorte nos Separe 3" pode acabar virando outro sucesso de bilheteria, como os outros dois filmes, principalmente por causa da gozação aberta à presidente e a pouco sutil ao empresário Eike Batista e sua ex, Luma de Oliveira.

Vale como diversão numa sessão da tarde, se não estiver exigindo muito de uma comédia com piadas bobas e escrachadas e um elenco global, claro. "Até que a Sorte nos Separe 3" está disputando salas e a atenção do público com "Star Wars - O Despertar da Força". O filme está em exibição em 30 salas de 18 shoppings de BH, Betim e Contagem.  




Ficha técnica:
Direção: Roberto Santucci
Produção: Globo Filmes / Paris Filmes
Distribuição: Downtown Filmes
Duração: 1h46
Gênero: Comédia
País: Brasil
Classificação: 12 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

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