30 dezembro 2018

Paulo Gustavo é o par perfeito de Mônica Martelli em "Minha Vida em Marte"

Filme celebra a amizade e as dúvidas sobre a melhor maneira de amar após uma separação (Fotos: Divulgação)

Maristela Bretas


Com uma química perfeita, "Minha Vida em Marte" acerta na dupla Paulo Gustavo-Mônica Martelli (também roteiristas e produtores) para oferecer ao público a diversão esperada para uma comédia. Dirigido por Susana Garcia, irmã de Martelli, o filme é uma celebração à amizade entre os protagonistas que é mostrada claramente durante toda a narrativa, deixando o tema principal - a decepção com um casamento perto de chegar ao fim - em segundo plano.


Paulo Gustavo é o destaque com suas tiradas sarcásticas que o consagraram como Dona Hermínia em "Minha Mãe é Uma Peça 2" e dá a esta produção, sequência de "Os Homens São de Marte... E é prá Lá que Eu Vou", uma roupagem cômica. É o humor ácido de Paulo Gustavo, como Aníbal, que dá vida à produção e deixa o enredo mais engraçado. Ao contrário do monólogo homônimo interpretado por Mônica Martelli da qual foi adaptada, que é mais dramático.


Martelli está muito bem como Fernanda, que agora está casada, tem uma filha de cinco anos e vive a rotina de uma relação que começa a dar sinais de desgaste, rumo a um divórcio. Sem tesão, mas não aceitando o fim do que "deveria ser para sempre", ela e o marido Tom (Marcos Palmeira) se afastam cada vez mais um do outro, vivem em atrito e passam a buscar opções externas.


Apesar de ser uma mulher que está insegura sobre seu futuro como divorciada, num mundo machista que considera "velha" uma mulher acima do 40 anos, Fernanda sabe que "na alegria e na tristeza" sempre vai poder contar com Aníbal, seu par perfeito para buscar a felicidade de se tornar uma nova mulher.


E é ele quem irá ajudar a amiga e sócia a superar a crise no casamento, propondo todo tipo de estratégia para salvar a relação ou acabar de vez com ela. Aníbal cria situações das mais divertidas, algumas bem "saia justa", desde romances a viagens e encontros com novos parceiros. Os diálogos entre os dois garantem boas gargalhadas.

No elenco estão ainda Fiorella Mattheis (Carol), Ricardo Pereira (Bruno), Heitor Martinez (Humberto) e os estreantes no cinema, Marianna Santos (como Joana, filha de Fernanda e Tom) e Lucas Capri (Theo, o produtor musical de Anitta, que faz uma ponta no filme). Mas todos, inclusive Marcos Palmeira são meros coadjuvantes. A história se concentra mesmo é na dupla principal. Uma boa comédia nacional, que deverá atingir o mesmo sucesso de bilheteria dos filmes anteriores protagonizados por Paulo Gustavo e Mônica Martelli. Vale a pena conferir.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Susana Garcia
Produção: A Fábrica / Capri Produções
Distribuição: Downtown Filmes / Paris Filmes
Duração: 1h45
Gênero: Comédia
País: Brasil
Classificação: 12 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

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27 dezembro 2018

"Era Uma Vez um Deadpool" é reprise de "Deadpool 2" sem sangue e palavrões

Filme foi uma proposta para atrair um público a partir de 14 anos que "não pode" ver a versão original no cinema (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação) 

Maristela Bretas


Não se deixe enganar pelo título. "Era Uma Vez um Deadpool" ("Once Upon a Deadpool") é apenas uma reprise do segundo filme sobre o herói mais escrachado da Marvel lançado para atrair os jovens acima de 14 anos que "não puderam ver a versão no cinema". Até parece que isso acontece. 

A proposta, segundo os produtores (que na verdade fizeram um remendo na versão original) era provar que Deadpool era um filme para toda a família. Mas o que acontece é uma embromação inicial para cair em um "Deadpool 2" censurado, com palavrões substituídos por um apito e cenas de sangue cortadas.

Para os jovens que não viram o filme (que é ótimo) em versões piratas espalhadas pela internet é uma chance de assistir no cinema, com boa qualidade, mas bem amenizado. Na história, Wade Wilson/Deadpool (Ryan Reynolds) sequestra o ator e diretor Fred Savage para reencenar o conto de fadas "A Princesa Prometida". 

Na verdade trata-se da história do herói, incluindo seu encontro com Cable (Josh Brolin) e a formação da X-Force. Amarrado a uma cama, Savage não tem outra alternativa a não ser ouvir a narração e questionar os muitos furos.

Os diálogos entre Deadpool e Savage são engraçados, citando o filme original, as críticas que recebeu, fazendo comparações a outras produções e algumas situações que surgiram depois, mas nada além disso. Sem o que foi cortado, o personagem perde sua principal característica que é o sarcasmo, que faz dele o anti-herói preferido da Marvel. "Era Uma Vez um Deadpool" é para os fãs relembrarem ou para quem não viu "Deadpool 2". Fora isso, é jogar dinheiro fora.


Ficha técnica:
Direção: David Leitch
Produção: 20th Century Fox
Distribuição: Fox Films
Duração: 1h56
Gêneros: Ação / Comédia
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

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